Complicações

Complicação
Período de ocorrência
Probabilidade
curto prazo
baixa

Podem ocorrer hematomas como resultado de problemas técnicos relacionados à expulsão inadvertida de grampos ou suturas, ou à ruptura de vasos ligados anteriormente. No pós-operatório, os pacientes devem ser observados por meio de monitoramento para avaliar o desenvolvimento de hematomas no pescoço.[2] A ação corretiva é a evacuação do hematoma e a colocação de ligadura em caráter emergencial. Esse problema geralmente é resolvido imediatamente na correção.[94]

curto prazo
baixa

A lesão no nervo laríngeo superior ou recorrente pode ocorrer durante a intervenção cirúrgica. O dano ao nervo laríngeo superior pode resultar em alteração no tom de voz. A lesão no nervo laríngeo recorrente resulta em rouquidão. O monitoramento intraoperatório do nervo vagal é uma tecnologia de segurança ao paciente usada para ajudar a reduzir essa complicação.[95]​ A lesão no nervo laríngeo superior e recorrente pode ser temporária ou, menos frequentemente, permanente. Se a resolução não ocorrer dentro de 6 meses, a medialização das pregas vocais pode ser o tratamento eficaz. Esse procedimento envolve uma abordagem externa através da cartilagem tireoide e a colocação de material aloplástico para mover a prega vocal afetada para a linha média.[96] A terapia para voz também pode ser útil.

curto prazo
baixa

Pode ocorrer hipocalcemia devido ao fenômeno da síndrome do osso faminto decorrente de ossos descalcificados previamente beneficiando-se da reversão da atividade dos osteoclastos e da ativação de osteoblastos. Ela também pode ser causada por desvascularização ou lesão a outras glândulas paratireoides suprimidas durante o procedimento cirúrgico. Como alternativa, a hipocalcemia pode ser causada pela congestão venosa das glândulas paratireoides resultante da pressão na ferida por um hematoma. É mais comum em pacientes com deficiência de vitamina D e naqueles submetidos a exploração cervical bilateral completa.[2] Em pacientes que desenvolvem hipocalcemia, o início dos sintomas costuma ocorrer 2 ou 3 dias após a cirurgia; apenas pacientes com níveis extremamente altos de cálcio no pré-operatório podem apresentar sintomas no primeiro dia após a cirurgia. Quase nunca os pacientes desenvolvem sintomas no dia da cirurgia.[97] Esse problema geralmente é resolvido em poucas horas com administração por via oral de suplementos de cálcio ou em até 1 hora com administração de suplementos de cálcio por via intravenosa. No caso de hipocalcemia temporária, a ação corretiva será a suplementação oral de cálcio. A vitamina D deve ser administrada se o paciente apresentar deficiência.[2] Algumas diretrizes recomendam considerar a profilaxia de curta duração para hipocalcemia após paratireoidectomia com suplementação de cálcio e/ou vitamina D, embora haja poucas evidências nesse sentido.[2][98][99]​​​

curto prazo
baixa

A crise da paratireoide, também conhecida como crise de hiperparatireoidismo ou tempestade da paratireoide, é uma complicação rara em pacientes com HPTP. É caracterizada por hipercalcemia aguda e níveis elevados de paratormônio com envolvimento de órgãos-alvo. Os sintomas incluem desidratação, anorexia, vômitos, alteração do estado mental, arritmias e insuficiência renal.[102]​ Deve ser tratada prontamente; o tratamento clínico isolado provavelmente será ineficaz na redução do nível de cálcio, mas é usado como uma ponte para a cirurgia da paratireoide imediata, que provavelmente será definitiva.[103]

longo prazo
Médias

Se existir doença irressecável, não curável e persistente, a proteção da saúde óssea com ácido alendrônico, estrogênio, vitamina D ou denosumabe deve ser considerada após consulta com um endocrinologista com interesse especial em saúde óssea, embora dados de fratura estejam indisponíveis.​​​[1][59]​​​ O tratamento cirúrgico e terapias antirreabsorção aumentam a densidade mineral óssea no HPTP leve de modo semelhante; a taxa de perda óssea é lenta no HPTP leve não tratado.[100]

Osteoporose

longo prazo
Médias

Secundárias à lixiviação de cálcio dos ossos em decorrência do paratormônio (PTH) persistentemente alto, a osteopenia e a osteoporose podem resultar em fratura óssea, especialmente dos ossos longos. O tratamento envolve consulta a um cirurgião ortopédico e engessamento e imobilização adequados.

variável
baixa

Decido aos níveis elevados de cálcio sérico e urinário, o cálcio pode se precipitar e formar cristais de oxalato e, posteriormente, cálculos. As opções envolvem tratar a hipercalcemia seguindo opções de tratamento para hiperparatireoidismo e, adicionalmente, considerando a litotripsia ou opções cirúrgicas.[101] Deve-se consultar um urologista.

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