Colesteatoma
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
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cirurgia
O tratamento definitivo de colesteatoma é a cirurgia. Existem dois procedimentos cirúrgicos principais em uso: mastoidectomia simples e mastoidectomia radical (timpanoplastia de abordagem combinada).
Uma mastoidectomia simples permite remover o colesteatoma, mas deixa a parede do canal intacta. Envolve a remoção das células aéreas do processo mastoide laterais ao nervo facial e à cápsula ótica, deixando as partes posterior e superior da parede do canal externo intactas.[42]Bennett M, Warren F, Haynes D. Indications and technique in mastoidectomy. Otolaryngol Clin North Am. 2006 Dec;39(6):1095-113. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17097435?tool=bestpractice.com Isso exige um segundo procedimento de acompanhamento depois de 9 a 12 meses para garantir que não há recorrência de colesteatoma. De forma alternativa, uma RNM ponderada por difusão não ecoplanar pode ser usada em alguns pacientes para verificar recorrência.[28]De Foer B, Vercruysse JP, Bernaerts A, et al. Middle ear cholesteatoma: non-echo-planar diffusion-weighted MR imaging versus delayed gadolinium-enhanced T1-weighted MR imaging - value in detection. Radiology. 2010 Jun;255(3):866-72. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20501723?tool=bestpractice.com [29]De Foer B, Vercruysse JP, Bernaerts A, et al. Detection of postoperative residual cholesteatoma with non-echo-planar diffusion-weighted magnetic resonance imaging. Otol Neurotol. 2008 Jun;29(4):513-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18520587?tool=bestpractice.com [30]Li PM, Linos E, Gurgel RK, et al. Evaluating the utility of non-echo-planar diffusion-weighted imaging in the preoperative evaluation of cholesteatoma: a meta-analysis. Laryngoscope. 2013 May;123(5):1247-50. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23023958?tool=bestpractice.com Os pacientes precisarão de acompanhamento contínuo.[45]Schwartz KM, Lane JI, Bolster BD Jr, et al. The utility of diffusion-weighted imaging for cholesteatoma evaluation. AJNR Am J Neuroradiol. 2011 Mar;32(3):430-6. http://www.ajnr.org/cgi/reprint/32/3/430 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20488909?tool=bestpractice.com [46]Khemani S, Singh A, Lingam RK, et al. Imaging of postoperative middle ear cholesteatoma. Clin Radiol. 2011 Aug;66(8):760-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21524417?tool=bestpractice.com [47]Clark MP, Westerberg BD, Fenton DM. The ongoing dilemma of residual cholesteatoma detection: are current magnetic resonance imaging techniques good enough? J Laryngol Otol. 2010 Dec;124(12):1300-4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20202277?tool=bestpractice.com Essa técnica costuma ser preferida para crianças, pois evita as complicações em longo prazo de uma cavidade no processo mastoide.
O objetivo da mastoidectomia radical é remover a doença perfurando a parede do ático posteriormente. O tamanho da cavidade resultante dependerá da extensão do colesteatoma. Um procedimento menos invasivo que resulta em uma cavidade mínima é chamado de aticotomia ou aticoantrotomia; um procedimento mais invasivo que resulta em uma cavidade maior é chamado de mastoidectomia radical modificada. Um procedimento radical pode permitir o exame da cavidade quanto a recorrência, mas, se o ático tiver sido reconstruído, um segundo procedimento de acompanhamento poderá ser necessário para examinar a orelha média quanto à doença recorrente.
Técnicas microscópicas e endoscópicas estão em uso. Uma revisão sistemática mostrou que as taxas de doença residual e recorrente foram menores com a cirurgia endoscópica da orelha para colesteatoma da orelha média.[40]Li B, Zhou L, Wang M, et al. Endoscopic versus microscopic surgery for treatment of middle ear cholesteatoma: a systematic review and meta-analysis. Am J Otolaryngol. 2021 Mar-Apr;42(2):102451. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0196070920301332 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33360773?tool=bestpractice.com Não houve evidências suficientes, entretanto, de que o tempo operatório, a captação do enxerto ou os resultados auditivos foram melhorados com técnicas endoscópicas versus microscópicas. A utilização da visualização em alta definição, como um endoscópio com ampliação 4K e um filtro de imagem de banda estreita, demonstrou melhorar a visualização do tecido com base em diferentes graus de vascularidade, permitindo uma melhor diferenciação entre a patologia e a anatomia normal.[41]Zhang H, Wong PY, Magos T, et al. Use of narrow band imaging and 4K technology in otology and neuro-otology: preliminary experience and feasibility study. Eur Arch Otorhinolaryngol. 2018 Jan;275(1):301-305. https://www.doi.org/10.1007/s00405-017-4783-5 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29080146?tool=bestpractice.com
antibióticos tópicos pré-operatórios + cuidados auriculares
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Na manifestação inicial, se secreção auricular for evidente, pode ser apropriado tratar a secreção auricular com antibióticos tópicos antes do tratamento cirúrgico definitivo.
Os agentes que contêm quinolona são eficazes, em adultos e em crianças, isolados ou combinados com um corticosteroide tópico.[1]Kuo CL, Shiao AS, Yung M, et al. Updates and knowledge gaps in cholesteatoma research. Biomed Res Int. 2015;2015:854024. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4381684 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25866816?tool=bestpractice.com
A lavagem auricular também pode reduzir a secreção sintomática.
Antes de usar gotas otológicas tópicas, talvez seja necessário limpar o meato acústico externo para remover detritos ou cera.
Pacientes com edema grave do meato acústico externo podem ter dificuldade na aplicação de gotas otológicas. Deve-se inserir um tampão no meato acústico externo para a aplicação do medicamento.
O desbridamento do tecido de granulação pode ser necessário.
Opções primárias
ciprofloxacino/dexametasona otológicos: (0.3%/0.1%) 4 gotas na(s) orelha(s) afetada(s) duas vezes ao dia por 7-10 dias
ou
ofloxacino ótico: (0.3%) 10 gotas na(s) orelha(s) afetada(s) uma vez ao dia por 7 dias
cirurgia de acompanhamento ou ressonância nuclear magnética (RNM)
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Um procedimento de acompanhamento é indicado 9 a 12 meses após uma mastoidectomia simples para garantir que o colesteatoma não tenha recorrido. Uma metanálise constatou um aumento da incidência de colesteatoma pós-operatório ao usar uma abordagem de parede intacta, em vez da abordagem radical.[43]Tomlin J, Chang D, McCutcheon B, et al. Surgical technique and recurrence in cholesteatoma: a meta-analysis. Audiol Neurootol. 2013;18(3):135-42. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23327931?tool=bestpractice.com
De forma alternativa, uma RNM ponderada por difusão não ecoplanar pode ser usada em alguns pacientes para verificar recorrência.[28]De Foer B, Vercruysse JP, Bernaerts A, et al. Middle ear cholesteatoma: non-echo-planar diffusion-weighted MR imaging versus delayed gadolinium-enhanced T1-weighted MR imaging - value in detection. Radiology. 2010 Jun;255(3):866-72. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20501723?tool=bestpractice.com [29]De Foer B, Vercruysse JP, Bernaerts A, et al. Detection of postoperative residual cholesteatoma with non-echo-planar diffusion-weighted magnetic resonance imaging. Otol Neurotol. 2008 Jun;29(4):513-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18520587?tool=bestpractice.com [30]Li PM, Linos E, Gurgel RK, et al. Evaluating the utility of non-echo-planar diffusion-weighted imaging in the preoperative evaluation of cholesteatoma: a meta-analysis. Laryngoscope. 2013 May;123(5):1247-50. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23023958?tool=bestpractice.com Ainda existem debates sobre qual tipo de RNM examina melhor a presença de colesteatoma recorrente. Alguns autores defendem RNMs de rotina (como sequências não ecoplanares, fast-spin echo ou ponderadas por difusão) para acompanhamento, mas deve-se ter cuidado porque um exame negativo pode não ser totalmente preciso já que a doença residual ou recorrente ainda talvez não seja detectável. Imagens não ecoplanares foram mais confiáveis em comparação com imagens ecoplanares na identificação de colesteatoma residual/recorrente em uma revisão sistemática.[44]Jindal M, Riskalla A, Jiang D, et al. A systematic review of diffusion-weighted magnetic resonance imaging in the assessment of postoperative cholesteatoma. Otol Neurotol. 2011 Oct;32(8):1243-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21921855?tool=bestpractice.com Outra revisão sistemática constatou que a RNM ponderada por difusão não ecoplanar é extremamente sensível e específica na identificação de colesteatoma da orelha média.[30]Li PM, Linos E, Gurgel RK, et al. Evaluating the utility of non-echo-planar diffusion-weighted imaging in the preoperative evaluation of cholesteatoma: a meta-analysis. Laryngoscope. 2013 May;123(5):1247-50. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23023958?tool=bestpractice.com
Os pacientes precisarão de acompanhamento contínuo.[45]Schwartz KM, Lane JI, Bolster BD Jr, et al. The utility of diffusion-weighted imaging for cholesteatoma evaluation. AJNR Am J Neuroradiol. 2011 Mar;32(3):430-6. http://www.ajnr.org/cgi/reprint/32/3/430 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20488909?tool=bestpractice.com [46]Khemani S, Singh A, Lingam RK, et al. Imaging of postoperative middle ear cholesteatoma. Clin Radiol. 2011 Aug;66(8):760-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21524417?tool=bestpractice.com [47]Clark MP, Westerberg BD, Fenton DM. The ongoing dilemma of residual cholesteatoma detection: are current magnetic resonance imaging techniques good enough? J Laryngol Otol. 2010 Dec;124(12):1300-4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20202277?tool=bestpractice.com
Um procedimento radical (canal wall down) pode permitir o exame da cavidade quanto a recorrência, mas, se o ático tiver sido reconstruído, um segundo procedimento de acompanhamento poderá ser necessária para examinar a orelha média quanto à doença recorrente.
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