Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

AGUDA

crises hipercianóticas

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1ª linha – 

manobras para aumentar o retorno venosos sistêmico

A criança deve ser mantida calma e devem ser feitas manobras para tentar aumentar a quantidade de sangue que sai do ventrículo direito para a vasculatura pulmonar em vez de para a aorta.

A criança deve ser mantida nos braços dos pais e posicionada com os joelhos no peito.

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Considerar – 

cuidados de suporte

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A terapia medicamentosa de suporte pode incluir administração de volume/sangue conforme necessário, morfina intravenosa para acalmar a criança conforme necessário e bicarbonato para reverter a acidose conforme necessário. Deve-se administrar oxigênio, mas com cuidado para não estimular demais a criança.

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2ª linha – 

betabloqueador

Acredita-se que os betabloqueadores auxiliam na remissão das crises hipercianóticas, mas o mecanismo de ação ainda não está totalmente claro. Acredita-se que ajudam a reduzir a obstrução infundibular ao reduzir a frequência cardíaca, prolongar o enchimento diastólico e reduzir a contratilidade.[17]

Pode ser iniciado em pacientes com tetralogia de Fallot com estenose pulmonar se a manobra, como o posicionamento joelho no peito ou fluido em bolus, não resolveu a crise hipercianótica.

O propranolol foi usado no passado em pacientes ambulatoriais pediátricos em crise para atrasar a cirurgia. Uma criança com uma única crise é considerada uma indicação para reparo cirúrgico urgente, mas o propranolol pode ser usado até que a cirurgia seja providenciada.[27]

Opções primárias

esmolol: 100-500 microgramas/kg em bolus intravenoso inicialmente, seguidos por infusão de 50-500 microgramas/kg/min

Mais

ou

propranolol: 0.15 a 0.25 mg/kg em bolus intravenoso inicialmente, pode ser repetido em 15 minutos; 2-8 mg/kg/dia por via oral administrados em doses fracionadas a cada 6 horas

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Considerar – 

cuidados de suporte

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A terapia medicamentosa de suporte pode incluir administração de volume/sangue conforme necessário, morfina intravenosa para acalmar a criança conforme necessário e bicarbonato para reverter a acidose conforme necessário. Deve-se administrar oxigênio, mas com cuidado para não estimular demais a criança.

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3ª linha – 

fenilefrina

Usada para aumentar a resistência venosa sistêmica pelo estímulo direto de receptores alfa-adrenérgicos.

O objetivo é aumentar a resistência vascular sistêmica acima da resistência da via de saída pulmonar de forma que o sangue no ventrículo direito flua preferencialmente para a circulação pulmonar, em vez de atravessar o defeito do septo ventricular e entrar na circulação sistêmica.

Usada no cenário de unidades de terapia intensiva como a última opção clínica para o tratamento das crises hipercianóticas. É iniciada quando o posicionamento e agentes betabloqueadores não tiverem aumentado o fluxo sanguíneo pulmonar.

Opções primárias

injeção de fenilefrina: 5-20 microgramas/kg em bolus intravenoso, seguidos por infusão de 0.1 a 0.5 micrograma/kg/min

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Considerar – 

cuidados de suporte

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A terapia medicamentosa de suporte pode incluir administração de volume/sangue conforme necessário, morfina intravenosa para acalmar a criança conforme necessário e bicarbonato para reverter a acidose conforme necessário. Deve-se administrar oxigênio, mas com cuidado para não estimular demais a criança.

neonato com cianose profunda e fluxo de sangue pulmonar gravemente limitado

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1ª linha – 

alprostadil

Pode se beneficiar da administração de alprostadil (prostaglandina E1) para manter a patência do canal arterial. Isso proporciona uma fonte alternativa de fluxo de sangue pulmonar enquanto a criança aguarda a intervenção urgente.

Um potencial efeito adverso é a apneia, que pode requerer o uso de ventilação mecânica. Monitorar quanto a apneia.

Opções primárias

alprostadil: 0.02 a 0.1 micrograma/kg/min por via intravenosa

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Considerar – 

cuidados de suporte

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A terapia medicamentosa de suporte pode incluir administração de volume/sangue conforme necessário, morfina intravenosa para acalmar a criança conforme necessário e bicarbonato para reverter a acidose conforme necessário. Deve-se administrar oxigênio, mas com cuidado para não estimular demais a criança.

neonato ou lactente com cianose grave não remitente

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1ª linha – 

derivação cirúrgica, stent/balão transcateter ou reparo completo imediato

Para neonatos ou crianças com tetralogia de Fallot e obstrução pulmonar grave nas quais o fluxo de sangue pulmonar estiver significativamente restrito, pode ser necessária uma fonte alternativa de fluxo sanguíneo pulmonar.

Se todas as terapias medicamentosas não resolverem uma crise e o paciente permanecer gravemente cianótico, será necessária uma intervenção urgente.

As opções incluem balonamento ou colocação de stent na via de saída do ventrículo direito por cateter, colocação de stent em uma persistência do canal arterial, cirurgia de derivação de Blalock-Taussig (um pequeno tubo GORE-TEX é colocado a partir de uma artéria sistêmica até as artérias pulmonares para aumentar o fluxo sanguíneo pulmonar) ou reparo completo imediato.[22][25][26]

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Considerar – 

oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO)

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Pode ser iniciada ECMO emergente para reverter a cianose e a acidose antes da intervenção cirúrgica.

CONTÍNUA

todos os pacientes

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1ª linha – 

reparo cirúrgico completo

Não existem diretrizes de tratamento específicas para o tratamento cirúrgico da tetralogia de Fallot, principalmente devido à complexidade da diversidade anatômica entre os pacientes.

As variações anatômicas na tetralogia de Fallot, bem como sua associação com outras anomalias cardiovasculares, influencia muito as consequências fisiológicas.

Além disso, a técnica cirúrgica varia de acordo com o programa cirúrgico. Assim, o tratamento de cada paciente é determinado em consulta com um cardiologista ou cirurgiões cardiovasculares.

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associado a – 

monitoramento com possível substituição da valva pulmonar

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os pacientes submetidos a reparo na infância devem ser orientados sobre a possível necessidade de futuras intervenções cirúrgicas ou de transcateter. Existe uma preocupação cada vez maior com a necessidade de monitorar os pacientes quanto à dilatação progressiva do ventrículo direito decorrente da regurgitação pulmonar de longa duração e a necessidade de substituição da valva pulmonar nessa configuração.

Normalmente, as medições de ressonância nuclear magnética são usadas para quantificar a regurgitação pulmonar e o tamanho do ventrículo direito. Embora não exista um consenso sobre os critérios exatos para o momento da substituição da valva pulmonar, uma revisão sugere usar os seguintes critérios:[32]

Tetralogia de Fallot reparada ou fisiologia similar com regurgitação pulmonar moderada ou grave (fração de regurgitação ≥25% medida pela ressonância nuclear magnética cardiovascular) e dois ou mais dos seguintes critérios: índice do volume diastólico final do ventrículo direito ≥160 mL/m² (Z score >5); índice do volume sistólico final do ventrículo direito ≥70 mL/m²; índice do volume diastólico final do ventrículo esquerdo ≤65 mL/m²; fração de ejeção ventricular direita ≤45%; aneurisma da via de saída do ventrículo direito; ou critérios clínicos (intolerância a exercícios, sinais e sintomas de insuficiência cardíaca, medicações cardíacas, síncope ou taquicardia ventricular sustentada).

Outras lesões hemodinamicamente significativas, como regurgitação tricúspide moderada ou grave, defeito do septo ventricular ou atrial residual e regurgitação aórtica grave podem desencadear o encaminhamento para cirurgia em pacientes com regurgitação pulmonar moderada ou grave. Na ausência dos 6 critérios acima, a substituição da valva pulmonar deve ser considerada com base em cada caso.

Devido a um maior risco de desfechos clínicos adversos em pacientes que se submeteram ao reparo da tetralogia de Fallot com idade ≥3 anos, a substituição da valva pulmonar pode ser indicada antes e na presença de disfunção e dilatação do ventrículo direito menos grave.

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Considerar – 

profilaxia da endocardite infecciosa

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Cirurgia cardíaca: direcionada primariamente contra estafilococos. A cefalosporina de primeira geração (por exemplo, cefalexina) é a mais comumente usada, mas a escolha do antibiótico depende dos padrões de suscetibilidade de cada hospital.[33]

Antes de procedimentos dentários ou procedimentos no trato respiratório ou em uma pele, estruturas cutâneas ou no tecido musculoesquelético infectados, é necessária profilaxia para endocardite infecciosa para a cardiopatia congênita (CC) cianótica não reparada, incluindo as derivações paliativas e as CC reparadas com defeitos residuais no local ou adjacentes ao local de um remendo ou dispositivo protéticos: direcionada principalmente contra enterococos. A amoxicilina ou a ampicilina são os agentes de preferência.[33]

Opções primárias

cefalexina: 50 mg/kg por via oral em dose única administrada 60 minutos antes do procedimento, máximo de 2000 mg/dose

ou

amoxicilina: 50 mg/kg por via oral em dose única administrada 60 minutos antes do procedimento, máximo de 2000 mg/dose

ou

ampicilina: 50 mg/kg por via intravenosa/intramuscular em dose única administrada 30 minutos antes do procedimento, máximo de 2000 mg/dose

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