Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

AGUDA

estágio 1: agudo

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1ª linha – 

corticosteroide oral

A base do tratamento para aspergilose broncopulmonar alérgica são os corticosteroides sistêmicos para suprimir a resposta inflamatória ao A fumigatus. As evidências que dão suporte a esta terapia provêm principalmente de séries de casos longitudinais.[7][45][46]

Em uma série de casos, todos os pacientes responderam aos corticosteroides com um declínio significativo na IgE e resolução dos infiltrados na imagem torácica.[45] A dose ideal para corticosteroides sistêmicos não é conhecida, pois não houve ensaios prospectivos ou randomizados para orientar os esquemas de dosagem.

A medição da IgE sérica total deve ser repetida após as 6-8 semanas iniciais de corticoterapia e, em seguida, a cada 8-12 semanas durante 1 ano.[47] Qualquer aumento da IgE sérica >100% da linha basal sugere uma exacerbação. Se o nível de IgE sérica total não cair >35% em 2 meses de terapia, o paciente pode não estar tomando os corticosteroides conforme instruído, ou deve-se considerar outro diagnóstico, como infecção.[48] A radiografia torácica ou tomografia computadorizada do tórax deve ser repetida após 4-8 semanas de terapia a fim de documentar a eliminação dos infiltrados.[47]

Opções primárias

prednisolona: 0.5 mg/kg/dia por via oral por 7-14 dias, depois reduzir a dose gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/dia

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associado a – 

terapia antifúngica

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

A Infectious Diseases Society of America recomenda que o tratamento de primeira linha da aspergilose broncopulmonar alérgica (ABPA) aguda inclua uma combinação de corticosteroide e terapia antifúngica.[26]

Antifúngicos azólicos (por exemplo, itraconazol, voriconazol, posaconazol) são eficazes contra o A fumigatus.

O itraconazol é utilizado mais comumente no tratamento da ABPA devido ao seu melhor perfil de efeitos adversos, tolerabilidade e por ser o mais bem estudado. Um ECRC relatou que a prednisolona aumentou significativamente a taxa de resposta composta, em comparação com o itraconazol, em pacientes com ABPA (100% vs 88%; P = 0.007).[49] Resultados semelhantes foram encontrados para ambos os tratamentos para declínio percentual de IgE em 6 semanas e 3 meses, número de pacientes com exacerbações em 1 e 2 anos, tempo até a exacerbação e melhora da função pulmonar em 6 semanas.[49] No entanto, os efeitos adversos foram significativamente maiores nos pacientes tratados com prednisolona.

As evidências sugerem que o voriconazol ou o posaconazol são terapias de segunda linha razoáveis para a ABPA. Uma revisão retrospectiva de pacientes adultos asmáticos que foram refratários ou desenvolveram efeitos adversos ao tratamento com itraconazol com ABPA. Tanto o voriconazol quanto o posaconazol demonstraram resultados semelhantes para resposta clínica aos 3, 6 e 12 meses e redução na IgE total aos 9 e 12 meses.[50]​ O tratamento com voriconazol e posaconazol também pode melhorar o controle da asma e reduzir a gravidade.[50]

Recomenda-se o monitoramento terapêutico de medicamentos com voriconazol em combinação com corticosteroides. Foi observada supressão adrenal acentuada com o uso concomitante de corticosteroides sistêmicos e antifúngicos azólicos; ambos os agentes podem causar supressão adrenal por si só devido ao metabolismo através do CYP450.[51][52]​​ Além disso, os azóis podem aumentar a concentração sérica dos moduladores do regulador da condutância transmembrana da fibrose cística, o que é importante para o monitoramento de medicamentos em pacientes com FC.

Se os antifúngicos azólicos não estiverem disponíveis ou forem contraindicados, a anfotericina B desoxicolato e seus derivados lipídicos podem ser considerados para terapia inicial.[26]​ Uma revisão sistemática concluiu que a anfotericina B não melhora o estado livre de exacerbações em 1 ano, embora algumas evidências sugiram que o tratamento com anfotericina B atrasou o tempo até a primeira exacerbação em comparação com o braço controle, este resultado não foi estatisticamente significativo.[53]

Opções primárias

itraconazol: 200 mg por via oral três vezes ao dia por 3 dias, seguidos por 200 mg duas vezes ao dia

Opções secundárias

voriconazol: 400 mg por via oral duas vezes ao dia no dia 1, seguidos por 200 mg duas vezes ao dia

ou

posaconazol: 300 mg por via oral (liberação retardada) duas vezes ao dia no dia 1, seguidos por 300 mg uma vez ao dia

Opções terciárias

anfotericina B desoxicolato: 1 a 1.5 mg/kg/dia por via intravenosa

ou

anfotericina B lipossomal: 3-5 mg/kg/dia por via intravenosa

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associado a – 

controle ambiental

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os pacientes devem ser aconselhados a evitar exposição ao Aspergillus fumigatus. Embora se encontre distribuído no ambiente, o A fumigatus pode ser observado em quantidades particularmente elevadas, por exemplo, em matéria orgânica morta e em decomposição, como pilhas de compostagem. Com isso, atividades como a jardinagem podem aumentar a exposição.

A casa do paciente deve ser avaliada em relação a danos causados pela água e pela umidade, que podem estimular o crescimento de fungos de todos os tipos, incluindo o Aspergillus.[47][72] ​Na prática, os pacientes podem ser aconselhados a manter a umidade em ambientes internos abaixo de 50%, pois o bolor cresce em ambientes úmidos. Se houver bolor na casa, uma solução profissional deve ser considerada.

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associado a – 

otimização do manejo da fibrose cística, da asma e de outras doenças comórbidas

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

O tratamento da asma subjacente deve ser revisto e otimizado usando-se uma abordagem gradual e agentes padrão. Consulte Asma em adultos.

O tratamento da DRGE pode beneficiar pacientes com asma, e a avaliação da DRGE deve ser considerada em pacientes com baixo controle da asma, sobretudo com sintomas noturnos. Consulte Doença do refluxo gastroesofágico.

Os sintomas ou o diagnóstico de rinite ou sinusite devem ser avaliados em pacientes com asma, pois a inter-relação das vias aéreas superior e inferior sugere que a terapia para as vias aéreas superiores melhora o controle da asma. Consulte Rinite alérgica, Rinossinusite crônica sem pólipos nasais.

O tratamento da fibrose cística subjacente deve ser revisto e otimizado. Isso pode envolver o uso de corticosteroides, beta-agonistas de ação prolongada, agentes que promovem a eliminação do muco, antibióticos, anti-inflamatórios não esteroidais, oxigênio suplementar e fisioterapia. ConsulteFibrose cística.

estágio 2: remissão

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1ª linha – 

otimização do manejo da fibrose cística, da asma e de outras doenças comórbidas

Esses pacientes geralmente são identificados como assintomáticos ou estáveis, sem prednisolona por >6 meses, sem infiltrados. A IgE sérica pode estar elevada ou normal.

O tratamento da asma subjacente deve ser revisto e otimizado usando-se uma abordagem gradual e agentes padrão. Consulte Asma em adultos.

O tratamento da DRGE pode beneficiar pacientes com asma, e a avaliação da DRGE deve ser considerada em pacientes com baixo controle da asma, sobretudo com sintomas noturnos. Consulte Doença do refluxo gastroesofágico.

Os sintomas ou o diagnóstico de rinite ou sinusite devem ser avaliados em pacientes com asma, pois a inter-relação das vias aéreas superior e inferior sugere que a terapia para as vias aéreas superiores melhora o controle da asma. Consulte Rinite alérgica, Rinossinusite crônica sem pólipos nasais.

O tratamento da fibrose cística subjacente deve ser revisto e otimizado. Isso pode envolver o uso de corticosteroides, beta-agonistas de ação prolongada, agentes que promovem a eliminação do muco, antibióticos, anti-inflamatórios não esteroidais, oxigênio suplementar e fisioterapia. Consulte Fibrose cística.

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associado a – 

controle ambiental

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os pacientes devem ser aconselhados a evitar exposição ao Aspergillus fumigatus. Embora se encontre distribuído no ambiente, o A fumigatus pode ser observado em quantidades particularmente elevadas, por exemplo, em matéria orgânica morta e em decomposição, como pilhas de compostagem. Com isso, atividades como a jardinagem podem aumentar a exposição.

A casa do paciente deve ser avaliada em relação a danos causados pela água e pela umidade, que podem estimular o crescimento de fungos de todos os tipos, incluindo o Aspergillus.[47][72]​ Na prática, os pacientes podem ser aconselhados a manter a umidade em ambientes internos abaixo de 50%, pois o bolor cresce em ambientes úmidos. Se houver bolor na casa, uma solução profissional deve ser considerada.

estágio 3: exacerbação

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1ª linha – 

corticosteroide oral

As exacerbações podem ser diagnosticadas por um aumento na IgE sérica total >100% do valor basal no monitoramento de rotina ou por sintomas clínicos de tosse, dispneia, aumento do escarro e febre.[48] Na prática, as exacerbações podem ser assintomáticas e apenas observadas devido ao aumento da IgE ou a novos infiltrados nas imagens do tórax. O tratamento é igual ao da aspergilose broncopulmonar alérgica aguda em estágio 1, geralmente com corticosteroides sistêmicos em combinação com terapia antifúngica.

Em uma série de casos, todos os pacientes responderam aos corticosteroides com um declínio significativo na IgE e resolução dos infiltrados na imagem torácica.[45] A dose ideal para corticosteroides sistêmicos não é conhecida, pois não houve ensaios prospectivos ou randomizados para orientar os esquemas posológicos.

A medição da IgE sérica total deve ser repetida após as 6-8 semanas iniciais de corticoterapia e, em seguida, a cada 8-12 semanas durante 1 ano.[47] Qualquer aumento da IgE sérica >100% da linha basal sugere uma exacerbação. Se o nível de IgE sérica total não cair >35% em 2 meses de terapia, o paciente pode não estar tomando os corticosteroides conforme instruído, ou deve-se considerar outro diagnóstico, como infecção.[48]​ A radiografia torácica ou tomografia computadorizada do tórax deve ser repetida após 4-8 semanas de terapia a fim de documentar a eliminação dos infiltrados.[47]

Opções primárias

prednisolona: 0.5 mg/kg/dia por via oral por 7-14 dias, depois reduzir a dose gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/dia

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associado a – 

terapia antifúngica

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

A Infectious Diseases Society of America recomenda que o tratamento de primeira linha da aspergilose broncopulmonar alérgica (ABPA) aguda inclua uma combinação de corticosteroide e terapia antifúngica.[26]

Antifúngicos azólicos (por exemplo, itraconazol, voriconazol, posaconazol) são eficazes contra o A fumigatus.

O itraconazol é utilizado mais comumente no tratamento da ABPA devido ao seu melhor perfil de efeitos adversos, tolerabilidade e por ser o mais bem estudado. Um ECRC relatou que a prednisolona aumentou significativamente a taxa de resposta composta, em comparação com o itraconazol, em pacientes com ABPA (100% vs 88%; P = 0.007).[49] Resultados semelhantes foram encontrados para ambos os tratamentos para declínio percentual de IgE em 6 semanas e 3 meses, número de pacientes com exacerbações em 1 e 2 anos, tempo até a exacerbação e melhora da função pulmonar em 6 semanas.[49] No entanto, os efeitos adversos foram significativamente maiores nos pacientes tratados com prednisolona.

As evidências sugerem que o voriconazol ou o posaconazol são terapias de segunda linha razoáveis para a ABPA. Uma revisão retrospectiva de pacientes adultos asmáticos que foram refratários ou desenvolveram efeitos adversos ao tratamento com itraconazol com ABPA. Tanto o voriconazol quanto o posaconazol demonstraram resultados semelhantes para resposta clínica aos 3, 6 e 12 meses e redução na IgE total aos 9 e 12 meses.[50]​ O tratamento com voriconazol e posaconazol também pode melhorar o controle da asma e reduzir a gravidade.[50]

Recomenda-se o monitoramento terapêutico de medicamentos com voriconazol em combinação com corticosteroides. Foi observada supressão adrenal acentuada com o uso concomitante de corticosteroides sistêmicos e antifúngicos azólicos; ambos os agentes podem causar supressão adrenal por si só devido ao metabolismo através do CYP450.[51][52]​​ Além disso, os azóis podem aumentar a concentração sérica dos moduladores do regulador da condutância transmembrana da fibrose cística, o que é importante para o monitoramento de medicamentos em pacientes com FC.

Se os antifúngicos azólicos não estiverem disponíveis ou forem contraindicados, a anfotericina B desoxicolato e seus derivados lipídicos podem ser considerados para terapia inicial.[26]​ Uma revisão sistemática concluiu que a anfotericina B não melhora o estado livre de exacerbações em 1 ano, embora algumas evidências sugiram que o tratamento com anfotericina B atrasou o tempo até a primeira exacerbação em comparação com o braço controle, este resultado não foi estatisticamente significativo.[53]

Opções primárias

itraconazol: 200 mg por via oral três vezes ao dia por 3 dias, seguidos por 200 mg duas vezes ao dia

Opções secundárias

voriconazol: 400 mg por via oral duas vezes ao dia no dia 1, seguidos por 200 mg duas vezes ao dia

ou

posaconazol: 300 mg por via oral (liberação retardada) duas vezes ao dia no dia 1, seguidos por 300 mg uma vez ao dia

Opções terciárias

anfotericina B desoxicolato: 1 a 1.5 mg/kg/dia por via intravenosa

ou

anfotericina B lipossomal: 3-5 mg/kg/dia por via intravenosa

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associado a – 

controle ambiental

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os pacientes devem ser aconselhados a evitar áreas de possível exposição ao Aspergillus fumigatus. Embora se encontre distribuído no ambiente, o A fumigatus pode ser observado em quantidades particularmente elevadas em matéria orgânica morta e em decomposição, como pilhas de compostagem.

A casa do paciente deve ser avaliada em relação a danos causados pela água e pela umidade, que podem estimular o crescimento de fungos de todos os tipos, incluindo o Aspergillus.[47][72]​ Na prática, os pacientes podem ser aconselhados a manter a umidade em ambientes internos abaixo de 50%, pois o bolor cresce em ambientes úmidos. Se houver bolor na casa, uma solução profissional deve ser considerada.

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associado a – 

otimização do manejo da fibrose cística, da asma e de outras doenças comórbidas

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

O tratamento da asma subjacente deve ser revisto e otimizado usando-se uma abordagem gradual e agentes padrão. ConsulteAsma em adultos

O tratamento da DRGE pode beneficiar pacientes com asma, e a avaliação da DRGE deve ser considerada em pacientes com baixo controle da asma, sobretudo com sintomas noturnos. Consulte Doença do refluxo gastroesofágico.

Os sintomas ou o diagnóstico de rinite ou sinusite devem ser avaliados em pacientes com asma, pois a inter-relação das vias aéreas superior e inferior sugere que a terapia para as vias aéreas superiores melhora o controle da asma. Consulte Rinite alérgica, Rinossinusite crônica sem pólipos nasais.

O tratamento da fibrose cística subjacente deve ser revisto e otimizado. Isso pode envolver o uso de corticosteroides, beta-agonistas de ação prolongada, agentes que promovem a eliminação do muco, antibióticos, anti-inflamatórios não esteroidais, oxigênio suplementar e fisioterapia. ConsulteFibrose cística.

estágio 4: asma dependente de corticosteroides

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1ª linha – 

corticosteroide oral

Ocorre quando o paciente não consegue deixar de tomar corticosteroides orais e/ou há uma persistente elevação da IgE sérica, junto com alterações pulmonares obstrutivas e restritivas.

O tratamento consiste em corticosteroides orais diários, que podem precisar ser administrados indefinidamente.[20][47][75]

Múltiplas exacerbações asmáticas em um paciente com aspergilose broncopulmonar alérgica sugerem que a corticoterapia deve ser utilizada, geralmente com uma dose ≥10 mg/dia de prednisolona, embora com o objetivo de usar a dose mínima necessária para estabilizar o paciente.

A decisão de reduzir gradualmente a dose de corticosteroides deve ser feita individualmente, dependendo da evolução clínica.

Opções primárias

prednisolona: 10-40 mg por via oral uma vez ao dia ou em dias alternados

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associado a – 

terapia antifúngica

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

A terapia antifúngica é recomendada para ajudar os pacientes a abandonar os corticosteroides.

Antifúngicos azólicos (por exemplo, itraconazol, voriconazol, posaconazol) são eficazes contra o A fumigatus.

O itraconazol é utilizado mais comumente no tratamento da aspergilose broncopulmonar alérgica (ABPA) devido ao seu melhor perfil de efeitos adversos, tolerabilidade e por ser o mais bem estudado. Um ECRC relatou que a prednisolona aumentou significativamente a taxa de resposta composta, em comparação com o itraconazol, em pacientes com ABPA (100% vs 88%; P = 0.007).[49] Resultados semelhantes foram encontrados para ambos os tratamentos para declínio percentual de IgE em 6 semanas e 3 meses, número de pacientes com exacerbações em 1 e 2 anos, tempo até a exacerbação e melhora da função pulmonar em 6 semanas.[49] No entanto, os efeitos adversos foram significativamente maiores nos pacientes tratados com prednisolona.

As evidências sugerem que o voriconazol ou o posaconazol são terapias de segunda linha razoáveis para a ABPA. Uma revisão retrospectiva de pacientes adultos asmáticos que foram refratários ou desenvolveram efeitos adversos ao tratamento com itraconazol com ABPA. Tanto o voriconazol quanto o posaconazol demonstraram resultados semelhantes para resposta clínica aos 3, 6 e 12 meses e redução na IgE total aos 9 e 12 meses.[50]​ O tratamento com voriconazol e posaconazol também pode melhorar o controle da asma e reduzir a gravidade.[50]

Recomenda-se o monitoramento terapêutico de medicamentos com voriconazol em combinação com corticosteroides. Foi observada supressão adrenal acentuada com o uso concomitante de corticosteroides sistêmicos e antifúngicos azólicos; ambos os agentes podem causar supressão adrenal por si só devido ao metabolismo através do CYP450.[51][52]​​ Além disso, os azóis podem aumentar a concentração sérica dos moduladores do regulador da condutância transmembrana da fibrose cística, o que é importante para o monitoramento de medicamentos em pacientes com FC.

Se os antifúngicos azólicos não estiverem disponíveis ou forem contraindicados, a anfotericina B desoxicolato e seus derivados lipídicos podem ser considerados para terapia inicial.[26]​ Uma revisão sistemática concluiu que a anfotericina B não melhora o estado livre de exacerbações em 1 ano, embora algumas evidências sugiram que o tratamento com anfotericina B atrasou o tempo até a primeira exacerbação em comparação com o braço controle, este resultado não foi estatisticamente significativo.[53]

Opções primárias

itraconazol: 200 mg por via oral três vezes ao dia por 3 dias, seguidos por 200 mg duas vezes ao dia

Opções secundárias

voriconazol: 400 mg por via oral duas vezes ao dia no dia 1, seguidos por 200 mg duas vezes ao dia

ou

posaconazol: 300 mg por via oral (liberação retardada) duas vezes ao dia no dia 1, seguidos por 300 mg uma vez ao dia

Opções terciárias

anfotericina B desoxicolato: 1 a 1.5 mg/kg/dia por via intravenosa

ou

anfotericina B lipossomal: 3-5 mg/kg/dia por via intravenosa

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associado a – 

controle ambiental

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os pacientes devem ser aconselhados a evitar áreas de possível exposição ao Aspergillus fumigatus. Embora se encontre distribuído no ambiente, o A fumigatus pode ser observado em quantidades particularmente elevadas em matéria orgânica morta e em decomposição, como pilhas de compostagem.

A casa do paciente deve ser avaliada em relação a danos causados pela água e pela umidade, que podem estimular o crescimento de fungos de todos os tipos, incluindo o Aspergillus.[47][72]​ Na prática, os pacientes podem ser aconselhados a manter a umidade em ambientes internos abaixo de 50%, pois o bolor cresce em ambientes úmidos. Se houver bolor na casa, uma solução profissional deve ser considerada.

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associado a – 

otimização do manejo da fibrose cística, da asma e de outras doenças comórbidas

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

O tratamento da asma subjacente deve ser revisto e otimizado usando-se uma abordagem gradual e agentes padrão. Consulte  Asma em adultos.

O tratamento da DRGE pode beneficiar pacientes com asma, e a avaliação da DRGE deve ser considerada em pacientes com baixo controle da asma, sobretudo com sintomas noturnos. Consulte Doença do refluxo gastroesofágico.

Os sintomas ou o diagnóstico de rinite ou sinusite devem ser avaliados em pacientes com asma, pois a inter-relação das vias aéreas superior e inferior sugere que a terapia para as vias aéreas superiores melhora o controle da asma. Consulte Rinite alérgica, Rinossinusite crônica sem pólipos nasais.

O tratamento da fibrose cística subjacente deve ser revisto e otimizado. Isso pode envolver o uso de corticosteroides, beta-agonistas de ação prolongada, agentes que promovem a eliminação do muco, antibióticos, anti-inflamatórios não esteroidais, oxigênio suplementar e fisioterapia. Consulte  Fibrose cística.

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Considerar – 

terapia biológica

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Na prática, o uso off-label de agentes biológicos como terapia poupadora de corticosteroides pode ser usado para pacientes com asma dependente de corticosteroides que não conseguem reduzir gradualmente os corticosteroides orais, apesar de um ciclo de terapia antifúngica. As evidências de uma revisão retrospectiva de prontuários sugerem que omalizumabe, mepolizumabe, dupilumabe ou benralizumabe podem reduzir a dose ou eliminar a necessidade de tratamento com corticosteroides.[56]

A terapia biológica também pode ser usada em preferência à terapia antifúngica como terapia poupadora de corticosteroides para pacientes nos quais o tratamento antifúngico é contraindicado, como aqueles com doença hepática ou aqueles que tomam outros tratamentos que interagem com inibidores do CYP450.[57][58]​​​​

Omalizumabe, um anticorpo monoclonal direcionado contra IgE que impede a ligação da IgE aos receptores nas células efetoras, é usado em pacientes com asma alérgica que apresentam exacerbações da asma, apesar da terapia padrão máxima. Os relatos de caso de seu uso na aspergilose broncopulmonar alérgica (ABPA) em pacientes com fibrose cística dependente de corticosteroides mostraram que é uma terapia poupadora de corticosteroides com melhoras clínicas associadas.[59][60][61]​​ Ensaios de omalizumabe em pacientes com asma e ABPA demonstraram reduções nas exacerbações de asma e necessidades de corticosteroide oral, mas, em um estudo, ele não melhorou a espirometria.[62][63]​​ No entanto, faltam evidências da eficácia e segurança da terapia anti-IgE para pessoas com FC e ABPA.[64]

A adição de mepolizumabe, um anticorpo monoclonal antagonista da interleucina (IL)-5, em doses convencionais para pacientes com asma grave complicada por ABPA levou a uma diminuição significativa na contagem periférica de eosinófilos, um aumento no VEF1, melhora nos escores de controle da asma e um redução significativa das exacerbações e da dose de corticosteroide oral.[65]​ Em outro pequeno estudo com nove pacientes com ABPA, alguns dos quais falharam no tratamento com terapia antifúngica ou omalizumabe, todos os pacientes tratados com um antagonista de IL-5 tiveram as exacerbações reduzidas em comparação com o ano anterior, melhoraram a qualidade de vida relacionada à asma e reduziram a dose de corticosteroide oral.[66]​ Reduções nos níveis de IgE e de obstrução por rolha de muco também foram observadas com o uso de mepolizumabe para tratamento de ABPA.[67]

As evidências de um estudo de caso demonstram que o dupilumabe, um anticorpo monoclonal antagonista da IL-4, tratou com sucesso pacientes com ABPA, muitas vezes aqueles que falharam nas terapias convencionais ou outros produtos biológicos.[68]​ Um ensaio clínico randomizado multicêntrico que testou a eficácia do dupilumabe na ABPA foi concluído e os resultados estão atualmente sendo analisados.[69]

Evidências de séries de casos sugerem que o benralizumabe, um anticorpo monoclonal antagonista da IL-5, trata com sucesso a ABPA e pode ser mais eficaz que o mepolizumabe (outro antagonista da IL-5) na eliminação de rolhas de muco brônquicas.[70][71]

Opções primárias

omalizumabe: 150-375 mg por via subcutânea a cada 2-4 semanas, ajustar a dose de acordo com os níveis séricos de IgE e peso corporal, máximo de 150 mg/local de injeção

ou

mepolizumabe: 100 mg por via subcutânea a cada 4 semanas

ou

dupilumab: 400-600 mg por via subcutânea em dose única no dia 1, seguido por 200-300 mg por via subcutânea a cada 2 semanas

ou

benralizumabe: 30 mg por via subcutânea a cada 4 semanas durante 3 doses, seguido por 30 mg a cada 8 semanas

estágio 5: fibrose de estágio terminal

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1ª linha – 

cuidados de suporte

A doença em estágio 5 ocorre quando o paciente não consegue deixar de tomar os corticosteroides orais e há alterações pulmonares obstrutivas e restritivas. Clinicamente, os pacientes são dispneicos e parecem cianóticos, com lesões fibróticas, bolhosas ou cavitárias nas imagens do tórax. A IgE sérica pode estar normal. Na prática, é improvável que a fibrose em estágio terminal responda a qualquer imunomodulação. Os pacientes podem se beneficiar de reabilitação pulmonar e suplementação de oxigênio conforme necessário. O encaminhamento para um centro de transplante pulmonar deve ser considerado.

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associado a – 

controle ambiental

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os pacientes devem ser aconselhados a evitar áreas de possível exposição ao Aspergillus fumigatus. Embora se encontre distribuído no ambiente, o A fumigatus pode ser observado em quantidades particularmente elevadas em matéria orgânica morta e em decomposição, como pilhas de compostagem.

A casa do paciente deve ser avaliada em relação a danos causados pela água e pela umidade, que podem estimular o crescimento de fungos de todos os tipos, incluindo o Aspergillus.[47][72]​ Na prática, os pacientes podem ser aconselhados a manter a umidade em ambientes internos abaixo de 50%, pois o bolor cresce em ambientes úmidos. Se houver bolor na casa, uma solução profissional deve ser considerada.

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associado a – 

otimização do manejo da fibrose cística, da asma e de outras doenças comórbidas

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

O tratamento da asma subjacente deve ser revisto e otimizado usando-se uma abordagem gradual e agentes padrão. Consulte Asma em adultos.

O tratamento da DRGE pode beneficiar pacientes com asma, e a avaliação da DRGE deve ser considerada em pacientes com baixo controle da asma, sobretudo com sintomas noturnos. Consulte Doença do refluxo gastroesofágico.

Os sintomas ou o diagnóstico de rinite ou sinusite devem ser avaliados em pacientes com asma, pois a inter-relação das vias aéreas superior e inferior sugere que a terapia para as vias aéreas superiores melhora o controle da asma. Consulte Rinite alérgica, Rinossinusite crônica sem pólipos nasais.

O tratamento da fibrose cística subjacente deve ser revisto e otimizado. Isso pode envolver o uso de corticosteroides, beta-agonistas de ação prolongada, agentes que promovem a eliminação do muco, antibióticos, anti-inflamatórios não esteroidais, oxigênio suplementar e fisioterapia. Consulte Fibrose cística.

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