Critérios

Características histológicas

O diagnóstico de melanoma é feito após a análise histológica do tecido; geralmente de pele, mas, em alguns casos, de linfonodos e tecidos de outros órgãos.

As principais características histológicas do melanoma incluem:[78]

  • Melanócitos atípicos graves

  • Distúrbio arquitetônico caracterizado por um padrão de crescimento assimétrico na epiderme

  • Dispersão pagetoide de melanócitos acima da camada celular basal da epiderme, crescimento confluente com perda do padrão de crescimento aninhado normal dos melanócitos juncionais

  • Ausência de maturação do componente melanocítico dérmico com profundidade na derme.

Outras características anormais incluem a regressão (observada como fibrose dérmica com melanófagos pigmentados) e figuras mitóticas no componente melanocítico dérmico.[78]

Informações sobre o prognóstico também são fornecidas com uma biópsia de pele de um melanoma, incluindo a espessura do tumor medida como espessura de Breslow (profundidade da invasão medida em milímetros, do topo da camada celular granular até o ponto de penetração mais profundo do tumor na derme ou na tela subcutânea), ulceração, contagem mitótica, invasão vascular e satélites microscópicos.[14][63]

Espessura de Breslow

A profundidade da invasão (medida em milímetros com um micrômetro em um microscópio durante a avaliação histopatológica de uma amostra de biópsia) do topo da camada celular granular até o ponto de penetração mais profundo do tumor na derme ou na tela subcutânea:[63]

  • Fino: <1 mm

  • Espessura intermediária: 1 mm a 4 mm

  • Espesso: >4 mm.

O melanoma confinado à epiderme é denominado melanoma in situ.

Nível de Clark

O nível de Clark é uma medida da espessura do tumor, mas é menos preciso que a espessura de Breslow. O uso do nível de Clark é principalmente restrito à avaliação de tumores com espessura <1 mm. O nível de Clark é determinado pelo nível de invasão de células malignas na derme ou na tela subcutânea, com:[79]

  • Nível I correspondendo ao melanoma in situ[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Fotomicrografia do melanoma in situDo acervo pessoal do Dr. Hobart Walling e Dr. Brian Swick. [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@466821af

  • Nível II correspondendo à invasão dentro da derme papilar

  • Nível III correspondendo à invasão preenchendo a derme papilar

  • Nível IV correspondendo à invasão dentro da derme reticular[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Fotomicrografia do melanoma invasivo do nível de Clark IVDo acervo pessoal do Dr. Hobart Walling e Dr. Brian Swick. [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@59d61782

  • Nível V correspondendo à invasão na tela subcutânea.

Estadiamento clínico do melanoma: sistema de estadiamento de tumor-nodo-metástase (TNM) do American Joint Committee on Cancer (8a edição)[62]

O sistema de estadiamento do AJCC (American Joint Committee on Cancer) descreve a extensão da doença com base nos seguintes fatores anatômicos: tamanho e extensão do tumor primário (T); comprometimento dos linfonodos regionais (N); e presença ou ausência de metástases a distância (M). Fatores de prognóstico não anatômicos (por exemplo, grau do tumor, biomarcadores) podem ser usados para complementar o estadiamento de certos tipos de câncer.

Em geral, o melanoma cutâneo é categorizado como:[14]

  • Doença localizada (sem evidência de metástases, estádio I-II)

  • Doença regional (estádio III)

  • Doença metastática distante (estádio IV).

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