Investigações
Primeiras investigações a serem solicitadas
diário do sono
Exame
Utilizado quando um paciente apresenta dificuldade de manter ou iniciar o sono, dificuldade de acordar, hipersonolência ou parassonias. É importante mantê-lo diariamente, e o diário não deve ser preenchido na sala de espera do consultório antes da visita ao médico.
Crianças e adolescentes podem se envolver, mas a responsabilidade de preencher os diários deve ser de um dos pais.
Resultado
pode demonstrar uma rotina de sono irregular, ritmo circadiano desregulado, sono insuficiente, associação de certos fenômenos a gatilhos (parassonias com sono insuficiente)
polissonografia (PSG)
Exame
A PSG assistida é considerada o teste diagnóstico de escolha para a apneia obstrutiva do sono (AOS), embora a ausência de consenso sobre como os eventos obstrutivos devem ser classificados resulte em diferentes estudos usando medidas diversas para definir a obstrução, sendo a obstrução significativa definida como um índice de apneia-hipopneia que vai de 1 a 5.[81][82]
A utilização da PSG como um exame isolado para determinar a significância da obstrução foi questionada com uma proposta de classificar o paciente com base em critérios principais e secundários a fim de determinar o grau de risco.[83]
Por meio do número de eventos obstrutivos, a PSG distingue a AOS da apneia central do sono, respiração periódica, transtorno do movimento periódico dos membros, atividade anormal no eletroencefalograma, arritmia cardíaca, início precoce do sono REM, distúrbios comportamentais do REM e efeitos de medicamentos sobre a arquitetura do sono.
Ela também ajuda a validar a precisão do teste múltiplo de latência do sono (TMLS) no diagnóstico da narcolepsia.
Embora a PSG não assistida tenha ganhado atenção para os adultos, seu uso com crianças não é recomendado.[71][72]
Resultado
se houver suspeita de AOS, a PSG é o primeiro exame a ser solicitado antes do diário do sono, diferenciando-a de outros distúrbios como parassonias, convulsões atípicas, distúrbios comportamentais do REM, hipoventilação, apneia central do sono
teste múltiplo da latência do sono
Exame
O TMLS é o teste diagnóstico para a narcolepsia e é útil para a avaliação de outras causas de hipersonolência. Ele deve ser realizado de acordo com o protocolo padrão, preferencialmente após uma polissonografia de noite inteira com registro de, no mínimo, 7 horas do tempo total de sono, e na ausência de medicamentos que possam afetar adversamente padrões de sono, como os que suprimem o movimento rápido dos olhos (REM).[78][79] Caso haja presença de outras causas de hipersonolência, recomenda-se tratar essas causas antes do TMLS, com base no julgamento clínico.[79]
Não indicado como parte de uma avaliação de rotina para apneia obstrutiva do sono, resposta à pressão positiva contínua nas vias aéreas, insônia ou transtornos do ritmo circadiano.[78]
Resultado
latência de sono reduzida (os valores reais mudam de acordo com a classificação de maturação sexual de Tanner) e 2 ou mais episódios de sono REM precoce em 5 cochilos na narcolepsia
Investigações a serem consideradas
filmes laterais do pescoço
Exame
Frequentemente solicitados para a avaliação da hipertrofia adenotonsilar, embora tenham baixa sensibilidade. Porém, uma radiografia normal do pescoço não descarta a apneia obstrutiva do sono (AOS).
Resultado
adenoides e/ou amígdalas aumentadas que ocluem a via aérea superior na apneia obstrutiva do sono (AOS)
endoscopia nasal
Exame
Normalmente feita por um otorrinolaringologista. Adenoides aumentadas podem causar obstrução significativa.[34]
Resultado
adenoides aumentadas, amígdalas ocluindo a via aérea superior na apneia obstrutiva do sono
oximetria noturna
Exame
Pode ser utilizada como uma ferramenta para medir a gravidade e planejar o cuidado perioperatório de crianças com apneia obstrutiva do sono (AOS), mas um exame normal não descarta a AOS.[74] Muitas crianças com AOS não têm dessaturações significativas com obstrução, pois sua pressão arterial de oxigênio (PaO2) basal é alta, e a redução de PaO2 necessária para diminuir a saturação de oxigênio no oxímetro de pulso (SpO2) é grande nesses níveis.
Resultado
dessaturações significativas na PaO2 na AOS
actigrafia
Exame
Frequentemente utilizada quando há discrepância nas queixas ou na quantidade de sono relatadas pelo paciente ou cuidadores. A variação de atividade pode se dar por uma rotina de sono irregular, ritmo circadiano desregulado ou sono insuficiente.
Resultado
pode-se registrar atividade irregular
registro audiovisual
Exame
Útil ao lidar com queixas incomuns ou pouco frequentes que, portanto, são pouco passíveis de serem captadas pela polissonografia.
Resultado
pode mostrar evidências de apneia obstrutiva do sono, parassonias, distúrbios do movimento associados ao sono (como jactatio capitis ou movimento rítmico da cabeça, distúrbio comportamental do REM), atividade convulsiva atípica
tipagem HLA (antígeno leucocitário humano)
Exame
Sensível, mas inespecífico para narcolepsia. Embora certos tipos de antígeno leucocitário humano (HLA) (HLA-DQB1*0602, HLA-DR2 e HLA-DQ1) sejam prevalentes em pacientes com narcolepsia, eles também estão presentes na população em geral em altas porcentagens e, portanto, sua utilidade clínica é limitada.[5]
Resultado
positiva para HLA-DQB1*0602, HLA-DR2, HLA-DQ1 na narcolepsia
Novos exames
pneumograma
Exame
Uma polissonografia limitada e não assistida que oferece muito menos informações que uma polissonografia (PSG) padrão.
Não é tão sensível quanto a PSG.
Resultado
apneia associada à dessaturação, refluxo gastroesofágico, bradicardia ou taquicardia na apneia obstrutiva do sono
nível de hipocretina no líquido cefalorraquidiano
Exame
Os níveis de hipocretina no líquido cefalorraquidiano não são rotineiramente medidos, mas costumam ser baixos em pacientes com narcolepsia. O resultado é de 110 picogramas/mL ou menos ou um terço do valor de referência normal.
Resultado
baixa
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