Síndrome miastênica de Lambert-Eaton
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- Tratamento
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
fraqueza respiratória ou bulbar intensa
intubação e ventilação mecânica
A fraqueza respiratória ou bulbar intensa é uma emergência neurológica. Uma fraqueza intensa pode ser provocada por infecções, medicamentos, cirurgia ou trauma, embora isso seja incomum na síndrome miastênica de Lambert-Eaton (LEMS) e deva justificar uma avaliação para uma etiologia alternativa, como a síndrome de sobreposição miastenia gravis/LEMS.
Com o uso de uma interface apropriada, deve-se obter medidas seriadas de CVF e da força inspiratória negativa de pacientes com fraqueza bulbar intensa. A indicação para ventilação mecânica inclui CVF ≤15 mL/kg e força inspiratória negativa ≤20 cm H₂O. Anormalidades nas gasometrias arteriais e na oxigenação de pulso podem não refletir o grau de fraqueza respiratória, pois, em ambos os testes, as anormalidades ocorrem tardiamente na evolução, após descompensação clínica.
plasmaférese ou imunoglobulina intravenosa (IGIV)
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Pode-se utilizar plasmaférese ou IGIV em altas doses para induzir a uma melhora relativamente rápida, porém transitória dos sintomas.[47]Tavee J, Brannagan TH 3rd, Lenihan MW, et al. Updated consensus statement: intravenous immunoglobulin in the treatment of neuromuscular disorders report of the AANEM ad hoc committee. Muscle Nerve. 2023 Oct;68(4):356-74. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37432872?tool=bestpractice.com [48]Newsom-Davis J, Murray NM. Plasma exchange and immunosuppressive drug treatment in the Lambert-Eaton myasthenic syndrome. Neurology. 1984 Apr;34(4):480-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6322050?tool=bestpractice.com
Um estudo observacional mostrou que o tratamento com plasmaférese pode resultar em melhora em curto prazo, embora ciclos repetidos possam ser necessários para sustentar a melhora.[48]Newsom-Davis J, Murray NM. Plasma exchange and immunosuppressive drug treatment in the Lambert-Eaton myasthenic syndrome. Neurology. 1984 Apr;34(4):480-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6322050?tool=bestpractice.com
Um pequeno ensaio clínico randomizado e controlado demonstrou melhora em curto prazo para a IGIV (até 8 semanas), embora não esteja claro se as infusões programadas produzem uma melhora sustentada.[17]Bain PG, Motomura M, Newsom-Davis J, et al. Effects of intravenous immunoglobulin on muscle weakness and calcium-channel autoantibodies in the Lambert-Eaton myasthenic syndrome. Neurology. 1996 Sep;47(3):678-83. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8797464?tool=bestpractice.com [39]Keogh M, Sedehizadeh S, Maddison P, et al. Treatment for Lambert-Eaton myasthenic syndrome. Cochrane Database Syst Rev. 2011 Feb 16;(2):CD003279. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21328260?tool=bestpractice.com A melhora máxima é observada 2-4 semanas após a infusão, com declínio dos títulos séricos de anticorpos anticanais de cálcio dependentes de voltagem associado.[17]Bain PG, Motomura M, Newsom-Davis J, et al. Effects of intravenous immunoglobulin on muscle weakness and calcium-channel autoantibodies in the Lambert-Eaton myasthenic syndrome. Neurology. 1996 Sep;47(3):678-83. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8797464?tool=bestpractice.com
A IGIV deve ser usada com cautela nos pacientes com suspeita de neoplasia maligna devido ao maior risco de trombose.
Com a IGIV, deve-se considerar um pré-tratamento com paracetamol e difenidramina.
Opções primárias
plasmaférese: 2-3 L de volume plasmático durante cada um dos 5 tratamentos em dias alternados ao longo de um período de 2 semanas
ou
paracetamol: 1 g por via oral administrado 30 minutos antes do início da IGIV em altas doses, máximo de 4 g/dia
e
difenidramina: 25-50 mg por via oral administrados 30 minutos antes do início da IGIV em altas doses, máximo de 200 mg/dia
e
imunoglobulina humana normal: 2 g/kg dose total por via intravenosa administrados ao longo de 2-5 dias
cuidados de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os cuidados de suporte incluem profilaxia para trombose venosa profunda, profilaxia para úlcera péptica, nutrição e hidratação adequadas, e evitar infecções e medicamentos que possam agravar os sintomas neuromusculares. Os medicamentos mais comuns desta lista incluem os antibióticos (macrolídeos, aminoglicosídeos, fluoroquinolonas) e os betabloqueadores. Os outros medicamentos que prejudicam a transmissão neuromuscular incluem o magnésio, o lítio, a quinidina, os bloqueadores de canais de cálcio, a procainamida e os inibidores de checkpoint de controle imunológico.[42]Krenn M, Grisold A, Wohlfarth P, et al. Pathomechanisms and clinical implications of myasthenic syndromes exacerbated and induced by medical treatments. Front Mol Neurosci. 2020 Aug 14:13:156. https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fnmol.2020.00156/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32922263?tool=bestpractice.com Os agentes de contraste intravascular que contêm agentes iônicos ou quelantes devem ser evitados, pois seu uso resultou em exacerbação da fraqueza.[43]Van den Bergh P, Kelly JJ Jr, Carter B, et al. Intravascular contrast media and neuromuscular junction disorders. Ann Neurol. 1986 Feb;19(2):206-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3963766?tool=bestpractice.com Agentes de bloqueio neuromuscular, como o vecurônio e o curare, devem ser usados com cuidado, pois seu uso pode resultar em bloqueio neuromuscular prolongado. Uma lista completa de medicamentos que prejudicam a transmissão neuromuscular está disponível. MGFA: medications and myasthenia gravis Opens in new window
sem fraqueza respiratória ou bulbar intensa
tratamento específico de causa subjacente
A prioridade no tratamento de pacientes com a síndrome miastênica de Lambert-Eaton (LEMS) é fazer uma avaliação cuidadosa quanto à presença de um câncer subjacente, e tratar o câncer de forma apropriada.
Cerca de 50% dos pacientes com LEMS têm câncer subjacente, geralmente câncer pulmonar de células pequenas.[2]O'Neill JH, Murray NM, Newsom-Davis J. The Lambert-Eaton myasthenic syndrome. A review of 50 cases. Brain. 1988 Jun;111(pt 3):577-96. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2838124?tool=bestpractice.com [8]Titulaer MJ, Wirtz PW, Willems LN, et al. Screening for small-cell lung cancer: a follow-up study of patients with Lambert-Eaton myasthenic syndrome. J Clin Oncol. 2008 Sep 10;26(26):4276-81. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18779614?tool=bestpractice.com [9]Titulaer MJ, Lang B, Verschuuren JJ. Lambert-Eaton myasthenic syndrome: from clinical characteristics to therapeutic strategies. Lancet Neurol. 2011 Dec;10(12):1098-107. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22094130?tool=bestpractice.com Com frequência, o tratamento de câncer subjacente pode resultar em uma melhora clínica substancial na LEMS. Consulte Câncer pulmonar de células pequenas (Abordagem de tratamento).
amifampridina ± piridostigmina
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os tratamentos de primeira linha têm por objetivo a melhora sintomática por meio do aumento da transmissão neuromuscular.
A amifampridina (também conhecida como 3,4-diaminopiridina [3,4-DAP]) foi aprovada nos EUA pela Food and Drug Administration para o tratamento da síndrome miastênica de Lambert-Eaton (LEMS) em adultos. Em ensaios clínicos, os pacientes randomizados para a amifampridina apresentaram melhora significativamente maior (de acordo com o escore quantitativo de miastenia gravis, uma escala categórica composta por 13 itens classificados pelo médico que avalia a fraqueza muscular) que a de pacientes que receberam placebo.[40]Zhang N, Hong D, Ouyang T, et al. 3,4-diaminopyridine treatment for Lambert-Eaton myasthenic syndrome in adults: a meta-analysis of randomized controlled trials. BMC Neurol. 2021 Sep 25;21(1):371. https://bmcneurol.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12883-021-02405-3 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34563155?tool=bestpractice.com A amifampridina pode raramente causar convulsões, sendo que o risco aumenta com a aplicação de doses mais elevadas. Por isso, ela é contraindicada nos pacientes com uma história de transtornos convulsivos. Parestesia, cefaleia e náuseas estão entre os efeitos adversos mais comumente relatados.
Embora a piridostigmina geralmente não produza uma melhora significativa na fraqueza neuromuscular relacionada à LEMS quando usada como monoterapia nem melhora adicional quando combinada à amifampridina, ela pode proporcionar uma melhora da xerostomia e disfunção gustativa, podendo ser usada em conjunto com a terapia de amifampridina.[41]Wirtz P, Verschuuren J, van Dijk J, et al. Efficacy of 3,4-diaminopyridine and pyridostigmine in the treatment of Lambert-Eaton myasthenic syndrome: a randomized, double-blind, placebo-controlled, crossover study. Clin Pharmacol Ther. 2009 Jul;86(1):44-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19357643?tool=bestpractice.com
Opções primárias
amifampridina: 15-30 mg/dia por via oral administrados em 3-4 doses fracionadas inicialmente, aumentar em incrementos de 5 mg/dia a cada 3-4 dias de acordo com a resposta, máximo de 80 mg/dia (ou 20 mg/dose)
Mais amifampridinaEm alguns países, a dose máxima recomendada é de 60 mg/dia em decorrência do maior risco de convulsões em doses mais elevadas.
ou
amifampridina: 15-30 mg/dia por via oral administrados em 3-4 doses fracionadas inicialmente, aumentar em incrementos de 5 mg/dia a cada 3-4 dias de acordo com a resposta, máximo de 80 mg/dia (ou 20 mg/dose)
Mais amifampridinaEm alguns países, a dose máxima recomendada é de 60 mg/dia em decorrência do maior risco de convulsões em doses mais elevadas.
e
piridostigmina: 30-60 mg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, aumentar em incrementos de 30-60 mg/dia até uma dose habitual de 60-120 mg a cada 3-4 horas enquanto estiver acordado, máximo de 540 mg/dia
cuidados de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os cuidados de suporte incluem profilaxia para trombose venosa profunda, profilaxia para úlcera péptica, nutrição e hidratação adequadas, e evitar infecções e medicamentos que possam agravar os sintomas neuromusculares. Os medicamentos mais comuns desta lista incluem os antibióticos (macrolídeos, aminoglicosídeos, fluoroquinolonas) e os betabloqueadores. Os outros medicamentos que prejudicam a transmissão neuromuscular incluem o magnésio, o lítio, a quinidina, os bloqueadores de canais de cálcio, a procainamida e os inibidores de checkpoint de controle imunológico.[42]Krenn M, Grisold A, Wohlfarth P, et al. Pathomechanisms and clinical implications of myasthenic syndromes exacerbated and induced by medical treatments. Front Mol Neurosci. 2020 Aug 14:13:156. https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fnmol.2020.00156/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32922263?tool=bestpractice.com Os agentes de contraste intravascular que contêm agentes iônicos ou quelantes devem ser evitados, pois seu uso resultou em exacerbação da fraqueza.[43]Van den Bergh P, Kelly JJ Jr, Carter B, et al. Intravascular contrast media and neuromuscular junction disorders. Ann Neurol. 1986 Feb;19(2):206-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3963766?tool=bestpractice.com Agentes de bloqueio neuromuscular, como o vecurônio e o curare, devem ser usados com cuidado, pois seu uso pode resultar em bloqueio neuromuscular prolongado. Uma lista completa de medicamentos que prejudicam a transmissão neuromuscular está disponível. MGFA: medications and myasthenia gravis Opens in new window
imunomoduladores
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Prednisona (prednisolona), isoladamente ou em conjunto com azatioprina, é o esquema mais utilizado.[9]Titulaer MJ, Lang B, Verschuuren JJ. Lambert-Eaton myasthenic syndrome: from clinical characteristics to therapeutic strategies. Lancet Neurol. 2011 Dec;10(12):1098-107. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22094130?tool=bestpractice.com [22]Tim RW, Massey JM, Sanders DB. Lambert-Eaton myasthenic syndrome (LEMS). Clinical and electrodiagnostic features and response to therapy in 59 patients. Ann N Y Acad Sci. 1998 May 13;841:823-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9668336?tool=bestpractice.com [44]Maddison P, Lang B, Mills K, et al. Long term outcome in Lambert-Eaton myasthenic syndrome without lung cancer. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 2001 Feb;70(2):212-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1737207/pdf/v070p00212.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11160470?tool=bestpractice.com
Frequentemente, a azatioprina permite o uso de doses menores de corticosteroides.[18]Skeie GO, Apostolski S, Evoli A, et al. Guidelines for treatment of autoimmune neuromuscular transmission disorders. Eur J Neurol. 2010 Jul;17(7):893-902. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20402760?tool=bestpractice.com [44]Maddison P, Lang B, Mills K, et al. Long term outcome in Lambert-Eaton myasthenic syndrome without lung cancer. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 2001 Feb;70(2):212-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1737207/pdf/v070p00212.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11160470?tool=bestpractice.com Entretanto, uma reação alérgica idiossincrática grave (rash, febre, náuseas, vômitos e dor abdominal) ocorre em 10% a 15% dos pacientes no início do tratamento; essa reação se resolve em até 24 horas após a interrupção da azatioprina, e recorre com a reintrodução.[45]Hohlfeld R, Michels M, Heininger K, et al. Azathioprine toxicity during long-term immunosuppression of generalized myasthenia gravis. Neurology. 1988 Feb;38(2):258-61. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3340289?tool=bestpractice.com [46]Kissel JT, Levy RJ, Mendell JR, et al. Azathioprine toxicity in neuromuscular disease. Neurology. 1986 Jan;36(1):35-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3941781?tool=bestpractice.com
Também pode-se usar o micofenolato e a ciclosporina, embora as evidências de benefícios sejam limitadas.[18]Skeie GO, Apostolski S, Evoli A, et al. Guidelines for treatment of autoimmune neuromuscular transmission disorders. Eur J Neurol. 2010 Jul;17(7):893-902. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20402760?tool=bestpractice.com O micofenolato é preferível à ciclosporina.
Podem ser necessárias doses substanciais e contínuas de medicamentos imunossupressores. No entanto, deve-se evitar a imunossupressão prolongada em pacientes com um câncer subjacente (CA-LEMS).
Opções primárias
prednisolona: 40-60 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar em incrementos de 5 mg/dia a cada 3 dias até uma dose de 80 mg uma vez ao dia, continuar até a melhora clínica ou por 2-3 meses, o que ocorrer primeiro, em seguida reduzir a dose gradualmente
ou
prednisolona: 40-60 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar em incrementos de 5 mg/dia a cada 3 dias até uma dose de 80 mg uma vez ao dia, continuar até a melhora clínica ou por 2-3 meses, o que ocorrer primeiro, em seguida reduzir a dose gradualmente
e
azatioprina: 50 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar em incrementos de 50 mg/dia uma vez por semana de acordo com a resposta, máximo de 2-3 mg/kg/dia
Opções secundárias
micofenolato de mofetila: 1000 mg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, aumentar em incrementos de 500 mg/dia de acordo com a resposta, máximo de 3000 mg/dia
Opções terciárias
ciclosporina: 2.5 a 4 mg/kg/dia por via oral administrados em doses fracionadas
Mais ciclosporinaA biodisponibilidade pode ser diferente para cada marca.
plasmaférese ou imunoglobulina intravenosa (IGIV)
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Pode-se utilizar plasmaférese ou IGIV em altas doses para induzir a uma melhora relativamente rápida, porém transitória dos sintomas.[47]Tavee J, Brannagan TH 3rd, Lenihan MW, et al. Updated consensus statement: intravenous immunoglobulin in the treatment of neuromuscular disorders report of the AANEM ad hoc committee. Muscle Nerve. 2023 Oct;68(4):356-74. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37432872?tool=bestpractice.com [48]Newsom-Davis J, Murray NM. Plasma exchange and immunosuppressive drug treatment in the Lambert-Eaton myasthenic syndrome. Neurology. 1984 Apr;34(4):480-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6322050?tool=bestpractice.com
Um estudo observacional mostrou que o tratamento com plasmaférese pode resultar em melhora em curto prazo, embora ciclos repetidos possam ser necessários para sustentar a melhora.[48]Newsom-Davis J, Murray NM. Plasma exchange and immunosuppressive drug treatment in the Lambert-Eaton myasthenic syndrome. Neurology. 1984 Apr;34(4):480-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6322050?tool=bestpractice.com
Um pequeno ensaio clínico randomizado e controlado demonstrou melhora em curto prazo para a IGIV (até 8 semanas), embora não esteja claro se as infusões programadas produzem uma melhora sustentada.[17]Bain PG, Motomura M, Newsom-Davis J, et al. Effects of intravenous immunoglobulin on muscle weakness and calcium-channel autoantibodies in the Lambert-Eaton myasthenic syndrome. Neurology. 1996 Sep;47(3):678-83. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8797464?tool=bestpractice.com [39]Keogh M, Sedehizadeh S, Maddison P, et al. Treatment for Lambert-Eaton myasthenic syndrome. Cochrane Database Syst Rev. 2011 Feb 16;(2):CD003279. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21328260?tool=bestpractice.com A melhora máxima é observada 2-4 semanas após a infusão, com declínio dos títulos séricos de anticorpos anticanais de cálcio dependentes de voltagem associado.[17]Bain PG, Motomura M, Newsom-Davis J, et al. Effects of intravenous immunoglobulin on muscle weakness and calcium-channel autoantibodies in the Lambert-Eaton myasthenic syndrome. Neurology. 1996 Sep;47(3):678-83. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8797464?tool=bestpractice.com
A IGIV deve ser usada com cautela nos pacientes com suspeita de neoplasia maligna devido ao maior risco de trombose.
Com a IGIV, deve-se considerar um pré-tratamento com paracetamol e difenidramina.
Opções primárias
plasmaférese: 2-3 L de volume plasmático durante cada um dos 5 tratamentos em dias alternados ao longo de um período de 2 semanas
ou
paracetamol: 1 g por via oral administrado 30 minutos antes do início da IGIV em altas doses, máximo de 4 g/dia
e
difenidramina: 25-50 mg por via oral administrados 30 minutos antes do início da IGIV em altas doses, máximo de 200 mg/dia
e
imunoglobulina humana normal: 2 g/kg dose total por via intravenosa administrados ao longo de 2-5 dias
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