Epidemiologia

A prevalência da HO é maior nos idosos, mas varia amplamente dependendo das doenças clínicas subjacentes.

Revisões sistemáticas sugerem uma prevalência de HO de 19% a 22% em adultos residentes na comunidade.[7][8]​ Estudos de base populacional realizados nos EUA relataram HO em menos de 5% dos indivíduos ≤54 anos de idade, em aproximadamente 14% dos indivíduos entre 65 e 69 anos e em 20% ou mais dos indivíduos ≥80 anos de idade.[9][10][11]​ A prevalência aumenta consideravelmente entre os idosos em instituições asilares (31% a 37%) ou enfermarias geriátricas (68%).[7][12][13][14]

A alta prevalência entre pacientes institucionalizados provavelmente reflete a presença de múltiplos fatores de risco nessa população, como doenças neurodegenerativas que causam HO, o uso de medicamentos que podem prejudicar uma resposta apropriada às mudanças posturais (por exemplo, anti-hipertensivos e antidepressivos) e sedentarismo, o qual leva à falta de condicionamento físico.

A HO é um fator de risco independente para mortalidade e comorbidades cardiovasculares ligadas ao aumento das internações hospitalares. Vários estudos constataram que os portadores tinham maior risco de desenvolver insuficiência cardíaca, fibrilação atrial, doença coronariana, infarto do miocárdio e AVC isquêmico. Portanto, ela pode ser um fator de risco pouco reconhecido, porém significativo, para mortalidade e morbidade relacionadas à doença cardiovascular, principalmente entre idosos.[15]

Ela também está associada a vários desfechos adversos não cardiovasculares, incluindo quedas, fraturas, síncope, declínio cognitivo ou demência, depressão, fragilidade e morte prematura. Há um debate contínuo em relação a se a HO é um fator causal no desenvolvimento desses desfechos adversos. Acredita-se que a hipoperfusão dos músculos esqueléticos, do coração e do cérebro cause lesão de órgãos pregressiva. No entanto, novas evidências também sugerem um papel para a hipertensão comórbida nas posições supina e sentada como principal causador de lesões e desfechos adversos.[16][17]​ É igualmente possível que a combinação de pressões arteriais altas e baixas, ou seja, a variabilidade da pressão arterial, possa desencadear eventos clínicos.[15]

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