História e exame físico
Principais fatores diagnósticos
comuns
presença de fatores de risco
Os fatores fortes de risco para apneia obstrutiva do sono incluem anomalias craniofaciais, hipertrofia adenotonsilar, macroglossia, doença do refluxo gastroesofágico, rinite alérgica, fumaça de tabaco no ambiente, obesidade, hipotonia, medicamentos, álcool e síndrome de Down.
A parentalidade inconsistente contribui para o distúrbio de insônia crônico na faixa etária apropriada (5 anos ou menos).
Os adolescentes são especialmente propensos à síndrome do atraso na fase do sono, especialmente com a exposição à luz no fim do dia.
roncos, arquejos, sufocamentos durante o sono (apneia obstrutiva do sono)
Embora o ronco seja, muitas vezes, um sintoma proeminente da apneia obstrutiva do sono (AOS), nem todas as crianças que roncam têm AOS. Estudos descobriram que entre 3% e 15% das crianças roncam regularmente, especialmente entre os 3 e os 6 anos de idade (13% a 35%).[28]
Em grupos de alto risco, como crianças com síndrome de Down, a ausência de roncos não descarta a AOS. Na presença de outros sinais e/ou sintomas, o encaminhamento para um estudo do sono deve ser considerado.[80]
sudorese noturna (apneia obstrutiva do sono)
Muitas vezes, consequência de respiração ofegante.
respiração pela boca (apneia obstrutiva do sono)
Muitas vezes associada à hipertrofia adenoidal.
dormir com um pescoço hiperestendido (apneia obstrutiva do sono)
Pode ser observado quando a criança tenta manter uma via aérea desobstruída durante o sono.
sono inquieto e movimentos periódicos dos membros (apneia obstrutiva do sono)
Causados pelo esforço da criança ao tentar manter uma via aérea desobstruída durante o sono.
enurese noturna secundária (apneia obstrutiva do sono)
A enurese noturna que reaparece após a criança manter-se seca por pelo menos 3 meses é considerada enurese noturna secundária e é muitas vezes observada com a apneia obstrutiva do sono.
hipertensão (apneia obstrutiva do sono)
Pode ser observada.
incapacidade de adormecer (distúrbio de associação do sono)
O distúrbio de associação do sono está associado à aparente incapacidade de dormir durante a noite, o que não parece ter nenhum efeito externo durante o dia.
cataplexia (narcolepsia)
Perda súbita temporária do tônus muscular. Diagnóstica para narcolepsia do tipo 1.
alucinações hipnagógicas ou hipnopômpicas (narcolepsia)
Representam a intrusão do movimento rápido dos olhos (REM) na vigília. Alucinações hipnagógicas ocorrem quando o indivíduo adormece. Alucinações hipnopômpicas ocorrem quando o indivíduo acorda.
paralisia do sono (narcolepsia)
Embora seja comum na população geral, pensa-se que seja um componente da narcolepsia que representa a intrusão da fase REM na vigília.
horário de sono errático (síndrome do atraso na fase do sono)
Especialmente se o sono é irregular entre os dias de semana e os fins de semana.
Outros fatores diagnósticos
comuns
sonolência diurna excessiva
Pode estar presente em muitos distúrbios do sono e é, portanto, inespecífica. Ela costuma apresentar-se com uma história de adormecimentos na escola. Ela pode ser observada junto com sono insuficiente em adolescentes, transtornos do ritmo circadiano (especialmente síndrome do atraso na fase do sono), apneia obstrutiva do sono (mais comum em crianças mais velhas e crianças obesas que em crianças mais novas e crianças magras), síndrome das pernas inquietas, transtorno do movimento periódico dos membros, narcolepsia, síndrome de Kleine-Levin, síndrome de Smith-Magenis, secundária a medicamentos.
dificuldade de acordar pela manhã
Presente em muitos distúrbios do sono e, portanto, inespecífica. Ela pode ser observada junto com sono insuficiente em adolescentes, transtornos do ritmo circadiano (especialmente síndrome do atraso na fase do sono), apneia obstrutiva do sono, síndrome das pernas inquietas, transtorno do movimento periódico dos membros, síndrome de Kleine-Levin, síndrome de Smith-Magenis, secundária a medicamentos.
sonambulismo ou fala durante o sono (apneia obstrutiva do sono)
Associados a eventos confusionais ao adormecer ou ao despertar na narcolepsia.
ataques de sono (narcolepsia)
Associados a início súbito do sono, causados especialmente por estados emocionais.
recusa em dormir no próprio quarto (distúrbio de insônia crônico)
Também associado a ansiedade ou TEPT.
Fatores de risco
Fortes
anormalidades craniofaciais (apneia obstrutiva do sono)
Estruturas craniofaciais anormais, incluindo hipoplasia maxilar, retrognatia, micrognatia e síndromes congênitas associadas à craniossinostose, reduzem a abertura da via aérea superior e diminuem seu calibre. Exemplos dessas condições incluem síndrome de Down, além de entidades mais raras como a sequência de Robin e as síndromes de Collins, Pfeiffer e Apert.[5][22][45][46][57][58][59]
hipertrofia adenotonsilar (apneia obstrutiva do sono)
O aumento das amígdalas e das adenoides resulta no estreitamento da via aérea superior, reduzindo seu calibre e causando obstrução. A remoção das amígdalas e das adenoides resolve a apneia obstrutiva do sono (AOS) na maioria dos casos, embora alguns estudos tenham relatado recorrência da AOS no acompanhamento em longo prazo.[60][61][62]
macroglossia (apneia obstrutiva do sono)
Uma língua aumentada, como se observa na síndrome de Down, na síndrome de Beckwith-Wiedemann ou em certas doenças de depósito lisossômico, pode reduzir o calibre da via aérea superior, causando obstrução.[48]
refluxo gastroesofágico (apneia obstrutiva do sono)
Pode causar inflamação dos tecidos moles da via aérea superior, estreitando seu calibre e aumentando sua tendência a entrar em colapso com as pressões negativas exercidas pela inspiração.[49]
rinite alérgica (apneia obstrutiva do sono)
Pode estreitar o calibre da via aérea superior, aumentando sua tendência a entrar em colapso com as pressões negativas exercidas pela inspiração.[50]
exposição à fumaça de tabaco no ambiente (apneia obstrutiva do sono)
Demonstrou-se que essa exposição é um fator independente de risco para o desenvolvimento de apneia obstrutiva do sono, provavelmente através de um efeito inflamatório direto sobre a mucosa da via aérea superior.[51]
obesidade (apneia obstrutiva do sono)
hipotonia (apneia obstrutiva do sono)
O baixo tônus muscular basal e/ou a hipotonia central reduzem o calibre da via aérea superior e predispõem à apneia obstrutiva do sono.[53]
álcool (apneia obstrutiva do sono)
A apneia obstrutiva do sono é agravada em resposta ao álcool.[54]
medicamentos (apneia obstrutiva do sono)
A apneia obstrutiva do sono é agravada por certos medicamentos, como benzodiazepínicos e baclofeno.[55]
síndrome de Down (apneia obstrutiva do sono)
exposição noturna à luz (síndrome do atraso da fase do sono)
estilo parental inconsistente ou expectativas não realistas sobre o sono (distúrbio de insônia crônico)
Os comportamentos de falta de limites no distúrbio de insônia crônica (anteriormente insônia comportamental de crianças: tipo de falta de limites) podem ser causados por uma criança testando os limites do que os pais consideram aceitável. A falta de consistência nos estilos parentais entre os pais pode enviar mensagens conflitantes à criança e causar um ambiente de sono desestruturado, resultando em diferentes percepções, por parte dos pais, sobre o que é ou não adequado. Os pais também podem predispor as crianças à insônia, atribuindo-lhes muito tempo na cama ou colocando-as na cama muito cedo.[5]
idade <6 anos (distúrbio de insônia crônica ou apneia obstrutiva do sono)
idade adolescente (síndrome do atraso na fase do sono)
A síndrome do atraso na fase do sono é comumente observada em adolescentes.[5][11]
Sem estímulos externos para regular seu relógio interno circadiano, os adolescentes tendem a atrasar as fases de sono e adotam um ritmo circadiano >24 horas.[41] Ela é geralmente causada por uma combinação de má higiene do sono e pressões externas como trabalhos escolares, atividades sociais e esportes. Todos esses fatores atrasam o sono. O sono insuficiente durante a semana costuma estar associado a uma tendência de dormir até tarde nos fins de semana para compensar o sono atrasado. A síndrome também pode originar-se de uma sensibilidade aumentada à exposição à luz no fim do dia e, em alguns casos, de diferenças genéticas nos genes do relógio biológico.[5][43][44]
distrações no quarto (síndrome do atraso na fase do sono)
A falta de escuridão e sossego, animais de estimação no recinto e o uso de computador, televisão ou celular podem distrair a criança e evitar que ela entre em estado de sono.
eventos de vida traumáticos ou estressantes (distúrbio de insônia crônica)
Os estressores da vida que podem afetar o sono em crianças incluem o desenvolvimento de uma doença clínica ou psiquiátrica; abuso emocional, físico ou sexual; exposição a interações parentais negativas ou separação; morte de um dos pais; e colocação em um ambiente de cuidado alternativo, como um orfanato.[5][64]
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal