Epidemiologia

A prevalência de ambliopia em crianças é de 2% a 5% no Reino Unido.[8][9][10]​​​​ Meninos e meninas são igualmente afetados. Um estudo observacional de base populacional de 2019 sobre ambliopia e erro refrativo em crianças em idade escolar na Irlanda e na Irlanda do Norte revelou que a prevalência da ambliopia foi significativamente menor na Irlanda do Norte (1%) do que na Irlanda (4.5%). A prevalência de dois fatores ambliogênicos importantes, estrabismo e anisometropia, não diferiu significativamente entre as duas coortes. No entanto, as crianças que moram na Irlanda, onde a cobertura para exames oftalmológicos de entrada na escola é menos abrangente, o atendimento oftalmológico gratuito é menos acessível e existem longos tempos de espera, tiveram uma prevalência mais alta de ambliopia, que foi associada a desvantagens socioeconômicas.[11] O estudo multiétnico de doenças oculares pediátricas do condado de Los Angeles demonstrou que a prevalência de ambliopia varia com a etnia, com prevalência de 1.5% entre crianças afro-americanas e 2.6% entre crianças hispânicas ou latinas.[5] Um estudo de base populacional entre os jovens do ambiente urbano de Baltimore revelou uma prevalência de 3.9%.[12]

Em um estudo de base populacional do Reino Unido, 3.6% das crianças com 7 anos de idade tinham/tiveram ambliopia atualmente/anteriormente e o número de casos tendia a aumentar nas classes sociais menos favorecidas.[13] Taxas mais altas foram registradas em crianças no Canadá (4.7%) e Taiwan (5%).[14][15] Taxas mais baixas foram registradas em crianças na Irlanda do Norte (1.13%), no Irã (1.7%), na Austrália (0.7%) e no Japão (0.20%).[16][17][18][19]

A maioria dos casos de ambliopia no estudo multiétnico de doenças oculares pediátricas dos EUA foi atribuída a erro de refração (cerca de 75%).[5] A ambliopia anisometrópica é o subtipo mais comum de ambliopia refrativa.[6] A segunda causa mais comum de ambliopia é o estrabismo.[6] No entanto, outros estudos constataram que o estrabismo é um subtipo mais comum de ambliopia que a anisometropia.[7] Essas diferenças podem ser explicadas pelas populações estudadas (pesquisas de pacientes de clínicas oftalmológicas versus de base populacional) e pelo modo como os estudos definem a ambliopia. Além disso, o estrabismo e a anisometropia muitas vezes coexistem (ambliopia de mecanismo combinado), por isso, a classificação em uma ou outra categoria é arbitrária. A ambliopia por privação de forma é a menos comum mas tende a ser a mais devastadora visualmente, em parte porque se apresenta quase sempre na primeira infância.[6] A prevalência de ambliopia não varia com a idade.[5] Entretanto, sua detecção é mais desafiadora em crianças na fase pré-verbal que nas mais velhas. A ambliopia anisometrópica costuma ser diagnosticada mais tarde que a ambliopia estrabísmica porque as crianças anisometrópicas só exibem sinais de um problema de visão quando se testa a acuidade visual monocular.[6][7]

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