Diagnósticos diferenciais
otite média crônica supurativa
SINAIS / SINTOMAS
Na otoscopia, observa-se perfuração da pars tensa, mas não há evidências de colesteatoma.
Investigações
O diagnóstico é clínico.
Otite externa
SINAIS / SINTOMAS
Na otoscopia, observa-se um edema do canal externo e uma secreção escassa. A membrana timpânica não é visível ou, se visível, aparece inflamada, mas não há evidências de colesteatoma.
Investigações
O diagnóstico é clínico.
Otite externa necrosante benigna
SINAIS / SINTOMAS
O paciente relata otalgia grave; história de diabetes ou outra imunossupressão.
Na otoscopia, observa-se granulações no meato acústico externo, mas não há evidências de colesteatoma.
Investigações
A tomografia computadorizada (TC) demonstra edema dos tecidos moles do meato acústico externo com ou sem erosão do osso petroso temporal.
Miringite
SINAIS / SINTOMAS
Na otoscopia, observa-se inflamação da membrana timpânica com ou sem granulações, mas não há evidências de colesteatoma.
Investigações
O diagnóstico é clínico.
Otite média com efusão
SINAIS / SINTOMAS
Os pacientes geralmente apresentam plenitude aural ou pressão, e sensação de obstrução na orelha.[34] Normalmente não há presença de secreção. Na otoscopia, a membrana timpânica pode parecer escura, com tonalidade âmbar, cinza ou azul. Pode haver bolhas ou um nível hidroaéreo.[35] Na doença crônica (ou seja, com duração ≥3 meses), a membrana timpânica pode estar retraída, caso em que pontos de referência normais, como o processo curto do martelo, aparecerão mais proeminentes.[36]
Investigações
O diagnóstico é geralmente clínico.
O audiograma de tons puros demonstra uma perda auditiva condutiva.
A TC pode ser necessária se houver incerteza diagnóstica. A TC do osso petroso temporal demonstraria opacificação da orelha média, mas sem erosão óssea.
Câncer nasofaríngeo
SINAIS / SINTOMAS
Pode apresentar otite média unilateral com efusão na otoscopia. Epistaxe e obstrução nasal unilateral podem ser relatadas.
Investigações
Lesão observada na nasofaringoscopia (a maioria das lesões surge do recesso lateral da faringe). A RNM ou TC da nasofaringe, base do crânio e pescoço identifica lesões suspeitas e doença metastática. Células tumorais identificadas na biópsia da lesão.
Granulomatose com poliangiite
SINAIS / SINTOMAS
Pode apresentar otorreia, perda auditiva e perfuração timpânica. Esta é uma doença inflamatória multissistêmica, portanto outros sintomas geralmente estarão presentes. Outros sintomas do trato respiratório superior incluem: dor nos seios nasais; secreção nasal e crostas; epistaxe; rouquidão; estridor; úlceras orais e nasais; sangramento e inflamação da mucosa; perfuração do septo nasal; deformidade do nariz em sela; e sensibilidade dos seis nasais. Os pacientes também podem apresentar sintomas do trato respiratório inferior (por exemplo, tosse, hemoptise, dor torácica e dispneia), sintomas constitucionais (por exemplo, febre, mal-estar e anorexia), bem como manifestações oculares, neurológicas, musculoesqueléticas e cutâneas.[37]
Investigações
A urinálise normalmente mostra hematúria, proteinúria, eritrócitos dismórficos e cilindros de eritrócitos. ANCA é tipicamente positivo.
Síndrome de Ramsay-Hunt
SINAIS / SINTOMAS
Geralmente se apresenta com paralisia facial periférica unilateral de início súbito (<72 horas), dor facial/otalgia intensa e erupção cutânea vesicular na orelha.[38] Não há otorreia.
Investigações
O diagnóstico é clínico. Se houver incerteza quanto ao diagnóstico, as lesões vesiculares, se presentes, podem ser coletadas diretamente por swab para confirmação do vírus da varicela-zóster por reação em cadeia da polimerase.
Timpanoesclerose
SINAIS / SINTOMAS
Na otoscopia há placas brancas duras com borda irregularmente pontiaguda, em oposição à borda lisa e curva do colesteatoma.[4]
Investigações
O diagnóstico é clínico.
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