Lesão crônica da medula espinhal
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- Tratamento
- ACOMPANHAMENTO
- Recursos
Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
deficit neurológico progressivo
avaliação urgente ± descompressão cirúrgica
Os deficits neurológicos progressivos não estão necessariamente relacionados com a lesão na medula espinhal (LME) original - pode indicar compressão da medula por metástases, tumores primários na medula espinhal, hematoma ou abscesso extradural, ou prolapso de disco intervertebral, e requer investigação. Se qualquer um desses quadros for diagnosticado, será necessária descompressão cirúrgica e estabilização da coluna espinhal comprometida em tempo hábil.[15]Fehlings MG, Vaccaro A, Wilson JR, et al. Early versus delayed decompression for traumatic cervical spinal cord injury: results of the Surgical Timing in Acute Spinal Cord Injury Study (STASCIS). PLoS One. 2012 Feb 23;7(2):e32037 https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0032037 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22384132?tool=bestpractice.com
Os pacientes precisam ter sua função neurológica reavaliada pós-cirurgia e precisam de reabilitação, se houver qualquer deficit neurológico residual.
Se o deficit neurológico progressivo indicar isquemia secundária ou inflamação seguida de lesão aguda, não haverá necessidade de cirurgia.
tratamento específico de causa subjacente
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A disreflexia autonômica pode ocorrer em pacientes com uma lesão que afeta T6 ou superior.[105]Krassioukov A, Warburton DE, Teasell R, et al. A systematic review of the management of autonomic dysreflexia after spinal cord injury. Arch Phys Med Rehabil. 2009 Apr;90(4):682-95. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19345787?tool=bestpractice.com [106]Prévinaire JG, Mathias CJ, El Masri W, et al. The isolated sympathetic spinal cord: cardiovascular and sudomotor assessment in spinal cord injury patients: a literature survey. Ann Phys Rehabil Med. 2010 Oct;53(8):520-32. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20797928?tool=bestpractice.com É provocada por uma resposta autônoma excessiva aos estímulos abaixo do nível da lesão, como impactação fecal ou cateter bloqueado. A resposta anormal produz desequilíbrio autônomo com hiperatividade simpática.
A abordagem da causa subjacente é o tratamento de primeira linha. Distensão vesical deve ser excluída primeiro.[105]Krassioukov A, Warburton DE, Teasell R, et al. A systematic review of the management of autonomic dysreflexia after spinal cord injury. Arch Phys Med Rehabil. 2009 Apr;90(4):682-95. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19345787?tool=bestpractice.com Se o paciente tiver um cateter, deve-se verificar se a tubulação está bloqueada ou dobrada e, se necessário, ele deverá ser substituído. Se não houver cateter, mas houver sinais clínicos de retenção urinária, o cateterismo é indicado.
Se não houver distensão vesical, um exame retal deverá ser realizado para verificar e remover a impactação fecal retal.
Outros estímulos nocivos, como úlceras por pressão ou unhas encravadas, são causas mais raras.
vasodilatador
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Se os sintomas persistirem apesar do tratamento da causa subjacente ou se nenhuma causa for identificada, os pacientes deverão ser tratados com nifedipino ou nitroglicerina sublinguais para diminuir a pressão arterial.[105]Krassioukov A, Warburton DE, Teasell R, et al. A systematic review of the management of autonomic dysreflexia after spinal cord injury. Arch Phys Med Rehabil. 2009 Apr;90(4):682-95. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19345787?tool=bestpractice.com [108]Eldahan KC, Rabchevsky AG. Autonomic dysreflexia after spinal cord injury: systemic pathophysiology and methods of management. Auton Neurosci. 2018 Jan;209:59-70. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28506502?tool=bestpractice.com
Se a resposta permanecer inadequada após 2 doses, um agente hipotensor intravenoso (por exemplo, hidralazina, diazóxido ou nitroprussiato) deve ser administrado.[108]Eldahan KC, Rabchevsky AG. Autonomic dysreflexia after spinal cord injury: systemic pathophysiology and methods of management. Auton Neurosci. 2018 Jan;209:59-70. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28506502?tool=bestpractice.com [109]Squair JW, Phillips AA, Harmon M, et al. Emergency management of autonomic dysreflexia with neurologic complications. CMAJ. 2016 Oct 18;188(15):1100-3. https://www.doi.org/10.1503/cmaj.151311 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27221275?tool=bestpractice.com [110]Braddom RL, Rocco JF. Autonomic dysreflexia. A survey of current treatment. Am J Phys Med Rehabil. 1991 Oct;70(5):234-41. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1910647?tool=bestpractice.com [111]Consortium for Spinal Cord Medicine. Acute management of autonomic dysreflexia: individuals with spinal cord injury presenting to health-care facilities. J Spinal Cord Med. 2002 Spring;25(1 suppl):S67-88. https://pva.org/wp-content/uploads/2021/09/cpg_autonomic-dysreflexia.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12051242?tool=bestpractice.com
A pressão arterial deve ser monitorada regularmente, e todos os esforços devem ser mantidos para encontrar a causa subjacente.
Opções primárias
nifedipino: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
nitroglicerina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
Opções secundárias
hidralazina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
diazóxido: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
nitroprussiato: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
estado neurológico estável
intervenções terapêuticas
O objetivo de qualquer programa de reabilitação para a paralisia relacionada à lesão na medula espinhal (LME) é maximizar o funcionamento no dia a dia para alcançar níveis similares aos de antes da lesão, por meio de abordagens compensatórias e restaurativas. As abordagens compensatórias envolvem a maximização da força e da funcionalidade das partes intactas e não afetadas do corpo, enquanto as abordagens restaurativas buscam melhorar a mobilidade e as atividades diárias ao otimizar a recuperação neurológica.[51]Dolbow DR, Gorgey AS, Recio AC, et al. Activity-based restorative therapies after spinal cord injury: inter-institutional conceptions and perceptions. Aging Dis. 2015 Aug;6(4):254-61. https://www.doi.org/10.14336/AD.2014.1105 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26236547?tool=bestpractice.com [52]Harvey L. Management of spinal cord injuries: a guide for physiotherapists. Philadelphia, PA: Churchill Livingstone; 2008.[53]Devillard X, Rimaud D, Roche F, et al. Effects of training programs for spinal cord injury. Ann Readapt Med Phys. 2007 Jul;50(6):490-8, 480-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17482709?tool=bestpractice.com [54]Lam T, Eng JJ, Wolfe DL, et al; SCIRE Research Team. A systematic review of the efficacy of gait rehabilitation strategies for spinal cord injury. Top Spinal Cord Inj Rehabil. 2007 Summer;13(1):32-57. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3423445 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22915835?tool=bestpractice.com
A fisioterapia é usada para manter a amplitude de movimento (ADM) e a mobilidade das articulações. Isso estimula a circulação e tem o objetivo de prevenir deformidades, contraturas musculares e de articulações secundárias, e a osteoporose.[55]Charmetant C, Phaner V, Condemine A, et al. Diagnosis and treatment of osteoporosis in spinal cord injury patients: a literature review. Ann Phys Rehabil Med. 2010 Dec;53(10):655-68. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21094110?tool=bestpractice.com As terapias baseadas em atividades podem promover a recuperação neurológica e, assim, melhorar as funções sensório-motora e autonômica.[56]Jones ML, Evans N, Tefertiller C, et al. Activity-based therapy for recovery of walking in individuals with chronic spinal cord injury: results from a randomized clinical trial. Arch Phys Med Rehabil. 2014 Dec;95(12):2239-46.e2. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25102384?tool=bestpractice.com [57]Sadowsky CL, Hammond ER, Strohl AB, et al. Lower extremity functional electrical stimulation cycling promotes physical and functional recovery in chronic spinal cord injury. J Spinal Cord Med. 2013 Nov;36(6):623-31. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24094120?tool=bestpractice.com [58]Behrman AL, Ardolino EM, Harkema SJ. Activity-based therapy: from basic science to clinical application for recovery after spinal cord injury. J Neurol Phys Ther. 2017 Jul;41(3 suppl):S39-45. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28628595?tool=bestpractice.com [59]Quel de Oliveira C, Refshauge K, Middleton J, et al. Effects of activity-based therapy interventions on mobility, independence, and quality of life for people with spinal cord injuries: a systematic review and meta-analysis. J Neurotrauma. 2017 May 1;34(9):1726-43. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27809702?tool=bestpractice.com [60]Duan R, Qu M, Yuan Y, et al. Clinical benefit of rehabilitation training in spinal cord injury: a systematic review and meta-analysis. Spine (Phila Pa 1976). 2021 Mar 15;46(6):E398-410. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33620185?tool=bestpractice.com
Os componentes específicos da reabilitação incluem:
Mobilidade e transferências: são ensinadas técnicas para facilitar mudanças de posição para aliviar a pressão, vestir-se, atividades diárias de autocuidado, sono e transferência para e da cadeira de rodas. São explorados e ensinados diferentes mecanismos para se sentar, além de suportes e métodos para se levantar da posição supina para a posição ereta.[61]Boswell-Ruys CL, Harvey LA, Barker JJ, et al. Training unsupported sitting in people with chronic spinal cord injuries: a randomized controlled trial. Spinal Cord. 2010 Feb;48(2):138-43. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19597520?tool=bestpractice.com
Mobilidade em cadeira de rodas: o uso efetivo de cadeiras de rodas motorizadas ou manuais requer treinamento. Há várias opções disponíveis, e os controles podem ser personalizados com base no nível de funcionalidade do paciente. Controles para o queixo, a boca e as mãos estão disponíveis para as cadeiras de rodas motorizadas; a tecnologia assistida por motor pode ser usada para melhorar a habilidade de navegar por diferentes espaços usando cadeiras de rodas manuais.[62]Flockhart EW, Miller WC, Campbell JA, et al. Evaluation of two power assist systems for manual wheelchairs for usability, performance and mobility: a pilot study. Disabil Rehabil Assist Technol. 2021 Nov 22:1-13. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34807781?tool=bestpractice.com [63]Kloosterman MG, Snoek GJ, van der Woude LH, et al. A systematic review on the pros and cons of using a pushrim-activated power-assisted wheelchair. Clin Rehabil. 2013 Apr;27(4):299-313. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22952307?tool=bestpractice.com Técnicas avançadas de manobra podem ser ensinadas para permitir que os pacientes se virem em locais apertados e subam e desçam rampas, ladeiras e meios-fios.
Caminhar: há várias intervenções que podem ser usadas para possibilitar que um paciente com paralisia relacionada à LME pratique a marcha, mas o estado neurológico é o principal preditor da habilidade do paciente de andar de maneira independente. Os pacientes com pelo menos uma ADM total dos membros inferiores com gravidade eliminada têm maior probabilidade de conseguir andar com auxílio. O treinamento locomotor usa intervenções como andar em uma esteira com o peso corporal sendo sustentado ou a caminhada assistida por robô.[64]Mehrholz J, Harvey LA, Thomas S, et al. Is body-weight-supported treadmill training or robotic-assisted gait training superior to overground gait training and other forms of physiotherapy in people with spinal cord injury? A systematic review. Spinal Cord. 2017 Aug;55(8):722-9. https://www.doi.org/10.1038/sc.2017.31 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28398300?tool=bestpractice.com [65]Holanda LJ, Silva PMM, Amorim TC, et al. Robotic assisted gait as a tool for rehabilitation of individuals with spinal cord injury: a systematic review. J Neuroeng Rehabil. 2017 Dec 4;14(1):126. https://www.doi.org/10.1186/s12984-017-0338-7 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29202845?tool=bestpractice.com Órteses para suporte das articulações ou órteses de marcha recíproca podem ser usadas para auxílio da deambulação. Nos pacientes com comprometimento motor mais grave, pode ser possível ficar em pé com uma mesa inclinável, suportes, cadeiras de rodas verticais ou barras paralelas. Andar pode ser difícil quando há paralisia concomitante dos membros superiores, falta de controle da pelve, perda de propriocepção, obesidade, contratura da articulação ou espasticidade.[54]Lam T, Eng JJ, Wolfe DL, et al; SCIRE Research Team. A systematic review of the efficacy of gait rehabilitation strategies for spinal cord injury. Top Spinal Cord Inj Rehabil. 2007 Summer;13(1):32-57. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3423445 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22915835?tool=bestpractice.com [66]Musselman KE, Fouad K, Misiaszek JE, et al. Training of walking skills overground and on the treadmill: case series on individuals with incomplete spinal cord injury. Phys Ther. 2010 Feb;48(2):138-43. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19423643?tool=bestpractice.com
Função das mãos: o objetivo é melhorar a função usando intervenções neurorrestaurativas e/ou compensatórias.[67]Inanici F, Brighton LN, Samejima S, et al. Transcutaneous spinal cord stimulation restores hand and arm function after spinal cord injury. IEEE Trans Neural Syst Rehabil Eng. 2021;29:310-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33400652?tool=bestpractice.com [68]Lu X, Battistuzzo CR, Zoghi M, et al. Effects of training on upper limb function after cervical spinal cord injury: a systematic review. Clin Rehabil. 2015 Jan;29(1):3-13. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25575932?tool=bestpractice.com O modelo reabilitador compensatório se baseia na função disponível usando treinamento e órteses para maximizar a destreza. As talas mantêm as articulações em posições funcionais e podem ser adaptadas, dependendo da função exigida. A terapia regular das mãos pode ser realizada fora da tala para se manter a flexibilidade e a ADM passiva total. O efeito de tenodese (flexão passiva do dedo em resposta à extensão do punho) pode ser ensinado para alguns pacientes para permitir que eles façam os movimentos básicos de pinça, garra e pegada de 3 pontos. O modelo de terapia baseado em atividades utiliza treinamento específico para cada tarefa e a prática em massa para melhorar a função dos membros superiores.[69]Zoghi M, Galea M. Brain motor control assessment post early intensive hand rehabilitation after spinal cord injury. Top Spinal Cord Inj Rehabil. 2018 Spring;24(2):157-66. https://www.doi.org/10.1310/sci17-00008 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29706760?tool=bestpractice.com [70]Beekhuizen KS, Field-Fote EC. Massed practice versus massed practice with stimulation: effects on upper extremity function and cortical plasticity in individuals with incomplete cervical spinal cord injury. Neurorehabil Neural Repair. 2005 Mar;19(1):33-45. https://www.doi.org/10.1177/1545968305274517 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15673842?tool=bestpractice.com Reconstruções cirúrgicas usando artrodese, tenodese e transferências de tendões e de nervos podem ser consideradas nos pacientes aptos.
Exercícios: uma variedade de intervenções com exercícios, incluindo ADM passiva, fortalecimento e condicionamento, estímulo elétrico funcional e exercícios de resistência eletricamente estimulada podem melhorar a função arterial e auxiliar a neurorrecuperação em pacientes com LME.[71]Phillips AA, Cote AT, Warburton DE. A systematic review of exercise as a therapeutic intervention to improve arterial function in persons living with spinal cord injury. Spinal Cord. 2011 Jun;49(6):702-14. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21339761?tool=bestpractice.com [72]Martin Ginis KA, van der Scheer JW, Latimer-Cheung AE, et al. Evidence-based scientific exercise guidelines for adults with spinal cord injury: an update and a new guideline. Spinal Cord. 2018 Apr;56(4):308-21. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29070812?tool=bestpractice.com [73]Sandrow-Feinberg HR, Houlé JD. Exercise after spinal cord injury as an agent for neuroprotection, regeneration and rehabilitation. Brain Res. 2015 Sep 4;1619:12-21. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25866284?tool=bestpractice.com
cuidados de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Manter uma boa função respiratória é vital. Técnicas regulares de limpeza das vias aéreas e avaliação clínica e monitoramento contínuo da função pulmonar são recomendados para garantir a limpeza adequada das vias aéreas.[74]McKim DA, Road J, Avendano M, et al. Home mechanical ventilation: a Canadian Thoracic Society clinical practice guideline. Can Respir J. 2011 Jul-Aug;18(4):197-215. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3205101 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22059178?tool=bestpractice.com Uma alteração regular na posição e postura e uso regular de tosse assistida e exercícios regulares de respiração (espirometria incentivada) são úteis na prevenção de problemas respiratórios secundários.[75]Michael SM, Porter D, Pountney TE. Tilted seat position for non-ambulant individuals with neurological and neuromuscular impairment: a systematic review. Clin Rehabil. 2007 Dec;21(12):1063-74. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2630001 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18042602?tool=bestpractice.com Em pacientes que necessitam de suporte ventilatório contínuo, as abordagens não invasivas estão associadas a menos complicações que a ventilação invasiva.[74]McKim DA, Road J, Avendano M, et al. Home mechanical ventilation: a Canadian Thoracic Society clinical practice guideline. Can Respir J. 2011 Jul-Aug;18(4):197-215. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3205101 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22059178?tool=bestpractice.com O treinamento de resistência dos músculos inspiratórios tem um efeito de curto prazo positivo sobre a função dos músculos inspiratórios nos pacientes com LME que apresentam função pulmonar comprometida.[76]Postma K, Haisma JA, Hopman MT, et al. Resistive inspiratory muscle training in people with spinal cord injury during inpatient rehabilitation: a randomized controlled trial. Phys Ther. 2014 Dec;94(12):1709-19. https://academic.oup.com/ptj/article/94/12/1709/2741898/Resistive-Inspiratory-Muscle-Training-in-People http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25082923?tool=bestpractice.com
A úlcera por pressão tipicamente ocorre abaixo do sacro (posição supina), na tuberosidade isquiática (sentado) ou nos trocânteres (deitado de lado). Elas são evitadas com cuidados de enfermagem adequados, mudanças regulares na posição, acolchoamento das protuberâncias, manutenção da limpeza e verificação regular da pele. O tratamento cirúrgico é necessário na presença de tecido necrótico.[77]Srivastava A, Gupta A, Taly AB, et al. Surgical management of pressure ulcers during inpatient neurologic rehabilitation: outcomes for patients with spinal cord disease. J Spinal Cord Med. 2009 Apr;32(2):125-31. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2678283 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19569459?tool=bestpractice.com Consulte Úlcera por pressão.
Os pacientes com aumento do risco de trombose (por exemplo, imobilizados para repouso no leito ou internados por afecção clínica ou cirurgia) devem receber profilaxia para prevenir o tromboembolismo venoso e uma possível embolia pulmonar.[78]Kahn SR, Lim W, Dunn AS, et al. Prevention of VTE in nonsurgical patients: antithrombotic therapy and prevention of thrombosis, 9th ed: American College of Chest Physicians Evidence-based clinical practice guidelines. Chest. 2012 Feb;141(2 suppl):e195S-226S. https://www.doi.org/10.1378/chest.11-2296 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22315261?tool=bestpractice.com A profilaxia farmacológica deve ser usada a menos que seja contraindicada; medidas não farmacológicas (por exemplo, meias de compressão graduada, dispositivos de compressão pneumática intermitente) podem ser usadas para os pacientes com alto risco de sangramento. Consulte Profilaxia do tromboembolismo venoso.
manejo da bexiga
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A maioria dos pacientes com LME apresenta comprometimento da função vesical, seja no armazenamento, na evacuação ou ambos.[79]Consortium for Spinal Cord Medicine. Bladder management for adults with spinal cord injury: a clinical practice guideline for health-care providers. J Spinal Cord Med. 2006;29(5):527-73. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1949036 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17274492?tool=bestpractice.com
O método de manejo preferido é o autocateterismo intermitente. O uso de um cateter de demora com um sistema de coleta externa também pode ser considerado; no entanto, isso aumenta os riscos de contratura e infecção urinárias. É importante que o método usado mantenha o sistema de baixa pressão, impeça a hiperdistensão da bexiga e garanta o esvaziamento completo.
Estratégias de tratamento podem ser desenvolvidas com base nos estudos da bexiga (ultrassonografia pós-miccional, avaliações urodinâmicas e cistouretrografia miccional).[83]Holston D, Stroope J, Cater M, et al. Implementing policy, systems, and environmental change through community coalitions and extension partnerships to address obesity in rural Louisiana. Prev Chronic Dis. 2020 Feb 27;17:E18. https://www.doi.org/10.5888/pcd17.190284 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32105589?tool=bestpractice.com O tratamento farmacológico tem o objetivo de otimizar o armazenamento e a eliminação com o uso de agentes que reduzem a hiper-reflexia do músculo detrusor, melhoram a complacência vesical e abordam a dissinergia detrusor-esfincteriana (por exemplo, anticolinérgicos, beta-agonistas, alfabloqueadores, injeção de toxina botulínica e, às vezes, agentes colinérgicos).[84]del Popolo G, Mencarini M, Nelli F, et al. Controversy over the pharmacological treatments of storage symptoms in spinal cord injury patients: a literature overview. Spinal Cord. 2012 Jan;50(1):8-13. https://www.doi.org/10.1038/sc.2011.110 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22042300?tool=bestpractice.com Consulte um especialista para obter orientações sobre a escolha da terapia.
programa de manejo intestinal personalizado
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Um programa de manejo do intestino deve ser criado e personalizado para cada paciente.[86]Emmanuel A. Neurogenic bowel dysfunction. 2019 Oct 28;8:F1000 Faculty Rev-1800. https://www.doi.org/10.12688/f1000research.20529.1 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31700610?tool=bestpractice.com [87]Johns J, Krogh K, Rodriguez GM, et al. Management of neurogenic bowel dysfunction in adults after spinal cord injury: clinical practice guideline for health care providers. Top Spinal Cord Inj Rehabil. Spring 2021;27(2):75-151. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34108835?tool=bestpractice.com [114]Coggrave M, Norton C, Cody JD. Management of faecal incontinence and constipation in adults with central neurological diseases. Cochrane Database Syst Rev. 2014 Jan 13;(1):CD002115. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD002115.pub5/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24420006?tool=bestpractice.com
A dieta alimentar deve incluir uma dieta balanceada, incluindo alimentos fibrosos e estimulantes, com consumo de >2 litros/dia de fluidos.
Rotina regular: as refeições e a evacuação, se possível, devem ocorrer nas mesmas horas todos os dias; o mesmo local deve ser usado para as evacuações.
Manobras físicas incluem estímulo do reflexo gastrocólico por um fator desencadeante alimentar quente, massagem abdominal e atividade física para promover a evacuação. O paciente deve sentar-se em uma cadeira sanitária ou vaso sanitário, se possível.
Fatores desencadeantes locais para a defecação podem ser usados, incluindo estímulo digital, supositório ou evacuação manual.
Tratamentos farmacológicos: os amaciantes de fezes são preferidos. Os laxantes estimulantes ou osmóticos serão indicados somente se a constipação persistir apesar da otimização de todos os outros componentes do programa de manejo da evacuação. A obstrução intestinal deve ser excluída antes da administração de laxativos.
manejo da saúde óssea
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A perda óssea começa logo após o início da paralisia, mas é mais pronunciada nos primeiros 12 meses e continua por anos após a LME.[101]Bauman WA, Cardozo CP. Osteoporosis in individuals with spinal cord injury. PM R. 2015 Feb;7(2):188-201; quiz 201. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25171878?tool=bestpractice.com A avaliação da densidade mineral óssea deve ser feita assim que o paciente estiver clinicamente estável após a paralisia e deve ser repetida depois de, pelo menos, 12 meses de terapia medicamentosa e, depois, a intervalos de 1 a 2 anos.[47]Morse LR, Biering-Soerensen F, Carbone LD, et al. Bone mineral density testing in spinal cord injury: 2019 ISCD official position. J Clin Densitom. 2019 Oct-Dec;22(4):554-66. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31501005?tool=bestpractice.com
A baixa densidade óssea e a osteoporose secundária associadas com a paralisia relacionada à LME causam alta incidência de fraturas de baixo impacto, que costumam resultar em hospitalizações.[102]Gifre L, Vidal J, Carrasco J, et al. Incidence of skeletal fractures after traumatic spinal cord injury: a 10-year follow-up study. Clin Rehabil. 2014 Apr;28(4):361-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24096543?tool=bestpractice.com [103]Morse LR, Battaglino RA, Stolzmann KL, et al. Osteoporotic fractures and hospitalization risk in chronic spinal cord injury. Osteoporos Int. 2009 Mar;20(3):385-92. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18581033?tool=bestpractice.com Vários medicamentos comumente prescritos para pacientes com LME (antidepressivos, anticonvulsivantes, opioides, inibidores da bomba de prótons, anticoagulantes) podem ter um efeito negativo sobre a densidade óssea.[104]Kokorelis C, Gonzalez-Fernandez M, Morgan M, et al. Effects of drugs on bone metabolism in a cohort of individuals with traumatic spinal cord injury. Spinal Cord Ser Cases. 2019;5:3. https://www.doi.org/10.1038/s41394-018-0146-8 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30675387?tool=bestpractice.com
Nenhuma intervenção terapêutica demonstrou reduzir o risco de fraturas, mas a deambulação, a posição ortostática e a estimulação elétrica podem aumentar a densidade mineral óssea em pacientes com LME.[48]Sadowsky CL, Mingioni N, Zinski J. A primary care provider's guide to bone health in spinal cord-related paralysis. Top Spinal Cord Inj Rehabil. 2020 Spring;26(2):128-33. https://www.doi.org/10.46292/sci2602-128 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32760192?tool=bestpractice.com Há evidências de que os bifosfonatos, os anticorpos monoclonais anti-RANKL (por exemplo, denosumabe) e a teriparatida (análogo do paratormônio) podem aumentar a densidade óssea da coluna, do quadril e do joelho em pacientes com LME.[48]Sadowsky CL, Mingioni N, Zinski J. A primary care provider's guide to bone health in spinal cord-related paralysis. Top Spinal Cord Inj Rehabil. 2020 Spring;26(2):128-33. https://www.doi.org/10.46292/sci2602-128 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32760192?tool=bestpractice.com Consulte um especialista para obter orientações sobre a escolha da terapia.
controle da dor
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A dor nociceptiva é tratável por fisioterapia e analgesia simples.[88]Scottish Intercollegiate Guidelines Network. Management of chronic pain: a national clinical guideline. Aug 2019 [internet publication]. https://www.sign.ac.uk/media/1108/sign136_2019.pdf
A dor neuropática é de difícil tratamento.[89]Wyndaele JJ. Pain in individuals who suffered a spinal cord injury. How does pain interfere? Hope for improved management. Spinal Cord. 2009 May;47(5):351. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19421196?tool=bestpractice.com [90]Mehta S, McIntyre A, Janzen S, et al; Spinal Cord Injury Rehabilitation Evidence Team. Systematic review of pharmacologic treatments of pain after spinal cord injury: an update. Arch Phys Med Rehabil. 2016 Aug;97(8):1381-91. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26797114?tool=bestpractice.com Os agentes de primeira linha são os anticonvulsivantes neuroestabilizadores (por exemplo, gabapentina, pregabalina), inibidores da recaptação de serotonina-noradrenalina (por exemplo, duloxetina) e antidepressivos tricíclicos (por exemplo, amitriptilina).[92]Mehta S, McIntyre A, Dijkers M, et al. Gabapentinoids are effective in decreasing neuropathic pain and other secondary outcomes after spinal cord injury: a meta-analysis. Arch Phys Med Rehabil. 2014 Nov;95(11):2180-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24992021?tool=bestpractice.com [93]Moore RA, Derry S, Aldington D, et al. Amitriptyline for neuropathic pain in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2015 Jul 6;2015(7):CD008242. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD008242.pub3/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26146793?tool=bestpractice.com Os analgésicos opioides, como tramadol ou oxicodona, podem ser considerados como último recurso, uma vez que outras opções tenham sido tentadas, mas somente se os benefícios esperados superarem os riscos e após uma discussão completa com o paciente.[94]Dowell D, Ragan KR, Jones CM, et al. CDC clinical practice guideline for prescribing opioids for pain - United States, 2022. MMWR Recomm Rep. 2022 Nov 4;71(3):1-95. https://www.cdc.gov/mmwr/volumes/71/rr/rr7103a1.htm http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36327391?tool=bestpractice.com [95]Mehta S, Janzen, S, Loh E, et al. Poster 96 Opioid treatment for chronic pain following spinal cord injury: a systematic review. Arch Phys Med Rehab. 2012 Oct 1;93(10):e42. https://www.archives-pmr.org/article/S0003-9993%2812%2900728-9/fulltext [96]Rekand T, Hagen EM, Grønning M. Chronic pain following spinal cord injury [in Norwegian]. Tidsskr Nor Laegeforen. 2012 Apr 30;132(8):974-9. https://www.doi.org/10.4045/tidsskr.11.0794 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22562333?tool=bestpractice.com
As terapias de neuromodulação para o tratamento da dor, como estimulação elétrica transcutânea, estimulação da medula espinhal e estimulação cerebral, têm desfechos mistos.[97]Cruccu G, Garcia-Larrea L, Hansson P, et al. EAN guidelines on central neurostimulation therapy in chronic pain conditions. Eur J Neurol. 2016 Oct;23(10):1489-99. https://www.doi.org/10.1111/ene.13103 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27511815?tool=bestpractice.com [98]O'Connell NE, Marston L, Spencer S, et al. Non-invasive brain stimulation techniques for chronic pain. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Mar 16;3:CD008208. https://www.doi.org/10.1002/14651858.CD008208.pub4 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29547226?tool=bestpractice.com [99]Knotkova H, Hamani C, Sivanesan E, et al. Neuromodulation for chronic pain. Lancet. 2021 May 29;397(10289):2111-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34062145?tool=bestpractice.com Pacientes com compressão das raízes nervosas devem ser considerados para descompressão cirúrgica.
A eficácia das intervenções psicológicas no tratamento da dor neuropática crônica não foi suficientemente estudada.
Opções primárias
gabapentina: 300 mg por via oral uma vez ao dia no dia 1, seguidos por 300 mg duas vezes ao dia no dia 2, seguidos por 300 mg três vezes ao dia no dia 3, então aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 3600 mg/dia
ou
pregabalina: 75-150 mg por via oral duas vezes ao dia
ou
duloxetina: 60 mg por via oral uma vez ao dia
ou
amitriptilina: 25-50 mg por via oral uma vez ao dia à noite
Opções secundárias
oxicodona: 5-10 mg por via oral (liberação imediata) a cada 4-6 horas quando necessário; 10 mg por via oral (liberação controlada) duas vezes ao dia quando necessário
ou
tramadol: 50-100 mg por via oral (liberação imediata) a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 400 mg/dia
manejo da espasticidade
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O manejo da espasticidade pode envolver agentes farmacológicos (por exemplo, baclofeno e tizanidina por via oral; alguns medicamentos para dor neuropática, como gabapentina; medicamentos dopaminérgicos, como levodopa/carbidopa; quimiodenervação com toxina botulínica ou fenol/álcool; baclofeno intratecal) e procedimentos cirúrgicos (alívio da contratura ortopédica; transferência de nervos; rizotomia dorsal).[49]Ong B, Wilson JR, Henzel MK. Management of the patient with chronic spinal cord injury. Med Clin North Am. 2020 Mar;104(2):263-78. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32035568?tool=bestpractice.com Consulte um especialista para obter orientações sobre a escolha da terapia.
As evidências de efetividade das intervenções não farmacológicas (como estimulação elétrica neuromuscular, alongamento, imobilização, estimulação magnética repetitiva, estimulação magnética transcraniana, estimulação transcraniana por corrente direta, terapia de vibração) são limitadas.[100]Khan F, Amatya B, Bensmail D, et al. Non-pharmacological interventions for spasticity in adults: an overview of systematic reviews. Ann Phys Rehabil Med. 2019 Jul;62(4):265-73. https://www.doi.org/10.1016/j.rehab.2017.10.001 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29042299?tool=bestpractice.com
manejo de comorbidades psicológicas
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os pacientes com LME com rastreamento positivo para algum transtorno psicológico ou transtorno relacionado a uso de substâncias devem ser encaminhados a um profissional de saúde mental para avaliações adicionais e início do tratamento, se indicado. Devem ser consideradas intervenções farmacológicas e/ou não farmacológicas, e as decisões relativas ao tratamento devem se basear em considerações clínicas e nas preferências do paciente.[41]Bombardier CH, Azuero CB, Fann JR, et al. Management of mental health disorders, substance use disorders, and suicide in adults with spinal cord injury: clinical practice guideline for healthcare providers. Top Spinal Cord Inj Rehabil. Spring 2021;27(2):152-224. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8152173 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34108836?tool=bestpractice.com
manejo da disfunção sexual, da fertilidade, gravidez e nascimento
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os pacientes com disfunção sexual devem receber informações e tratamentos não farmacológicos e farmacológicos, conforme a necessidade.[112]Consortium for Spinal Cord Medicine. Sexuality and reproductive health in adults with spinal cord injury: a clinical practice guideline for health-care professionals. J Spinal Cord Med. 2010;33(3):281-336. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20737805?tool=bestpractice.com
Devem ser oferecidos tratamentos de fertilidade assistida, se necessário.[38]Stoffel JT, Van der Aa F, Wittmann D, et al. Fertility and sexuality in the spinal cord injury patient. World J Urol. 2018 Oct;36(10):1577-85. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29948051?tool=bestpractice.com [39]DeForge D, Blackmer J, Garritty C, et al. Fertility following spinal cord injury: a systematic review. Spinal Cord. 2005 Dec;43(12):693-703. https://www.doi.org/10.1038/sj.sc.3101769 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15951744?tool=bestpractice.com
A gestação, o trabalho de parto e o parto para pacientes do sexo feminino que têm LME requerem cuidados especializados de uma equipe multidisciplinar. As pacientes que considerarem engravidar devem passar por uma avaliação pré-gestação. A disreflexia autonômica pode mimetizar a pré-eclâmpsia, e o trabalho de parto pode desencadear disreflexia autonômica grave; a anestesia neuraxial é preferível para reduzir o risco de disreflexia autonômica.[38]Stoffel JT, Van der Aa F, Wittmann D, et al. Fertility and sexuality in the spinal cord injury patient. World J Urol. 2018 Oct;36(10):1577-85. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29948051?tool=bestpractice.com As mulheres com LME podem ter parto vaginal. Para o parto cesáreo, a anestesia espinhal ou peridural é preferível. Os médicos devem estar cientes de que os pacientes com LME podem apresentar retardos na cicatrização de feridas.[113]Obstetric management of patients with spinal cord injuries: ACOG Committee opinion summary, number 808. Obstet Gynecol. 2020 May;135(5):1247-49. https://www.acog.org/clinical/clinical-guidance/committee-opinion/articles/2020/05/obstetric-management-of-patients-with-spinal-cord-injuries http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32332412?tool=bestpractice.com
tratamento específico de causa subjacente
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A disreflexia autonômica pode ocorrer em pacientes com uma lesão que afeta T6 ou superior.[105]Krassioukov A, Warburton DE, Teasell R, et al. A systematic review of the management of autonomic dysreflexia after spinal cord injury. Arch Phys Med Rehabil. 2009 Apr;90(4):682-95. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19345787?tool=bestpractice.com [106]Prévinaire JG, Mathias CJ, El Masri W, et al. The isolated sympathetic spinal cord: cardiovascular and sudomotor assessment in spinal cord injury patients: a literature survey. Ann Phys Rehabil Med. 2010 Oct;53(8):520-32. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20797928?tool=bestpractice.com É provocada por uma resposta autônoma excessiva aos estímulos abaixo do nível da lesão, como impactação fecal ou cateter bloqueado. A resposta anormal produz desequilíbrio autônomo com hiperatividade simpática.
A abordagem da causa subjacente é o tratamento de primeira linha. Distensão vesical deve ser excluída primeiro.[105]Krassioukov A, Warburton DE, Teasell R, et al. A systematic review of the management of autonomic dysreflexia after spinal cord injury. Arch Phys Med Rehabil. 2009 Apr;90(4):682-95. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19345787?tool=bestpractice.com Se o paciente tiver um cateter, deve-se verificar se a tubulação está bloqueada ou dobrada e, se necessário, ele deverá ser substituído. Se não houver cateter, mas houver sinais clínicos de retenção urinária, o cateterismo é indicado.
Se não houver distensão vesical, um exame retal deverá ser realizado para verificar e remover a impactação fecal retal.
Outros estímulos nocivos, como úlceras por pressão ou unhas encravadas, são causas mais raras.
vasodilatador
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Se os sintomas persistirem apesar do tratamento da causa subjacente ou se nenhuma causa for identificada, os pacientes deverão ser tratados com nifedipino ou nitroglicerina sublinguais para diminuir a pressão arterial.[105]Krassioukov A, Warburton DE, Teasell R, et al. A systematic review of the management of autonomic dysreflexia after spinal cord injury. Arch Phys Med Rehabil. 2009 Apr;90(4):682-95. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19345787?tool=bestpractice.com [108]Eldahan KC, Rabchevsky AG. Autonomic dysreflexia after spinal cord injury: systemic pathophysiology and methods of management. Auton Neurosci. 2018 Jan;209:59-70. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28506502?tool=bestpractice.com
Se a resposta permanecer inadequada após 2 doses, um agente hipotensor intravenoso (por exemplo, hidralazina, diazóxido ou nitroprussiato) deve ser administrado.[108]Eldahan KC, Rabchevsky AG. Autonomic dysreflexia after spinal cord injury: systemic pathophysiology and methods of management. Auton Neurosci. 2018 Jan;209:59-70. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28506502?tool=bestpractice.com [109]Squair JW, Phillips AA, Harmon M, et al. Emergency management of autonomic dysreflexia with neurologic complications. CMAJ. 2016 Oct 18;188(15):1100-3. https://www.doi.org/10.1503/cmaj.151311 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27221275?tool=bestpractice.com [110]Braddom RL, Rocco JF. Autonomic dysreflexia. A survey of current treatment. Am J Phys Med Rehabil. 1991 Oct;70(5):234-41. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1910647?tool=bestpractice.com [111]Consortium for Spinal Cord Medicine. Acute management of autonomic dysreflexia: individuals with spinal cord injury presenting to health-care facilities. J Spinal Cord Med. 2002 Spring;25(1 suppl):S67-88. https://pva.org/wp-content/uploads/2021/09/cpg_autonomic-dysreflexia.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12051242?tool=bestpractice.com
A pressão arterial deve ser monitorada regularmente, e todos os esforços devem ser mantidos para encontrar a causa subjacente.
Opções primárias
nifedipino: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
nitroglicerina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
Opções secundárias
hidralazina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
diazóxido: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
nitroprussiato: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
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