A prevalência da HO é maior nos idosos, mas varia amplamente dependendo das doenças clínicas subjacentes.
Revisões sistemáticas sugerem uma prevalência de HO de 19% a 22% em adultos residentes na comunidade.[7]McDonagh STJ, Mejzner N, Clark CE. Prevalence of postural hypotension in primary, community and institutional care: a systematic review and meta-analysis. BMC Fam Pract. 2021 Jan 2;22(1):1.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7777418
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33388038?tool=bestpractice.com
[8]Saedon NI, Pin Tan M, Frith J. The prevalence of orthostatic hypotension: a systematic review and meta-analysis. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. 2020 Jan 1;75(1):117-22.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6909901
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30169579?tool=bestpractice.com
Estudos de base populacional realizados nos EUA relataram HO em menos de 5% dos indivíduos ≤54 anos de idade, em aproximadamente 14% dos indivíduos entre 65 e 69 anos e em 20% ou mais dos indivíduos ≥80 anos de idade.[9]Rutan GH, Hermanson B, Bild DE, et al. Orthostatic hypotension in older adults. The Cardiovascular Health Study. CHS Collaborative Research Group. Hypertension. 1992 Jun;19(6 pt 1):508-19.
https://www.ahajournals.org/doi/epdf/10.1161/01.HYP.19.6.508
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1592445?tool=bestpractice.com
[10]Rose KM, Tyroler HA, Nardo CJ, et al. Orthostatic hypotension and the incidence of coronary heart disease: the Atherosclerosis Risk in Communities study. Am J Hypertens. 2000 Jun;13(6 pt 1):571-8.
https://academic.oup.com/ajh/article/13/6/571/186182?login=false
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10912737?tool=bestpractice.com
[11]Benvenuto LJ, Krakoff LR. Morbidity and mortality of orthostatic hypotension: implications for management of cardiovascular disease. Am J Hypertens. 2011 Feb;24(2):135-44.
https://academic.oup.com/ajh/article/24/2/135/149597?login=false
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20814408?tool=bestpractice.com
A prevalência aumenta consideravelmente entre os idosos em instituições asilares (31% a 37%) ou enfermarias geriátricas (68%).[7]McDonagh STJ, Mejzner N, Clark CE. Prevalence of postural hypotension in primary, community and institutional care: a systematic review and meta-analysis. BMC Fam Pract. 2021 Jan 2;22(1):1.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7777418
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33388038?tool=bestpractice.com
[12]Hartog LC, Cizmar-Sweelssen M, Knipscheer A, et al. The association between orthostatic hypotension, falling and successful rehabilitation in a nursing home population. Arch Gerontol Geriatr. 2015 Sep-Oct;61(2):190-6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26026216?tool=bestpractice.com
[13]Hartog LC, Cimzar-Sweelssen M, Knipscheer A, et al. Orthostatic hypotension does not predict recurrent falling in a nursing home population. Arch Gerontol Geriatr. 2017 Jan - Feb;68:39-43.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27616565?tool=bestpractice.com
[14]Weiss A, Grossman E, Beloosesky Y, et al. Orthostatic hypotension in acute geriatric ward: is it a consistent finding? Arch Intern Med. 2002 Nov 11;162(20):2369-74.
https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/213832
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12418952?tool=bestpractice.com
A alta prevalência entre pacientes institucionalizados provavelmente reflete a presença de múltiplos fatores de risco nessa população, como doenças neurodegenerativas que causam HO, o uso de medicamentos que podem prejudicar uma resposta apropriada às mudanças posturais (por exemplo, anti-hipertensivos e antidepressivos) e sedentarismo, o qual leva à falta de condicionamento físico.
A HO é um fator de risco independente para mortalidade e comorbidades cardiovasculares ligadas ao aumento das internações hospitalares. Vários estudos constataram que os portadores tinham maior risco de desenvolver insuficiência cardíaca, fibrilação atrial, doença coronariana, infarto do miocárdio e AVC isquêmico. Portanto, ela pode ser um fator de risco pouco reconhecido, porém significativo, para mortalidade e morbidade relacionadas à doença cardiovascular, principalmente entre idosos.[15]Juraschek SP, Cortez MM, Flack JM, et al. Orthostatic hypotension in adults with hypertension: a scientific statement from the American Heart Association. Hypertension. 2024 Mar;81(3):e16-30.
https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/HYP.0000000000000236
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38205630?tool=bestpractice.com
Ela também está associada a vários desfechos adversos não cardiovasculares, incluindo quedas, fraturas, síncope, declínio cognitivo ou demência, depressão, fragilidade e morte prematura. Há um debate contínuo em relação a se a HO é um fator causal no desenvolvimento desses desfechos adversos. Acredita-se que a hipoperfusão dos músculos esqueléticos, do coração e do cérebro cause lesão de órgãos pregressiva. No entanto, novas evidências também sugerem um papel para a hipertensão comórbida nas posições supina e sentada como principal causador de lesões e desfechos adversos.[16]Vagaonescu TD, Saadia D, Tuhrim S, et al. Hypertensive cardiovascular damage in patients with primary autonomic failure. Lancet. 2000 Feb 26;355(9205):725-6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10703810?tool=bestpractice.com
[17]Palma JA, Redel-Traub G, Porciuncula A, et al. The impact of supine hypertension on target organ damage and survival in patients with synucleinopathies and neurogenic orthostatic hypotension. Parkinsonism Relat Disord. 2020 Jun;75:97-104.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32516630?tool=bestpractice.com
É igualmente possível que a combinação de pressões arteriais altas e baixas, ou seja, a variabilidade da pressão arterial, possa desencadear eventos clínicos.[15]Juraschek SP, Cortez MM, Flack JM, et al. Orthostatic hypotension in adults with hypertension: a scientific statement from the American Heart Association. Hypertension. 2024 Mar;81(3):e16-30.
https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/HYP.0000000000000236
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38205630?tool=bestpractice.com