Complicações

Complicação
Período de ocorrência
Probabilidade
longo prazo
alta

Um dos critérios para diagnóstico de aspergilose broncopulmonar alérgica (ABPA) com bronquiectasia central. Como a ABPA geralmente é diagnosticada no estágio 4 ou 5, a bronquiectasia é observada nesses estágios em todos os casos. Geralmente descrita como bronquiectasia central com dilatação bilateral dos brônquios central e superior.

Acredita-se que se desenvolva como consequência de uma reação inflamatória intensa ao Aspergillus fumigatus nos brônquios. Isso causa danos e remodelamento das vias aéreas.

Em caso de suspeita de ABPA em um paciente com asma que também tenha teste de hipersensibilidade imediata por punção cutânea ("prick test") positivo para o A fumigatus, realize uma tomografia computadorizada de alta resolução do tórax para diferenciar a ABPA da asma grave. A avaliação imediata e o tratamento da ABPA podem prevenir a evolução para bronquiectasia.

Como a bronquiectasia é irreversível, o manejo é de suporte, com técnicas de eliminação da expectoração para hipersecreção de muco, terapêutica antimicrobiana para bronquite infecciosa e dilatadores brônquicos e reabilitação pulmonar para obstrução do fluxo aéreo.

Bronquiectasia

longo prazo
alta

A fibrose é uma característica do estágio 5 da doença (o segundo estágio mais comum em que a aspergilose broncopulmonar alérgica é diagnosticada). A resposta inflamatória nos brônquios que leva à bronquiectasia pode progredir para fibrose devido à persistente inabilidade de depurar o muco que contém elementos fúngicos de A fumigatus. Isso promove o acúmulo adicional de células inflamatórias, o que destrói o parênquima pulmonar por seus exoprodutos tóxicos.[77][72]

Fibrose pulmonar idiopática

longo prazo
alta

Inclui anormalidades metabólicas como diabetes, osteopenia e hiperlipidemia. Também pode-se observar supressão imune, catarata e retardo de crescimento, especialmente em pacientes com fibrose cística. Esses efeitos adversos promoveram uma abordagem alternativa, a adição de um agente antifúngico como agente poupador de corticosteroide.

Se o uso de corticosteroide em longo prazo for previsto, as medições basais sugeridas incluem: peso corporal, altura e pressão arterial; densidade mineral óssea; e exames laboratoriais básicos, como hemograma completo, valores de glicose sanguínea e perfil lipídico.[78]

longo prazo
alta

Supressão adrenal foi relatada após o uso de corticosteroides sistêmicos e antifúngico azólico; os dois agentes podem causar supressão adrenal por si só.[51]

Embora todos os antifúngicos azólicos possam reduzir o clearance hepático dos corticosteroides, resultando no aumento das concentrações plasmáticas de corticosteroide, um relato de caso da toxicidade de voriconazol após a interrupção do tratamento com corticosteroide em um paciente com aspergilose broncopulmonar alérgica sugere que os corticosteroides também podem induzir o metabolismo de voriconazol. Portanto, recomenda-se o monitoramento rigoroso quando os dois agentes são usados concomitantemente.[52]

Também foi relatada toxicidade hepática com alguns antifúngicos.[79]

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