Nos EUA, os centros de toxicologia receberam, em 2021, mais de 2 milhões de chamadas referentes a exposição em seres humanos.[1]American Association of Poison Control Centers. 2021 poison center data snapshot: overview of the 39th annual report of the American Association of Poison Control Centers' National Poison Data System (NPDS). 2021 [internet publication].
https://piper.filecamp.com/uniq/45sjlDE46EAaMMpF.pdf
[2]Gummin DD, Mowry JB, Beuhler MC, et al. 2021 annual report of the National Poison Data System (NPDS) from American's Poison Centers: 39th annual report. Clin Toxicol (Phila). 2023 Jan;60(12):1381-643.
https://piper.filecamp.com/uniq/foxfmW1ZMgxnjQTH.pdf
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31752545?tool=bestpractice.com
Mais de 40% delas foram relacionadas a crianças com ≤5 anos de idade. Crianças com <20 anos representaram cerca de 56% das exposições relatadas, e um pouco mais de 7.5% das fatalidades relatadas.[2]Gummin DD, Mowry JB, Beuhler MC, et al. 2021 annual report of the National Poison Data System (NPDS) from American's Poison Centers: 39th annual report. Clin Toxicol (Phila). 2023 Jan;60(12):1381-643.
https://piper.filecamp.com/uniq/foxfmW1ZMgxnjQTH.pdf
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31752545?tool=bestpractice.com
As cinco exposições tóxicas mais comumente relatadas em crianças com <5 anos de idade foram cosméticos/produtos de higiene pessoal, substâncias de limpeza doméstica, analgésicos, substâncias alimentares/fitoterápicas/homeopáticas e corpos estranhos/brinquedos/diversos.[2]Gummin DD, Mowry JB, Beuhler MC, et al. 2021 annual report of the National Poison Data System (NPDS) from American's Poison Centers: 39th annual report. Clin Toxicol (Phila). 2023 Jan;60(12):1381-643.
https://piper.filecamp.com/uniq/foxfmW1ZMgxnjQTH.pdf
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31752545?tool=bestpractice.com
Por outro lado, ao analisar todas as faixas etárias, as cinco exposições mais comumente relatadas em 2021 nos centros de toxicologia dos EUA foram analgésicos, substâncias de limpeza doméstica, cosméticos/produtos de higiene pessoal, antidepressivos e sedativos/hipnóticos/antipsicóticos.[1]American Association of Poison Control Centers. 2021 poison center data snapshot: overview of the 39th annual report of the American Association of Poison Control Centers' National Poison Data System (NPDS). 2021 [internet publication].
https://piper.filecamp.com/uniq/45sjlDE46EAaMMpF.pdf
Em outros países, a ingestão tóxica relatada é comumente causada por herbicidas, pesticidas e hidrocarbonetos.[3]Exner CJ, Ayala GU. Organophosphate and carbamate intoxication in La Paz, Bolivia. J Emerg Med. 2009 May;36(4):348-52.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18439788?tool=bestpractice.com
[4]Chen YJ, Wu ML, Deng JF, et al. The epidemiology of glyphosate-surfactant herbicide poisoning in Taiwan, 1986-2007: a poison center study. Clin Toxicol (Phila). 2009 Aug;47(7):670-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19640238?tool=bestpractice.com
[5]Murali R, Bhalla A, Singh D, Singh S. Acute pesticide poisoning: 15 years experience of a large North-West Indian hospital. Clin Toxicol (Phila). 2009 Jan;47(1):35-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18608278?tool=bestpractice.com
[6]Ghazinour M, Emami H, Richter J, et al. Age and gender differences in the use of various poisoning methods for deliberate parasuicide cases admitted to Loghman hospital in Tehran (2000-2004). Suicide Life Threat Behav. 2009 Apr;39(2):231-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19527164?tool=bestpractice.com
[7]Siddiqui EU, Razzak JA, Naz F, et al. Factors associated with hydrocarbon ingestion in children. J Pak Med Assoc. 2008 Nov;58(11):608-12.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19024131?tool=bestpractice.com
[8]Kohli U, Kuttiat VS, Lodha R, et al. Profile of childhood poisoning at a tertiary care centre in North India. Indian J Pediatr. 2008 Aug;75(8):791-4.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18581069?tool=bestpractice.com
Em um estudo do norte da Índia, a intoxicação aguda mais comum ocorreu devido à ingestão de querosene (27.9%), medicamentos (19.8%) e inseticidas (11.7%). A maioria desses pacientes que apresentaram intoxicação aguda (63.9%) estavam na faixa etária entre 1 a 3 anos de idade. O número de pacientes do sexo masculino foi o dobro do número de pacientes do sexo feminino, e quase todas (96.9%) as ingestões foram de natureza acidental.[8]Kohli U, Kuttiat VS, Lodha R, et al. Profile of childhood poisoning at a tertiary care centre in North India. Indian J Pediatr. 2008 Aug;75(8):791-4.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18581069?tool=bestpractice.com
Em um estudo realizado em Karachi, Paquistão, de janeiro de 2001 a dezembro de 2005, o óleo de querosene (88%) foi o hidrocarboneto mais comumente ingerido. A ingestão de óleo de querosene foi predominante em pacientes do sexo masculino (79%). A maioria das crianças (54%) tinha entre 2 e 5 anos de idade. Sob o ponto de vista socioeconômico, 71% das crianças pertenciam à classe média baixa. Crianças com famílias maiores (3 ou mais irmãos/família) foram mais comumente afetadas.[7]Siddiqui EU, Razzak JA, Naz F, et al. Factors associated with hydrocarbon ingestion in children. J Pak Med Assoc. 2008 Nov;58(11):608-12.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19024131?tool=bestpractice.com
Um estudo em Taiwan revelou que 71.2% das intoxicações agudas envolveram crianças com idade <5 anos. Produtos farmacêuticos (41.4%) e pesticidas (9.5%) foram as exposições mais comuns.[9]Lee J, Fan NC, Yao TC, et al. Clinical spectrum of acute poisoning in children admitted to the pediatric emergency department. Pediatr Neonatol. 2019 Feb;60(1):59-67.
https://www.doi.org/10.1016/j.pedneo.2018.04.001
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29748113?tool=bestpractice.com
Em um estudo de intoxicações fatais na Austrália entre 2003 e 2013, a morte por intoxicação aguda foi mais comum em crianças de 0 a 4 anos (26.7%) e 13 a 16 anos (58.9%); 61.1% dos casos foram não intencionais e 17.8% autoagressão intencional.[10]Pilgrim JL, Jenkins EL, Baber Y, et al. Fatal acute poisonings in Australian children (2003-13). Addiction. 2017 Apr;112(4):627-639.
https://www.doi.org/10.1111/add.13669
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27766705?tool=bestpractice.com