Diagnósticos diferenciais
Exacerbação da asma
SINAIS / SINTOMAS
Embora a produção de muco possa aumentar com a asma, é improvável haver rolhas de muco amarronzados e hemoptise.
Investigações
Teste cutâneo positivo para sensibilidade ao Aspergillus fumigatus: negativo.
Imunoglobulina E (IgE) sérica total: na asma não alérgica, não é elevada (testada quando o paciente não estiver tomando corticosteroides sistêmicos, pois diminuem os níveis de IgE).
IgE e IgG específicas de Aspergillus: não elevadas.
Exacerbação infecciosa da fibrose cística sem aspergilose broncopulmonar alérgica (ABPA)
SINAIS / SINTOMAS
Clinicamente, não há nenhum sinal ou sintoma de diferenciação.
Investigações
Imunoglobulina E (IgE) sérica total: não elevada.
IgE e IgG específicas de Aspergillus: não elevadas.
Radiografia torácica: sem infiltrados novos na linha basal.
Teste cutâneo para sensibilidade ao A fumigatus: negativo.
Pneumonia eosinofílica crônica (PEC)
SINAIS / SINTOMAS
Características clínicas semelhantes à ABPA.
A asma acompanha ou precede a doença em 50% dos casos.[24]
Ocorre predominantemente em mulheres e não fumantes; foram relatados casos após a radioterapia para câncer de mama.[36][37]
Investigações
Radiografia torácica: infiltrados periféricos bilaterais ou com base pleural, descritos como o negativo fotográfico de edema pulmonar, são praticamente patognomônicos para pneumonia eosinofílica crônica (PEC).
Biópsia pulmonar: a PEC é caracterizada por eosinófilos e histiócitos intersticiais ou alveolares. A fibrose é mínima, e a bronquiolite obliterante com pneumonia em organização é um achado comumente associado.[24]
Granulomatose eosinofílica com poliangiite (Síndrome de Churg-Strauss)
SINAIS / SINTOMAS
Distúrbio vasculítico em oposição a uma doença alérgica.
Frequentemente, inclui sinusite como manifestação clínica, enquanto a sinusite raramente ocorre com a ABPA.[38][39][40]
A pele e os sistemas cardiovascular, gastrointestinal e nervoso também podem estar envolvidos. Os sintomas cutâneos incluem púrpura palpável, petéquias ou nódulos granulomatosos. Os sintomas cardiovasculares incluem pericardite, insuficiência cardíaca e infarto do miocárdio. Os sintomas gastrointestinais incluem diarreia, dor, sangramento e colite.
Investigações
Radiografia torácica: comumente mostra opacidades temporárias e irregulares sem distribuição lobar ou segmentar.[40]
Biópsia pulmonar: infiltrados eosinofílicos, vasculite eosinofílica (sobretudo das artérias e veias pequenas), granulomas necrosantes intersticiais e perivasculares e áreas de necrose.[39][40]
Síndrome hipereosinofílica (SHE)
SINAIS / SINTOMAS
A SHE está associada a uma eosinofilia periférica acentuada e possível envolvimento de diversos órgãos, como o coração, trato gastrointestinal, pulmões, cérebro e pele.[41]
Embora 40% dos pacientes com SHE apresentem manifestações pulmonares, eles também apresentam sinais e/ou sintomas de disfunção no órgão-alvo (não limitados ao trato respiratório). As manifestações cardíacas da miocardite eosinofílica são a principal causa de morbidade e mortalidade. As manifestações neurológicas da tromboembolia cerebral, encefalopatia e neuropatia podem ser sintomas manifestos. Pode ocorrer colite e gastrite a partir da infiltração eosinofílica da mucosa intestinal. As manifestações cutâneas comuns são eczema, prurido e angioedema.
Investigações
Testes moleculares para a mutação FIP1L1/PDGFR alfa: podem ser positivos para uma variante genética da na síndrome hipereosinofílica (SHE).[42]
Avaliação da medula óssea: demonstra aumento de eosinófilos e precursores de eosinófilos, ou pode confirmar um processo mieloproliferativo.[41]
Eosinofilia sérica: a SHE apresenta ≥1.50 x 10^9/L (≥1500/microlitro) em pelo menos 2 ocasiões na ausência de quaisquer outras causas. Na ABPA, a causa é a hipersensibilidade ao fungo Aspergillus, enquanto, na SHE, não é encontrada nenhuma etiologia.
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