Novos tratamentos

Estratégias moduladoras da neuroplasticidade

A estimulação do sistema nervoso (central, periférica e mista) com o uso de abordagens transcutâneas, epidurais ou magnéticas permite que a ativação neuronal motora e não motora seja usada no contexto das intervenções terapêuticas.[115][116][117]

Hipóxia aguda

A hipóxia intermitente aguda demonstrou, de maneira consistente, melhorar a função em pacientes com lesões motoras incompletas.[118]

Estratégias de transplante

O transplante de vários tipos de células foi investigado como uma potencial terapia para lesão na medula espinhal (LME); isso inclui células de Schwann, células-tronco neurais ou células progenitoras, células olfatórias encapsuladas, células precursoras de oligodendrócitos e células-tronco mesenquimais. As estratégias estão focadas na neuroproteção, na imunomodulação e na reconstrução neural.[119][120] No entanto, apesar da demonstração de segurança e eficácia em modelos animais, ainda não há evidências suficientes de eficácia em um cenário clínico.[120]

Condroitinase ABC

Estudos em animais revelaram que a plasticidade induzida pela condroitinase melhorou a destreza associada às habilidades com treinamento, mas apresentou efeitos adversos em atividades motoras sem treinamento.[121][122] Não há estudos em humanos até agora.

Estimulação elétrica

A estimulação química e elétrica simultânea dos receptores tem um efeito sinérgico. Isso levou ao desenvolvimento de estratégias elétricas e farmacológicas combinadas para melhorar a função locomotora.[123][124] Os resultados primários de um ensaio que combinou o treinamento em esteira, o suporte do peso e a estimulação elétrica epidural mostrou um aumento no movimento voluntário entre os participantes.[125] Uma revisão sistemática concluiu que o exercício ciclístico com estimulação elétrica funcional melhora a saúde muscular da parte inferior do corpo em adultos com LME e pode elevar o débito cardíaco e a capacidade física aeróbica.[126] A estimulação eletroterápica craniana melhorou a intensidade da dor e a interferência da dor nas atividades diárias, com poucos efeitos colaterais em pacientes com LME.[127]

Toxina botulínica

Evidências preliminares indicam que a toxina botulínica do tipo A (conhecida como toxina onabotulínica A, toxina incabotulínica A ou toxina abobotulínica A nos EUA) pode reduzir a dor neuropática crônica intratável em pacientes com LME. São necessários estudos adicionais, devido à dificuldade de se tratar a dor neuropática.[128][129][130]

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal