Prevenção primária
As medidas de prevenção primária incluem retardar o início da primeira atividade sexual, incentivar a monogamia (ou, pelo menos, reduzir o número de parceiros) e usar preservativos durante qualquer tipo de sexo com penetração. Foi demonstrado que muitos métodos de modificação comportamental, particularmente aconselhamento de alta intensidade sobre redução de risco sexual, reduzem os comportamentos de risco que causam infecções sexualmente transmissíveis, mas o problema é como intervir com aconselhamentos em uma situação em que há restrição de tempo.[38] Em geral, a abordagem deve ser sem julgamentos e focada no indivíduo.[39] Após uma história de risco, a discussão deve se concentrar nos comportamentos sexuais de risco para esclarecer concepções errôneas, analisar os sucessos e as falhas de tentativas anteriores de mudar o comportamento e definir metas para o futuro.[40] É importante observar que os espermicidas e as formas sem barreira física de contracepção não previnem a gonorreia ou outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
A US Preventive Services Task Force (USPSTF) e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA recomendam que seja administrado o medicamento tópico ocular a todos os neonatos, a fim de prevenir a oftalmia neonatal gonocócica.[26][41]
Não há vacinas disponíveis para a gonorreia. No entanto, um estudo de controle de caso com adultos de 15 a 30 anos, realizado na Nova Zelândia, constatou que a vacina meningocócica tipo B e vesículas da membrana externa (MeNZB) têm um efeito protetor contra a gonorreia.[42] Mais estudos são necessários para verificar esses achados.
Prevenção secundária
O tratamento da gonorreia também é um meio de prevenção secundária para interromper a transmissão na comunidade. Para os profissionais da saúde, o manejo do parceiro é um aspecto importante para tratar o paciente e evitar reinfecção. Os parceiros dos últimos 60 dias ou o último parceiro deve ser procurado antes dos 60 dias, se nenhum parceiro recente for notificado.[26]
[ ]
Se possível, o parceiro deve participar do aconselhamento e teste ou, no mínimo, o paciente deve ser instruído a encaminhar seus parceiros para tratamento médico. O uso da notificação do parceiro por via eletrônica é outra opção em algumas jurisdições; no entanto, a captação por casos índice é baixa e faltam evidências para a avaliação adequada dos parceiros.[90]
Os parceiros de pacientes documentados com infecção por Neisseria gonorrhoeae devem ser avaliados e tratados. Para evitar reinfecção, os parceiros sexuais devem se abster de relações sexuais até que eles e seu(s) parceiro(s) seja(m) tratado(s) adequadamente.
A infecção em mães de neonatos infectados por gonorreia deve ser confirmada, e elas e os seus parceiros devem receber tratamento.
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal