Diagnósticos diferenciais

Hipertensão arterial pulmonar (HAP) associada a cardiopatia esquerda (hipertensão venosa pulmonar)

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

Pacientes idosos, preponderância masculina, fatores de risco cardiovasculares habituais (diabetes, hipertensão, tabagismo). Galopes ventriculares esquerdos e sopros da valva mitral.

Investigações

Ecocardiografia transtorácica: aumento atrial esquerdo, disfunção sistólica e/ou diastólica no ventrículo esquerdo, doença da valva mitral.[3]

Cateterismo cardíaco direito: pressão propulsora arterial pulmonar elevada, gradiente transpulmonar <12 mmHg.

Cateterismo cardíaco esquerdo: doença coronariana, pressão diastólica final do ventrículo esquerdo elevada.

HAP associada a distúrbios respiratórios e/ou hipóxia

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

DPOC: acima de 40-50 anos de idade, história de tabagismo, tosse crônica e produção de expectoração, diminuição do murmúrio vesicular, sibilância.

Doença pulmonar intersticial: história de exposições ocupacionais, uso de drogas, tabagismo ou doença do tecido conjuntivo; tosse crônica não produtiva, estertores inspiratórios bibasilares, baqueteamento digital.

Distúrbios respiratórios do sono (por exemplo, apneia obstrutiva do sono): ronco alto, sonolência diurna excessiva, cefaleias matinais, obesidade, elevações leves na pressão arterial pulmonar.[48]

Distúrbios de hipoventilação alveolar: síndrome obesidade-hipoventilação, doença neuromuscular.

Investigações

Teste de função pulmonar: defeitos obstrutivos ou restritivos (obstrutivos: VEF₁ <60%; restritivos: capacidade vital forçada [CVF] <70%).

Gasometria arterial: hipoxemia, hipercapnia.

Oximetria noturna: dessaturação, rastreamento para apneia do sono.

Polissonografia: apneia obstrutiva do sono

Tomografia computadorizada (TC) torácica de alta resolução: enfisema, doença pulmonar intersticial.

HAP decorrente de doença trombótica e/ou embólica crônica

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

História de embolia pulmonar, sopros nos campos pulmonares (murmúrios de fluxo pulmonar) presentes em 30% dos casos, mas não estão presentes na HAPI.[49]

Investigações

Cintilografia pulmonar de ventilação-perfusão: um ou mais defeitos de perfusão de tamanho segmentar ou maiores não correlacionados.[3][36]

Angiografia pulmonar: redes vasculares ou estreitamento em forma de banda, irregularidades da íntima, defeitos da bolsa, estreitamento abrupto e angular e obstrução proximal.[49]

HAP associada a doença do tecido conjuntivo

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

Envolvimento de órgãos multissistêmico: lesões cutâneas, artralgias/artrite, DRGE (doença do refluxo esofágico), fenômeno de Raynaud, úlceras orais, serosite, doença renal, anormalidades hematológicas etc.

Esclerodermia: especialmente a forma limitada( síndrome CREST: calcinose, fenômeno de Raynaud, alteração da motilidade esofágica, esclerodactilia e telangiectasia) na ausência de doença pulmonar intersticial.

Menos comum no lúpus eritematoso sistêmico, doença mista do tecido conjuntivo e artrite reumatoide.

Investigações

Fatores antinucleares com título >1:80.[3][36]

Anticorpos anticentrômeros na esclerodermia limitada.[39]

Anticorpos anti-U3-ribonucleoproteína (RNP) na esclerodermia difusa e na doença mista do tecido conjuntivo.

Anticorpos anticardiolipina no lúpus.

Fator reumatoide.

HAP associada a shunts sistêmico-pulmonares congênitos

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

Shunts simples (mais comuns que complexos): defeito do septo ventricular (risco mais alto, especialmente se >1 cm), defeito do septo atrial (especialmente se >2 cm e do tipo de seio venoso), persistência do canal arterial, retorno venoso pulmonar anômalo.

Shunts complexos: tronco arterioso (quase todos os pacientes desenvolvem HAP), defeitos do septo atrioventricular.

Para todos os defeitos, o risco de HAP será mais alto se o defeito não for reparado.

Fisiologia de Eisenmenger: eritrocitose secundária, deficiência de ferro, hemoptise, embolização "paradoxal", abscessos cerebrais.[50]

Investigações

Ecocardiografia com contraste e solução salina agitada ("bolha"): melhor para shunt com inversão (direita para esquerda).[51]

Ecocardiografia transesofágica por Doppler e/ou ressonância nuclear magnética (RNM) cardíaca: definição anatômica.[50]

Cateterismo cardíaco direito e esquerdo com medição da saturação de oxigênio.[3]

HAP associada a hipertensão portal (hipertensão portopulmonar)

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

A idade média da manifestação é a quinta década de vida; razão de homens/mulheres de 1.1:1.[52]

Sinais de doença hepática subjacente: icterícia, telangiectasia aracniforme, edema dos membros inferiores, ascite.

Investigações

Testes da função hepática: anormais.

Ultrassonografia abdominal com Doppler colorido: cirrose hepática, aumento no gradiente venoso trans-hepático.

Cateterismo cardíaco direito: aumento do gradiente entre a pressão da veia hepática livre e oclusa (em cunha).

HAP associada a infecção por HIV

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

Fatores de risco de infecção por HIV.

Investigações

Sorologia positiva para HIV.

HAP associada a medicamentos e toxinas

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

História de uso de inibidores de apetite: aminorex, derivados de fenfluramina, uso de metanfetamina.[33][40]

Investigações

Toxicologia anormal.

HAP associada a outros distúrbios clínicos

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

História de doença tireoidiana, hemoglobinopatias, doenças mieloproliferativas, esplenectomia.[3]​​

Investigações

Testes de função tireoidiana, hemograma completo anormal com contagem plaquetária anormais.[3]

Doença veno-oclusiva pulmonar/hemangiomatose capilar pulmonar

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

Baqueteamento digital e/ou estertores basilares no exame físico.[3]

Investigações

Hipoxemia mais grave e diminuição na capacidade de difusão do monóxido de carbono.

TC do tórax: com opacidade em vidro fosco com uma distribuição centrolobular, linhas septais e adenopatia.

Números elevados de macrófagos carregados de hemossiderina no líquido da lavagem broncoalveolar.

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