Miastenia gravis
- Visão geral
- Teoria
- Diagnóstico
- Tratamento
- ACOMPANHAMENTO
- Recursos
Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
crise miastênica
intubação e ventilação mecânica
As indicações para ventilação mecânica são capacidade vital forçada (CVF) de 15 mL/kg ou menos (normal ≥60 mL/kg) e/ou força inspiratória negativa (NIF) de 20 cm H₂O ou menos (normal ≥70 cm H₂O). Alguns pacientes podem necessitar de traqueostomia e de gastrostomia endoscópica percutânea (GEP).[23]Bershad EM, Feen ES, Suarez JI. Myasthenia gravis crisis. South Med J. 2008 Jan;101(1):63-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18176295?tool=bestpractice.com
A terapia inicial consiste em ambientes ventilatórios otimizados para proporcionar relaxamento dos músculos respiratórios e eliminação dos fatores desencadeadores da crise.
plasmaférese ou imunoglobulina intravenosa
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
É necessária uma terapia aguda para a recuperação da transmissão através da junção neuromuscular com imunoglobulina ou plasmaférese.
A plasmaférese apresenta resposta rápida, com início geralmente após 2 a 3 sessões; no entanto, os efeitos são temporários, perdurando por semanas.[81]Jani-Acsadi A, Lisak RP. Myasthenic crisis: guidelines for prevention and treatment. J Neurol Sci. 2007 Oct 15;261(1-2):127-33. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17544450?tool=bestpractice.com [119]Barth D, Nabavi Nouri M, Ng E, et al. Comparison of IVIg and PLEX in patients with myasthenia gravis. Neurology. 2011 Jun 7;76(23):2017-23. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21562253?tool=bestpractice.com [122]Köhler W, Bucka C, Klingel R. A randomized and controlled study comparing immunoadsorption and plasma exchange in myasthenic crisis. J Clin Apher. 2011 Dec;26(6):347-55. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22095647?tool=bestpractice.com
A imunoglobulina intravenosa (IGIV) é fácil de administrar.[118]Gajdos P, Chevret S, Toyka KV. Intravenous immunoglobulin for myasthenia gravis. Cochrane Database Syst Rev. 2012;(12):CD002277. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD002277.pub4/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23235588?tool=bestpractice.com [119]Barth D, Nabavi Nouri M, Ng E, et al. Comparison of IVIg and PLEX in patients with myasthenia gravis. Neurology. 2011 Jun 7;76(23):2017-23. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21562253?tool=bestpractice.com [120]Elovaara I, Apostolski S, van Doorn P, et al. EFNS guidelines for the use of intravenous immunoglobulin in treatment of neurological diseases: EFNS task force on the use of intravenous immunoglobulin in treatment of neurological diseases. Eur J Neurol. 2008 Sep;15(9):893-908. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/j.1468-1331.2008.02246.x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18796075?tool=bestpractice.com [121]Feasby T, Banwell B, Benstead T, et al. Guidelines on the use of intravenous immune globulin for neurologic conditions. Transfus Med Rev. 2007 Apr;21(2 suppl 1):S57-107. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17397768?tool=bestpractice.com Quando os pacientes respondem, o início se dá em até 4 a 5 dias, com resposta máxima observável em 1 a 2 semanas; no entanto, seus efeitos também são temporários.
Em pacientes com MG positiva para tirosina quinase músculo específica (MuSK), a plasmaférese ou a IGIV são usadas durante crises e exacerbações agudas, mas a IGIV parece ser menos eficaz que a plasmaférese nesta subpopulação.[1]Sanders DB, Wolfe GI, Benatar M, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: executive summary. Neurology. 2016 Jul 26;87(4):419-25. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4977114 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27358333?tool=bestpractice.com [50]Guptill JT, Soni M, Meriggioli MN, et al. Current treatment, emerging translational therapies, and new therapeutic targets for autoimmune myasthenia gravis. Neurotherapeutics. 2016 Jan;13(1):118-31. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26510558?tool=bestpractice.com
Opções primárias
imunoglobulina humana normal: 1000 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia por 1-2 dias
cuidados de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os cuidados de suporte incluem profilaxia para trombose venosa profunda; profilaxia para úlcera; nutrição e hidratação adequadas; e evitar infecções e medicamentos que possam agravar os sintomas de miastenia.
corticosteroides
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Corticosteroides em altas doses podem ser iniciados concomitantemente com a imunoglobulina intravenosa (IGIV) ou a plasmaférese, pois atingem eficácia máxima no momento em que os efeitos da IGIV e da plasmaférese estão diminuindo.[131]Wendell LC, Levine JM. Myasthenic crisis. Neurohospitalist. 2011 Jan;1(1):16-22. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3726100 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23983833?tool=bestpractice.com [132]Sathasivam S. Current and emerging treatments for the management of myasthenia gravis. Ther Clin Risk Manag. 2011;7:313-23. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3150477 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21845054?tool=bestpractice.com Uma vez que o paciente começou a demonstrar uma melhora máxima, a dose pode ser lentamente diminuída. A redução prematura e/ou rápida dos corticosteroides geralmente resulta em exacerbação dos sintomas.
Opções primárias
prednisolona: 1 a 1.5 mg/kg por via oral uma vez ao dia
doença leve a moderada (classe I a III)
piridostigmina
Pacientes com sintomas leves e ocasionais não necessitam de tratamento.
O inibidor da colinesterase piridostigmina faz parte do tratamento inicial para a maioria dos pacientes com MG ocular ou generalizada, com a dose dependendo da gravidade dos sintomas.[1]Sanders DB, Wolfe GI, Benatar M, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: executive summary. Neurology. 2016 Jul 26;87(4):419-25. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4977114 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27358333?tool=bestpractice.com [3]Narayanaswami P, Sanders DB, Wolfe G, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: 2020 update. Neurology. 2021 Jan 19;96(3):114-22. https://n.neurology.org/content/96/3/114.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33144515?tool=bestpractice.com [89]Mehndiratta MM, Pandey S, Kuntzer T. Acetylcholinesterase inhibitor treatment for myasthenia gravis. Cochrane Database Syst Rev. 2014 Oct 13;(10):CD006986. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD006986.pub3/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25310725?tool=bestpractice.com [90]Skeie GO, Apostolski S, Evoli A, et al. Guidelines for treatment of autoimmune neuromuscular transmission disorders. Eur J Neurol. 2010 Jul;17(7):893-902. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1468-1331.2010.03019.x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20402760?tool=bestpractice.com [91]Kerty E, Elsais A, Argov Z, et al. EFNS/ENS guidelines for the treatment of ocular myasthenia. Eur J Neurol. 2014 May;21(5):687-93. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ene.12359 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24471489?tool=bestpractice.com No entanto, pacientes com anticorpos antitirosina quinase músculo específica (MuSK) geralmente respondem mal aos inibidores da colinesterase, com efeitos adversos frequentes e agravamento ocasional dos sintomas.[1]Sanders DB, Wolfe GI, Benatar M, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: executive summary. Neurology. 2016 Jul 26;87(4):419-25. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4977114 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27358333?tool=bestpractice.com
Os efeitos adversos muscarínicos geralmente podem ser reduzidos por meio da administração de piridostigmina em combinação com glicopirrolato. Como alternativa, a loperamida pode ser útil para diarreia persistente quando a dose de piridostigmina não pode ser reduzida.
A administração de piridostigmina 30 minutos antes das refeições, com uma pequena quantidade de comida, é útil para pacientes com disfunção oral, facial, bucal, faríngea e/ou lingual. A formulação de piridostigmina, com liberação sustentada, pode ser usada para dosagens noturnas em pacientes que necessitam de tratamento durante a noite ou que apresentam dificuldade com a primeira dose matinal de piridostigmina. Deve ser usado raramente, ou nunca, como dosagem diurna por causa da variabilidade de absorção.
Opções primárias
piridostigmina: a dose é individualizada; consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
Mais piridostigminaUma formulação de liberação sustentada está disponível em alguns países, incluindo os EUA; no entanto, ela raramente é usada para administração de diurna devido à absorção variável, sendo preferível para administração de dose noturna em alguns pacientes.
corticosteroides
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Um corticosteroide (por exemplo, prednisolona) é usado para pacientes nos quais a monoterapia com piridostigmina não é eficaz.[1]Sanders DB, Wolfe GI, Benatar M, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: executive summary. Neurology. 2016 Jul 26;87(4):419-25. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4977114 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27358333?tool=bestpractice.com [90]Skeie GO, Apostolski S, Evoli A, et al. Guidelines for treatment of autoimmune neuromuscular transmission disorders. Eur J Neurol. 2010 Jul;17(7):893-902. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1468-1331.2010.03019.x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20402760?tool=bestpractice.com [91]Kerty E, Elsais A, Argov Z, et al. EFNS/ENS guidelines for the treatment of ocular myasthenia. Eur J Neurol. 2014 May;21(5):687-93. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ene.12359 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24471489?tool=bestpractice.com [92]Benatar M, Kaminski H. Medical and surgical treatment for ocular myasthenia. Cochrane Database Syst Rev. 2012 Dec 12;(12):CD005081. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD005081.pub3/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23235620?tool=bestpractice.com [93]Schneider-Gold C, Gajdos P, Toyka KV, et al. Corticosteroids for myasthenia gravis. Cochrane Database Syst Rev. 2005 Apr 18;(2):CD002828. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD002828.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15846640?tool=bestpractice.com
A terapia é iniciada com uma dose baixa e gradualmente ajustada até a dose máxima. Os resultados de um pequeno ensaio clínico randomizado e controlado sugerem que a prednisolona em baixa dose com escalonamento gradual pode ser eficaz no tratamento da MG ocular e pode evitar os efeitos adversos associados a doses mais altas de corticosteroides.[94]Benatar M, Mcdermott MP, Sanders DB, et al. Efficacy of prednisone for the treatment of ocular myasthenia (EPITOME): a randomized, controlled trial. Muscle Nerve. 2016 Mar;53(3):363-9. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6038933 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26179124?tool=bestpractice.com Alguns pacientes podem apresentar agravamento da MG, incluindo o risco de precipitar uma crise miastênica, se os corticosteroides forem iniciados em altas doses.[91]Kerty E, Elsais A, Argov Z, et al. EFNS/ENS guidelines for the treatment of ocular myasthenia. Eur J Neurol. 2014 May;21(5):687-93. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ene.12359 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24471489?tool=bestpractice.com
Uma vez que os objetivos do tratamento sejam alcançados, a dose deve ser reduzida para estabelecer uma dose minimamente eficaz.[1]Sanders DB, Wolfe GI, Benatar M, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: executive summary. Neurology. 2016 Jul 26;87(4):419-25. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4977114 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27358333?tool=bestpractice.com Um estudo concluiu que a redução rápida da prednisolona parece ser viável, bem tolerada e associada a um bom desfecho em pacientes com MG moderada a grave.[95]Sharshar T, Porcher R, Demeret S, et al. Comparison of corticosteroid tapering regimens in myasthenia gravis: a randomized clinical trial. JAMA Neurol. 2021 Apr 1;78(4):426-33. https://jamanetwork.com/journals/jamaneurology/fullarticle/2775980 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33555314?tool=bestpractice.com
Pacientes com MG generalizada com sintomas moderados geralmente necessitam de corticoterapia de manutenção crônica ou terapia adicional.[1]Sanders DB, Wolfe GI, Benatar M, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: executive summary. Neurology. 2016 Jul 26;87(4):419-25. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4977114 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27358333?tool=bestpractice.com [90]Skeie GO, Apostolski S, Evoli A, et al. Guidelines for treatment of autoimmune neuromuscular transmission disorders. Eur J Neurol. 2010 Jul;17(7):893-902. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1468-1331.2010.03019.x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20402760?tool=bestpractice.com [93]Schneider-Gold C, Gajdos P, Toyka KV, et al. Corticosteroids for myasthenia gravis. Cochrane Database Syst Rev. 2005 Apr 18;(2):CD002828. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD002828.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15846640?tool=bestpractice.com
Opções primárias
prednisolona: 15-20 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar em incrementos de 5 mg/dia a cada 2-3 dias de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/dia
Mais prednisolonaPodem ser recomendados esquemas alternativos.
imunossupressor
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Para pacientes nos quais os corticosteroides são contraindicados e para pacientes que necessitam de altas doses de corticosteroides, outros imunossupressores podem ser considerados. Esses outros imunossupressores podem ser usados em vez de um corticosteroide ou em combinação para permitir a redução da dose (ou seja, como agente poupador de corticosteroide).[1]Sanders DB, Wolfe GI, Benatar M, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: executive summary. Neurology. 2016 Jul 26;87(4):419-25. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4977114 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27358333?tool=bestpractice.com
A azatioprina é recomendada como tratamento imunossupressor de primeira linha para MG, com base na eficácia e tolerabilidade.[1]Sanders DB, Wolfe GI, Benatar M, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: executive summary. Neurology. 2016 Jul 26;87(4):419-25. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4977114 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27358333?tool=bestpractice.com [90]Skeie GO, Apostolski S, Evoli A, et al. Guidelines for treatment of autoimmune neuromuscular transmission disorders. Eur J Neurol. 2010 Jul;17(7):893-902. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1468-1331.2010.03019.x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20402760?tool=bestpractice.com [91]Kerty E, Elsais A, Argov Z, et al. EFNS/ENS guidelines for the treatment of ocular myasthenia. Eur J Neurol. 2014 May;21(5):687-93. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ene.12359 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24471489?tool=bestpractice.com [96]Zhang Z, Wang M, Xu L, et al. Cancer occurrence following azathioprine treatment in myasthenia gravis patients: a systematic review and meta-analysis. J Clin Neurosci. 2021 Jun;88:70-4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33992207?tool=bestpractice.com Testes para mutações no gene da tiopurina metiltransferase (TPMT) foram sugeridos antes de se iniciar o tratamento com azatioprina, embora sejam raras mutações que causem diminuições intensas ou ausência da enzima.[141]Seidman EG. Clinical use and practical application of TPMT enzyme and 6-mercaptopurine metabolite monitoring in IBD. Rev Gastroenterol Disord. 2003;3(suppl 1):S30-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12684587?tool=bestpractice.com [142]Sanderson J, Ansari A, Marinaki T, et al. Thiopurine methyltransferase: should it be measured before commencing thiopurine drug therapy? Ann Clin Biochem. 2004 Jul;41(Pt 4):294-302. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15298741?tool=bestpractice.com Sugeriu-se o monitoramento do hemograma quanto à segurança, bem como quanto ao aumento do volume corpuscular médio dos eritrócitos ou à indução de linfopenia leve para estabelecer uma resposta terapêutica.
Outros agentes imunossupressores que podem ser considerados incluem ciclosporina, tacrolimo, micofenolato e metotrexato.[1]Sanders DB, Wolfe GI, Benatar M, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: executive summary. Neurology. 2016 Jul 26;87(4):419-25. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4977114 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27358333?tool=bestpractice.com [3]Narayanaswami P, Sanders DB, Wolfe G, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: 2020 update. Neurology. 2021 Jan 19;96(3):114-22. https://n.neurology.org/content/96/3/114.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33144515?tool=bestpractice.com [90]Skeie GO, Apostolski S, Evoli A, et al. Guidelines for treatment of autoimmune neuromuscular transmission disorders. Eur J Neurol. 2010 Jul;17(7):893-902. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1468-1331.2010.03019.x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20402760?tool=bestpractice.com [97]Farrugia ME, Goodfellow JA. A practical approach to managing patients with myasthenia gravis-opinions and a review of the literature. Front Neurol. 2020 Jul 7;11:604. https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fneur.2020.00604/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32733360?tool=bestpractice.com A ciclosporina é eficaz, mas seu uso é limitado devido a potenciais efeitos adversos graves e interações medicamentosas.[1]Sanders DB, Wolfe GI, Benatar M, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: executive summary. Neurology. 2016 Jul 26;87(4):419-25. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4977114 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27358333?tool=bestpractice.com O tacrolimo também oferece benefícios, mas é menos usado para MG fora da Ásia.[98]Wang L, Xi J, Zhang S, et al. Effectiveness and safety of tacrolimus therapy for myasthenia gravis: A single arm meta-analysis. J Clin Neurosci. 2019 May;63:160-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30827886?tool=bestpractice.com As evidências da eficácia do micofenolato são ambíguas e faltam evidências de ensaio clínico randomizado e controlado para o metotrexato; essas opções podem ser consideradas se outras opções não forem toleradas ou forem ineficazes.[1]Sanders DB, Wolfe GI, Benatar M, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: executive summary. Neurology. 2016 Jul 26;87(4):419-25. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4977114 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27358333?tool=bestpractice.com [3]Narayanaswami P, Sanders DB, Wolfe G, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: 2020 update. Neurology. 2021 Jan 19;96(3):114-22. https://n.neurology.org/content/96/3/114.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33144515?tool=bestpractice.com [90]Skeie GO, Apostolski S, Evoli A, et al. Guidelines for treatment of autoimmune neuromuscular transmission disorders. Eur J Neurol. 2010 Jul;17(7):893-902. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1468-1331.2010.03019.x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20402760?tool=bestpractice.com [97]Farrugia ME, Goodfellow JA. A practical approach to managing patients with myasthenia gravis-opinions and a review of the literature. Front Neurol. 2020 Jul 7;11:604. https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fneur.2020.00604/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32733360?tool=bestpractice.com [99]Hart IK, Sathasivam S, Sharshar T. Immunosuppressive agents for myasthenia gravis. Cochrane Database Syst Rev. 2007 Oct 17;(4):CD005224. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD005224.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17943844?tool=bestpractice.com [100]Pasnoor M, He J, Herbelin L, et al. A randomized controlled trial of methotrexate for patients with generalized myasthenia gravis. Neurology. 2016 Jul 5;87(1):57-64. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4932232 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27306628?tool=bestpractice.com Micofenolato e metotrexato são contraindicados na gravidez.
Opções primárias
azatioprina: 50 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente por 1 semana, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 2-3 mg/kg/dia
Opções secundárias
ciclosporina: 2.5 mg/kg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta e os níveis séricos de ciclosporina
ou
tacrolimo: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
Opções terciárias
micofenolato de mofetila: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
metotrexato: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
rituximabe
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Evidências sugerem que o rituximabe é eficaz em pacientes com MG positiva para tirosina quinase músculo específica (MuSK). Deve ser considerado como uma opção terapêutica precoce para pacientes com MG positiva para MuSK moderada, se a resposta à imunoterapia inicial for inadequada.[3]Narayanaswami P, Sanders DB, Wolfe G, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: 2020 update. Neurology. 2021 Jan 19;96(3):114-22. https://n.neurology.org/content/96/3/114.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33144515?tool=bestpractice.com [101]Tandan R, Hehir MK 2nd, Waheed W, et al. Rituximab treatment of myasthenia gravis: a systematic review. Muscle Nerve. 2017 Aug;56(2):185-96. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28164324?tool=bestpractice.com [102]Hehir MK, Hobson-Webb LD, Benatar M, et al. Rituximab as treatment for anti-MuSK myasthenia gravis: Multicenter blinded prospective review. Neurology. 2017 Sep 5;89(10):1069-77. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28801338?tool=bestpractice.com Alguns pacientes podem passar por um esquema de retirada gradual e interromper a prednisolona e/ou outros agentes imunossupressores quando em uso de rituximabe.
Opções primárias
rituximabe: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
timectomia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A timectomia mostrou-se eficaz em pacientes sem timoma que têm MG generalizada leve ou moderada com anticorpos antirreceptor da acetilcolina (AChR).[3]Narayanaswami P, Sanders DB, Wolfe G, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: 2020 update. Neurology. 2021 Jan 19;96(3):114-22. https://n.neurology.org/content/96/3/114.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33144515?tool=bestpractice.com [90]Skeie GO, Apostolski S, Evoli A, et al. Guidelines for treatment of autoimmune neuromuscular transmission disorders. Eur J Neurol. 2010 Jul;17(7):893-902. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1468-1331.2010.03019.x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20402760?tool=bestpractice.com [103]Cataneo AJM, Felisberto G Jr, Cataneo DC. Thymectomy in nonthymomatous myasthenia gravis - systematic review and meta-analysis. Orphanet J Rare Dis. 2018 Jun 25;13(1):99. https://www.doi.org/10.1186/s13023-018-0837-z http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29940999?tool=bestpractice.com [104]Wolfe GI, Kaminski HJ, Aban IB, et al. Long-term effect of thymectomy plus prednisone versus prednisone alone in patients with non-thymomatous myasthenia gravis: 2-year extension of the MGTX randomised trial. Lancet Neurol. 2019 Mar;18(3):259-68. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30692052?tool=bestpractice.com [105]Gronseth GS, Barohn R, Narayanaswami P. Practice advisory: thymectomy for myasthenia gravis (practice parameter update). Report of the Guideline Development, Dissemination, and Implementation Subcommittee of the American Academy of Neurology. Neurology. 2020 Apr 21;94(16):705-9. https://n.neurology.org/content/94/16/705.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32213645?tool=bestpractice.com A timectomia pode ser considerada precocemente na evolução da doença para pacientes com idade entre 18 e 50 anos, para minimizar a necessidade de imunossupressores, incluindo tratamento com corticosteroides em longo prazo.
Pode ser oferecida timectomia para pacientes com MG ocular positiva para AChR com resposta insuficiente aos inibidores da colinesterase se tiverem contraindicações, forem refratários ou preferirem não tomar agentes imunossupressores, embora não haja nenhum ensaio clínico randomizado e controlado prospectivo grande de timectomia nessa população de pacientes.[3]Narayanaswami P, Sanders DB, Wolfe G, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: 2020 update. Neurology. 2021 Jan 19;96(3):114-22. https://n.neurology.org/content/96/3/114.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33144515?tool=bestpractice.com
A timectomia pode ser considerada para pacientes sem anticorpos detectáveis se os imunossupressores forem ineficazes ou para minimizar os efeitos colaterais.
Não há evidências para dar suporte à timectomia em pacientes com anticorpos contra tirosina quinase músculo específica (MuSK), proteína 4 relacionada ao receptor de lipoproteína de baixa densidade ou agrina sem timoma.[3]Narayanaswami P, Sanders DB, Wolfe G, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: 2020 update. Neurology. 2021 Jan 19;96(3):114-22. https://n.neurology.org/content/96/3/114.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33144515?tool=bestpractice.com
Se o paciente tiver o que parece ser um timoma em exames de imagem, a timectomia será indicada independentemente do tipo ou gravidade da MG.[1]Sanders DB, Wolfe GI, Benatar M, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: executive summary. Neurology. 2016 Jul 26;87(4):419-25. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4977114 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27358333?tool=bestpractice.com [90]Skeie GO, Apostolski S, Evoli A, et al. Guidelines for treatment of autoimmune neuromuscular transmission disorders. Eur J Neurol. 2010 Jul;17(7):893-902. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1468-1331.2010.03019.x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20402760?tool=bestpractice.com
Em pacientes com doença leve que não precisam de corticosteroides ou outros imunossupressores, o tratamento com esses agentes antes da timectomia não é necessário. A timectomia deve ser realizada em uma instituição em que os profissionais da saúde sejam experientes em cuidados anestésicos e em manejo perioperatório de pacientes com MG. As técnicas disponíveis variam desde a toracotomia assistida por robô ou por vídeo até a toracotomia com o uso de uma abordagem transcervical ou esternotomia mediana.[107]Keijzers M, de Baets M, Hochstenbag M, et al. Robotic thymectomy in patients with myasthenia gravis: neurological and surgical outcomes. Eur J Cardiothorac Surg. 2015 Jul;48(1):40-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25234092?tool=bestpractice.com [108]Goldstein SD, Culbertson NT, Garrett D, et al. Thymectomy for myasthenia gravis in children: a comparison of open and thoracoscopic approaches. J Pediatr Surg. 2015 Jan;50(1):92-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25598101?tool=bestpractice.com [109]Fok M, Bashir M, Harky A, et al. Video-assisted thoracoscopic versus robotic-assisted thoracoscopic thymectomy: systematic review and neta-analysis. Innovations (Phila). 2017 Jul/Aug;12(4):259-64. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28759542?tool=bestpractice.com [110]Solis-Pazmino P, Baiu I, Lincango-Naranjo E, et al. Impact of the surgical approach to thymectomy upon complete stable remission rates in myasthenia gravis: a meta-analysis. Neurology. 2021 Jul 27;97(4):e357-68. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33947783?tool=bestpractice.com Abordagens menos invasivas são relatadas como tão eficazes quanto abordagens mais agressivas.[107]Keijzers M, de Baets M, Hochstenbag M, et al. Robotic thymectomy in patients with myasthenia gravis: neurological and surgical outcomes. Eur J Cardiothorac Surg. 2015 Jul;48(1):40-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25234092?tool=bestpractice.com [108]Goldstein SD, Culbertson NT, Garrett D, et al. Thymectomy for myasthenia gravis in children: a comparison of open and thoracoscopic approaches. J Pediatr Surg. 2015 Jan;50(1):92-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25598101?tool=bestpractice.com [110]Solis-Pazmino P, Baiu I, Lincango-Naranjo E, et al. Impact of the surgical approach to thymectomy upon complete stable remission rates in myasthenia gravis: a meta-analysis. Neurology. 2021 Jul 27;97(4):e357-68. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33947783?tool=bestpractice.com Geralmente é aceito que, quanto mais completa for a remoção do timo, maior será a taxa de remissão dos sintomas de MG. Os riscos cirúrgicos incluem lesão aos nervos frênico ou laríngeo recorrente, derrame pleural, embolia pulmonar, infecção da ferida operatória ou cicatrização tardia, além de posterior instabilidade esternal.
Os fatores de risco para crise miastênica após timectomia incluem história pré-operatória de crise miastênica, gravidade pré-operatória da MG, sintomas bulbares pré-operatórios e uso de altas doses de piridostigmina.[111]Liu C, Liu P, Zhang XJ, et al. Assessment of the risks of a myasthenic crisis after thymectomy in patients with myasthenia gravis: a systematic review and meta-analysis of 25 studies. J Cardiothorac Surg. 2020 Sep 29;15(1):270. https://cardiothoracicsurgery.biomedcentral.com/articles/10.1186/s13019-020-01320-x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32993739?tool=bestpractice.com [112]Geng Y, Zhang H, Wang Y. Risk factors of myasthenia crisis after thymectomy among myasthenia gravis patients: a meta-analysis. Medicine (Baltimore). 2020 Jan;99(1):e18622. https://journals.lww.com/md-journal/Fulltext/2020/01030/Risk_factors_of_myasthenia_crisis_after_thymectomy.56.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31895819?tool=bestpractice.com Uma revisão sistemática concluiu que a plasmaférese antes da cirurgia pode reduzir o risco de crise miastênica pós-operatória em pacientes com doença grave, mas pode ter pouco ou nenhum efeito em pacientes com doença leve.[113]Reis TA, Cataneo DC, Cataneo AJM. Clinical usefulness of prethymectomy plasmapheresis in patients with myasthenia gravis: a systematic review and meta-analysis. Interact Cardiovasc Thorac Surg. 2019 Dec 1;29(6):867-75. https://academic.oup.com/icvts/article/29/6/867/5541030 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31363750?tool=bestpractice.com
doença grave (classe IV ou V) ou refratária
piridostigmina
O inibidor da colinesterase piridostigmina faz parte do tratamento da maioria dos pacientes com MG, com a dose dependendo da gravidade dos sintomas.[1]Sanders DB, Wolfe GI, Benatar M, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: executive summary. Neurology. 2016 Jul 26;87(4):419-25. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4977114 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27358333?tool=bestpractice.com [3]Narayanaswami P, Sanders DB, Wolfe G, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: 2020 update. Neurology. 2021 Jan 19;96(3):114-22. https://n.neurology.org/content/96/3/114.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33144515?tool=bestpractice.com [89]Mehndiratta MM, Pandey S, Kuntzer T. Acetylcholinesterase inhibitor treatment for myasthenia gravis. Cochrane Database Syst Rev. 2014 Oct 13;(10):CD006986. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD006986.pub3/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25310725?tool=bestpractice.com [90]Skeie GO, Apostolski S, Evoli A, et al. Guidelines for treatment of autoimmune neuromuscular transmission disorders. Eur J Neurol. 2010 Jul;17(7):893-902. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1468-1331.2010.03019.x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20402760?tool=bestpractice.com [91]Kerty E, Elsais A, Argov Z, et al. EFNS/ENS guidelines for the treatment of ocular myasthenia. Eur J Neurol. 2014 May;21(5):687-93. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ene.12359 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24471489?tool=bestpractice.com No entanto, pacientes com anticorpos antitirosina quinase músculo específica (MuSK) geralmente respondem mal aos inibidores da colinesterase, com efeitos adversos frequentes e agravamento ocasional dos sintomas.[1]Sanders DB, Wolfe GI, Benatar M, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: executive summary. Neurology. 2016 Jul 26;87(4):419-25. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4977114 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27358333?tool=bestpractice.com
Os efeitos adversos muscarínicos geralmente podem ser reduzidos por meio da administração de piridostigmina em combinação com glicopirrolato. Como alternativa, a loperamida pode ser útil para diarreia persistente quando a dose de piridostigmina não pode ser reduzida.
A administração de piridostigmina 30 minutos antes das refeições, com uma pequena quantidade de comida, é útil para pacientes com disfunção oral, facial, bucal, faríngea e/ou lingual. A formulação de piridostigmina, com liberação sustentada, pode ser usada para dosagens noturnas em pacientes que necessitam de tratamento durante a noite ou que apresentam dificuldade com a primeira dose matinal de piridostigmina. Deve ser usado raramente, ou nunca, como dosagem diurna por causa da variabilidade de absorção.
Opções primárias
piridostigmina: a dose é individualizada; consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
Mais piridostigminaUma formulação de liberação sustentada está disponível em alguns países, incluindo os EUA; no entanto, ela raramente é usada para administração de diurna devido à absorção variável, sendo preferível para administração de dose noturna em alguns pacientes.
corticosteroides
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Um corticosteroide (por exemplo, prednisolona) pode ser usado juntamente com a piridostigmina, a menos que seja contraindicado.[1]Sanders DB, Wolfe GI, Benatar M, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: executive summary. Neurology. 2016 Jul 26;87(4):419-25. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4977114 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27358333?tool=bestpractice.com [90]Skeie GO, Apostolski S, Evoli A, et al. Guidelines for treatment of autoimmune neuromuscular transmission disorders. Eur J Neurol. 2010 Jul;17(7):893-902. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1468-1331.2010.03019.x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20402760?tool=bestpractice.com [91]Kerty E, Elsais A, Argov Z, et al. EFNS/ENS guidelines for the treatment of ocular myasthenia. Eur J Neurol. 2014 May;21(5):687-93. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ene.12359 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24471489?tool=bestpractice.com [92]Benatar M, Kaminski H. Medical and surgical treatment for ocular myasthenia. Cochrane Database Syst Rev. 2012 Dec 12;(12):CD005081. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD005081.pub3/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23235620?tool=bestpractice.com [93]Schneider-Gold C, Gajdos P, Toyka KV, et al. Corticosteroids for myasthenia gravis. Cochrane Database Syst Rev. 2005 Apr 18;(2):CD002828. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD002828.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15846640?tool=bestpractice.com
A terapia é iniciada com uma dose baixa e gradualmente ajustada até a dose máxima. Os resultados de um pequeno ensaio clínico randomizado e controlado sugerem que a prednisolona em baixa dose com escalonamento gradual pode ser eficaz no tratamento da MG ocular e pode evitar os efeitos adversos associados a doses mais altas de corticosteroides.[94]Benatar M, Mcdermott MP, Sanders DB, et al. Efficacy of prednisone for the treatment of ocular myasthenia (EPITOME): a randomized, controlled trial. Muscle Nerve. 2016 Mar;53(3):363-9. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6038933 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26179124?tool=bestpractice.com Alguns pacientes podem apresentar agravamento da MG, incluindo o risco de precipitar uma crise miastênica, se os corticosteroides forem iniciados em altas doses.[91]Kerty E, Elsais A, Argov Z, et al. EFNS/ENS guidelines for the treatment of ocular myasthenia. Eur J Neurol. 2014 May;21(5):687-93. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ene.12359 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24471489?tool=bestpractice.com
Uma vez que os objetivos do tratamento sejam alcançados, a dose deve ser reduzida para estabelecer uma dose minimamente eficaz.[1]Sanders DB, Wolfe GI, Benatar M, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: executive summary. Neurology. 2016 Jul 26;87(4):419-25. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4977114 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27358333?tool=bestpractice.com Um estudo concluiu que a redução rápida da prednisolona parece ser viável, bem tolerada e associada a um bom desfecho em pacientes com MG moderada a grave.[95]Sharshar T, Porcher R, Demeret S, et al. Comparison of corticosteroid tapering regimens in myasthenia gravis: a randomized clinical trial. JAMA Neurol. 2021 Apr 1;78(4):426-33. https://jamanetwork.com/journals/jamaneurology/fullarticle/2775980 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33555314?tool=bestpractice.com
Pacientes com MG generalizada com sintomas moderados a graves geralmente necessitam de corticoterapia de manutenção crônica ou terapia adicional.[1]Sanders DB, Wolfe GI, Benatar M, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: executive summary. Neurology. 2016 Jul 26;87(4):419-25. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4977114 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27358333?tool=bestpractice.com [90]Skeie GO, Apostolski S, Evoli A, et al. Guidelines for treatment of autoimmune neuromuscular transmission disorders. Eur J Neurol. 2010 Jul;17(7):893-902. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1468-1331.2010.03019.x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20402760?tool=bestpractice.com [93]Schneider-Gold C, Gajdos P, Toyka KV, et al. Corticosteroids for myasthenia gravis. Cochrane Database Syst Rev. 2005 Apr 18;(2):CD002828. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD002828.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15846640?tool=bestpractice.com
Opções primárias
prednisolona: 15-20 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar em incrementos de 5 mg/dia a cada 2-3 dias de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/dia
Mais prednisolonaPodem ser recomendados esquemas alternativos.
imunossupressor
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Para pacientes nos quais os corticosteroides são contraindicados e para pacientes que necessitam de altas doses de corticosteroides, outros imunossupressores podem ser considerados. Esses outros imunossupressores podem ser usados em vez de um corticosteroide ou em combinação para permitir a redução da dose (ou seja, como agente poupador de corticosteroide).[1]Sanders DB, Wolfe GI, Benatar M, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: executive summary. Neurology. 2016 Jul 26;87(4):419-25. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4977114 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27358333?tool=bestpractice.com
A azatioprina é recomendada como tratamento imunossupressor de primeira linha para MG, com base na eficácia e tolerabilidade.[1]Sanders DB, Wolfe GI, Benatar M, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: executive summary. Neurology. 2016 Jul 26;87(4):419-25. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4977114 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27358333?tool=bestpractice.com [90]Skeie GO, Apostolski S, Evoli A, et al. Guidelines for treatment of autoimmune neuromuscular transmission disorders. Eur J Neurol. 2010 Jul;17(7):893-902. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1468-1331.2010.03019.x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20402760?tool=bestpractice.com [91]Kerty E, Elsais A, Argov Z, et al. EFNS/ENS guidelines for the treatment of ocular myasthenia. Eur J Neurol. 2014 May;21(5):687-93. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ene.12359 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24471489?tool=bestpractice.com [96]Zhang Z, Wang M, Xu L, et al. Cancer occurrence following azathioprine treatment in myasthenia gravis patients: a systematic review and meta-analysis. J Clin Neurosci. 2021 Jun;88:70-4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33992207?tool=bestpractice.com Testes para mutações no gene da tiopurina metiltransferase (TPMT) foram sugeridos antes de se iniciar o tratamento com azatioprina, embora sejam raras mutações que causem diminuições intensas ou ausência da enzima.[141]Seidman EG. Clinical use and practical application of TPMT enzyme and 6-mercaptopurine metabolite monitoring in IBD. Rev Gastroenterol Disord. 2003;3(suppl 1):S30-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12684587?tool=bestpractice.com [142]Sanderson J, Ansari A, Marinaki T, et al. Thiopurine methyltransferase: should it be measured before commencing thiopurine drug therapy? Ann Clin Biochem. 2004 Jul;41(Pt 4):294-302. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15298741?tool=bestpractice.com Sugeriu-se o monitoramento do hemograma quanto à segurança, bem como quanto ao aumento do volume corpuscular médio dos eritrócitos ou à indução de linfopenia leve para estabelecer uma resposta terapêutica.
Outros agentes imunossupressores que podem ser considerados incluem ciclosporina, tacrolimo, micofenolato, ciclofosfamida e metotrexato.[1]Sanders DB, Wolfe GI, Benatar M, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: executive summary. Neurology. 2016 Jul 26;87(4):419-25. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4977114 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27358333?tool=bestpractice.com [3]Narayanaswami P, Sanders DB, Wolfe G, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: 2020 update. Neurology. 2021 Jan 19;96(3):114-22. https://n.neurology.org/content/96/3/114.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33144515?tool=bestpractice.com [90]Skeie GO, Apostolski S, Evoli A, et al. Guidelines for treatment of autoimmune neuromuscular transmission disorders. Eur J Neurol. 2010 Jul;17(7):893-902. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1468-1331.2010.03019.x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20402760?tool=bestpractice.com [97]Farrugia ME, Goodfellow JA. A practical approach to managing patients with myasthenia gravis-opinions and a review of the literature. Front Neurol. 2020 Jul 7;11:604. https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fneur.2020.00604/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32733360?tool=bestpractice.com A ciclosporina é eficaz, mas seu uso é limitado devido a potenciais efeitos adversos graves e interações medicamentosas.[1]Sanders DB, Wolfe GI, Benatar M, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: executive summary. Neurology. 2016 Jul 26;87(4):419-25. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4977114 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27358333?tool=bestpractice.com O tacrolimo também oferece benefícios, mas é menos usado para MG fora da Ásia.[98]Wang L, Xi J, Zhang S, et al. Effectiveness and safety of tacrolimus therapy for myasthenia gravis: A single arm meta-analysis. J Clin Neurosci. 2019 May;63:160-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30827886?tool=bestpractice.com As evidências da eficácia do micofenolato são ambíguas e faltam evidências de ensaio clínico randomizado e controlado para o metotrexato; essas opções podem ser consideradas se outras opções não forem toleradas ou forem ineficazes.[1]Sanders DB, Wolfe GI, Benatar M, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: executive summary. Neurology. 2016 Jul 26;87(4):419-25. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4977114 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27358333?tool=bestpractice.com [3]Narayanaswami P, Sanders DB, Wolfe G, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: 2020 update. Neurology. 2021 Jan 19;96(3):114-22. https://n.neurology.org/content/96/3/114.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33144515?tool=bestpractice.com [90]Skeie GO, Apostolski S, Evoli A, et al. Guidelines for treatment of autoimmune neuromuscular transmission disorders. Eur J Neurol. 2010 Jul;17(7):893-902. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1468-1331.2010.03019.x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20402760?tool=bestpractice.com [97]Farrugia ME, Goodfellow JA. A practical approach to managing patients with myasthenia gravis-opinions and a review of the literature. Front Neurol. 2020 Jul 7;11:604. https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fneur.2020.00604/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32733360?tool=bestpractice.com [99]Hart IK, Sathasivam S, Sharshar T. Immunosuppressive agents for myasthenia gravis. Cochrane Database Syst Rev. 2007 Oct 17;(4):CD005224. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD005224.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17943844?tool=bestpractice.com [100]Pasnoor M, He J, Herbelin L, et al. A randomized controlled trial of methotrexate for patients with generalized myasthenia gravis. Neurology. 2016 Jul 5;87(1):57-64. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4932232 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27306628?tool=bestpractice.com A ciclofosfamida está associada a um risco significativo de toxicidade, incluindo supressão da medula óssea, infecções oportunistas, toxicidade da bexiga, esterilidade e neoplasias. Portanto, é usada apenas para pacientes com MG refratária grave nos quais outros imunossupressores são ineficazes ou não tolerados.[1]Sanders DB, Wolfe GI, Benatar M, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: executive summary. Neurology. 2016 Jul 26;87(4):419-25. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4977114 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27358333?tool=bestpractice.com [90]Skeie GO, Apostolski S, Evoli A, et al. Guidelines for treatment of autoimmune neuromuscular transmission disorders. Eur J Neurol. 2010 Jul;17(7):893-902. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1468-1331.2010.03019.x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20402760?tool=bestpractice.com Micofenolato, metotrexato e ciclofosfamida são contraindicados na gravidez.
Opções primárias
azatioprina: 50 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente por 1 semana, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 2-3 mg/kg/dia
Opções secundárias
ciclosporina: 2.5 mg/kg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta e os níveis séricos de ciclosporina
ou
tacrolimo: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
Opções terciárias
ciclofosfamida: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
micofenolato de mofetila: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
metotrexato: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
rituximabe ou inibidor do complemento C5 ou efgartigimode alfa
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O rituximabe é uma opção de tratamento para MG positiva para anticorpos contra tirosina quinase músculo específica (MuSK) ou receptor da acetilcolina (AChR) grave que é refratária a outros imunossupressores.[3]Narayanaswami P, Sanders DB, Wolfe G, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: 2020 update. Neurology. 2021 Jan 19;96(3):114-22. https://n.neurology.org/content/96/3/114.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33144515?tool=bestpractice.com [101]Tandan R, Hehir MK 2nd, Waheed W, et al. Rituximab treatment of myasthenia gravis: a systematic review. Muscle Nerve. 2017 Aug;56(2):185-96. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28164324?tool=bestpractice.com Evidências sugerem que o rituximabe é efetivo nos pacientes com MG positiva para MuSK, devendo ser considerado uma opção terapêutica inicial para esses pacientes se a resposta à imunoterapia inicial for inadequada.[3]Narayanaswami P, Sanders DB, Wolfe G, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: 2020 update. Neurology. 2021 Jan 19;96(3):114-22. https://n.neurology.org/content/96/3/114.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33144515?tool=bestpractice.com [101]Tandan R, Hehir MK 2nd, Waheed W, et al. Rituximab treatment of myasthenia gravis: a systematic review. Muscle Nerve. 2017 Aug;56(2):185-96. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28164324?tool=bestpractice.com [102]Hehir MK, Hobson-Webb LD, Benatar M, et al. Rituximab as treatment for anti-MuSK myasthenia gravis: Multicenter blinded prospective review. Neurology. 2017 Sep 5;89(10):1069-77. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28801338?tool=bestpractice.com Para pacientes com MG positiva para AChR, o rituximabe é recomendado como opção se outros agentes imunossupressores forem inefetivos ou não tolerados; no entanto, a eficácia neste grupo é incerta.[3]Narayanaswami P, Sanders DB, Wolfe G, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: 2020 update. Neurology. 2021 Jan 19;96(3):114-22. https://n.neurology.org/content/96/3/114.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33144515?tool=bestpractice.com [114]Li T, Zhang GQ, Li Y, et al. Efficacy and safety of different dosages of rituximab for refractory generalized AChR myasthenia gravis: a meta-analysis. J Clin Neurosci. 2021 Mar;85:6-12. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33581791?tool=bestpractice.com [115]Di Stefano V, Lupica A, Rispoli MG, et al. Rituximab in AChR subtype of myasthenia gravis: systematic review. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 2020 Apr;91(4):392-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32098874?tool=bestpractice.com [116]Nowak RJ, Coffey CS, Goldstein JM, et al. Phase 2 trial of rituximab in acetylcholine receptor antibody-positive generalized myasthenia gravis: the BeatMG study. Neurology. 2021 Dec 2;98(4):e376-89. https://n.neurology.org/content/98/4/e376.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34857535?tool=bestpractice.com [117]Brauner S, Eriksson-Dufva A, Hietala MA, et al. Comparison between rituximab treatment for new-onset generalized myasthenia gravis and refractory generalized myasthenia gravis. JAMA Neurol. 2020 Aug 1;77(8):974-81. https://jamanetwork.com/journals/jamaneurology/fullarticle/2765474 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32364568?tool=bestpractice.com O rituximabe não está licenciado para o tratamento da MG.
Eculizumabe e ravulizumabe são anticorpos monoclonais inibidores do complemento C5. O eculizumabe é recomendado como opção de tratamento para MG positiva para AChR grave, refratária e generalizada, se outras imunoterapias resultarem em resposta inadequada ou não forem toleradas.[3]Narayanaswami P, Sanders DB, Wolfe G, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: 2020 update. Neurology. 2021 Jan 19;96(3):114-22. https://n.neurology.org/content/96/3/114.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33144515?tool=bestpractice.com Estudos indicam que o eculizumabe é uma imunoterapia eficaz e tolerável para MG grave refratária.[123]Wang L, Huan X, Xi JY, et al. Immunosuppressive and monoclonal antibody treatment for myasthenia gravis: a network meta-analysis. CNS Neurosci Ther. 2019 May;25(5):647-58. https://www.doi.org/10.1111/cns.13110 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30809966?tool=bestpractice.com [124]Howard JF Jr, Utsugisawa K, Benatar M, et al. Safety and efficacy of eculizumab in anti-acetylcholine receptor antibody-positive refractory generalised myasthenia gravis (REGAIN): a phase 3, randomised, double-blind, placebo-controlled, multicentre study. Lancet Neurol. 2017 Dec;16(12):976-86. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29066163?tool=bestpractice.com [125]Mantegazza R, O'Brien FL, Yountz M, et al. Consistent improvement with eculizumab across muscle groups in myasthenia gravis. Ann Clin Transl Neurol. 2020 Aug;7(8):1327-39. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7448154 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32700461?tool=bestpractice.com O eculizumabe também pode ser adequado para pacientes com doença moderada refratária ou em estágios iniciais do ciclo de tratamento. O ravulizumabe, um inibidor do complemento C5 de ação mais prolongada, é aprovado nos EUA e na Europa para o tratamento de MG positiva para AChR generalizada. Em um estudo de fase 3, randomizado e duplo-cego, o ravulizumabe foi associado a melhoras significativamente maiores nos desfechos relatados pelo paciente e pelo médico do que o placebo, com um perfil de segurança aceitável.[126]Vu T, Meisel A, Mantegazza R, et al. Terminal complement inhibitor ravulizumab in generalized myasthenia gravis. NEJM Evid 2022;1(5):10.1056/EVIDoa2100066. https://evidence.nejm.org/doi/full/10.1056/EVIDoa2100066
Todos os pacientes que tomam eculizumabe ou ravulizumabe devem ser vacinados contra Neisseria meningitidis pelo menos 2 semanas antes da primeira dose para reduzir o risco de infecção meningocócica. Os pacientes que iniciaram o tratamento menos de 2 semanas após receberem uma vacina meningocócica devem receber profilaxia com medicamento antibacteriano até 2 semanas após a vacinação.
O efgartigimode alfa, é um fragmento Fc da imunoglobulina humana G1 (IgG1) desenvolvido para reduzir os níveis de autoanticorpos IgG patogênicos. Está disponível em formulação intravenosa e em formulação subcutânea (coformulado com hialuronidase). O efgartigimode alfa intravenoso foi bem tolerado e mais eficaz do que o placebo em um ensaio clínico randomizado e controlado de fase 3 de pacientes com MG positiva para AChR generalizada, e está aprovado nos EUA e na Europa para o tratamento de MG positiva para AChR generalizada. Os efeitos adversos incluíram infecções do trato respiratório, cefaleia e infecções do trato urinário.[127]Howard JF Jr, Bril V, Vu T, et al. Safety, efficacy, and tolerability of efgartigimod in patients with generalised myasthenia gravis (ADAPT): a multicentre, randomised, placebo-controlled, phase 3 trial. Lancet Neurol. 2021 Jul;20(7):526-36. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34146511?tool=bestpractice.com [128]Mantegazza R, Antozzi C. From traditional to targeted immunotherapy in myasthenia gravis: prospects for research. Front Neurol. 2020 Sep 2;11:981. https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fneur.2020.00981/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32982957?tool=bestpractice.com [129]Heo YA. Efgartigimod: first approval. Drugs. 2022 Feb;82(3):341-8. https://link.springer.com/article/10.1007/s40265-022-01678-3 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35179720?tool=bestpractice.com O efgartigimode alfa/hialuronidase por via subcutânea está aprovado nos EUA para o tratamento de MG positiva para AChR generalizada.[130]ClinicalTrials.gov. Evaluating the pharmacodynamic noninferiority of efgartigimod PH20 SC administered subcutaneously as compared to efgartigimod administered intravenously in patients with generalized myasthenia gravis (ADAPTsc). ClinicalTrials.gov identifier: NCT04735432. Feb 2023 [internet publication]. https://clinicaltrials.gov/study/NCT04735432
Opções primárias
rituximabe: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
eculizumabe: 900 mg por via intravenosa a cada 7 dias pelas primeiras 4 semanas, seguidos por 1200 mg em dose única 7 dias após a quarta dose, depois 1200 mg a cada 14 dias subsequentemente
Mais eculizumabeUma dose suplementar pode ser necessária em pacientes submetidos à plasmaférese ou IGIV. Consulte um especialista para obter orientação ao trocar de eculizumabe para ravulizumabe.
Opções secundárias
ravulizumabe: peso corporal 40-59 kg: 2400 mg por via intravenosa como dose de ataque, seguidos por 3000 mg a cada 8 semanas, começando 2 semanas após a dose de ataque; peso corporal 60-99 kg: 2700 mg por via intravenosa como dose de ataque, seguidos por 3300 mg a cada 8 semanas, começando 2 semanas após a dose de ataque; peso corporal ≥100 kg: 3000 mg por via intravenosa como dose de ataque, seguido por 3600 mg a cada 8 semanas, começando 2 semanas após a dose de ataque
Mais ravulizumabeUma dose suplementar pode ser necessária em pacientes submetidos à plasmaférese ou IGIV. Consulte um especialista para obter orientação ao trocar de eculizumabe para ravulizumabe.
ou
efgartigimode alfa: peso corporal <120 kg: 10 mg/kg por via intravenosa uma vez por semana por 4 semanas; peso corporal ≥120 kg: 1200 mg por via intravenosa uma vez por semana por 4 semanas
Mais efgartigimode alfaPode dar ciclos subsequentes >50 dias a partir do início do ciclo anterior, dependendo da resposta clínica.
ou
efgartigimode alfa/hialuronidase: 1008 mg (efgartigimode alfa)/11,200 unidades (hialuronidase) por via subcutânea uma vez por semana por 4 semanas
Mais efgartigimode alfa/hialuronidasePode dar ciclos subsequentes >50 dias a partir do início do ciclo anterior, dependendo da resposta clínica.
timectomia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A timectomia deve ser fortemente considerada para todos os pacientes com MG positiva para receptor da acetilcolina (AChR) generalizada grave e/ou em quem uma tentativa de imunossupressores é ineficaz ou produz efeitos colaterais intoleráveis.[3]Narayanaswami P, Sanders DB, Wolfe G, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: 2020 update. Neurology. 2021 Jan 19;96(3):114-22. https://n.neurology.org/content/96/3/114.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33144515?tool=bestpractice.com [90]Skeie GO, Apostolski S, Evoli A, et al. Guidelines for treatment of autoimmune neuromuscular transmission disorders. Eur J Neurol. 2010 Jul;17(7):893-902. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1468-1331.2010.03019.x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20402760?tool=bestpractice.com [104]Wolfe GI, Kaminski HJ, Aban IB, et al. Long-term effect of thymectomy plus prednisone versus prednisone alone in patients with non-thymomatous myasthenia gravis: 2-year extension of the MGTX randomised trial. Lancet Neurol. 2019 Mar;18(3):259-68. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30692052?tool=bestpractice.com [105]Gronseth GS, Barohn R, Narayanaswami P. Practice advisory: thymectomy for myasthenia gravis (practice parameter update). Report of the Guideline Development, Dissemination, and Implementation Subcommittee of the American Academy of Neurology. Neurology. 2020 Apr 21;94(16):705-9. https://n.neurology.org/content/94/16/705.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32213645?tool=bestpractice.com Há evidências de menor benefício para pacientes com MG de início tardio.[106]Zhang J, Chen Y, Zhang H, et al. Effects of thymectomy on late-onset non-thymomatous myasthenia gravis: systematic review and meta-analysis. Orphanet J Rare Dis. 2021 May 20;16(1):232. https://ojrd.biomedcentral.com/articles/10.1186/s13023-021-01860-y http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34016126?tool=bestpractice.com
Pode ser oferecida timectomia para pacientes com MG ocular positiva para AChR com resposta insuficiente aos inibidores da colinesterase se tiverem contraindicações, forem refratários ou preferirem não tomar agentes imunossupressores, embora não haja nenhum ensaio clínico randomizado e controlado prospectivo grande de timectomia nessa população de pacientes.[3]Narayanaswami P, Sanders DB, Wolfe G, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: 2020 update. Neurology. 2021 Jan 19;96(3):114-22. https://n.neurology.org/content/96/3/114.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33144515?tool=bestpractice.com
A timectomia pode ser considerada para pacientes sem anticorpos anti-AChR detectáveis se os imunossupressores forem ineficazes ou para minimizar os efeitos colaterais.
Não há evidências para dar suporte à timectomia em pacientes com anticorpos contra MuSK, proteína 4 relacionada ao receptor de lipoproteína de baixa densidade ou agrina sem timoma.[3]Narayanaswami P, Sanders DB, Wolfe G, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: 2020 update. Neurology. 2021 Jan 19;96(3):114-22. https://n.neurology.org/content/96/3/114.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33144515?tool=bestpractice.com
Se o paciente tiver o que parece ser um timoma em exames de imagem, a timectomia será indicada independentemente do tipo ou gravidade da MG.[1]Sanders DB, Wolfe GI, Benatar M, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: executive summary. Neurology. 2016 Jul 26;87(4):419-25. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4977114 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27358333?tool=bestpractice.com [90]Skeie GO, Apostolski S, Evoli A, et al. Guidelines for treatment of autoimmune neuromuscular transmission disorders. Eur J Neurol. 2010 Jul;17(7):893-902. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1468-1331.2010.03019.x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20402760?tool=bestpractice.com
A timectomia deve ser realizada em uma instituição em que os profissionais da saúde sejam experientes em cuidados anestésicos e em manejo perioperatório de pacientes com MG. As técnicas disponíveis variam desde a toracotomia assistida por robô ou por vídeo até a toracotomia com o uso de uma abordagem transcervical ou esternotomia mediana.[107]Keijzers M, de Baets M, Hochstenbag M, et al. Robotic thymectomy in patients with myasthenia gravis: neurological and surgical outcomes. Eur J Cardiothorac Surg. 2015 Jul;48(1):40-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25234092?tool=bestpractice.com [108]Goldstein SD, Culbertson NT, Garrett D, et al. Thymectomy for myasthenia gravis in children: a comparison of open and thoracoscopic approaches. J Pediatr Surg. 2015 Jan;50(1):92-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25598101?tool=bestpractice.com [109]Fok M, Bashir M, Harky A, et al. Video-assisted thoracoscopic versus robotic-assisted thoracoscopic thymectomy: systematic review and neta-analysis. Innovations (Phila). 2017 Jul/Aug;12(4):259-64. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28759542?tool=bestpractice.com [110]Solis-Pazmino P, Baiu I, Lincango-Naranjo E, et al. Impact of the surgical approach to thymectomy upon complete stable remission rates in myasthenia gravis: a meta-analysis. Neurology. 2021 Jul 27;97(4):e357-68. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33947783?tool=bestpractice.com Abordagens menos invasivas são relatadas como tão eficazes quanto abordagens mais agressivas.[107]Keijzers M, de Baets M, Hochstenbag M, et al. Robotic thymectomy in patients with myasthenia gravis: neurological and surgical outcomes. Eur J Cardiothorac Surg. 2015 Jul;48(1):40-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25234092?tool=bestpractice.com [108]Goldstein SD, Culbertson NT, Garrett D, et al. Thymectomy for myasthenia gravis in children: a comparison of open and thoracoscopic approaches. J Pediatr Surg. 2015 Jan;50(1):92-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25598101?tool=bestpractice.com [110]Solis-Pazmino P, Baiu I, Lincango-Naranjo E, et al. Impact of the surgical approach to thymectomy upon complete stable remission rates in myasthenia gravis: a meta-analysis. Neurology. 2021 Jul 27;97(4):e357-68. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33947783?tool=bestpractice.com Geralmente é aceito que, quanto mais completa for a remoção do timo, maior será a taxa de remissão dos sintomas de MG. Os riscos cirúrgicos incluem lesão aos nervos frênico ou laríngeo recorrente, derrame pleural, embolia pulmonar, infecção da ferida operatória ou cicatrização tardia, além de posterior instabilidade esternal.
Os fatores de risco para crise miastênica após timectomia incluem história pré-operatória de crise miastênica, gravidade pré-operatória da MG, sintomas bulbares pré-operatórios e uso de altas doses de piridostigmina.[111]Liu C, Liu P, Zhang XJ, et al. Assessment of the risks of a myasthenic crisis after thymectomy in patients with myasthenia gravis: a systematic review and meta-analysis of 25 studies. J Cardiothorac Surg. 2020 Sep 29;15(1):270. https://cardiothoracicsurgery.biomedcentral.com/articles/10.1186/s13019-020-01320-x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32993739?tool=bestpractice.com [112]Geng Y, Zhang H, Wang Y. Risk factors of myasthenia crisis after thymectomy among myasthenia gravis patients: a meta-analysis. Medicine (Baltimore). 2020 Jan;99(1):e18622. https://journals.lww.com/md-journal/Fulltext/2020/01030/Risk_factors_of_myasthenia_crisis_after_thymectomy.56.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31895819?tool=bestpractice.com Uma revisão sistemática concluiu que a plasmaférese antes da cirurgia pode reduzir o risco de crise miastênica pós-operatória em pacientes com doença grave, mas pode ter pouco ou nenhum efeito em pacientes com doença leve.[113]Reis TA, Cataneo DC, Cataneo AJM. Clinical usefulness of prethymectomy plasmapheresis in patients with myasthenia gravis: a systematic review and meta-analysis. Interact Cardiovasc Thorac Surg. 2019 Dec 1;29(6):867-75. https://academic.oup.com/icvts/article/29/6/867/5541030 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31363750?tool=bestpractice.com
imunoglobulina intravenosa (IGIV) ou plasmaférese
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A IGIV ou a plasmaférese podem ser um tratamento apropriado nas seguintes circunstâncias: para MG refratária a outro tratamento; como tratamento de curto prazo para pacientes com MG com ou em risco de crise miastênica (por exemplo, insuficiência respiratória ou disfagia); quando é necessária uma resposta rápida ao tratamento; antes de iniciar corticosteroides, se necessário para prevenir ou minimizar exacerbações; e em preparação para cirurgia para evitar corticosteroides perioperatórios ou outros medicamentos imunossupressores.[1]Sanders DB, Wolfe GI, Benatar M, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: executive summary. Neurology. 2016 Jul 26;87(4):419-25. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4977114 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27358333?tool=bestpractice.com Cada um pode ser feito de forma intermitente (a cada 4-6 semanas) como tratamento ambulatorial.
Estudos sugerem que a IGIV e a plasmaférese são igualmente eficazes quando comparadas 2 semanas após o tratamento, portanto, a escolha do tratamento depende dos fatores e da disponibilidade do paciente.[1]Sanders DB, Wolfe GI, Benatar M, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: executive summary. Neurology. 2016 Jul 26;87(4):419-25. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4977114 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27358333?tool=bestpractice.com Os efeitos de ambos são temporários.
A IGIV é mais fácil de administrar do que a plasmaférese.[118]Gajdos P, Chevret S, Toyka KV. Intravenous immunoglobulin for myasthenia gravis. Cochrane Database Syst Rev. 2012;(12):CD002277. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD002277.pub4/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23235588?tool=bestpractice.com [119]Barth D, Nabavi Nouri M, Ng E, et al. Comparison of IVIg and PLEX in patients with myasthenia gravis. Neurology. 2011 Jun 7;76(23):2017-23. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21562253?tool=bestpractice.com [120]Elovaara I, Apostolski S, van Doorn P, et al. EFNS guidelines for the use of intravenous immunoglobulin in treatment of neurological diseases: EFNS task force on the use of intravenous immunoglobulin in treatment of neurological diseases. Eur J Neurol. 2008 Sep;15(9):893-908. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/j.1468-1331.2008.02246.x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18796075?tool=bestpractice.com [121]Feasby T, Banwell B, Benstead T, et al. Guidelines on the use of intravenous immune globulin for neurologic conditions. Transfus Med Rev. 2007 Apr;21(2 suppl 1):S57-107. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17397768?tool=bestpractice.com O início da resposta à IGIV ocorre em 4 a 5 dias, com resposta máxima aparente em 1 a 2 semanas. A plasmaférese também provoca uma resposta rápida, com início geralmente após 2 a 3 sessões.[81]Jani-Acsadi A, Lisak RP. Myasthenic crisis: guidelines for prevention and treatment. J Neurol Sci. 2007 Oct 15;261(1-2):127-33. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17544450?tool=bestpractice.com [119]Barth D, Nabavi Nouri M, Ng E, et al. Comparison of IVIg and PLEX in patients with myasthenia gravis. Neurology. 2011 Jun 7;76(23):2017-23. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21562253?tool=bestpractice.com [122]Köhler W, Bucka C, Klingel R. A randomized and controlled study comparing immunoadsorption and plasma exchange in myasthenic crisis. J Clin Apher. 2011 Dec;26(6):347-55. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22095647?tool=bestpractice.com A IGIV parece ser menos eficaz em pacientes com MG com anticorpos contra tirosina quinase músculo específica (MuSK).[1]Sanders DB, Wolfe GI, Benatar M, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: executive summary. Neurology. 2016 Jul 26;87(4):419-25. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4977114 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27358333?tool=bestpractice.com [50]Guptill JT, Soni M, Meriggioli MN, et al. Current treatment, emerging translational therapies, and new therapeutic targets for autoimmune myasthenia gravis. Neurotherapeutics. 2016 Jan;13(1):118-31. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26510558?tool=bestpractice.com
A terapia de manutenção com IGIV pode ser considerada para pacientes selecionados.[1]Sanders DB, Wolfe GI, Benatar M, et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis: executive summary. Neurology. 2016 Jul 26;87(4):419-25. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4977114 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27358333?tool=bestpractice.com
Opções primárias
imunoglobulina humana normal: 1000 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia por 1-2 dias
Escolha um grupo de pacientes para ver nossas recomendações
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes. Ver aviso legal
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal