Estimativas precisas requerem estudos endoscópicos, pois os sintomas são indicadores não sensíveis e inespecíficos de úlceras pépticas. Uma revisão sistemática da literatura relatou uma incidência anual de 0.10% a 0.19% para úlcera péptica diagnosticada pelo médico e uma prevalência de 1 ano de 0.12% a 1.50%.[1]Sung JJ, Kuipers EJ, El-Serag HB. Systematic review: the global incidence and prevalence of peptic ulcer disease. Aliment Pharmacol Ther. 2009 May 1;29(9):938-46.
https://www.doi.org/10.1111/j.1365-2036.2009.03960.x
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19220208?tool=bestpractice.com
A prevalência de úlcera gástrica varia significativamente em todo o mundo; 4.1% na Suécia e 6.1% na China.[2]Li Z, Zou D, Ma X, et al. Epidemiology of peptic ulcer disease: endoscopic results of the systematic investigation of gastrointestinal disease in China. Am J Gastroenterol. 2010 Aug 24;105(12):2570-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20736940?tool=bestpractice.com
[3]Aro P, Storskrubb T, Ronkainen J, et al. Peptic ulcer disease in a general adult population: the Kalixanda study: a random population-based study. Am J Epidemiol. 2006 Jun 1;163(11):1025-34.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16554343?tool=bestpractice.com
A incidência de úlcera péptica aumenta com a idade; úlceras gástricas atingem a intensidade máxima na quinta até a sétima décadas e úlceras duodenais 10 a 20 anos mais cedo.[4]Sonnenberg A. Temporal trends and geographical variations of peptic ulcer disease. Aliment Pharmacol Ther. 1995;9 Suppl 2:3-12.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8547525?tool=bestpractice.com
Ambos os sexos são acometidos de forma semelhante.
A epidemiologia da úlcera péptica reflete amplamente a epidemiologia dos dois fatores etiológicos mais importantes, a infecção por Helicobacter pylori e o uso de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs). No mundo desenvolvido, a incidência de H pylori vem declinando lentamente ao longo dos últimos 50 anos, enquanto que o uso de AINEs aumentou. A maioria dos estudos relata que as úlceras pépticas estão diminuindo em prevalência ao longo do tempo.[5]Cai S, García Rodríguez LA, Massó-González EL, et al. Uncomplicated peptic ulcer in the UK: trends from 1997 to 2005. Aliment Pharmacol Ther. 2009 Nov 15;30(10):1039-48.
https://www.doi.org/10.1111/j.1365-2036.2009.04131.x
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19709097?tool=bestpractice.com
[6]Nam K, Shin JE, Kim SE, et al. Prevalence and risk factors for upper gastrointestinal diseases in health check-up subjects: a nationwide multicenter study in Korea. Scand J Gastroenterol. 2018 Aug;53(8):910-6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30169983?tool=bestpractice.com
[7]Sonnenberg A, Turner KO, Genta RM. Low prevalence of Helicobacter pylori-positive peptic ulcers in private outpatient endoscopy centers in the United States. Am J Gastroenterol. 2020 Feb;115(2):244-250.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31972622?tool=bestpractice.com
[8]Ran,J, Jin X, Li J, et al. The global burden of peptic ulcer disease in 204 countries and territories from 1990 to 2019: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2019. Int J Epidemiol. 2022 Oct 13;51(5):1666-76.[9]Azhari H, King JA, Coward S, et al. The global incidence of peptic ulcer disease is decreasing since the turn of the 21st century: a study of the organisation for economic co-operation and development (OECD). Am J Gastroenterol. 2022 Sep 1;117(9):1419-27.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35973143?tool=bestpractice.com
Contudo, as úlceras pépticas permanecem comuns no mundo inteiro, especialmente nos países em desenvolvimento, onde a infecção por H pylori é altamente prevalente.[10]Suerbaum S, Michetti P. Helicobacter pylori infection. New Engl J Med. 2002 Oct 10;347(15):1175-86.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12374879?tool=bestpractice.com
Uma revisão da literatura de 2019 sobre a epidemiologia da doença de úlcera péptica (DUP) na África constatou uma heterogeneidade na prevalência e incidência de DUP em todo o continente. No entanto, a maioria dos estudos de centros terciários constatou maior prevalência de DUP na África, em comparação com estudos similares realizados em países ocidentais.[11]Archampong TN, Asmah RH, Richards CJ, et al. Gastro-duodenal disease in Africa: literature review and clinical data from Accra, Ghana. World J Gastroenterol. 2019 Jul 14;25(26):3344-58.
https://www.wjgnet.com/1007-9327/full/v25/i26/3344.htm
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31341360?tool=bestpractice.com