Complicações
É indicada uma biópsia renal diagnóstica. O acompanhamento deve ser realizado com perfis bioquímicos e urinálise.[38]
Distúrbios da tireoide podem ser mais prevalentes em pacientes com crioglobulinemia mista relacionada ao vírus da hepatite C. Doença tireoidiana autoimune, hipotireoidismo subclínico e câncer de tireoide foram observados mais frequentemente nesses pacientes, enquanto o hipertireoidismo é menos comum.[69]
Recomenda-se a realização de testes de função tireoidiana.[4][69]
Os sinais e sintomas incluem sangramento, distúrbios visuais, diplopia, ataxia, cefaleia e confusão mental. Podem ser observados sinais de hemorragia retiniana e trombose da veia retiniana.[21][22][67] A viscosidade plasmática ou sérica deverá ser medida.[40] A plasmaférese pode reverter as complicações de hiperviscosidade aguda, mas precisa ser seguida por tratamento da causa subjacente.[64]
A síndrome de hiperviscosidade pode, raramente, complicar a crioglobulinemia. Na crioglobulinemia do tipo I, os sintomas de hiperviscosidade podem ser causados por níveis elevados de crioglobulinas. A macroglobulinemia de Waldenström é um distúrbio linfoproliferativo de células B caracterizado pela produção autônoma de imunoglobulina M (IgM), a qual, às vezes, é acompanhada pela crioglobulinemia.[65] A síndrome de hiperviscosidade ocorre em 15% dos pacientes com macroglobulinemia de Waldenström e acredita-se que ela esteja relacionada ao nível de IgM. Na crioglobulinemia mista, a síndrome de hiperviscosidade é rara. Acredita-se que os níveis de criócrito são os maiores contribuintes para a viscosidade plasmática. A anemia pode ser protetora.[40][68]
A crioglobulinemia mista pode se manifestar com vasculite de vasos pequenos a médios. Os sinais e sintomas incluem a presença de púrpura, neuropatia sensorial de início agudo, mononeurite múltipla ou glomerulonefrite.[23] Os pacientes com suspeita de vasculite precisarão de uma investigação detalhada, com atenção particular à função de múltiplos órgãos.[24]
Há um aumento do risco de distúrbios linfoproliferativos na crioglobulinemia mista (CM). A malignidade costuma ser extranodal. A infecção por vírus da hepatite C (HCV) pode ser um fator de risco independente para neoplasias linfoproliferativas.[35]
O monitoramento clínico de malignidades deve ser realizado em pacientes com crioglobulinemia mista com ou sem HCV. Tomografia computadorizada (TC) do corpo inteiro e biópsias de linfonodos/medula óssea podem ser necessárias em alguns pacientes.[4]
O comprometimento do sistema nervoso central é raro, mas está associado a disfunção cognitiva e a mudanças na substância branca periventricular à ressonância nuclear magnética (RNM).[34]
Uma eletromiografia e/ou testes de velocidade de condução nervosa são indicados para o diagnóstico e monitoramento da neuropatia periférica.[4]
O teste vascular nos membros inferiores é recomendado para descartar insuficiência vascular.[4]
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