Etiologia

A etiologia é desconhecida. Estudos tipo caso-controle sugeriram possível associação com o seguinte:[9][5][11][12][15][16][17][18]

  • Exposição a solventes orgânicos e produtos químicos agrícolas

  • Exposição a radiação

  • Serragem

  • Vírus Epstein-Barr

  • História de mononucleose infecciosa.

Foram descritos casos familiares de LCP, sugerindo uma predisposição genética.[19][20][21]

Fisiopatologia

A LCP é uma neoplasia de células B maduras indolente.[22]

As células leucêmicas (pilosas) normalmente se infiltram na medula óssea, no sangue periférico, no baço e em outros órgãos hematopoiéticos.[22]

O acúmulo de células pilosas na medula óssea, combinado com a produção desregulada de citocinas e fibrose reticulina, pode levar à falência da medula óssea e subsequente pancitopenia.[23][24]

As células pilosas que se infiltram no baço podem causar esplenomegalia e subsequente sequestro, marginalização e destruição de células sanguíneas saudáveis, o que contribui para a pancitopenia.

Fatores genéticos

A mutação BRAF V600E é uma mutação somática presente em quase todos os pacientes com LCP clássica.[25]​​[26][27]​​ A mutação BRAF V600E é um evento genético definidor de doença em estágio inicial na LCP clássica e acredita-se que desempenhe um papel fundamental na sua patogênese através da ativação da via de sinalização MEK-ERK.[25][26][28] Acredita-se que a atividade constitutiva desta via leve ao aumento da proliferação celular, sobrevida e, em última análise, neoplasia maligna.[25][26][29]

A mutação BRAF V600E está ausente na LCP variante (LCP-V), uma entidade nosológica separada (também conhecida como linfoma de células B esplênicas/leucemia com nucléolos proeminentes [SBLPN]), que é mais agressiva que a LCP.[1]

Outras anormalidades cromossômicas e genéticas relatadas na LCP incluem trissomia do 5, trissomia do 12, deleção do cromossomo 5q13 e mutação p53.[30][31][32]

Classificação

5a edição da classificação de tumores hematolinfoides da Organização Mundial da Saúde (OMS): neoplasias linfoides[1]

A OMS classifica a LCP sob o termo “neoplasias de células B maduras”, dentro da subclassificação “linfomas e leucemias de células B esplênicas”.

O termo "linfoma de células B esplênicas/leucemia com nucléolos proeminentes (SBLPN)" substitui o termo anterior "LCP variante (LCP-V)".

Classificação de Consenso Internacional (ICC) de neoplasias de células linfoides e histiocíticas/dendríticas maduras[2]​​

A ICC classifica a LCP e a LCP variante (LCP-V) como doenças separadas sob o termo “neoplasias de células B maduras”. No entanto, a LCP-V está listada na subclassificação "linfoma/leucemia de células B esplênicas (não classificado)".

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