Prevenção primária

O principal para a prevenção de qualquer reação à transfusão é a adesão aos protocolos de segurança e checklists existentes quando as transfusões são administradas, além de minimizar a frequência das transfusões de sangue ao utilizar um limiar de transfusão pragmático e específico para o paciente.[4][6][31]

Prevenção secundária

  • Embora o paracetamol profilático seja geralmente administrado de modo rotineiro para prevenir reações transfusionais febris não hemolíticas, há poucas evidências na literatura para dar suporte a essa prática.[4][17][52]

  • A leucorredução pré-armazenamento demonstrou reduzir significativamente a incidência de reações transfusionais febris não hemolíticas.[1][6][53] Em muitos países, a leucorredução universal do suprimento de sangue foi implementada.

  • A pré-medicação com anti-histamínicos geralmente é administrada para prevenir reações alérgicas., mas existem poucas evidências na literatura para dar suporte a essa prática.[1][17][52][54] Entretanto, a pré-medicação com difenidramina pode ser útil em pacientes com história de reações alérgicas recorrentes moderadas ou graves à transfusão.[1]​ A transfusão de componentes lavados nesses pacientes também deve ser considerada.[1][21]

  • As transfusões de plasma para pacientes com conhecida deficiência de imunoglobulina A (IgA; e que produzem anticorpos anti-IgA) devem ter origem de doadores deficientes em IgA.[6][21] Eritrócitos e plaquetas devem passar por uma lavagem pré-transfusão, o que efetivamente remove as proteínas plasmáticas.[1][6][21]

  • Os pacientes com história de púrpura pós-transfusional devem receber componentes adicionais de doadores com antígenos compatíveis.[6]​ Isso deve ser realizado mediante consulta com um banco de sangue.[21]

  • Os fatores de risco para a doença do enxerto contra o hospedeiro associada à transfusão incluem leucemia ou linfoma, tratamento com medicamentos imunossupressores, imunodeficiência congênita ou estado neonatal.[9][55] Os pacientes devem receber componentes que foram irradiados antes da transfusão. A irradiação elimina os linfócitos responsáveis pela resposta imune mediada por célula que causa a doença do enxerto contra o hospedeiro.[9][30]

  • A hipotermia está associada a transfusões de grande volume. Isso pode ser evitado com o aquecimento dos componentes sanguíneos.[4][50]

  • Como os anticorpos leucocitários são muito mais prevalentes em doadores do sexo feminino que do masculino, uma estratégia para prevenir a lesão pulmonar aguda relacionada à transfusão (TRALI) é descartar as mulheres do conjunto de doadores de plasma.[4]​ Desde que o Reino Unido começou a descartar o plasma de doadores do sexo feminino para transfusões em 2004, vários outros países também implementaram ou estão considerando a implementação desta política para a prevenção da TRALI.[56] Embora a eficácia desta política não tenha sido comprovada, ela é suportada por revisões sistemáticas recentes.[57][58][59]

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