Novos tratamentos

Rozanolixizumabe

O rozanolixizumabe é um anticorpo monoclonal tipo imunoglobulina (Ig) G4 humanizado que se liga aos receptores Fc neonatais (FcRn). Ele está aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA e pela European Medicines Agency (EMA) para o tratamento da MG generalizada em adultos que têm anticorpos contra o receptor da acetilcolina (AChR) ou tirosina quinase músculo específica (MuSK). Em um ensaio clínico randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, adaptativo e de fase 3, o rozanolixizumabe foi associado com melhoras estatisticamente significativas e clinicamente importantes no escore Myasthenia Gravis Activities of Daily Living (MG-ADL, que avalia sinais ou sintomas que normalmente são afetados na MG generalizada) e no escore Quantitative Myasthenia Gravis (QMG, que avalia a fraqueza muscular). O rozanolixizumabe foi geralmente bem tolerado.[143] Estudos adicionais estão em andamento.[144][145]

Zilucoplan

Q zilucoplan (um peptídeo macrocíclico inibidor do componente C5 do complemento) foi aprovado pela FDA e pela EMA para o tratamento da MG generalizada em pacientes adultos com anticorpos anti-AChR. Melhoras rápidas, significativas e sustentadas nos escores MG-ADL e QMG ao longo de 12 semanas foram relatadas com o tratamento com zilucoplan em um ensaio clínico de fase 3, randomizado, duplo-cego, multicêntrico e controlado por placebo em uma ampla população de pacientes com MG generalizada, leve a grave, positiva para anticorpos anti-AChR.​​[146]

Amifampridina

A FDA concedeu a designação de medicamento órfão à amifampridina para o tratamento sintomático da MG em 2017. Um pequeno estudo de fase 2b, randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, relatou que a amifampridina era segura e eficaz no tratamento da MG positiva para tirosina quinase músculo específica (MuSK).[147]

Belimumabe

Um anticorpo monoclonal que se liga ao fator de ativação de células B (BAFF, que promove a maturação e a estimulação das células B e está presente no soro e timo de pacientes com MG), inibindo-o. O belimumabe não melhorou significativamente o escore quantitativo da miastenia gravis (Quantitative Myasthenia Gravis) (QMG) em comparação com o placebo em um ensaio de fase 2, realizado em pacientes com MG generalizada, mas o estudo teve várias falhas metodológicas que impediram a avaliação completa.[128][148]

Outros medicamentos

Os outros medicamentos em estágios iniciais de investigação incluem o nipocalimabe e o RVT-1401 (anticorpos monoclonais que se ligam a FcRn); e o iscalimabe e o bortezomibe (terapias anti-células B).[128]

Imunoglobulina subcutânea

Estudos preliminares sugerem que a imunoglobulina subcutânea como manutenção pode melhorar a incapacidade funcional em pacientes com MG. Os efeitos adversos relatados foram locais e leves.[149]

Terapia com células-tronco

Relatos de casos sugerem que o transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas pode ser benéfico para alguns pacientes com MG refratária e sintomas graves ou com risco de vida.[150][151][152]

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal