As estratégias para tratamento da neuropatia diabética (ND) podem ser divididas entre as que objetivam os mecanismos patogênicos subjacentes e as que objetivam o alívio dos sintomas.[66]Price R, Smith D, Franklin G, et al. Oral and topical treatment of painful diabetic polyneuropathy: practice guideline update summary. Report of the AAN Guideline Subcommittee. Neurology. 2022 Jan 4;98(1):31-43.
https://n.neurology.org/content/98/1/31
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34965987?tool=bestpractice.com
O primeiro é o mais desafiador; o único método demonstrado disponível é o controle glicêmico rígido em pacientes com diabetes do tipo 1. O último abrange inúmeras abordagens sintomáticas. Geralmente são recomendadas terapias sintomáticas específicas, pois elas podem melhorar a qualidade de vida do paciente.
Todos os pacientes com diabetes necessitam de inspeção e cuidados regulares nos pés. Os pacientes com neuropatia periférica estão particularmente sob risco de lesões indolores; portanto, isso é especialmente importante. Aqueles com nefropatia concomitante apresentam risco muito maior de ulceração do pé.
Pacientes com diabetes de duração prolongada e estágio mais avançado da doença podem apresentar um espectro mais amplo de sintomas e sinais compatíveis com a polineuropatia simétrica distal e a neuropatia autonômica. Portanto, eles podem precisar de várias abordagens terapêuticas. Nesses casos, o médico atendente deve decidir sobre a combinação de agentes que melhor atende, de forma segura, os deficits específicos do paciente, enquanto evita a maioria das interações medicamentosas.
Controle glicêmico e outros fatores de risco modificáveis
O Diabetes Control and Complications Trial (DCCT) demonstrou que a terapia intensiva do diabetes do tipo 1 reduziu a incidência de neuropatia em 60% em um período de 5 anos em pacientes que não tinham neuropatia na linha basal.[9]Nathan DM, Genuth S, Lachin J, et al; Diabetes Control and Complications Trial Research Group. The effect of intensive treatment of diabetes on the development and progression of long-term complications in insulin-dependent diabetes mellitus. N Engl J Med. 1993 Sep 30;329(14):977-86.
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM199309303291401
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8366922?tool=bestpractice.com
[117]Diabetes Control and Complications Trial (DCCT) Research Group. Effect of intensive diabetes treatment on nerve conduction in the Diabetes Control and Complications Trial. Ann Neurol. 1995 Dec;38(6):869-80.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8526459?tool=bestpractice.com
A terapia intensiva durante o DCCT reduziu significativamente o risco de neuropatia periférica diabética e neuropatia autonômica cardiovascular (NAC) no final do ensaio clínico, e a prevalência e a incidência da neuropatia periférica diabética e da NAC permaneceram significativamente mais baixas no grupo de terapia intensiva comparado ao grupo de terapia convencional por meio de um estudo de acompanhamento observacional em 2013 a 2014.[118]Martin CL, Albers JW, Pop-Busui R; DCCT/EDIC Research Group. Neuropathy and related findings in the diabetes control and complications trial/epidemiology of diabetes interventions and complications study. Diabetes Care. 2014;37(1):31-8.
https://diabetesjournals.org/care/article/37/1/31/31655/Neuropathy-and-Related-Findings-in-the-Diabetes
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24356595?tool=bestpractice.com
O estudo Action to Control Cardiovascular Risk in Diabetes (ACCORD) revelou que, em comparação com a intervenção padrão, o tratamento intensivo de glicose e a intervenção intensiva na pressão arterial reduziram o risco de NAC em 16% e 25%, respectivamente.[119]Tang Y, Shah H, Bueno Junior CR, et al. Intensive risk factor management and cardiovascular autonomic neuropathy in type 2 diabetes: the ACCORD trial. Diabetes Care. 2021 Jan;44(1):164-73.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7783932
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33144354?tool=bestpractice.com
Existem algumas evidências em favor da redução do risco de ND pelo controle ideal da glicemia, alcançado usando-se várias injeções de insulina em pessoas com diabetes do tipo 2, mas as evidências não são tão fortes quanto para o tipo 1. Uma metanálise que incluiu 17 estudos randomizados de pacientes com diabetes do tipo 1 ou do tipo 2 encontrou evidências de alta qualidade de que o controle glicêmico rígido pode prevenir o desenvolvimento de ND e reduzir a incidência de neuropatia clínica em pessoas com diabetes do tipo 1.[34]Callaghan BC, Little AA, Feldman EL, et al. Enhanced glucose control for preventing and treating diabetic neuropathy. Cochrane Database Syst Rev. 2012 Jun 13;(6):CD007543.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD007543.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22696371?tool=bestpractice.com
No diabetes do tipo 2, um maior controle da glicose não teve nenhum impacto no limiar de percepção vibratória e não reduziu significativamente a incidência de neuropatia clínica.[34]Callaghan BC, Little AA, Feldman EL, et al. Enhanced glucose control for preventing and treating diabetic neuropathy. Cochrane Database Syst Rev. 2012 Jun 13;(6):CD007543.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD007543.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22696371?tool=bestpractice.com
Uma revisão de 2014 que incluiu dados adicionais demonstrou que a implementação e manutenção rigorosa do controle da glicemia o quanto antes possível no diabetes do tipo 1 previne o desenvolvimento de neuropatia precoce e promove proteção em longo prazo, principalmente para NAC. Para o diabetes do tipo 2 os efeitos do controle glicêmico na neuropatia periférica diabética e na NAC são menos claros, com dados anteriores sugerindo que o controle de glicose é benéfico nos pacientes com menor número de comorbidades se seu início for precoce no ciclo da doença, mas estudos posteriores não confirmam esses achados.[63]Ang L, Jaiswal M, Martin C, et al. Glucose control and diabetic neuropathy: lessons from recent large clinical trials. Curr Diab Rep. 2014;14(9):528.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5084623
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25139473?tool=bestpractice.com
O tipo de abordagem para diminuição da glicose também pode ter efeitos diferentes na neuropatia periférica diabética. Entre mais de 2000 pacientes com diabetes do tipo 2 acompanhados por até 4 anos durante o ensaio BARI 2D, uma terapia de controle glicêmico com sensibilizadores de insulina (metformina e/ou tiazolidinedionas) reduziu significativamente a incidência da neuropatia periférica diabética em comparação à terapia com provedor de insulina (sulfonilureia e/ou insulina), especialmente em homens.[19]Pop-Busui R, Lu J, Brooks MM, et al; BARI 2D Study Group. Impact of glycemic control strategies on the progression of diabetic peripheral neuropathy in the Bypass Angioplasty Revascularization Investigation 2 Diabetes (BARI 2D) Cohort. Diabetes Care. 2013 Oct;36(10):3208-15.
https://diabetesjournals.org/care/article/36/10/3208/30388/Impact-of-Glycemic-Control-Strategies-on-the
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23757426?tool=bestpractice.com
O transplante pancreático parece interromper a progressão da ND.[120]Kennedy WR, Navarro X, Goetz FC, et al. Effects of pancreatic transplantation on diabetic neuropathy. N Engl J Med. 1990 Apr 12;322(15):1031-7.
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM199004123221503
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2320063?tool=bestpractice.com
[121]Navarro X, Sutherland DE, Kennedy WR. Long-term effects of pancreatic transplantation on diabetic neuropathy. Ann Neurol. 1997 Nov;42(5):727-36.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9392572?tool=bestpractice.com
Dois estudos demonstraram melhora nos parâmetros dos nervos corneanos após transplante simultâneo de pâncreas e rim.[109]Mehra S, Tavakoli M, Kallinikos PA, et al. Corneal confocal microscopy detects early nerve regeneration after pancreas transplantation in patients with type 1 diabetes. Diabetes Care. 2007 Oct;30(10):2608-12.
https://diabetesjournals.org/care/article/30/10/2608/30181/Corneal-Confocal-Microscopy-Detects-Early-Nerve
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17623821?tool=bestpractice.com
[122]Tavakoli M, Mitu-Pretorian M, Petropoulos IN, et al. Corneal confocal microscopy detects early nerve regeneration in diabetic neuropathy after simultaneous pancreas and kidney transplantation. Diabetes. 2013 Jan;62(1):254-60.
https://diabetesjournals.org/diabetes/article/62/1/254/15157/Corneal-Confocal-Microscopy-Detects-Early-Nerve
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23002037?tool=bestpractice.com
Ao tratar neuropatia dolorosa, a manutenção de níveis glicêmicos estáveis pode proporcionar alívio dos sintomas.[123]Oyibo SO, Prasad YD, Jackson NJ, et al. The relationship between blood glucose excursions and painful diabetic peripheral neuropathy: a pilot study. Diabet Med. 2002 Oct;19(10):870-3.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12358878?tool=bestpractice.com
Além do bom controle glicêmico, o tratamento dos outros fatores de risco modificáveis (inclusive lipídios e pressão arterial) pode ajudar a prevenir a progressão da neuropatia periférica diabética no diabetes do tipo 2 e pode reduzir a evolução da doença no diabetes do tipo 1.[39]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
[124]Bashir M, Elhadd T, Dabbous Z, et al. Optimal glycaemic and blood pressure but not lipid targets are related to a lower prevalence of diabetic microvascular complications. Diabetes Metab Syndr. 2021 Sep-Oct;15(5):102241.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34390975?tool=bestpractice.com
[125]Callaghan BC, Reynolds EL, Banerjee M, et al. Dietary weight loss in people with severe obesity stabilizes neuropathy and improves symptomatology. Obesity (Silver Spring). 2021 Dec;29(12):2108-18.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34747574?tool=bestpractice.com
[126]Look AHEAD Research Group. Effects of a long-term lifestyle modification programme on peripheral neuropathy in overweight or obese adults with type 2 diabetes: the Look AHEAD study. Diabetologia. 2017 Jun;60(6):980-8.
https://www.doi.org/10.1007/s00125-017-4253-z
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28349174?tool=bestpractice.com
O controle desses fatores de risco modificáveis (glicose, pressão arterial e lipídios), além da adesão a um estilo de vida saudável, pode prevenir outras complicações microvasculares associadas do diabetes (retinopatia e nefropatia).[39]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
Cuidados com os pés
O cuidado adequado dos pés começa com a orientação do paciente.[127]Dorresteijn JA, Valk GD. Patient education for preventing diabetic foot ulceration. Diabetes Metab Res Rev. 2012 Feb;28 Suppl 1:101-6.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/dmrr.2237
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22271733?tool=bestpractice.com
Os pacientes com risco devem ser orientados sobre as consequências das deformidades nos pés, da perda de sensibilidade protetora e da doença arterial periférica.[39]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
Eles também devem receber informações sobre como cuidar de maneira adequada dos pés, incluindo a importância do monitoramento diário.[39]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
Calçados ortopédicos são recomendados para os pacientes de alto risco com diabetes, como aqueles com perda de sensibilidade protetora (neuropatia periférica grave), e podem prevenir a ocorrência ou o agravamento de úlceras nos pés.[39]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
[128]International Working Group on the Diabetic Foot. IWGDF guidelines on the prevention and management of diabetes-related foot disease. 2023 [internet publication].
https://iwgdfguidelines.org/wp-content/uploads/2023/07/IWGDF-Guidelines-2023.pdf
[129]National Institute for Health and Care Excellence. Diabetic foot problems: prevention and management. Oct 2019 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng19
Os pacientes com doença dos pés relacionada ao diabetes, incluindo úlceras e infecções, podem precisar de desbridamento e antibioticoterapia.[39]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
[128]International Working Group on the Diabetic Foot. IWGDF guidelines on the prevention and management of diabetes-related foot disease. 2023 [internet publication].
https://iwgdfguidelines.org/wp-content/uploads/2023/07/IWGDF-Guidelines-2023.pdf
[129]National Institute for Health and Care Excellence. Diabetic foot problems: prevention and management. Oct 2019 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng19
As diretrizes sobre a prevenção e o tratamento da doença dos pés relacionada ao diabetes variam de acordo com o país.
Consulte Doença dos pés relacionada ao diabetes.
Intervenções no estilo de vida
Um estudo observacional constatou que dieta e exercícios podem melhorar os sintomas neuropáticos e a densidade das fibras nervosas intraepidérmicas (DFNIE) em pacientes com neuropatia e intolerância à glicose (N=32).[130]Smith AG, Russell J, Feldman EL, et al. Lifestyle intervention for pre-diabetic neuropathy. Diabetes Care. 2006 Jun;29(6):1294-9.
https://diabetesjournals.org/care/article/29/6/1294/24918/Lifestyle-Intervention-for-Pre-Diabetic-Neuropathy
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16732011?tool=bestpractice.com
Em um estudo pré-teste pós-teste com 17 pacientes com neuropatia periférica diabética, melhoras nas medidas de DFNIE foram observadas com um programa de exercícios de 10 semanas de atividade aeróbica intensa de forma moderada e treino de resistência.[131]Kluding PM, Pasnoor M, Singh R, et al. The effect of exercise on neuropathic symptoms, nerve function, and cutaneous innervation in people with diabetic peripheral neuropathy. J Diabetes Complications. 2012 Sep-Oct;26(5):424-9.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3436981
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22717465?tool=bestpractice.com
Em um grande estudo de coorte do UK Biobank (18,092 indivíduos com diabetes mellitus do tipo 2), qualquer nível de atividade física de lazer foi associado a um menor risco de neuropatia, com o nível mínimo efetivo de atividade física correspondendo a <1.5 horas de caminhada por semana.[132]Kristensen FPB, Sanchez-Lastra MA, Dalene KE, et al. Leisure-time physical activity and risk of microvascular complications in individuals with type 2 diabetes: a UK biobank study. Diabetes Care. 2023 Oct 1;46(10):1816-24.
https://diabetesjournals.org/care/article-abstract/46/10/1816/153459/Leisure-Time-Physical-Activity-and-Risk-of
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37549380?tool=bestpractice.com
Tratamento da dor na neuropatia periférica: terapia farmacológica
A ND dolorosa tem um impacto significativo sobre a qualidade de vida e deve ser tratada de maneira adequada. Caso intervenções farmacológicas sejam necessárias, os pacientes devem ser avisados de que, embora o tratamento reduza a dor, ele pode não eliminá-la por completo.[66]Price R, Smith D, Franklin G, et al. Oral and topical treatment of painful diabetic polyneuropathy: practice guideline update summary. Report of the AAN Guideline Subcommittee. Neurology. 2022 Jan 4;98(1):31-43.
https://n.neurology.org/content/98/1/31
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34965987?tool=bestpractice.com
É importante manejar as expectativas do paciente dessa forma para aumentar a probabilidade de satisfação com o tratamento.[66]Price R, Smith D, Franklin G, et al. Oral and topical treatment of painful diabetic polyneuropathy: practice guideline update summary. Report of the AAN Guideline Subcommittee. Neurology. 2022 Jan 4;98(1):31-43.
https://n.neurology.org/content/98/1/31
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34965987?tool=bestpractice.com
A American Academy of Neurology (AAN) e a American Diabetes Association (ADA) recomendam oferecer um agente oral de uma das classes a seguir para o tratamento da ND dolorosa:[39]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
[66]Price R, Smith D, Franklin G, et al. Oral and topical treatment of painful diabetic polyneuropathy: practice guideline update summary. Report of the AAN Guideline Subcommittee. Neurology. 2022 Jan 4;98(1):31-43.
https://n.neurology.org/content/98/1/31
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34965987?tool=bestpractice.com
Gabapentinoide
Inibidor da recaptação de serotonina-noradrenalina (IRSN)
Antidepressivo tricíclico
Bloqueador de canais de sódio.
Em uma revisão sistemática e metanálise, a AAN constatou que essas classes de medicamentos são comparáveis em relação à capacidade de reduzir a dor.[66]Price R, Smith D, Franklin G, et al. Oral and topical treatment of painful diabetic polyneuropathy: practice guideline update summary. Report of the AAN Guideline Subcommittee. Neurology. 2022 Jan 4;98(1):31-43.
https://n.neurology.org/content/98/1/31
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34965987?tool=bestpractice.com
Outros fatores, como potenciais efeitos adversos, comorbidades e preferências do paciente, devem ser considerados ao se recomendar um tratamento para a ND dolorosa.[66]Price R, Smith D, Franklin G, et al. Oral and topical treatment of painful diabetic polyneuropathy: practice guideline update summary. Report of the AAN Guideline Subcommittee. Neurology. 2022 Jan 4;98(1):31-43.
https://n.neurology.org/content/98/1/31
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34965987?tool=bestpractice.com
No Reino Unido, o National Institute for Health and Care Excellence (NICE) recomenda os gabapentinoides, pregabalina e gabapentina, o IRSN, duloxetina, e o antidepressivo tricíclico, amitriptilina, como opções de tratamento de primeira linha para dor neuropática.[133]National Institute for Health and Care Excellence. Neuropathic pain in adults: pharmacological management in non-specialist settings. Sep 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/cg173
Uma revisão sistemática e uma metanálise da farmacoterapia para dor neuropática, realizadas pelo Neuropathic Pain Special Interest Group, resultaram em uma forte recomendação de tratamento de primeira linha com IRSNs, pregabalina, gabapentina e antidepressivos tricíclicos.[134]Finnerup NB, Attal N, Haroutounian S, et al. Pharmacotherapy for neuropathic pain in adults: a systematic review and meta-analysis. Lancet Neurol. 2015 Feb;14(2):162-73.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4493167
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25575710?tool=bestpractice.com
A ADA informa que o encaminhamento a um neurologista ou especialista em dor pode ser indicado quando o controle da dor não for alcançado com o tratamento inicial, dependendo do escopo da prática do médico responsável pelo tratamento.[39]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
As opções de tratamento farmacológico são discutidas com mais detalhes abaixo.
Gabapentinóides
Pregabalina
É aprovada para tratamento de ND dolorosa em alguns países.
Ela se liga e modula os canais de cálcio dependentes de voltagem.
É um regulador mais potente dos canais de cálcio que a gabapentina (é o seu modo de ação que pode modular a dor neuropática).
Verificou-se ser efetiva na diminuição do escore médio de dor em pessoas com ND dolorosa em comparação ao placebo.[135]Derry S, Bell RF, Straube S, et al. Pregabalin for neuropathic pain in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2019 Jan 23;(1):CD007076.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD007076.pub3/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30673120?tool=bestpractice.com
[
]
For adults with diabetic neuropathy, how does pregabalin compare with placebo?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.2479/fullMostre-me a resposta
Pode causar sonolência e edema nos pés.
Diferentemente da gabapentina, a pregabalina pode causar dependência.
Gabapentina
Não foi aprovada em alguns países para o tratamento da ND dolorosa, mas é amplamente usada.
Verificou-se melhora da dor em pessoas com ND, com 38% dos participantes em uma metanálise tendo benefício substancial (pelo menos 50% de alívio da dor) com gabapentina em comparação com placebo.[136]Wiffen PJ, Derry S, Bell RF, et al. Gabapentin for chronic neuropathic pain in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2017 Jun 9;(6):CD007938.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD007938.pub4/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28597471?tool=bestpractice.com
[
]
What are the effects of gabapentin in adults with chronic neuropathic pain?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.2525/fullMostre-me a resposta
Pode haver efeitos adversos que requerem descontinuação da terapia. Eles incluem sonolência, tontura, edema periférico e distúrbio da marcha.[136]Wiffen PJ, Derry S, Bell RF, et al. Gabapentin for chronic neuropathic pain in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2017 Jun 9;(6):CD007938.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD007938.pub4/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28597471?tool=bestpractice.com
[
]
What are the effects of gabapentin in adults with chronic neuropathic pain?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.2525/fullMostre-me a resposta
IRSNs
Duloxetina
Está aprovada pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA e pela European Medicines Agency para uso na ND dolorosa.
Estudos clínicos mostraram que ela é segura e efetiva no manejo da ND dolorosa.[137]Lunn MP, Hughes RA, Wiffen PJ. Duloxetine for treating painful neuropathy, chronic pain or fibromyalgia. Cochrane Database Syst Rev. 2014 Jan 3;(1):CD007115.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD007115.pub3/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24385423?tool=bestpractice.com
Podem ocorrer náuseas, mas uma titulação decrescente mais lenta do medicamento, tomando-o com alimentos, em geral pode reduzir ou evitar esse efeito adverso comum. Também pode ocorrer sonolência.[138]Raskin J, Wang F, Pritchett YL, et al. Duloxetine for patients with diabetic peripheral neuropathic pain: a 6-month open-label safety study. Pain Med. 2006 Sep-Oct;7(5):373-85.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17014595?tool=bestpractice.com
A pregabalina ou a gabapentina podem ser combinadas com a duloxetina se necessário.[139]Quilici S, Chancellor J, Löthgren M, et al. Meta-analysis of duloxetine vs. pregabalin and gabapentin in the treatment of diabetic peripheral neuropathic pain. BMC Neurol. 2009 Feb 10;9:6.
https://bmcneurol.biomedcentral.com/articles/10.1186/1471-2377-9-6
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19208243?tool=bestpractice.com
[140]Irving G, Tanenberg RJ, Raskin J, et al. Comparative safety and tolerability of duloxetine vs. pregabalin vs. duloxetine plus gabapentin in patients with diabetic peripheral neuropathic pain. Int J Clin Pract. 2014 Sep;68(9):1130-40.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24837444?tool=bestpractice.com
Venlafaxina
Uma revisão Cochrane de 2015 revelou poucas evidências convincentes para apoiar o uso da venlafaxina na dor neuropática; no entanto, as diretrizes dos EUA afirmam que ela pode ser eficaz em alguns pacientes.[39]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
[66]Price R, Smith D, Franklin G, et al. Oral and topical treatment of painful diabetic polyneuropathy: practice guideline update summary. Report of the AAN Guideline Subcommittee. Neurology. 2022 Jan 4;98(1):31-43.
https://n.neurology.org/content/98/1/31
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34965987?tool=bestpractice.com
[141]Gallagher HC, Gallagher RM, Butler M, et al. Venlafaxine for neuropathic pain in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2015 Aug 23;(8):CD011091.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD011091.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26298465?tool=bestpractice.com
No Reino Unido, o NICE não recomenda iniciar a venlafaxina para a dor neuropática, a menos que haja recomendação de um especialista.[133]National Institute for Health and Care Excellence. Neuropathic pain in adults: pharmacological management in non-specialist settings. Sep 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/cg173
A venlafaxina é metabolizada em seu principal metabólito ativo, desvenlafaxina, pelo CYP2D6.[142]Colvard MD. Key differences between venlafaxine XR and desvenlafaxine: an analysis of pharmacokinetic and clinical data. Mental Health Clin. 2014;4(1):35-9.
https://meridian.allenpress.com/mhc/article/4/1/35/37054/Key-differences-between-Venlafaxine-XR-and
Desvenlafaxina
Ao contrário da venlafaxina, a desvenlafaxina não está sujeita a um metabolismo significativo pelo CYP2D6; assim, ela pode ser preferível para indivíduos com interações medicamentosas e polimorfismos genéticos que afetam essa enzima.[142]Colvard MD. Key differences between venlafaxine XR and desvenlafaxine: an analysis of pharmacokinetic and clinical data. Mental Health Clin. 2014;4(1):35-9.
https://meridian.allenpress.com/mhc/article/4/1/35/37054/Key-differences-between-Venlafaxine-XR-and
No entanto, ela é raramente usada.
Foi investigada para o tratamento da ND dolorosa em um estudo clínico.[66]Price R, Smith D, Franklin G, et al. Oral and topical treatment of painful diabetic polyneuropathy: practice guideline update summary. Report of the AAN Guideline Subcommittee. Neurology. 2022 Jan 4;98(1):31-43.
https://n.neurology.org/content/98/1/31
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34965987?tool=bestpractice.com
[143]Allen R, Sharma U, Barlas S. Clinical experience with desvenlafaxine in treatment of pain associated with diabetic peripheral neuropathy. J Pain Res. 2014 Jun;7:339-51.
https://www.dovepress.com/clinical-experience-with-desvenlafaxine-in-treatment-of-pain-associate-peer-reviewed-fulltext-article-JPR
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25018648?tool=bestpractice.com
Os pacientes que receberam desvenlafaxina apresentaram maior redução da dor, em comparação com aqueles que receberam placebo.[143]Allen R, Sharma U, Barlas S. Clinical experience with desvenlafaxine in treatment of pain associated with diabetic peripheral neuropathy. J Pain Res. 2014 Jun;7:339-51.
https://www.dovepress.com/clinical-experience-with-desvenlafaxine-in-treatment-of-pain-associate-peer-reviewed-fulltext-article-JPR
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25018648?tool=bestpractice.com
O perfil de segurança da desvenlafaxina foi consistente com o perfil de outros IRSNs, e os eventos adversos mais comuns relatados foram náuseas e tontura.[143]Allen R, Sharma U, Barlas S. Clinical experience with desvenlafaxine in treatment of pain associated with diabetic peripheral neuropathy. J Pain Res. 2014 Jun;7:339-51.
https://www.dovepress.com/clinical-experience-with-desvenlafaxine-in-treatment-of-pain-associate-peer-reviewed-fulltext-article-JPR
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25018648?tool=bestpractice.com
Antidepressivos tricíclicos
Não aprovada para o tratamento da ND dolorosa, mas pode ser efetiva em alguns pacientes.[66]Price R, Smith D, Franklin G, et al. Oral and topical treatment of painful diabetic polyneuropathy: practice guideline update summary. Report of the AAN Guideline Subcommittee. Neurology. 2022 Jan 4;98(1):31-43.
https://n.neurology.org/content/98/1/31
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34965987?tool=bestpractice.com
[144]Peltier A, Goutman SA, Callaghan BC. Painful diabetic neuropathy. BMJ. 2014 May 6;348:g1799.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24803311?tool=bestpractice.com
A AAN afirma que os antidepressivos tricíclicos podem ter maior probabilidade de melhorar a dor que o placebo, mas essa informação se baseia unicamente em estudos com a amitriptilina.[66]Price R, Smith D, Franklin G, et al. Oral and topical treatment of painful diabetic polyneuropathy: practice guideline update summary. Report of the AAN Guideline Subcommittee. Neurology. 2022 Jan 4;98(1):31-43.
https://n.neurology.org/content/98/1/31
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34965987?tool=bestpractice.com
Agem em múltiplas vias neurotransmissoras e, portanto, estão associados a mais efeitos adversos que outros antidepressivos.[145]Gillman PK. Tricyclic antidepressant pharmacology and therapeutic drug interactions updated. Br J Pharmacol. 2007 Jul;151(6):737-48.
https://bpspubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1038/sj.bjp.0707253
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17471183?tool=bestpractice.com
Revisões Cochrane não apoiam o uso de amitriptilina, nortriptilina, imipramina ou desipramina como tratamentos de primeira linha para a ND dolorosa.[146]Moore RA, Derry S, Aldington D, et al. Amitriptyline for neuropathic pain in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2015 Jul 6;(7):CD008242.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD008242.pub3/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26146793?tool=bestpractice.com
[147]Derry S, Wiffen PJ, Aldington D, et al. Nortriptyline for neuropathic pain in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2015 Jan 8;(1):CD011209.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD011209.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25569864?tool=bestpractice.com
[148]Hearn L, Derry S, Phillips T, et al. Imipramine for neuropathic pain in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2014 May 19;(5):CD010769.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD010769.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24838845?tool=bestpractice.com
[149]Hearn L, Moore RA, Derry S, et al. Desipramine for neuropathic pain in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2014 Sep 23;(9):CD011003.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD011003.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25246131?tool=bestpractice.com
Estudos avaliando a eficácia desses agentes foram de metodologia falha e estão potencialmente sujeitos a um viés importante.
Os antidepressivos tricíclicos usados comumente podem ser classificados como os que oferecem de maior ao menor risco de efeitos anticolinérgicos: amitriptilina, imipramina, nortriptilina e desipramina.[150]Richelson E. Pharmacology of antidepressants - characteristics of the ideal drug. Mayo Clin Proc. 1994 Nov;69(11):1069-81.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7967761?tool=bestpractice.com
Os efeitos adversos anticolinérgicos podem ser menos tolerados nos pacientes diabéticos com constipação, retenção urinária ou hipertensão ortostática preexistentes.[66]Price R, Smith D, Franklin G, et al. Oral and topical treatment of painful diabetic polyneuropathy: practice guideline update summary. Report of the AAN Guideline Subcommittee. Neurology. 2022 Jan 4;98(1):31-43.
https://n.neurology.org/content/98/1/31
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34965987?tool=bestpractice.com
Bloqueadores de canais de sódio
Não aprovada para o tratamento da ND dolorosa, mas pode ser efetiva em alguns pacientes.[66]Price R, Smith D, Franklin G, et al. Oral and topical treatment of painful diabetic polyneuropathy: practice guideline update summary. Report of the AAN Guideline Subcommittee. Neurology. 2022 Jan 4;98(1):31-43.
https://n.neurology.org/content/98/1/31
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34965987?tool=bestpractice.com
Os agentes dessa classe incluem carbamazepina e derivados do ácido valproico.
Uma revisão Cochrane encontrou evidências limitadas que sugerem que o ácido valproico ou o valproato de sódio reduzem a dor na ND, e não recomenda esses tratamentos como terapia de primeira linha para a dor neuropática.[151]Gill D, Derry S, Wiffen PJ, et al. Valproic acid and sodium valproate for neuropathic pain and fibromyalgia in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2011 Oct 5;(10):CD009183.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD009183.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21975791?tool=bestpractice.com
O ácido valproico não deve ser prescrito para a ND dolorosa, a menos que os pacientes não tenham tido sucesso com o tratamento com vários outros agentes, devido ao risco de eventos adversos graves, como hepatotoxicidade, pancreatite, hiponatremia e pancitopenia.[66]Price R, Smith D, Franklin G, et al. Oral and topical treatment of painful diabetic polyneuropathy: practice guideline update summary. Report of the AAN Guideline Subcommittee. Neurology. 2022 Jan 4;98(1):31-43.
https://n.neurology.org/content/98/1/31
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34965987?tool=bestpractice.com
No Reino Unido, o NICE não recomenda iniciar valproato de sódio para dor neuropática, a menos que haja recomendação de um especialista.[133]National Institute for Health and Care Excellence. Neuropathic pain in adults: pharmacological management in non-specialist settings. Sep 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/cg173
O ácido valproico (e seus derivados) não deve ser usado em pacientes do sexo feminino com potencial para engravidar, a menos que outras opções sejam inadequadas, haja um programa de prevenção de gravidez em vigor e certas condições sejam atendidas. Medidas de precaução também podem ser necessárias em pacientes do sexo masculino devido ao risco potencial de que o uso nos 3 meses anteriores à concepção possa aumentar a probabilidade de transtornos do neurodesenvolvimento em seus filhos. Os regulamentos e medidas de precaução para pacientes do sexo feminino e masculino podem variar entre os países, com alguns países adotando uma postura de precaução mais rigorosa, e você deve consultar as orientações locais para obter mais informações.
Inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRSs)
Os ISRSs não são recomendados pela AAN ou pela ADA para o tratamento da ND dolorosa.
Podem ter alguma eficácia na ND dolorosa.
Foi constatado que a paroxetina reduz os sintomas, mas sabe-se que está associada a danos importantes e problemas de descontinuação.[152]Sindrup SH, Gram LF, Brosen K, et al. The selective serotonin reuptake inhibitor paroxetine is effective in the treatment of diabetic neuropathy symptoms. Pain. 1990 Aug;42(2):135-44.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2147235?tool=bestpractice.com
A fluoxetina foi efetiva somente em pacientes depressivos.[153]Max MB, Lynch SA, Muir J, et al. Effects of desipramine, amitriptyline, and fluoxetine on pain in diabetic neuropathy. N Engl J Med. 1992 May 7;326(19):1250-6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1560801?tool=bestpractice.com
A sertralina reduziu a dor da ND em um pequeno estudo aberto de 8 pacientes, mas um estudo controlado por placebo ainda precisa ser realizado.[154]Goodnick PJ, Jimenez I, Kumar A. Sertraline in diabetic neuropathy: preliminary results. Ann Clin Psychiatry. 1997 Dec;9(4):255-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9511950?tool=bestpractice.com
Tratamento combinado
Um estudo de grupos paralelos, duplo-cego e multicêntrico (COMBO-DN) em pacientes com neuropatia periférica diabética dolorosa avaliou se, nos pacientes que não respondem à monoterapia com doses padrão de duloxetina ou pregabalina, a combinação de ambos os medicamentos era superior ao aumento de cada medicamento até a sua dose máxima recomendada. A combinação foi comparada à terapia de altas doses durante 8 semanas; pacientes que não respondem à monoterapia (n=339) receberam a dose máxima de duloxetina ou uma combinação das doses padrão de duloxetina e pregabalina ou a dose máxima de pregabalina. Ambos os medicamentos e suas combinações foram bem tolerados. Embora não seja significantemente superior à monoterapia com dose alta, a terapia combinada foi considerada efetiva, segura e bem tolerada.[155]Tesfaye S, Wilhelm S, Lledo A, et al. Duloxetine and pregabalin: high-dose monotherapy or their combination? The "COMBO-DN study" - a multinational, randomized, double-blind, parallel-group study in patients with diabetic peripheral neuropathic pain. Pain. 2013 Dec;154(12):2616-25.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23732189?tool=bestpractice.com
Uma subanálise adicional do COMBO-DN sugeriu que a terapia combinada com pregabalina e duloxetina é favorecida na dor neuropática de intensidade moderada, enquanto monoterapia de alta dose com pregabalina ou duloxetina favorece a dor neuropática de intensidade mais alta.[156]Bouhassira D, Wilhelm S, Schacht A, et al. Neuropathic pain phenotyping as a predictor of treatment response in painful diabetic neuropathy: data from the randomized, double-blind, COMBO-DN study. Pain. 2014 Oct;155(10):2171-9.
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0304395914003790
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25168665?tool=bestpractice.com
No estudo OPTION-DM, que foi um ensaio clínico randomizado duplo-cego e cruzado multicêntrico realizado com 130 participantes ajustados para as doses máximas toleradas, amitriptilina suplementada com pregabalina, pregabalina suplementada com amitriptilina e duloxetina suplementada com pregabalina foram incluídas na análise primária. Os participantes foram designados para testar as três vias de tratamento em ordem aleatória, o que incluiu um período de ajuste inicial seguido por 16 semanas de tratamento.[157]Tesfaye S, Sloan G, Petrie J, et al. Comparison of amitriptyline supplemented with pregabalin, pregabalin supplemented with amitriptyline, and duloxetine supplemented with pregabalin for the treatment of diabetic peripheral neuropathic pain (OPTION-DM): a multicentre, double-blind, randomised crossover trial. Lancet. 2022 Aug 27;400(10353):680-90.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9418415
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36007534?tool=bestpractice.com
Os escores médios de dor a sete dias melhoraram com a monoterapia e, em seguida, foram melhorados ainda mais quando houve escalonamento para terapia combinada. O tratamento combinado resultou em maiores proporções com 50% de alívio da dor e escores de dor inferiores a 3. No entanto, não houve diferença entre as vias de tratamento.[157]Tesfaye S, Sloan G, Petrie J, et al. Comparison of amitriptyline supplemented with pregabalin, pregabalin supplemented with amitriptyline, and duloxetine supplemented with pregabalin for the treatment of diabetic peripheral neuropathic pain (OPTION-DM): a multicentre, double-blind, randomised crossover trial. Lancet. 2022 Aug 27;400(10353):680-90.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9418415
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36007534?tool=bestpractice.com
Uma combinação de imipramina e pregabalina pode ser considerada uma alternativa à monoterapia com dose alta. Em um ensaio clínico randomizado e controlado, a terapia combinada com imipramina e pregabalina reduziu significativamente os escores de dor em comparação a um dos agentes isoladamente, mas foi associada a uma taxa mais elevada de desistência, bem como a uma taxa mais elevada e uma maior gravidade de efeitos colaterais.[158]Holbech JV, Bach FW, Finnerup NB, et al. Imipramine and pregabalin combination for painful polyneuropathy: a randomized controlled trial. Pain. 2015 May;156(5):958-66.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25719617?tool=bestpractice.com
A AAN recomenda que, para os pacientes que apresentam melhora parcial com uma classe terapêutica inicial, os médicos devem oferecer uma tentativa de medicamento de uma classe efetiva diferente, ou a terapia combinada.[66]Price R, Smith D, Franklin G, et al. Oral and topical treatment of painful diabetic polyneuropathy: practice guideline update summary. Report of the AAN Guideline Subcommittee. Neurology. 2022 Jan 4;98(1):31-43.
https://n.neurology.org/content/98/1/31
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34965987?tool=bestpractice.com
Analgésicos opioides
Opioides já foram usados para o tratamento da ND dolorosa; no entanto, atualmente a AAN e a ADA não recomendam o uso de opioides para essa indicação devido ao risco de dependência.[39]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
[66]Price R, Smith D, Franklin G, et al. Oral and topical treatment of painful diabetic polyneuropathy: practice guideline update summary. Report of the AAN Guideline Subcommittee. Neurology. 2022 Jan 4;98(1):31-43.
https://n.neurology.org/content/98/1/31
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34965987?tool=bestpractice.com
Deve-se oferecer a suspensão gradual do medicamento para os pacientes que já recebem tratamento com opioides, e estratégias de tratamento com não opioides devem ser discutidas.[66]Price R, Smith D, Franklin G, et al. Oral and topical treatment of painful diabetic polyneuropathy: practice guideline update summary. Report of the AAN Guideline Subcommittee. Neurology. 2022 Jan 4;98(1):31-43.
https://n.neurology.org/content/98/1/31
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34965987?tool=bestpractice.com
No Reino Unido, as diretrizes do NICE afirmam que o tramadol pode ser considerado apenas para terapia de resgate aguda, mediante consulta a um especialista em dor.[133]National Institute for Health and Care Excellence. Neuropathic pain in adults: pharmacological management in non-specialist settings. Sep 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/cg173
Tratamento da dor na neuropatia periférica: outras terapias
Alguns pacientes com ND dolorosa podem preferir a opção de intervenções tópicas ou não farmacológicas; as evidências para essas terapias são limitadas.[66]Price R, Smith D, Franklin G, et al. Oral and topical treatment of painful diabetic polyneuropathy: practice guideline update summary. Report of the AAN Guideline Subcommittee. Neurology. 2022 Jan 4;98(1):31-43.
https://n.neurology.org/content/98/1/31
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34965987?tool=bestpractice.com
Os pacientes com dor mais intensa ou refratária podem se beneficiar de intervenções como estimulação da medula espinhal ou nervosa.
Terapias tópicas
Terapias não farmacológicas
A AAN inclui exercícios, terapia cognitivo-comportamental (TCC) e atenção plena como potenciais opções para os pacientes com ND dolorosa.[66]Price R, Smith D, Franklin G, et al. Oral and topical treatment of painful diabetic polyneuropathy: practice guideline update summary. Report of the AAN Guideline Subcommittee. Neurology. 2022 Jan 4;98(1):31-43.
https://n.neurology.org/content/98/1/31
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34965987?tool=bestpractice.com
As evidências para TCC na ND dolorosa são limitadas atualmente, embora a TCC tenha sido eficaz em outros tipos de dor crônica.[66]Price R, Smith D, Franklin G, et al. Oral and topical treatment of painful diabetic polyneuropathy: practice guideline update summary. Report of the AAN Guideline Subcommittee. Neurology. 2022 Jan 4;98(1):31-43.
https://n.neurology.org/content/98/1/31
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34965987?tool=bestpractice.com
Estimulação elétrica transcutânea do nervo (TENS), estimulação elétrica percutânea do nervo (PENS) ou acupuntura
Podem ser adicionadas ao tratamento existente ou utilizadas isoladamente em casos refratários.[144]Peltier A, Goutman SA, Callaghan BC. Painful diabetic neuropathy. BMJ. 2014 May 6;348:g1799.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24803311?tool=bestpractice.com
[163]Dubinsky RM, Miyasaki J. Assessment: efficacy of transcutaneous electric nerve stimulation in the treatment of pain in neurologic disorders (an evidence-based review): report of the Therapeutics and Technology Assessment Subcommittee of the American Academy of Neurology. Neurology. 2010 Jan 12;74(2):173-6.
https://n.neurology.org/content/74/2/173.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20042705?tool=bestpractice.com
Em um estudo controlado, a TENS foi mais efetiva que a simulação do tratamento na redução da dor em pacientes com ND.[164]Kumar D, Marshall HJ. Diabetic peripheral neuropathy: amelioration of pain with transcutaneous electrostimulation. Diabetes Care. 1997 Nov;20(11):1702-5.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9353612?tool=bestpractice.com
Em estudos não controlados, TENS e acupuntura foram relatadas como tendo reduzido a dor em >75% dos pacientes com ND.[165]Julka IS, Alvaro M, Kumar D. Beneficial effects of electrical stimulation on neuropathic symptoms in diabetes patients. J Foot Ankle Surg. 1998 May-Jun;37(3):191-4.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9638542?tool=bestpractice.com
[166]Abuaisha BB, Costanzi JB, Boulton AJ. Acupuncture for the treatment of chronic painful peripheral diabetic neuropathy: a long-term study. Diabetes Res Clin Pract. 1998 Feb;39(2):115-21.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9597381?tool=bestpractice.com
Um relato do Therapeutics and Technology Assessment Subcommittee da American Academy of Neurology, com base em uma revisão da literatura até abril de 2009, concluiu que a TENS pode ter alguma eficácia para reduzir a dor causada pela neuropatia periférica diabética.[163]Dubinsky RM, Miyasaki J. Assessment: efficacy of transcutaneous electric nerve stimulation in the treatment of pain in neurologic disorders (an evidence-based review): report of the Therapeutics and Technology Assessment Subcommittee of the American Academy of Neurology. Neurology. 2010 Jan 12;74(2):173-6.
https://n.neurology.org/content/74/2/173.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20042705?tool=bestpractice.com
O NICE constatou evidências de eficácia de curta duração da PENS para a dor neuropática refratária sem problemas graves de segurança. O tratamento com PENS deve envolver especialistas no controle da dor.[167]National Institute for Health and Care Excellence. Percutaneous electrical nerve stimulation for refractory neuropathic pain. Mar 2013 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ipg450
Estimulação da medula espinhal
Deve ser considerada em pacientes refratários a todas as outras opções de tratamento para dor intensa na neuropatia diabética (ND).[168]de Vos CC, Meier K, Zaalberg PB, et al. Spinal cord stimulation in patients with painful diabetic neuropathy: a multicentre randomized clinical trial. Pain. 2014 Nov;155(11):2426-31.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25180016?tool=bestpractice.com
[169]Slangen R, Schaper NC, Faber CG, et al. Spinal cord stimulation and pain relief in painful diabetic peripheral neuropathy: a prospective two-center randomized controlled trial. Diabetes Care. 2014 Nov;37(11):3016-24.
https://diabetesjournals.org/care/article/37/11/3016/29087/Spinal-Cord-Stimulation-and-Pain-Relief-in-Painful
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25216508?tool=bestpractice.com
Uma revisão sistemática e metanálise constatou que a estimulação da medula espinhal é um adjuvante terapêutico eficaz à melhor terapia medicamentosa para reduzir a intensidade da dor e melhorar a qualidade de vida relacionada à saúde em pacientes com ND dolorosa.[170]Duarte RV, Nevitt S, Maden M, et al. Spinal cord stimulation for the management of painful diabetic neuropathy: a systematic review and meta-analysis of individual patient and aggregate data. Pain. 2021 Nov 1;162(11):2635-43.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33872236?tool=bestpractice.com
Uma revisão sistemática e metanálise em rede constatou benefícios de alívio da dor e na qualidade de vida relacionada à saúde em decorrência da adição de estimulação da medula espinhal ao tratamento clínico convencional para os pacientes com ND dolorosa. Foram observadas reduções ainda maiores na dor em pacientes que receberam estimulação da medula espinhal de alta frequência, em comparação com os que receberam de baixa frequência.[171]Duarte RV, Nevitt S, Copley S, et al. Systematic review and network meta-analysis of neurostimulation for painful diabetic neuropathy. Diabetes Care. 2022 Oct 1;45(10):2466-75.
https://diabetesjournals.org/care/article-abstract/45/10/2466/147650/Systematic-Review-and-Network-Meta-analysis-of
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36150057?tool=bestpractice.com
Neuropatias cranianas, mononeuropatias dos membros, mononeuropatia troncular, amiotrofia diabética
Não existe nenhum tratamento específico para neuropatias cranianas, embora geralmente ocorra recuperação gradual. Além disso, não existe nenhum tratamento específico para neuropatias abruptas dos membros, embora alguns recomendem a terapia imunomoduladora quando há envolvimento de múltiplos nervos.
Uma vez que as anormalidades estruturais tenham sido descartadas, o tratamento para a mononeuropatia troncular diabética consiste no controle da dor. A melhora geralmente é gradual.
Geralmente, nenhum tratamento é oferecido para amiotrofia diabética, a não ser melhorar o controle glicêmico. Entretanto, pacientes com alterações inflamatórias na biópsia podem responder à imunomodulação.[172]Albers JW, Pop-Busui R. Diabetic neuropathy: mechanisms, emerging treatments, and subtypes. Curr Neurol Neurosci Rep. 2014 Aug;14(8):473.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24954624?tool=bestpractice.com
Neuropatia autonômica
Demonstrou-se que o controle da hiperglicemia adia o início e a progressão da neuropatia autonômica no diabetes do tipo 1 e possivelmente no diabetes do tipo 2.[9]Nathan DM, Genuth S, Lachin J, et al; Diabetes Control and Complications Trial Research Group. The effect of intensive treatment of diabetes on the development and progression of long-term complications in insulin-dependent diabetes mellitus. N Engl J Med. 1993 Sep 30;329(14):977-86.
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM199309303291401
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8366922?tool=bestpractice.com
[117]Diabetes Control and Complications Trial (DCCT) Research Group. Effect of intensive diabetes treatment on nerve conduction in the Diabetes Control and Complications Trial. Ann Neurol. 1995 Dec;38(6):869-80.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8526459?tool=bestpractice.com
[173]Gaede P, Lund-Andersen H, Parving HH, et al. Effect of a multifactorial intervention on mortality in type 2 diabetes. N Engl J Med. 2008 Feb 7;358(6):580-91.
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa0706245
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18256393?tool=bestpractice.com
[174]The Diabetes Control and Complications Trial Research Group. The effect of intensive diabetes therapy on measures of autonomic nervous system function in the Diabetes Control and Complications Trial (DCCT). Diabetologia. 1998 Apr;41(4):416-23.
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC2635092
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9562345?tool=bestpractice.com
Estudos demonstraram que a implementação do controle rigoroso da glicemia o quanto antes possível no tratamento do diabetes tipo 1 previne o desenvolvimento precoce de NAC e promove proteção em longo prazo para a NAC, mas os efeitos do controle glicêmico ou da NAC estão menos claros para o diabetes do tipo 2.[63]Ang L, Jaiswal M, Martin C, et al. Glucose control and diabetic neuropathy: lessons from recent large clinical trials. Curr Diab Rep. 2014;14(9):528.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5084623
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25139473?tool=bestpractice.com
A seguir encontram-se várias manifestações da neuropatia autonômica e discussões sobre os tratamentos.
Controle da hipotensão ortostática
Estilo de vida simples e medidas de suporte incluem:[23]Spallone V, Ziegler D, Freeman R, et al; Toronto Consensus Panel on Diabetic Neuropathy. Cardiovascular autonomic neuropathy in diabetes: clinical impact, assessment, diagnosis, and management. Diabetes Metab Res Rev. 2011 Oct;27(7):639-53.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/dmrr.1239
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Evitar mudanças súbitas na postura corporal para a posição com a cabeça para cima.
Evitar medicamentos que agravam a hipotensão.[39]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
Fazer refeições pequenas e frequentes; evitar uma dieta pobre em sal; ingestão de líquidos adequada.[129]National Institute for Health and Care Excellence. Diabetic foot problems: prevention and management. Oct 2019 [internet publication].
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Realizar atividade física e exercícios para evitar a falta de condicionamento físico.[39]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
No entanto, as atividades que envolvem esforço excessivo devem ser evitadas.
Elevar a cabeceira do leito 45 cm (18 polegadas) à noite. Isso melhorou os sintomas em uma pequena série de pacientes com hipotensão ortostática de causas diversas.[175]MacLean AR, Allen EV. Orthostatic hypotension and orthostatic tachycardia: treatment with "head-up" bed. JAMA. 1940;115(25):2162-7.
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Usar uma malha de compressão nas pernas e no abdome.[39]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
Relatos de caso sugerem que essa abordagem pode ser benéfica.[176]Schatz IJ, Podolsky S, Frame B. Idiopathic orthostatic hypotension. Diagnosis and treatment. JAMA. 1963 Nov 9;186(6):537-40.
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[177]Levin JM, Ravenna P, Weiss M. Idiopathic orthostatic hypotension. Treatment with a commercially available counterpressure suit. Arch Intern Med. 1964 Jul;114(1):145-8.
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[178]Lewis HD Jr, Dunn M. Orthostatic hypotension syndrome. A case report. Am Heart J. 1967 Sep;74(3):396-401.
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[179]Sheps SG. Use of an elastic garment in the treatment of orthostatic hypotension. Cardiology. 1976;61 suppl 1:271-9.
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Usar uma faixa abdominal inflável. Isso foi efetivo em um estudo de 6 pacientes com hipotensão ortostática.[180]Tanaka H, Yamaguchi H, Tamai H. Treatment of orthostatic intolerance with inflatable abdominal band. Lancet. 1997 Jan 18;349(9046):175.
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Usar uma cadeira portátil baixa, conforme necessário para os sintomas. Isso foi eficaz em um estudo.[181]Smit AA, Hardjowijono MA, Wieling W. Are portable folding chairs useful to combat orthostatic hypotension? Ann Neurol. 1997 Dec;42(6):975-8.
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Diversas contramanobras físicas, como cruzar as pernas, agachar-se e bombeamento muscular, podem ajudar a manter a pressão arterial (PA).[182]van Lieshout JJ, ten Harkel AD, Wieling W. Physical manoeuvres for combating orthostatic dizziness in autonomic failure. Lancet. 1992 Apr 11;339(8798):897-8.
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A terapia farmacológica provavelmente será necessária. Em alguns países, a midodrina é o único medicamento aprovado para o tratamento da hipotensão ortostática, embora, na prática, a fludrocortisona seja frequentemente usada primeiro.
Fludrocortisona
Um mineralocorticoide sintético, com ação de longa duração, que induz a expansão do plasma. Ela também pode aumentar a sensibilidade dos vasos sanguíneos para as catecolaminas circulantes.[183]Schatz IJ, Miller MJ, Frame B. Corticosteroids in the management of orthostatic hypotension. Cardiology. 1976;61 suppl 1:280-9.
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[184]van Lieshout JJ, ten Harkel AD, Wieling W. Fludrocortisone and sleeping in the head-up position limit the postural decrease in cardiac output in autonomic failure. Clin Auton Res. 2000 Feb;10(1):35-42.
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O primeiro relato descreveu um só paciente, seguido de outros relatos de casos.[185]Hickler RB, Thompson GR, Fox LM, et al. Successful treatment of orthostatic hypotension with 9-alpha-fluorohydrocortisone. N Engl J Med. 1959 Oct 15;261:788-91.
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[186]Bannister R, Ardill L, Fentem P. An assessment of various methods of treatment of idiopathic orthostatic hypotension. Q J Med. 1969 Oct;38(152):377-95.
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[187]Campbell IW, Ewing DJ, Clarke BF. Therapeutic experience with fludrocortisone in diabetic postural hypotension. Br Med J. 1976 Apr 10;1(6014):872-4.
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Os efeitos não são imediatos, mas ocorrem durante um período de 1 a 2 semanas.
Podem ocorrer hipertensão supina, hipocalemia e hipomagnesemia.
Deve-se tomar cuidado, principalmente em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva (ICC), para evitar sobrecarga hídrica.[188]Chobanian AV, Volicer L, Tifft CP, et al. Mineralocorticoid-induced hypertension in patients with orthostatic hypotension. N Engl J Med. 1979 Jul 12;301(2):68-73.
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[189]Robertson D, Davis TL. Recent advances in the treatment of orthostatic hypotension. Neurology. 1995 Apr;45(4 Suppl 5):S26-32.
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Midodrina[23]Spallone V, Ziegler D, Freeman R, et al; Toronto Consensus Panel on Diabetic Neuropathy. Cardiovascular autonomic neuropathy in diabetes: clinical impact, assessment, diagnosis, and management. Diabetes Metab Res Rev. 2011 Oct;27(7):639-53.
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Um agonista do adrenorreceptor alfa-1 direto seletivo periférico, além de ser o único agente aprovado para o tratamento da hipotensão ortostática em alguns países.
Ativa os receptores alfa-1 nas arteríolas e veias, aumentando a resistência periférica total.[190]Zachariah PK, Bloedow DC, Moyer TP, et al. Pharmacodynamics of midodrine, an antihypotensive agent. Clin Pharmacol Ther. 1986 May;39(5):586-91.
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[191]McTavish D, Goa KL. Midodrine. A review of its pharmacological properties and therapeutic use in orthostatic hypotension and secondary hypotensive disorders. Drugs. 1989 Nov;38(5):757-77.
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Diversos estudos controlados por placebo e duplo-cegos documentaram sua eficácia no tratamento da hipotensão ortostática.[192]Low PA, Gilden JL, Freeman R, et al. Efficacy of midodrine vs placebo in neurogenic orthostatic hypotension. A randomized, double-blind multicenter study. Midodrine Study Group. JAMA. 1997 Apr 2;277(13):1046-51. [Erratum in: JAMA. 1997 Aug 6;278(5):388.]
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[193]Kaufmann H, Brannan T, Krakoff L, et al. Treatment of orthostatic hypotension due to autonomic failure with a peripheral alpha-adrenergic agonist (midodrine). Neurology. 1988 Jun;38(6):951-6.
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[194]Wright RA, Kaufmann HC, Perera R, et al. A double-blind, dose-response study of midodrine in neurogenic orthostatic hypotension. Neurology. 1998 Jul;51(1):120-4.
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Como ela não atravessa a barreira hematoencefálica, tem menos efeitos adversos centrais. Os principais efeitos adversos são piloereção, prurido, parestesias, retenção urinária e hipertensão supina.
pseudoefedrina
Os agonistas do adrenorreceptor alfa misto, que agem diretamente no adrenorreceptor alfa e liberam noradrenalina do neurônio simpático pós-ganglionar, incluem a pseudoefedrina.[195]Freeman R. Treatment of orthostatic hypotension. Semin Neurol. 2003 Dec;23(4):435-42.
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A hipertensão grave é um efeito adverso importante de todos os agentes simpatomiméticos. Outros efeitos adversos que podem limitar seu uso são tremor, irritabilidade, insônia, taquicardia, redução do apetite e, nos homens, retenção urinária.[196]Mathias CJ, Kimber JR. Treatment of postural hypotension. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 1998 Sep;65(3):285-9.
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Os medicamentos que contêm pseudoefedrina estão associados a riscos de síndrome de encefalopatia posterior reversível (SEPR) e síndrome de vasoconstrição cerebral reversível (SVCR). Elas são doenças raras, com complicações potencialmente graves e de risco à vida. Os medicamentos que contêm pseudoefedrina não devem ser usados em pacientes com hipertensão grave ou não controlada, ou naqueles com doença renal crônica ou aguda grave ou insuficiência renal.[197]European Medicines Agency. Pseudoephedrine-containing medicinal products - referral. Apr 2024 [internet publication].
https://www.ema.europa.eu/en/medicines/human/referrals/pseudoephedrine-containing-medicinal-products
Eritropoetina[23]Spallone V, Ziegler D, Freeman R, et al; Toronto Consensus Panel on Diabetic Neuropathy. Cardiovascular autonomic neuropathy in diabetes: clinical impact, assessment, diagnosis, and management. Diabetes Metab Res Rev. 2011 Oct;27(7):639-53.
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Melhora a PA ortostática em pacientes com hipotensão ortostática.[67]Vinik AI, Maser RE, Mitchell BD, et al. Diabetic autonomic neuropathy. Diabetes Care. 2003 May;26(5):1553-79.
https://diabetesjournals.org/care/article/26/5/1553/24595/Diabetic-Autonomic-Neuropathy
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O mecanismo de ação para o efeito vasoconstritor ainda não foi elucidado. As possibilidades incluem aumento da massa de eritrócitos e do volume de sangue central; correção da anemia normocítica normocrômica que frequentemente acompanha a neuropatia autonômica diabética; alterações na viscosidade do sangue; e um efeito neuro-humoral direto ou indireto na parede vascular e na regulação do tônus vascular, que são mediados pela interação entre hemoglobina e óxido nítrico no seu papel de vasodilatador.[198]Winkler AS, Landau S, Watkins P, et al. Observations on haematological and cardiovascular effects of erythropoietin treatment in multiple system atrophy with sympathetic failure. Clin Auton Res. 2002 Jun;12(3):203-6.
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[199]Hoeldtke RD, Streeten DH. Treatment of orthostatic hypotension with erythropoietin. N Engl J Med. 1993 Aug 26;329(9):611-5.
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[200]Perera R, Isola L, Kaufmann H. Effect of recombinant erythropoietin on anemia and orthostatic hypotension in primary autonomic failure. Clin Auton Res. 1995 Sep;5(4):211-3.
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Clonidina
Um antagonista alfa-2 que geralmente produz um efeito simpaticolítico central e consequente diminuição na PA.
Os pacientes com insuficiência autonômica grave têm pouca atividade eferente simpática, e a clonidina pode afetar os adrenorreceptores alfa-2 pós-sinápticos venosos.
O uso deste agente é limitado pelo efeito hipertensivo inconstante, bem como pelos efeitos adversos graves.
A clonidina pode resultar em um aumento no retorno venoso sem aumento significativo na resistência vascular periférica.
Octreotida[23]Spallone V, Ziegler D, Freeman R, et al; Toronto Consensus Panel on Diabetic Neuropathy. Cardiovascular autonomic neuropathy in diabetes: clinical impact, assessment, diagnosis, and management. Diabetes Metab Res Rev. 2011 Oct;27(7):639-53.
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Pode atenuar a queda da PA pós-prandial e reduzir a hipotensão ortostática em pacientes com insuficiência autonômica.
Os mecanismos de ação incluem um efeito local na vasculatura esplâncnica, ao inibir a liberação de peptídeos gastrointestinais vasoativos; maior débito cardíaco; e aumento na resistência vascular esplâncnica e do antebraço.
Controle da gastroparesia diabética
Alguns tratamentos para gastroparesia diabética têm base em práticas clínicas comumente aceitas. Elas incluem:[98]Kempler P, Amarenco G, Freeman R, et al; Toronto Consensus Panel on Diabetic Neuropathy. Management strategies for gastrointestinal, erectile, bladder, and sudomotor dysfunction in patients with diabetes. Diabetes Metab Res Rev. 2011 Oct;27(7):665-77.
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Fazer várias refeições pequenas.[39]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
Alterar a dieta, com a diminuição da ingestão de gordura alimentar e fibras, por exemplo.[39]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321.
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[201]Vinik AI. Diabetic neuropathy: pathogenesis and therapy. Am J Med. 1999 Aug 30;107(2B):17-26S.
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[202]Vinik AI. Diagnosis and management of diabetic neuropathy. Clin Geriatr Med. 1999 May;15(2):293-320.
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[203]Verne GN, Sninsky CA. Diabetes and the gastrointestinal tract. Gastroenterol Clin North Am. 1998 Dec;27(4):861-74, vi-vii.
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A terapia medicamentosa inclui:
Eritromicina
Metoclopramida
Domperidona
Toxina botulínica.
Eritromicina
É eficaz na aceleração do esvaziamento gástrico.
Acredita-se que ela atue estimulando os receptores de motilina no intestino.[204]Peeters T, Matthijs G, Depoortere I, et al. Erythromycin is a motilin receptor agonist. Am J Physiol. 1989 Sep;257(3 Pt 1):G470-4.
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Pode ser usada por via oral, mas demonstrou-se que a administração intravenosa é mais efetiva.[205]Richards RD, Davenport K, McCallum RW. The treatment of idiopathic and diabetic gastroparesis with acute intravenous and chronic oral erythromycin. Am J Gastroenterol. 1993 Feb;88(2):203-7.
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[206]DiBaise JK, Quigley EM. Efficacy of prolonged administration of intravenous erythromycin in an ambulatory setting as treatment of severe gastroparesis: one center's experience. J Clin Gastroenterol. 1999 Mar;28(2):131-4.
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Metoclopramida
Tem propriedades antieméticas, estimula a liberação de acetilcolina nos plexos mioentéricos e é um antagonista dopaminérgico.[203]Verne GN, Sninsky CA. Diabetes and the gastrointestinal tract. Gastroenterol Clin North Am. 1998 Dec;27(4):861-74, vi-vii.
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Ensaios abertos, simples-cegos e duplo-cegos demonstraram benefícios leves.[207]Sturm A, Holtmann G, Goebell H, et al. Prokinetics in patients with gastroparesis: a systematic analysis. Digestion. 1999 Sep-Oct;60(5):422-7.
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Possíveis efeitos adversos incluem sintomas extrapiramidais, como reações distônicas agudas, parkinsonismo induzido por medicamento, acatisia e discinesia tardia. Galactorreia, amenorreia, ginecomastia e hiperprolactinemia também podem ocorrer.
A metoclopramida deve ser usada por até 5 dias somente para minimizar o risco de efeitos adversos neurológicos ou outros efeitos adversos.[208]European Medicines Agency. European Medicines Agency recommends changes to the use of metoclopramide. Jul 2013 [internet publication].
https://www.ema.europa.eu/en/news/european-medicines-agency-recommends-changes-use-metoclopramide
Seu uso no tratamento em longo prazo da gastroparesia não é mais recomendado. Ela deve ser reservada para uso de curta duração em casos graves que não respondem a outras terapias.
Domperidona
É um antagonista dos receptores doparminégicos periféricos.
Tem demonstrado estimular a motilidade gástrica e possuir propriedades antieméticas. Ela atua como um agente procinético, aumentando o número e/ou a intensidade de contrações gástricas, e melhora os sintomas em pacientes com gastroparesia diabética.
Estimula o esvaziamento gástrico de fase sólida e líquida.[209]Horowitz M, Harding PE, Chatterton BE, et al. Acute and chronic effects of domperidone on gastric emptying in diabetic autonomic neuropathy. Dig Dis Sci. 1985 Jan;30(1):1-9.
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Seu principal benefício resulta de suas propriedades antieméticas e, em menor escala, de suas ações estimulatórias motoras.[210]Patterson D, Abell T, Rothstein R, et al. A double-blind multicenter comparison of domperidone and metoclopramide in the treatment of diabetic patients with symptoms of gastroparesis. Am J Gastroenterol. 1999 May;94(5):1230-4.
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Alguns estudos abertos e estudos duplo-cegos demonstraram melhora no esvaziamento gástrico.[207]Sturm A, Holtmann G, Goebell H, et al. Prokinetics in patients with gastroparesis: a systematic analysis. Digestion. 1999 Sep-Oct;60(5):422-7.
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[210]Patterson D, Abell T, Rothstein R, et al. A double-blind multicenter comparison of domperidone and metoclopramide in the treatment of diabetic patients with symptoms of gastroparesis. Am J Gastroenterol. 1999 May;94(5):1230-4.
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Uma revisão sistemática de todos os estudos usando domperidona oral para o tratamento de gastroparesia diabética demonstra a eficácia da domperidona no tratamento da gastroparesia.[211]Ahmad N, Keith-Ferris J, Gooden E, et al. Making a case for domperidone in the treatment of gastrointestinal motility disorders. Curr Opin Pharmacol. 2006 Dec;6(6):571-6.
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O papel da domperidona é controverso devido a preocupações de segurança. A European Medicines Agency e Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency do Reino Unido recomendam uma análise cuidadosa do risco-benefício antes de se prescrever a domperidona para essa indicação off-label, pois ela está associada a um pequeno aumento do risco de potenciais efeitos de risco de vida ao coração. Ela deve ser usada à mínima dose efetiva pela menor duração possível, e a duração máxima do tratamento geralmente não deve ultrapassar 1 semana. A dose máxima em adultos é de 30 mg/dia. A domperidona é contraindicada nos pacientes com comprometimento hepático grave ou com doença cardíaca subjacente. Ela não deve ser administrada com outros medicamentos que prolonguem o intervalo QT ou que inibam a CYP3A4.[212]European Medicines Agency. CMDh confirms recommendations on restricting use of domperidone-containing medicines. Apr 2014 [internet publication].
https://www.ema.europa.eu/en/news/cmdh-confirms-recommendations-restricting-use-domperidone-containing-medicines
Injeção intrapilórica de toxina botulínica
Diversos relatos de caso de pacientes com gastroparesia diabética grave, cujos sintomas persistiram apesar das mudanças alimentares e do uso de agentes procinéticos de alta dose, descrevem melhora sintomática significativa após injeção intrapilórica de toxina botulínica, realizada durante endoscopia digestiva alta.[213]Lacy BE, Zayat EN, Crowell MD, et al. Botulinum toxin for the treatment of gastroparesis: a preliminary report. Am J Gastroenterol. 2002 Jun;97(6):1548-52.
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[214]Ezzeddine D, Jit R, Katz N, et al. Pyloric injection of botulinum toxin for treatment of diabetic gastroparesis. Gastrointest Endosc. 2002 Jun;55(7):920-3.
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[215]Lacy BE, Crowell MD, Schettler-Duncan A, et al. The treatment of diabetic gastroparesis with botulinum toxin injection of the pylorus. Diabetes Care. 2004 Oct;27(10):2341-7.
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métodos não farmacológicos
Métodos não farmacológicos foram usados para tratar a gastroparesia diabética em pacientes que não respondem à farmacoterapia:
Marca-passo gástrico (estimulação)
A estimulação elétrica gástrica usando um dispositivo implantável cirurgicamente está disponível em alguns locais.
Em curto prazo, foi demonstrado que é possível estimular ondas gástricas lentas e normalizar a atividade mioelétrica com estimulação.[216]McCallum RW, Chen JD, Lin Z, et al. Gastric pacing improves emptying and symptoms in patients with gastroparesis. Gastroenterology. 1998 Mar;114(3):456-61.
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Entretanto, as evidências para uso de marca-passo gástrico no tratamento da gastroparesia diabética são limitadas e não permitem a identificação de populações específicas de pacientes ou o desenvolvimento de critérios clínicos bem definidos. Portanto, não é usado rotineiramente na prática clínica e pesquisas adicionais são necessárias.[39]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321.
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[217]National Health Service England. Clinical commissioning policy: gastroelectrical stimulation for gastroparesis. Jul 2016 [internet publication].
https://www.england.nhs.uk/wp-content/uploads/2018/07/Gastroelectrical-stimulation-for-gastroparesis.pdf
Cirurgia
Vômitos persistentes podem exigir a realização de uma jejunostomia alimentar para fazer a derivação de um estômago atônico.[203]Verne GN, Sninsky CA. Diabetes and the gastrointestinal tract. Gastroenterol Clin North Am. 1998 Dec;27(4):861-74, vi-vii.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9890116?tool=bestpractice.com
A cirurgia radical, consistindo na ressecção de uma grande parte do estômago, com realização de um anel em Y de Roux, foi bem-sucedida em uma pequena série de pacientes.[218]Ejskjaer NT, Bradley JL, Buxton-Thomas MS, et al. Novel surgical treatment and gastric pathology in diabetic gastroparesis. Diabet Med. 1999 Jun;16(6):488-95.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10391397?tool=bestpractice.com
Controle da diarreia diabética
Antibióticos de amplo espectro são comumente usados para tratar a diarreia diabética, seja quando o teste do hidrogênio no ar expirado for positivo ou como um teste empírico.[98]Kempler P, Amarenco G, Freeman R, et al; Toronto Consensus Panel on Diabetic Neuropathy. Management strategies for gastrointestinal, erectile, bladder, and sudomotor dysfunction in patients with diabetes. Diabetes Metab Res Rev. 2011 Oct;27(7):665-77.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/dmrr.1223
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21748841?tool=bestpractice.com
Um estudo duplo-cego inicial, envolvendo um único paciente, revelou que a diarreia diminuiu quando o paciente foi tratado com uma preparação antibiótica oral e retornou quando a preparação foi depois substituída por placebo.[219]Green PA, Berge KG, Sprague RG. Control of diabetic diarrhea with antibiotic therapy. Diabetes. 1968 Jun;17(6):385-7.
https://diabetesjournals.org/diabetes/article/17/6/385/3050/Control-of-Diabetic-Diarrhea-with-Antibiotic
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/5652471?tool=bestpractice.com
Diversos esquemas terapêuticos diferentes foram defendidos.[201]Vinik AI. Diabetic neuropathy: pathogenesis and therapy. Am J Med. 1999 Aug 30;107(2B):17-26S.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10484041?tool=bestpractice.com
[202]Vinik AI. Diagnosis and management of diabetic neuropathy. Clin Geriatr Med. 1999 May;15(2):293-320.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10339635?tool=bestpractice.com
[203]Verne GN, Sninsky CA. Diabetes and the gastrointestinal tract. Gastroenterol Clin North Am. 1998 Dec;27(4):861-74, vi-vii.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9890116?tool=bestpractice.com
Deve-se ter cuidado porque o uso do metronidazol em longo prazo pode causar neuropatia.
A colestiramina pode ser usada em uma tentativa de quelar os sais biliares se o teste do hidrogênio no ar expirado for normal ou se o paciente não responder a um teste empírico de antibióticos de amplo espectro.
A octreotida foi efetiva em um relato de caso de um só paciente com diarreia diabética.[220]Tsai ST, Vinik AI, Brunner JF. Diabetic diarrhea and somatostatin. Ann Intern Med. 1986 Jun;104(6):894.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2871790?tool=bestpractice.com
Em voluntários saudáveis, a octreotida melhorou os trânsitos gástrico e cólico, bem como do intestino delgado, além da motilidade e do tônus cólicos.[221]von der Ohe MR, Camilleri M, Thomforde GM, et al. Differential regional effects of octreotide on human gastrointestinal motor function. Gut. 1995 May;36(5):743-8.
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC1382680
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7797125?tool=bestpractice.com
A octreotida pode ser considerada para o manejo da diarreia diabética quando outras abordagens tiverem falhado.
Controle da disfunção vesical diabética
O betanecol, um agente parassimpatomimético, pode ser útil. O treinamento vesical, como a micção programada, pode ser usado principalmente para incontinência de urgência. A manobra de Credé também pode ser usada. Esse método ajuda a esvaziar a bexiga se ela estiver fraca e flácida. O paciente empurra o abdome com uma das mãos a partir do umbigo em direção à bexiga de maneira suave e uniforme.[98]Kempler P, Amarenco G, Freeman R, et al; Toronto Consensus Panel on Diabetic Neuropathy. Management strategies for gastrointestinal, erectile, bladder, and sudomotor dysfunction in patients with diabetes. Diabetes Metab Res Rev. 2011 Oct;27(7):665-77.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/dmrr.1223
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21748841?tool=bestpractice.com
Controle da disfunção erétil diabética
A terapia de primeira linha para disfunção erétil (DE) é um inibidor de fosfodiesterase-5 (PDE-5).[222]Phé V, Rouprêt M. Erectile dysfunction and diabetes: a review of the current evidence-based medicine and a synthesis of the main available therapies. Diabetes Metab. 2012 Feb;38(1):1-13.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22056307?tool=bestpractice.com
Os inibidores da PDE-5 revolucionaram o manejo da DE e são eficientes e seguros. A sildenafila e a tadalafila aumentam significativamente a função erétil e geralmente são bem toleradas.[223]Rendell MS, Rajfer J, Wicker PA, et al. Sildenafil for treatment of erectile dysfunction in men with diabetes: a randomized controlled trial. Sildenafil Diabetes Study Group. JAMA. 1999 Feb 3;281(5):421-6.
https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/188737
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9952201?tool=bestpractice.com
[224]Goldstein I, Kim E, Steers WD, et al. Efficacy and safety of tadalafil in men with erectile dysfunction with a high prevalence of comorbid conditions: results from MOMENTUS: multiple observations in men with erectile dysfunction in National Tadalafil Study in the US. J Sex Med. 2007 Jan;4(1):166-75.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17233782?tool=bestpractice.com
Entretanto, podem ocorrer efeitos adversos, sendo cefaleia e rubor os efeitos mais comumente relatados. Síndromes influenza-símiles, dispepsia, mialgias, visão anormal e dorsalgia podem ocorrer com menos frequência.
A opção de segunda linha para o tratamento da DE é a injeção intracavernosa de papaverina, um alcaloide opiáceo, ou de alprostadil, um análogo sintético da prostaglandina E1. A taxa de sucesso das injeções intracavernosas é alta, com quase 90% dos pacientes alcançando a ereção.[225]Virag R, Frydman D, Legman M, et al. Intracavernous injection of papaverine as a diagnostic and therapeutic method in erectile failure. Angiology. 1984 Feb;35(2):79-87.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6696289?tool=bestpractice.com
[226]Spollett GR. Assessment and management of erectile dysfunction in men with diabetes. Diabetes Educ. 1999 Jan-Feb;25(1):65-73.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10232182?tool=bestpractice.com
Uma formulação em creme de alprostadil aplicada de maneira tópica é a opção de terceira linha para o tratamento da DE diabética na Europa e em outros países, como o Canadá. Ela não está disponível nos EUA. O alprostadil é fornecido com um promotor de permeação para facilitar a absorção local. Os outros benefícios incluem evitação de contraindicação por nitratos orgânicos, rápido início de ação e interações medicamentosas mínimas.[227]Cuzin B. Alprostadil cream in the treatment of erectile dysfunction: clinical evidence and experience. Ther Adv Urol. 2016 Aug;8(4):249-56.
https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/1756287216644116
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27928427?tool=bestpractice.com
Outras opções que podem ser consideradas incluem dispositivos a vácuo e próteses penianas.[39]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
Diversos relatos de caso descreveram o uso de dispositivos a vácuo, implantes penianos rígidos e próteses infláveis para o tratamento da DE.[226]Spollett GR. Assessment and management of erectile dysfunction in men with diabetes. Diabetes Educ. 1999 Jan-Feb;25(1):65-73.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10232182?tool=bestpractice.com
[228]Saulie BA, Campbell RK. Treating erectile dysfunction in diabetes patients. Diabetes Educ. 1997 Jan-Feb;23(1):29-33, 35-6, 38.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9052052?tool=bestpractice.com
Se houver suspeita, o hipogonadismo deverá ser investigado e tratado conforme necessário.[39]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321.
https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
A remoção de uma medicação que exacerbe a disfunção erétil (DE), o controle das comorbidades associadas e modificações do estilo de vida são essenciais em todos os pacientes.
Como a DE e o diabetes podem afetar negativamente a autoestima masculina e estar associados a depressão e ansiedade, a avaliação psicológica e o tratamento adequado dos pacientes afetados provavelmente também são benéficos.
Manejo das comorbidades comuns
Depressão/transtornos de humor
A neuropatia periférica diabética está associada a transtornos de humor comórbidos, particularmente depressão e ansiedade.[24]Vileikyte L, Leventhal H, Gonzalez JS, et al. Diabetic peripheral neuropathy and depressive symptoms: the association revisited. Diabetes Care. 2005 Oct;28(10):2378-83.
https://diabetesjournals.org/care/article/28/10/2378/23961/Diabetic-Peripheral-Neuropathy-and-Depressive
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16186266?tool=bestpractice.com
[66]Price R, Smith D, Franklin G, et al. Oral and topical treatment of painful diabetic polyneuropathy: practice guideline update summary. Report of the AAN Guideline Subcommittee. Neurology. 2022 Jan 4;98(1):31-43.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34965987?tool=bestpractice.com
[100]Alghafri RM, Gatt A, Formosa C. Depression symptoms in patients with diabetic peripheral neuropathy. Rev Diabet Stud. 2020;16(1):35-40.
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC9380089
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33905471?tool=bestpractice.com
[101]Naranjo C, Del Reguero L, Moratalla G, et al. Anxiety, depression and sleep disorders in patients with diabetic neuropathic pain: a systematic review. Expert Rev Neurother. 2019 Dec;19(12):1201-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31393191?tool=bestpractice.com
A presença de transtornos do humor pode afetar a percepção da dor.
O tratamento dos transtornos de humor comórbidos pode ajudar a reduzir a dor e melhorar a qualidade de vida.[66]Price R, Smith D, Franklin G, et al. Oral and topical treatment of painful diabetic polyneuropathy: practice guideline update summary. Report of the AAN Guideline Subcommittee. Neurology. 2022 Jan 4;98(1):31-43.
https://n.neurology.org/content/98/1/31
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34965987?tool=bestpractice.com
As opções de tratamento antidepressivo para a neuropatia dolorosa (antidepressivos tricíclicos e IRSNs) também podem ter efeitos benéficos para os transtornos de humor. A presença de transtornos de humor deve ser levada em consideração ao se escolherem os esquemas.
Distúrbios do sono
Uma alta prevalência de distúrbios do sono é relatada nos pacientes com ND dolorosa.[66]Price R, Smith D, Franklin G, et al. Oral and topical treatment of painful diabetic polyneuropathy: practice guideline update summary. Report of the AAN Guideline Subcommittee. Neurology. 2022 Jan 4;98(1):31-43.
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[101]Naranjo C, Del Reguero L, Moratalla G, et al. Anxiety, depression and sleep disorders in patients with diabetic neuropathic pain: a systematic review. Expert Rev Neurother. 2019 Dec;19(12):1201-9.
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[103]Fujihara K, Kodama S, Horikawa C, et al. The relationship between diabetic neuropathy and sleep apnea syndrome: a meta-analysis. Sleep Disord. 2013;2013:150371.
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC3871907
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[104]Siwasaranond N, Nimitphong H, Manodpitipong A, et al. The relationship between diabetes-related complications and obstructive sleep apnea in type 2 diabetes. J Diabetes Res. 2018 Mar 7;2018:9269170.
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC5863325
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29707586?tool=bestpractice.com
A presença de distúrbios do sono pode afetar a percepção da dor.
O tratamento dos distúrbios do sono comórbidos pode ajudar a reduzir a dor e melhorar a qualidade de vida.[66]Price R, Smith D, Franklin G, et al. Oral and topical treatment of painful diabetic polyneuropathy: practice guideline update summary. Report of the AAN Guideline Subcommittee. Neurology. 2022 Jan 4;98(1):31-43.
https://n.neurology.org/content/98/1/31
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34965987?tool=bestpractice.com
Para o manejo das outras complicações relacionadas ao diabetes, consulte os tópicos separados: