Síndrome hepatorrenal
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
peritonite bacteriana espontânea (PBE): prevenção da síndrome hepatorrenal (SHR)
antibiótico + albumina
A cefotaxima é o antibiótico de preferência para tratar a infecção.[2]Biggins SW, Angeli P, Garcia-Tsao G, et al. Diagnosis, evaluation, and management of ascites, spontaneous bacterial peritonitis and hepatorenal syndrome: 2021 practice guidance by the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2021 Aug;74(2):1014-48. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31884 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33942342?tool=bestpractice.com Ela é administrada de acordo com o nível de creatinina sérica e mantida por 5 dias. No entanto, um terço dos pacientes com PBE desenvolve insuficiência renal apesar do tratamento.
O tratamento combinado com albumina e antibióticos reduz a incidência de comprometimento renal e morte.[22]Sort P, Navasa M, Arroyo V, et al. Effect of intravenous albumin on renal impairment and mortality in patients with cirrhosis and spontaneous bacterial peritonitis. N Engl J Med. 1999 Aug 5;341(6):403-9. http://content.nejm.org/cgi/content/full/341/6/403 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10432325?tool=bestpractice.com [23]Wong F, Blendis L. New challenge of hepatorenal syndrome: prevention and treatment. Hepatology. 2001 Dec;34(6):1242-51. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1053/jhep.2001.29200 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11732014?tool=bestpractice.com
Opções primárias
cefotaxima: creatinina <1.5 mg/dL (<133 micromoles/L): 2 g por via intravenosa a cada 6 horas; creatinina 1.5 a 2.0 mg/dL (133-177 micromoles/L): 1 g por via intravenosa a cada 6 horas; creatinina 2.0 a 2.5 mg/dL (177-221 micromoles/L): 1 g por via intravenosa a cada 8 horas; creatinina >2.5 mg/dL (>221 micromoles/L): 1 g por via intravenosa a cada 12 horas
e
albumina (humana): siga o protocolo local para diretrizes de administração
suspeita de SHR-LRA
albumina
A expansão do volume intravascular com albumina é recomendada para controlar a hipovolemia.[25]Bai Z, Méndez-Sánchez N, Romeiro FG, et al. Use of albumin infusion for cirrhosis-related complications: an international position statement. JHEP Rep. 2023 May 5;5(8):100785. https://www.jhep-reports.eu/article/S2589-5559(23)00116-7/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37456673?tool=bestpractice.com [29]Arnold J, Avila E, Idalsoaga F, et al. Advances in the diagnosis and management of hepatorenal syndrome: insights into HRS-AKI and liver transplantation. eGastroenterology. 2023 Nov 23;1:e100009. https://egastroenterology.bmj.com/content/1/2/e100009 Pacientes com suspeita de SHR devem receber uma prova volêmica com albumina intravenosa por 2 dias, devendo-se evitar diuréticos.[25]Bai Z, Méndez-Sánchez N, Romeiro FG, et al. Use of albumin infusion for cirrhosis-related complications: an international position statement. JHEP Rep. 2023 May 5;5(8):100785. https://www.jhep-reports.eu/article/S2589-5559(23)00116-7/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37456673?tool=bestpractice.com Isso ajuda a descartar a azotemia pré-renal e permite a expansão precoce do volume.[25]Bai Z, Méndez-Sánchez N, Romeiro FG, et al. Use of albumin infusion for cirrhosis-related complications: an international position statement. JHEP Rep. 2023 May 5;5(8):100785. https://www.jhep-reports.eu/article/S2589-5559(23)00116-7/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37456673?tool=bestpractice.com A expansão deve ser monitorada rigorosamente para evitar uma expansão excessiva.[29]Arnold J, Avila E, Idalsoaga F, et al. Advances in the diagnosis and management of hepatorenal syndrome: insights into HRS-AKI and liver transplantation. eGastroenterology. 2023 Nov 23;1:e100009. https://egastroenterology.bmj.com/content/1/2/e100009 Se for causada por hipovolemia (metade dos casos de LRA na cirrose), a insuficiência renal melhorará após o teste de desafio com albumina e a descontinuação dos diuréticos. Não ocorrerá nenhuma melhora em pacientes com SHR-LRA.[20]Gines P, Guevara M, Arroyo V, et al. Hepatorenal syndrome. Lancet. 2003 Nov 29;362(9398):1819-27. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14654322?tool=bestpractice.com
Diuréticos devem ser evitados.[15]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines on the management of ascites, spontaneous bacterial peritonitis, and hepatorenal syndrome in cirrhosis. J Hepatol. 2010 Sep;53(3):397-417. https://www.journal-of-hepatology.eu/article/S0168-8278(10)00478-2/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20633946?tool=bestpractice.com Betabloqueadores não seletivos devem também ser temporariamente descontinuados para evitar redução do débito cardíaco devida ao seu efeito inotrópico negativo.[30]Mandorfer M, Bota S, Schwabl P, et al. Nonselective β blockers increase risk for hepatorenal syndrome and death in patients with cirrhosis and spontaneous bacterial peritonitis. Gastroenterology. 2014 Jun;146(7):1680-90.e1. https://www.gastrojournal.org/article/S0016-5085(14)00306-0/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24631577?tool=bestpractice.com
A paracentese diagnóstica deve ser realizada dentro de 12 horas após a apresentação para descartar a PBE.
Opções primárias
albumina (humana): siga o protocolo local para diretrizes de administração
SHR-LRA confirmada
terlipressina ou noradrenalina + albumina
A terapia combinada com um vasoconstritor associado à albumina é o tratamento recomendado para a SHR-LRA. Os critérios de diagnóstico atualizados, com a remoção da concentração mínima de creatinina sérica, permitem uma terapia medicamentosa imediata após o fracasso da prova volêmica (em comparação com os critérios anteriores). O tratamento precoce provavelmente resulta em maiores taxas de reversão e melhores desfechos, uma vez que a resposta aos vasoconstritores depende da concentração de creatinina sérica no início do tratamento.[2]Biggins SW, Angeli P, Garcia-Tsao G, et al. Diagnosis, evaluation, and management of ascites, spontaneous bacterial peritonitis and hepatorenal syndrome: 2021 practice guidance by the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2021 Aug;74(2):1014-48. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31884 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33942342?tool=bestpractice.com [8]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines for the management of patients with decompensated cirrhosis. J Hepatol. 2018 Aug;69(2):406-60. https://www.journal-of-hepatology.eu/article/S0168-8278(18)31966-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29653741?tool=bestpractice.com [29]Arnold J, Avila E, Idalsoaga F, et al. Advances in the diagnosis and management of hepatorenal syndrome: insights into HRS-AKI and liver transplantation. eGastroenterology. 2023 Nov 23;1:e100009. https://egastroenterology.bmj.com/content/1/2/e100009 [31]Fabrizi F, Dixit V, Messa P, et al. Terlipressin for hepatorenal syndrome: a meta-analysis of randomized trials. Int J Artif Organs. 2009;32:133-140. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19440988?tool=bestpractice.com [32]Fabrizi F, Dixit V, Martin P. Meta-analysis: terlipressin therapy for the hepatorenal syndrome. Aliment Pharmacol Ther. 2006;24:935-944. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-2036.2006.03086.x/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16948805?tool=bestpractice.com
O vasoconstritor preferido é a terlipressina, um análogo da vasopressina com maior seletividade para o receptor V1 administrado como infusão intravenosa contínua ou como bolus intravenoso. Embora a administração em bolus intravenoso seja o método aprovado nos EUA, pode-se considerar uma infusão contínua para reduzir o risco de eventos adversos.[2]Biggins SW, Angeli P, Garcia-Tsao G, et al. Diagnosis, evaluation, and management of ascites, spontaneous bacterial peritonitis and hepatorenal syndrome: 2021 practice guidance by the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2021 Aug;74(2):1014-48. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31884 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33942342?tool=bestpractice.com Se a terlipressina não estiver disponível, deve-se administrar a noradrenalina.[2]Biggins SW, Angeli P, Garcia-Tsao G, et al. Diagnosis, evaluation, and management of ascites, spontaneous bacterial peritonitis and hepatorenal syndrome: 2021 practice guidance by the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2021 Aug;74(2):1014-48. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31884 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33942342?tool=bestpractice.com Em geral, a terlipressina pode ser administrada em enfermarias, enquanto a noradrenalina é preferencialmente administrada na unidade de terapia intensiva.
Uma metanálise de 16 estudos não relatou nenhuma diferença significativa na reversão da SHR, eventos adversos graves e sobrevida de pacientes sem transplante de fígado com a terlipressina em comparação com a noradrenalina.[33]Singal AK, Palmer G, Melick L, et al. Vasoconstrictor therapy for acute kidney injury hepatorenal syndrome: a meta-analysis of randomized studies. Gastro Hep Adv. 2023 Jan 18;2(4):455-64. https://www.ghadvances.org/article/S2772-5723(23)00007-9/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39132033?tool=bestpractice.com Constatou-se que tanto a terlipressina quanto a noradrenalina são superiores à combinação de midodrina associada à octreotida na reversão da SHR.[33]Singal AK, Palmer G, Melick L, et al. Vasoconstrictor therapy for acute kidney injury hepatorenal syndrome: a meta-analysis of randomized studies. Gastro Hep Adv. 2023 Jan 18;2(4):455-64. https://www.ghadvances.org/article/S2772-5723(23)00007-9/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39132033?tool=bestpractice.com
Evidências sugerem que a terlipressina pode reduzir a incidência de SHR persistente, em comparação com a farmacoterapia vasoativa alternativa, e pode melhorar a função renal em pacientes com SHR-LRA.[34]Sridharan K, Sivaramakrishnan G. Vasoactive agents for hepatorenal syndrome: a mixed treatment comparison network meta-analysis and trial sequential analysis of randomized clinical trials. J Gen Intern Med. 2018 Jan;33(1):97-102.
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[35]Best LM, Freeman SC, Sutton AJ, et al. Treatment for hepatorenal syndrome in people with decompensated liver cirrhosis: a network meta-analysis. Cochrane Database Syst Rev. 2019 Sep 12;(9):CD013103.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31513287?tool=bestpractice.com
[36]Israelsen M, Krag A, Allegretti AS, et al. Terlipressin versus other vasoactive drugs for hepatorenal syndrome. Cochrane Database Syst Rev. 2017 Sep 27;(9):CD011532.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD011532.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28953318?tool=bestpractice.com
[37]Wong F, Pappas SC, Curry MP, et al. Terlipressin plus albumin for the treatment of type 1 hepatorenal syndrome. N Engl J Med. 2021 Mar 4;384(9):818-28.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2008290?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33657294?tool=bestpractice.com
[38]Hiremath SB, Srinivas LD. Survival benefits of terlipressin and non-responder state in hepatorenal syndrome: a meta-analysis. Indian J Pharmacol. 2013 Jan-Feb;45(1):54-60.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23543867?tool=bestpractice.com
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How does terlipressin compare with alternative vasoactive drugs in people with hepatorenal syndrome?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1961/fullMostre-me a resposta No entanto, a terlipressina é mais comumente associada a efeitos adversos, como diarreia/dor abdominal, cianose periférica, eventos cardiovasculares menores e insuficiência respiratória.
A European Medicines Agency (EMA) e a Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency (MHRA) do Reino Unido recomendam várias medidas de segurança ao se usar a terlipressina, após uma revisão de segurança da terlipressina com base nos achados de um grande ensaio clínico randomizado e controlado com SHR-LRA.[37]Wong F, Pappas SC, Curry MP, et al. Terlipressin plus albumin for the treatment of type 1 hepatorenal syndrome. N Engl J Med. 2021 Mar 4;384(9):818-28. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2008290?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33657294?tool=bestpractice.com [39]European Medicines Agency. Terlipressin-containing medicinal products indicated in the treatment of hepatorenal syndrome. Sep 2022 [internet publication]. https://www.ema.europa.eu/en/medicines/human/referrals/terlipressin-containing-medicinal-products-indicated-treatment-hepatorenal-syndrome [40]Medicines and Healthcare products Regulatory Agency. Terlipressin: new recommendations to reduce risks of respiratory failure and septic shock in patients with type 1 hepatorenal syndrome. Mar 2023 [internet publication]. https://www.gov.uk/drug-safety-update/terlipressin-new-recommendations-to-reduce-risks-of-respiratory-failure-and-septic-shock-in-patients-with-type-1-hepatorenal-syndrome Os resultados do ensaio clínico sugerem que pacientes tratados com terlipressina têm maior probabilidade de apresentar ou de morrer em decorrência de distúrbios respiratórios (por exemplo, insuficiência respiratória) dentro de 90 dias da primeira dose, em comparação com placebo, e identificaram um risco de sepse não relatado anteriormente.[37]Wong F, Pappas SC, Curry MP, et al. Terlipressin plus albumin for the treatment of type 1 hepatorenal syndrome. N Engl J Med. 2021 Mar 4;384(9):818-28. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2008290?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33657294?tool=bestpractice.com Distúrbios respiratórios são um risco conhecido da terlipressina; no entanto, a frequência de insuficiência respiratória observada neste ensaio clínico (11%) foi maior do que a relatada anteriormente. A menos que os benefícios superem os riscos, a EMA recomenda evitar a terlipressina em pacientes com disfunção renal avançada (creatinina sérica ≥442 micromoles/L [5 mg/dL]) e em pacientes com agudização de doença hepática crônica de grau 3 e /ou um MELD (Model End-Stage Liver Disease) ≥39.[39]European Medicines Agency. Terlipressin-containing medicinal products indicated in the treatment of hepatorenal syndrome. Sep 2022 [internet publication]. https://www.ema.europa.eu/en/medicines/human/referrals/terlipressin-containing-medicinal-products-indicated-treatment-hepatorenal-syndrome Qualquer novo episódio ou agravamento dos sintomas respiratórios deve ser tratado e estabilizado antes de iniciar terlipressina, e os pacientes devem ser monitorados durante e após o tratamento. Se sintomas respiratórios se desenvolverem durante o tratamento, uma redução da dose de albumina humana deve ser considerada e a terlipressina deve ser descontinuada se os sintomas respiratórios forem graves ou não se resolverem. Os pacientes também devem ser monitorados quanto a sintomas de infecção. A infusão contínua de terlipressina pode ser considerada uma alternativa à injeção em bolus, pois pode reduzir o risco de eventos adversos graves.[39]European Medicines Agency. Terlipressin-containing medicinal products indicated in the treatment of hepatorenal syndrome. Sep 2022 [internet publication]. https://www.ema.europa.eu/en/medicines/human/referrals/terlipressin-containing-medicinal-products-indicated-treatment-hepatorenal-syndrome Além disso, a MHRA recomenda orientar os pacientes sobre os riscos e benefícios da terlipressina, de preferência antes do tratamento.[40]Medicines and Healthcare products Regulatory Agency. Terlipressin: new recommendations to reduce risks of respiratory failure and septic shock in patients with type 1 hepatorenal syndrome. Mar 2023 [internet publication]. https://www.gov.uk/drug-safety-update/terlipressin-new-recommendations-to-reduce-risks-of-respiratory-failure-and-septic-shock-in-patients-with-type-1-hepatorenal-syndrome Os pacientes também podem ser orientados após o tratamento com terlipressina, em determinadas circunstâncias. A MHRA também afirma que essas recomendações não são relevantes quando a terlipressina é usada para tratar a hemorragia por varizes esofágicas. A suspeita de reações adversas relacionadas com a terlipressina deve ser notificada.[40]Medicines and Healthcare products Regulatory Agency. Terlipressin: new recommendations to reduce risks of respiratory failure and septic shock in patients with type 1 hepatorenal syndrome. Mar 2023 [internet publication]. https://www.gov.uk/drug-safety-update/terlipressin-new-recommendations-to-reduce-risks-of-respiratory-failure-and-septic-shock-in-patients-with-type-1-hepatorenal-syndrome
A terlipressina está aprovada e disponível em muitos países, e agora foi aprovada nos EUA pela Food and Drug Administration (FDA).[41]US Food and Drug Administration. FDA approves treatment to improve kidney function in adults with hepatorenal syndrome. Sep 2022 [internet publication]. https://www.fda.gov/drugs/news-events-human-drugs/fda-approves-treatment-improve-kidney-function-adults-hepatorenal-syndrome A aprovação da terlipressina pela FDA para pacientes com SHR-LRA também inclui recomendações de segurança em relação ao potencial de insuficiência respiratória grave ou fatal, particularmente para pacientes com sobrecarga de volume ou insuficiência hepática crônica agudizada de grau 3. Elas recomendam avaliar a saturação de oxigênio por meio de oximetria de pulso antes de iniciar a terlipressina. O tratamento é contraindicado em pacientes com hipóxia (SpO₂ <90%) até que os níveis de oxigenação melhorem ou se apresentarem sintomas respiratórios que se agravam. A oximetria de pulso contínua deve ser usada para monitorar os pacientes durante o tratamento, devendo-se interromper o tratamento se ocorrer hipóxia ou aumento dos sintomas respiratórios. A sobrecarga de volume intravascular deve ser controlada com a descontinuação da albumina e/ou outros fluidos com o uso de furosemida intravenosa; a terlipressina deve ser pausada, reduzida ou interrompida até que a volemia melhore. O tratamento também é contraindicado em pacientes com isquemia coronariana, periférica ou mesentérica em curso e deve ser descontinuado em qualquer paciente que apresente sinais ou sintomas de uma reação adversa isquêmica.[41]US Food and Drug Administration. FDA approves treatment to improve kidney function in adults with hepatorenal syndrome. Sep 2022 [internet publication]. https://www.fda.gov/drugs/news-events-human-drugs/fda-approves-treatment-improve-kidney-function-adults-hepatorenal-syndrome
A noradrenalina associada à albumina é uma alternativa à terlipressina. Ela foi associada à reversão da SHR em uma metanálise em rede e pode estar relacionada a menos efeitos adversos que a terlipressina associada à albumina.[34]Sridharan K, Sivaramakrishnan G. Vasoactive agents for hepatorenal syndrome: a mixed treatment comparison network meta-analysis and trial sequential analysis of randomized clinical trials. J Gen Intern Med. 2018 Jan;33(1):97-102.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5756164
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28924736?tool=bestpractice.com
[35]Best LM, Freeman SC, Sutton AJ, et al. Treatment for hepatorenal syndrome in people with decompensated liver cirrhosis: a network meta-analysis. Cochrane Database Syst Rev. 2019 Sep 12;(9):CD013103.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6740336
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31513287?tool=bestpractice.com
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How do treatments for hepatorenal syndrome compare in people with decompensated liver cirrhosis?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.2760/fullMostre-me a resposta A dose de noradrenalina deve ser ajustada até atingir um aumento de 10 mmHg na pressão arterial média em relação à linha basal.
A resposta à terlipressina ou à noradrenalina é definida pela diminuição da creatinina para <133 micromoles/L (<1.5 mg/dL) ou pelo retorno a 26.5 micromoles/L (0.3 mg/dL) do valor basal durante, no máximo, 14 dias. Em pacientes que mantiverem o nível de creatinina igual ou superior ao nível pré-tratamento durante 4 dias, com as doses máximas toleradas do vasoconstritor, a terapia poderá ser descontinuada.[2]Biggins SW, Angeli P, Garcia-Tsao G, et al. Diagnosis, evaluation, and management of ascites, spontaneous bacterial peritonitis and hepatorenal syndrome: 2021 practice guidance by the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2021 Aug;74(2):1014-48. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31884 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33942342?tool=bestpractice.com
Antes de iniciar a terapia com vasopressor, deve-se avaliar o risco de eventos isquêmicos ou cardiovasculares do paciente. Isso deve incluir um eletrocardiograma.[8]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines for the management of patients with decompensated cirrhosis. J Hepatol. 2018 Aug;69(2):406-60. https://www.journal-of-hepatology.eu/article/S0168-8278(18)31966-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29653741?tool=bestpractice.com Durante o tratamento com vasopressores, os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados quanto ao possível desenvolvimento de efeitos adversos dos vasoconstritores e da albumina, inclusive complicações isquêmicas e edema pulmonar.[2]Biggins SW, Angeli P, Garcia-Tsao G, et al. Diagnosis, evaluation, and management of ascites, spontaneous bacterial peritonitis and hepatorenal syndrome: 2021 practice guidance by the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2021 Aug;74(2):1014-48. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31884 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33942342?tool=bestpractice.com
Opções primárias
terlipressina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
noradrenalina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
--E--
albumina (humana): siga o protocolo local para diretrizes de administração
terapia de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
É necessário realizar o monitoramento rigoroso do status de fluidos, do débito urinário e dos eletrólitos séricos dos pacientes. Em particular, é importante evitar que os pacientes desenvolvam hiponatremia grave. Deve ser evitada a correção rápida da hiponatremia, pois pode causar a síndrome de desmielinização e o aumento da formação de ascite.
Se houver ascite sintomática tensa, a paracentese poderá melhorar temporariamente a função renal.
Em caso de distúrbios graves de eletrólitos, sobrecarga de volume ou acidose metabólica, os pacientes são considerados para hemofiltração contínua.[8]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines for the management of patients with decompensated cirrhosis. J Hepatol. 2018 Aug;69(2):406-60. https://www.journal-of-hepatology.eu/article/S0168-8278(18)31966-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29653741?tool=bestpractice.com No entanto, limitações como hipotensão dificultam o procedimento nesse grupo de pacientes.
A imunização com vacinas contra gripe (influenza), COVID-19 e pneumocócica é importante, pois esses pacientes são imunocomprometidos.
octreotida + midodrina + albumina
Se nem a terlipressina nem a noradrenalina estiverem disponíveis, ou ambas forem contraindicadas, pode-se considerar a midodrina oral em combinação com a octreotida e a albumina, embora a eficácia seja menor.[2]Biggins SW, Angeli P, Garcia-Tsao G, et al. Diagnosis, evaluation, and management of ascites, spontaneous bacterial peritonitis and hepatorenal syndrome: 2021 practice guidance by the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2021 Aug;74(2):1014-48. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31884 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33942342?tool=bestpractice.com
A terapia medicamentosa que combina octreotida, midodrina e albumina melhora a taxa de filtração glomerular em pacientes com SHR-LRA e pode prolongar a sobrevida.[46]Karwa R, Woodis CB. Midodrine and octreotide in treatment of cirrhosis-related hemodynamic complications. Ann Pharmacother. 2009 Apr;43(4):692-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19299324?tool=bestpractice.com
A midodrina (um agonista do receptor alfa-1) e a octreotida (um análogo da somatostatina que inibe a liberação de glucagon) agem sinergicamente para melhorar a hemodinâmica renal.
Geralmente, usada apenas como terapia-ponte até que o transplante de fígado ou fígado-rim esteja disponível.
Opções primárias
octreotida: 100-200 microgramas por via subcutânea três vezes ao dia
e
midodrina: 5-15 mg por via oral três vezes ao dia
e
albumina (humana): siga o protocolo local para diretrizes de administração
terapia de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
É necessário realizar o monitoramento rigoroso do status de fluidos, do débito urinário e dos eletrólitos séricos dos pacientes. Em particular, é importante evitar que os pacientes desenvolvam hiponatremia grave. Deve ser evitada a correção rápida da hiponatremia, pois pode causar a síndrome de desmielinização e o aumento da formação de ascite.
Se houver ascite sintomática tensa, a paracentese poderá melhorar temporariamente a função renal.
Em caso de distúrbios graves de eletrólitos, sobrecarga de volume ou acidose metabólica, os pacientes são considerados para hemofiltração contínua.[8]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines for the management of patients with decompensated cirrhosis. J Hepatol. 2018 Aug;69(2):406-60. https://www.journal-of-hepatology.eu/article/S0168-8278(18)31966-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29653741?tool=bestpractice.com No entanto, limitações como hipotensão dificultam o procedimento nesse grupo de pacientes.
A imunização com vacinas contra gripe (influenza), COVID-19 e pneumocócica é importante, pois esses pacientes são imunocomprometidos.
transplante de fígado ou transplante simultâneo de fígado e rim
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
O transplante de fígado é o tratamento ideal para a SHR, tendo a terapia renal substitutiva (TRS) como ponte.[2]Biggins SW, Angeli P, Garcia-Tsao G, et al. Diagnosis, evaluation, and management of ascites, spontaneous bacterial peritonitis and hepatorenal syndrome: 2021 practice guidance by the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2021 Aug;74(2):1014-48. https://aasldpubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hep.31884 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33942342?tool=bestpractice.com [5]Simonetto DA, Gines P, Kamath PS. Hepatorenal syndrome: pathophysiology, diagnosis, and management. BMJ. 2020 Sep 14;370:m2687. http://diposit.ub.edu/dspace/bitstream/2445/175684/1/705291.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32928750?tool=bestpractice.com [21]Flamm SL, Wong F, Ahn J, et al. AGA clinical practice update on the evaluation and management of acute kidney injury in patients with cirrhosis: expert review. Clin Gastroenterol Hepatol. 2022 Dec;20(12):2707-16. https://www.cghjournal.org/article/S1542-3565(22)00829-1/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36075500?tool=bestpractice.com A decisão quanto ao transplante de um recurso limitado é complexa e envolve a gravidade da doença e o prognóstico provável.
A decisão sobre se o candidato precisa de transplante de fígado ou transplante simultâneo de fígado e rim pode ser tomada com base na duração da lesão renal. Prevê-se lesão renal estrutural e irreversível em pacientes que necessitam de diálise por mais de 6-8 semanas.[29]Arnold J, Avila E, Idalsoaga F, et al. Advances in the diagnosis and management of hepatorenal syndrome: insights into HRS-AKI and liver transplantation. eGastroenterology. 2023 Nov 23;1:e100009. https://egastroenterology.bmj.com/content/1/2/e100009
O transplante simultâneo de fígado e rim pode ser uma opção em determinados casos e é recomendado para pacientes com história de LRA prolongada, doença renal crônica subjacente ou doenças renais hereditárias.[5]Simonetto DA, Gines P, Kamath PS. Hepatorenal syndrome: pathophysiology, diagnosis, and management. BMJ. 2020 Sep 14;370:m2687. http://diposit.ub.edu/dspace/bitstream/2445/175684/1/705291.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32928750?tool=bestpractice.com [8]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines for the management of patients with decompensated cirrhosis. J Hepatol. 2018 Aug;69(2):406-60. https://www.journal-of-hepatology.eu/article/S0168-8278(18)31966-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29653741?tool=bestpractice.com A equipe de transplante avaliará a aptidão de cada paciente.
A TRS pode ser indicada em pacientes com SHR-LRA sem resposta clínica à farmacoterapia e com sobrecarga de volume/edema pulmonar, acidose metabólica grave, uremia ou desequilíbrios eletrolíticos.[5]Simonetto DA, Gines P, Kamath PS. Hepatorenal syndrome: pathophysiology, diagnosis, and management. BMJ. 2020 Sep 14;370:m2687. http://diposit.ub.edu/dspace/bitstream/2445/175684/1/705291.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32928750?tool=bestpractice.com [21]Flamm SL, Wong F, Ahn J, et al. AGA clinical practice update on the evaluation and management of acute kidney injury in patients with cirrhosis: expert review. Clin Gastroenterol Hepatol. 2022 Dec;20(12):2707-16. https://www.cghjournal.org/article/S1542-3565(22)00829-1/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36075500?tool=bestpractice.com [29]Arnold J, Avila E, Idalsoaga F, et al. Advances in the diagnosis and management of hepatorenal syndrome: insights into HRS-AKI and liver transplantation. eGastroenterology. 2023 Nov 23;1:e100009. https://egastroenterology.bmj.com/content/1/2/e100009 A TRS pode proporcionar para os pacientes uma ponte para o transplante de fígado, com uma sobrevida >70% em 1 ano após o transplante.[43]Wong LP, Blackley MP, Andreoni KA, et al. Survival of liver transplant candidates with acute renal failure receiving renal replacement therapy. Kidney Int. 2005 Jul;68(1):362-70. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(15)50846-6/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15954928?tool=bestpractice.com No entanto, pacientes que necessitam de TRS geralmente têm um prognóstico desfavorável, e a American Gastroenterological Association (AGA) não recomenda essa medida em pacientes não indicados para transplante de fígado.[21]Flamm SL, Wong F, Ahn J, et al. AGA clinical practice update on the evaluation and management of acute kidney injury in patients with cirrhosis: expert review. Clin Gastroenterol Hepatol. 2022 Dec;20(12):2707-16. https://www.cghjournal.org/article/S1542-3565(22)00829-1/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36075500?tool=bestpractice.com [44]Allegretti AS, Parada XV, Eneanya ND, et al. Prognosis of patients with cirrhosis and AKI who initiate RRT. Clin J Am Soc Nephrol. 2018 Jan 6;13(1):16-25. https://journals.lww.com/cjasn/fulltext/2018/01000/prognosis_of_patients_with_cirrhosis_and_aki_who.8.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29122911?tool=bestpractice.com
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