Etiologia
A tríade de Virchow ainda é o modelo etiológico preferido para tromboembolismo venoso.[8]
Danos à parede vascular: danos às células endoteliais promovem a formação de trombos, geralmente, nas valvas venosas. Trauma, trombose venosa profunda prévia, cirurgia, dissecção venosa e cateterização venosa central podem causar danos na parede vascular.[9]
Estase venosa: a formação de trombos é promovida pelo hipofluxo sanguíneo e pela estase. Estase venosa e congestão resultam em danos valvares, promovendo ainda mais a formação de trombos. Os seguintes fatores aumentam o risco de estase venosa: idade >40 anos, imobilidade, anestesia geral, paralisia, lesão na medula espinhal, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral prévio, veias varicosas, insuficiência cardíaca congestiva avançada e DPOC avançada.
Hipercoagulabilidade: uma série de outras afecções (tanto hereditárias quanto adquiridas) aumenta o risco de tromboembolismo venoso. Entre elas estão câncer, estados de estrogênio elevado (obesidade, gestação e reposição hormonal), doença inflamatória intestinal, síndrome nefrótica, sepse e trombofilia hereditária (mutação do fator V de Leiden, mutação do gene da protrombina, deficiência das proteínas C e S, deficiência de antitrombina III e síndrome do anticorpo antifosfolipídeo).
Fisiopatologia
O local inicial mais comum para trombos se formarem no sistema venoso profundo da perna é um pouco acima e atrás de uma valva venosa.[10][11] Menos comumente, a trombose venosa profunda (TVP) pode ocorrer nos membros superiores. Geralmente, ela se resolve espontaneamente. No entanto, quando um trombo se propaga, ele se expande e cresce em direção proximal e através do lúmen da veia. Na maioria dos casos, uma pequena quantidade de fluxo continua na periferia extrema do trombo, embora possa ocorrer uma obstrução completa. Os trombos começam nas veias da panturrilha e se propagam em direção proximal. No entanto, em alguns casos, como durante a gestação ou após uma artroplastia total do quadril, a formação do trombo pode ocorrer inicialmente na região da virilha ou da veia ilíaca. O dano endotelial parece ser menos importante na TVP que na trombose arterial.[12] Os trombos não se desenvolvem "de novo" na vasculatura pulmonar. Assim, a embolia pulmonar (EP) ocorre quando um trombo se desloca de algum lugar e fica preso na vasculatura pulmonar.[13] Portanto, a fisiopatologia da embolia pulmonar (EP) está diretamente relacionada à da trombose venosa profunda (TVP).
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