Complicações
É comum em pacientes com lesões que envolvem C4 a C6. Os outros fatores preditivos de disfagia incluem idade >60 anos, abordagem cirúrgica do tratamento, gravidade do déficit neurológico associado e necessidade de traqueostomia.[141]
Uma redução drástica na pressão arterial é observada quando a posição do paciente muda de supina para a sentada ereta. Ela é mais comum nos estágios iniciais e em pacientes com lesões acima de T5 decorrentes do rompimento das vias autônomas. Essa condição limita o uso do aparato ortostático durante a reabilitação.[142][143]
Uma doença dolorosa que é extremamente incapacitante após sua evolução completa. Ela é decorrente da formação espontânea de tecido ósseo anormal nos tecidos moles periarticulares. Isso é comumente observado ao redor do quadril, joelho, cotovelo e ombros. A incidência é maior nos pacientes com lesões completas (50%). A causa não está clara, ainda que se tenha sugerido que o alongamento excessivo nos estágios agudos é um fator que contribui. A doença apresenta dor, vermelhidão localizada e inchaço das articulações inicialmente e, após a evolução completa, ela resulta em anquilose completa da articulação afetada. Achados radiográficos refletem o estágio do processo, que vai da calcificação pontilhada nos tecidos moles a uma ponte óssea através da articulação. A excisão cirúrgica no estágio de evolução total (1-2 anos após o início) pode ajudar no processo de reabilitação.[144]
Os músculos que perderam as inervações da medula espinhal enfraquecem rapidamente. Se a mobilidade passiva não for mantida agressivamente, os músculos se tornarão fibrosos e se contrairão, o que causará contraturas em uma articulação não funcionante. Efeitos secundários na cápsula das articulações podem provocar contraturas altamente incapacitantes que são resistentes à terapia. A fisioterapia precoce, agressiva e regular, e o alongamento e o uso de próteses em todas as articulações afetadas em uma posição funcional ajudam a prevenir as contraturas. A tizanidina pode ser usada para tratar a espasticidade em combinação com a fisioterapia.[137]
Peles insensíveis têm alto risco de se romper quando sujeitas a cargas em pontos altos.[138][139] Isso ocorre tipicamente sob uma protuberância óssea, como o sacro (posição supina), tuberosidade isquiática (sentado) ou trocânter (deitado de lado). O quadro clínico é tipicamente uma área vermelha que não clareia, nos estágios iniciais. A pressão contínua pode provocar necrose isquêmica da pele e dos tecidos subjacentes. A ruptura da pele ocorre mais tardiamente no processo. Outros fatores que contribuem para a formação de úlceras por pressão são espasticidade, incontinência de esfíncteres, idade, perda de tônus simpático, má circulação, edema, roupas apertadas, infecção e desnutrição.[140]
Cuidados de enfermagem adequados, mudanças regulares de posição e acolchoamento das áreas afetadas podem evitar mais danos. O tratamento cirúrgico pode ser necessário quando ocorre necrose do tecido.[77]
Pode ser desencadeada pela hipercoagulabilidade, perda da bomba muscular venosa, tabagismo e obesidade. Um protocolo de terapia regular e intensiva garante uma boa circulação. É recomendada profilaxia para evitar TVP. A embolia pulmonar decorrente de TVP é a principal causa de morte em pacientes com lesão na medula espinhal.[136]
Um edema depressível bilateral na posição dependente de gravidade é observado e pode desaparecer com a mudança de posição. Isso ocorre devido a uma combinação do controle vasomotor deficiente e da falta de retorno venoso relacionado à função do músculo normal.
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