Complicações

Complicação
Período de ocorrência
Probabilidade
variável
alta

Um estudo comunitário com 1596 crianças, das quais 21% apresentavam tiques, revelou que as crianças com tiques apresentavam problemas comportamentais com mais frequências que as crianças que não apresentavam tiques. Os problemas comportamentais incluíam transtorno obsessivo-compulsivo, TDAH, ansiedade de separação, transtorno de ansiedade patológica, fobia simples, fobia social, agorafobia, mania, depressão maior e comportamento desafiador de oposição.[110]

O médico deve questionar e monitorar estes sintomas de forma contínua ao tratar pacientes com transtornos de tique, pois esses problemas de comportamento podem se apresentar mais tarde no decorrer da evolução do transtorno.

variável
Médias

Arritmias cardíacas foram associadas com o uso de medicamentos antipsicóticos, bem como com agonistas alfa-2-adrenérgicos.

Os pacientes devem ser triados quanto a fatores de risco cardíaco, podendo avaliar-se a possibilidade de realizar eletrocardiograma (ECG).

variável
baixa

Raramente, os tiques de movimentos do tronco podem provocar alterações degenerativas secundárias na coluna torácica.[111] Dentre elas, estão alterações degenerativas na coluna cervical e torácica, descolamentos de retina, problemas dentários e fraturas de quadril.

variável
baixa

Raramente, tiques graves podem causar danos neurológicos. Um relato de caso de dois pacientes com tiques violentos e forçados envolvendo a região cervical demonstrou que, ao longo do tempo, o tique causou mielopatia cervical compressiva.[112]

Esse tipo de complicação pode potencialmente ser prevenido através do tratamento efetivo desses tiques violentos.

variável
baixa

Esses quadros clínicos representam uma complicação do uso crônico de medicamentos antipsicóticos, com exceção da tetrabenazina.

Ocorrem com mais frequência com os antipsicóticos de primeira geração (típicos) podendo, porém, ocorrer tanto na classe típica quanto na atípica.

Apesar de alguns sintomas poderem melhorar com a interrupção dos medicamentos, pode se tratar de uma condição permanente com tratamento apenas sintomático.

variável
baixa

Este quadro clínico representa uma complicação do uso de medicamentos antipsicóticos, podendo surgir entre algumas horas e alguns dias após a administração. O rápido escalonamento da dose antipsicótica aumenta o risco dessa complicação.

Os sintomas com frequência remitem com a retirada do agente.

variável
baixa

Este quadro clínico representa uma complicação dose-dependente do uso de medicamentos antipsicóticos, podendo surgir entre algumas horas e alguns dias após a administração.

Na maioria das vezes, envolve a língua, a mandíbula ou o pescoço. Não provoca alterações de consciência, sendo, porém, muitas vezes acentuadamente desconfortável ou dolorosa.

Mais comum em pacientes mais jovens (segunda e terceira décadas).

O tratamento consiste do uso de algum agente anticolinérgico (geralmente a difenidramina). A administração intravenosa é preferível, se possível; no entanto, a administração oral em domicílio também é considerada aceitável. Pode ser necessária mais de uma dose.

Geralmente pode-se retomar o medicamento antipsicótico após 24 horas. Entretanto, a reação pode voltar a ocorrer, embora isso seja raro.

variável
baixa

Esta condição é uma complicação dose-dependente do uso de medicamento antipsicótico, incluindo tetrabenazina.

Os sintomas com frequência remitem com a retirada do agente, podendo, porém, levar de várias semanas a alguns meses para melhorar.

variável
baixa

A síndrome neuroléptica maligna é um quadro clínico com possível risco de vida caracterizada por febre, rigidez muscular, estado mental alterado e disfunção autonômica.

É considerada uma emergência e o paciente deve ser levado para o pronto-socorro imediatamente.

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