História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Fortes fatores de risco incluem incompatibilidade ABO (incomum e tipicamente resultante de erro administrativo), gestação ou transfusão prévias (associadas com a sensibilização a antígenos que predispõem a reações futuras), transplante e estado imunocomprometido (associados à doença do enxerto contra o hospedeiro), deficiência de imunoglobulina A (IgA) (associada à reação anafilactoide) e história prévia de reação transfusional.

calafrios

Pode estar associada com a reação hemolítica aguda ou com a reação febril não hemolítica.[1][3]

rubor

Típica de uma reação transfusional alérgica.

Geralmente ocorre dentro de minutos após o início da transfusão.

dispneia

Típica de uma reação transfusional alérgica.

Geralmente ocorre dentro de minutos após o início da transfusão.

Também associada à lesão pulmonar aguda relacionada à transfusão (TRALI), caso em que o início ocorre tipicamente dentro de 1 a 2 horas após a transfusão e, por definição, ocorre até 6 horas após a transfusão.[6][7][8]

febre

Pode indicar reação hemolítica aguda, reação febril não hemolítica, TRALI, reação transfusional hemolítica tardia ou doença do enxerto contra o hospedeiro.[3]

A febre é definida como uma elevação da temperatura de pelo menos 1 °C (1.8 °F) acima de 37 °C (98.6 °F), sem nenhuma outra causa identificável.

Quando remota em relação à transfusão, o diagnóstico de reação transfusional hemolítica tardia deve ser considerado. A reação transfusional hemolítica tardia pode se manifestar com febre que ocorre em dias a semanas após a transfusão.

Também ocorre comumente com início da TRALI.

A doença do enxerto contra o hospedeiro associada à transfusão pode se manifestar com febre, geralmente 8 a 10 dias após a transfusão, e tipicamente ocorre em pacientes imunocomprometidos.

Incomuns

dor torácica, abdominal, no flanco e dorsalgia

Características de reação hemolítica aguda.[3]

hipotensão

Associada com a reação hemolítica aguda.[3]

Também associada com a reação anafilática.

sangramento de membranas mucosas, do trato gastrointestinal ou do trato urinário

Podem ocorrer com a reação transfusional hemolítica aguda grave que pode causar insuficiência renal e coagulação intravascular disseminada (CIVD). Os pacientes podem desenvolver uremia ou CIVD com disfunção plaquetária concomitante.

A gravidade da reação é proporcional à quantidade de sangue incompatível transfundido.[3][4]

Outros fatores diagnósticos

comuns

cefaleia

Pode estar associada com a reação hemolítica aguda ou com a reação febril não hemolítica.

náuseas e vômitos

Pode estar associada com a reação hemolítica aguda ou com a reação febril não hemolítica.

Podem ocorrer durante uma reação anafilática.[5]

ansiedade

Os sinais e sintomas de uma reação aguda tipicamente evoluem durante ou imediatamente após a transfusão de sangue.

Pode estar associada com a reação hemolítica aguda ou com a reação febril não hemolítica.

dor ao longo do membro que recebeu a transfusão

Um sintoma específico da reação transfusional hemolítica aguda.

prurido

Típica de uma reação transfusional alérgica.

Geralmente ocorre dentro de minutos após o início da transfusão.

urticária

Indica reação alérgica à transfusão.

Mais comum que o angioedema.

angioedema

Indica reação alérgica à transfusão.

O angioedema é menos comum que a urticária.

icterícia

Alguns pacientes com reação transfusional hemolítica tardia desenvolvem icterícia.[3]

estertores

Podem ser reconhecidos na TRALI.

Incomuns

urina vermelha

Associada com a reação hemolítica aguda e com a hemoglobinúria.[3]

Pode ser o primeiro sinal de hemólise intravascular, particularmente em pacientes não comunicativos, sedados ou ventilados.

estridor ou broncoespasmo

Associados com a reação anafilática à transfusão.

Podem ocorrer após outros sinais de reação alérgica.

palidez

A reação transfusional hemolítica tardia pode se manifestar com palidez decorrente de anemia que ocorre em dias a semanas após a transfusão.[3]

exantema maculopapular

Associada com a doença do enxerto contra o hospedeiro associada à transfusão.[9]

Geralmente, os sintomas começam 8 a 10 dias após a transfusão.

Pode evoluir para necrólise epidérmica tóxica.

diarreia

Associada com a doença do enxerto contra o hospedeiro associada à transfusão.[9]

Geralmente, os sintomas começam 8 a 10 dias após a transfusão.

Pode ocorrer de maneira mais aguda durante uma reação anafilática.[5]

púrpura disseminada

Associada com a púrpura pós-transfusional.

Os pacientes frequentemente apresentarão sangramento associado de membranas mucosas, do trato gastrointestinal e do trato urinário, e podem desenvolver trombocitopenia associada.

dermatite esfoliativa com comprometimento mucocutâneo

A necrólise epidérmica tóxica pode ocorrer com a doença do enxerto contra o hospedeiro associada à transfusão.

Fatores de risco

Fortes

gestação anterior

Associada a reações transfusionais hemolíticas tardias.[3][4]​​ Elas são o resultado de incompatibilidades entre anticorpos e antígenos não ABO, nas quais o receptor já teve alguma exposição prévia a antígenos eritrocitários estranhos.

A gestação também está associada à púrpura pós-transfusional.[4]

transfusão prévia

Associada a reações transfusionais hemolíticas tardias.[3]​ Elas são o resultado de incompatibilidades entre anticorpos e antígenos não ABO, nas quais o receptor já teve alguma exposição prévia a antígenos eritrocitários estranhos.

história de transplante

Associada a reações transfusionais hemolíticas tardias.[3]​ Elas são o resultado de incompatibilidades entre anticorpos e antígenos não ABO, nas quais o receptor já teve alguma exposição prévia a antígenos eritrocitários estranhos.

Os receptores de transplante também apresentam risco de doença do enxerto contra o hospedeiro associada à transfusão.[9]

deficiência de imunoglobulina A (IgA)

Associada com a reação anafilactoide decorrente da resposta de anti-IgA do receptor contra o hemoderivado.[27] É possível diferenciar a reação anafilactoide da reação anafilática, pois as reações anafiláticas são provocadas pela imunoglobulina E (IgE).

imunocomprometimento

Pacientes com imunocomprometimento, como linfoma, leucemia e deficiências imunes congênitas, apresentam risco de doença do enxerto contra o hospedeiro associada à transfusão.[9]

história de reação transfusional

Uma história de transfusão prévia deve incentivar testes adicionais de compatibilidade de hemoderivados.

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