Prevenção primária

Em face a uma lesão por compressão em evolução, o diagnóstico e tratamento precoces, incluindo descompressão medular, podem prevenir e reduzir a gravidade de uma lesão crônica da medula espinhal. No trauma agudo, a ressuscitação precoce e agressiva e a correção da hipóxia e hipotensão mantêm a vascularidade da medula. O manuseio mínimo da medula, técnicas cirúrgicas meticulosas, descompressão precoce da medula e estabilização rígida dos segmentos envolvidos no movimento podem prevenir ou reduzir a gravidade de uma lesão crônica.[14][15]

Para a LME traumática, a prevenção de lesões decorrentes de acidentes com veículo automotor, quedas, violência e esportes pode ser alcançada ao combinar intervenções individuais e sociais que têm como objetivo aumentar a pesquisa e a conscientização sobre iniciativas de prevenção efetivas e intensificar a educação.[16][17] Medidas de segurança pública (por exemplo, limite de consumo de bebidas alcoólicas para dirigir, leis que requerem o uso do cinto de segurança e do capacete), o uso de equipamentos de segurança e programas comunitários também demonstraram ser eficazes.[18][19]

As estratégias de prevenção primária para mielopatias não traumáticas podem incluir:

  • Identificar fatores de risco como canais estreitos congênitos e anormalidades que predispõem ao desenvolvimento de mielopatias (por exemplo, síndrome de Down, síndrome de Klippel-Feil)[20]

  • Explorar fatores genéticos e ambientais (por exemplo, infecção pelo vírus Epstein-Barr [EBV], exposição a sílica, tabagismo, contraceptivos orais e/ou terapia hormonal pós-menopausa) para mielopatia relacionada com esclerose múltipla ou lúpus eritematoso sistêmico[21][22]

  • Prevenir e tratar déficits nutricionais como vitamina D (efeito imunomodulador) em pacientes com doenças autoimunes ou relacionadas com erros inatos do metabolismo, restrição alimentar ou má absorção (vitamina B12, folato, biotina, vitamina E ou cobre)[23][24]

  • Vacinação e implementação de barreiras de proteção físicas para prevenir mielopatias virais ou infecciosas como mielite flácida aguda, mielopatia relacionada ao herpes-vírus (citomegalovírus, herpes-vírus humano dos tipos 6 e 7, vírus do herpes simples dos tipos 1 e 2, vírus da varicela-zóster e EBV) e, talvez, doenças desmielinizantes adquiridas (encefalomielite disseminada aguda, distúrbios do espectro da neuromielite óptica e doença associada ao anticorpo anti-glicoproteína mielina-oligodendrócito)

  • Controlar a hipotensão durante procedimentos cirúrgicos; minimizar o risco cardioembólico associado com arritmias, doença aterotrombótica, endocardite e doença da descompressão; e manejar estados hipercoaguláveis (célula falciforme, neoplasia maligna, anticorpo antifosfolipídeo positivo) para mielopatias vasculares[25]

  • Minimizar o trauma na coluna (embolia fibrocartilaginosa) e a exposição à radiação (mielopatia por radiação)

  • Monitorar os sinais de mielopatia progressiva em distúrbios de armazenamento metabólico[26]

  • Ampliar a conscientização e a educação sobre os perigos da inalação de óxido nitroso que pode induzir à degeneração subaguda da medula espinhal e ajudar a prevenir o início de um possível déficit neurológico.[27]

Prevenção secundária

  • Tromboprofilaxia normal é necessária para afecção clínica ou cirurgia. Em um estudo, apenas 38% dos pacientes internados em instituições de reabilitação estavam recebendo tromboprofilaxia.[153][154] Consulte Profilaxia do tromboembolismo venoso.

  • Cuidados de enfermagem adequados, mudanças regulares na posição e acolchoamento podem ser usados para evitar as úlceras de pressão se o paciente ficar imóvel por longos períodos. Consulte Úlcera por pressão.

  • A manutenção da fisioterapia e o uso de stents ajudam a evitar contraturas.

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal