A amiloidose é rara. A amiloidose de cadeias leves de imunoglobulina (AL) é o tipo mais comum.[4]Wechalekar AD, Gillmore JD, Hawkins PN. Systemic amyloidosis. Lancet. 2016 Jun 25;387(10038):2641-54.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26719234?tool=bestpractice.com
No mundo todo, a incidência bruta anual de amiloidose do tipo AL é estimada em 10.44 casos por milhão da população (pmp), variando de 6.72 pmp no Brasil a 14.3 pmp no Japão.[5]Kumar N, Zhang NJ, Cherepanov D, et al. Global epidemiology of amyloid light-chain amyloidosis. Orphanet J Rare Dis. 2022 Jul 19;17(1):278.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9295439
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35854312?tool=bestpractice.com
Um estudo realizado nos EUA relatou aumento na prevalência da amiloidose do tipo AL de 15.5 casos por milhão, em 2007, para 40.5 casos por milhão em 2015.[6]Quock TP, Yan T, Chang E, et al. Epidemiology of AL amyloidosis: a real-world study using US claims data. Blood Adv. 2018 May 22;2(10):1046-53.
http://www.bloodadvances.org/content/2/10/1046.long?sso-checked=true
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29748430?tool=bestpractice.com
A prevalência e a incidência da amiloidose do tipo AL são maiores em homens do que em mulheres.[6]Quock TP, Yan T, Chang E, et al. Epidemiology of AL amyloidosis: a real-world study using US claims data. Blood Adv. 2018 May 22;2(10):1046-53.
http://www.bloodadvances.org/content/2/10/1046.long?sso-checked=true
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29748430?tool=bestpractice.com
A idade mediana quando do diagnóstico é de aproximadamente 63 e 65 anos, mas os pacientes podem apresentar manifestações em qualquer idade.[6]Quock TP, Yan T, Chang E, et al. Epidemiology of AL amyloidosis: a real-world study using US claims data. Blood Adv. 2018 May 22;2(10):1046-53.
http://www.bloodadvances.org/content/2/10/1046.long?sso-checked=true
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29748430?tool=bestpractice.com
[7]Bergesio F, Ciciani AM, Santostefano M, et al. Renal involvement in systemic amyloidosis - an Italian retrospective study on epidemiological and clinical data at diagnosis. Nephrol Dial Transplant. 2007 Jun;22(6):1608-18.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17395661?tool=bestpractice.com
Estudos que avaliam as disparidades étnicas na amiloidose do tipo AL são esparsos. A possível subdetecção de amiloidose cardíaca entre afro-americanos foi relatada em um estudo de coorte.[8]Alexander KM, Orav J, Singh A, et al. Geographic disparities in reported US amyloidosis mortality from 1979 to 2015: potential underdetection of cardiac amyloidosis. JAMA Cardiol. 2018 Sep 1;3(9):865-70.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6233639
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30046835?tool=bestpractice.com
Em outra coorte de pacientes dos EUA com amiloidose do tipo AL, minorias étnicas autoidentificadas (incluindo negros não hispânicos e hispânicos) representaram 334 (14%) de 2416 pacientes de um único centro de referência. Essa porcentagem é menor do que a representação relatada de >36% de minorias raciais/étnicas na população geral dos EUA, sugerindo subdetecção de amiloidose do tipo AL entre minorias étnicas.[9]Staron A, Connors LH, Zheng L, et al. Race/ethnicity in systemic AL amyloidosis: perspectives on disease and outcome disparities. Blood Cancer J. 2020 Nov 10;10(11):118.
https://www.doi.org/10.1038/s41408-020-00385-0
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33173025?tool=bestpractice.com
Vale ressaltar que a incidência de mieloma múltiplo e gamopatia monoclonal de significado indeterminado (MGUS), ambos intimamente relacionados à amiloidose, é aproximadamente duas a três vezes maior em pessoas negras do que em pessoas brancas.[10]National Cancer Institute: Surveillance, Epidemiology, and End Results Program. Cancer stat facts: myeloma [internet publication].
https://seer.cancer.gov/statfacts/html/mulmy.html
[11]Wadhera RK, Rajkumar SV. Prevalence of monoclonal gammopathy of undetermined significance: a systematic review. Mayo Clin Proc. 2010 Oct;85(10):933-42.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20713974?tool=bestpractice.com
[12]Landgren O, Weiss BM. Patterns of monoclonal gammopathy of undetermined significance and multiple myeloma in various ethnic/racial groups: support for genetic factors in pathogenesis. Leukemia. 2009 Oct;23(10):1691-7.
https://www.nature.com/articles/leu2009134
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19587704?tool=bestpractice.com
A incidência de distúrbios de gamopatia monoclonal é menor em asiáticos em comparação com pessoas brancas.[12]Landgren O, Weiss BM. Patterns of monoclonal gammopathy of undetermined significance and multiple myeloma in various ethnic/racial groups: support for genetic factors in pathogenesis. Leukemia. 2009 Oct;23(10):1691-7.
https://www.nature.com/articles/leu2009134
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19587704?tool=bestpractice.com
A amiloidose de transtirretina (TTR) tem sido historicamente considerada uma doença rara. Não estão disponíveis estimativas precisas da incidência e da prevalência, mas evidências crescentes sugerem que ela é mais comum do que se supunha anteriormente e muitas vezes não é diagnosticada nos pacientes com cardiomiopatias.[13]Porcari A, Razvi Y, Masi A, et al. Prevalence, characteristics and outcomes of older patients with hereditary versus wild-type transthyretin amyloid cardiomyopathy. Eur J Heart Fail. 2023 Apr;25(4):515-24.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/ejhf.2776
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36644836?tool=bestpractice.com
[14]Ruberg FL, Grogan M, Hanna M, et al. Transthyretin amyloid cardiomyopathy: JACC state-of-the-art review. J Am Coll Cardiol. 2019 Jun 11;73(22):2872-91.
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0735109719347291?via%3Dihub
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31171094?tool=bestpractice.com
A incidência de amiloidose secundária (AA) no mundo ocidental vem caindo, possivelmente por causa dos avanços no tratamento de doenças inflamatórias crônicas.[15]Hazenberg BP, van Rijswijk MH. Where has secondary amyloid gone? Ann Rheum Dis. 2000 Aug;59(8):577-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1753216/pdf/v059p00577.pdf
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10913049?tool=bestpractice.com
[16]Lachmann HJ, Goodman HJB, Gilbertson JA, et al. Natural history and outcome in systemic AA amyloidosis. N Engl J Med. 2007 Jun 7;356(23):2361-71.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa070265
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17554117?tool=bestpractice.com
[17]Lane T, Pinney JH, Gilbertson JA, et al. Changing epidemiology of AA amyloidosis: clinical observations over 25 years at a single national referral centre. Amyloid. 2017 Sep;24(3):162-6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28686088?tool=bestpractice.com
Dados de estudos epidemiológicos indicam que, em 2008, a amiloidose AA representou aproximadamente 18% das amiloidoses sistêmicas incidentes na Inglaterra.[18]Pinney JH, Smith CJ, Taube JB, et al. Systemic amyloidosis in England: an epidemiological study. Br J Haematol. 2013 May;161(4):525-32.
https://www.doi.org/10.1111/bjh.12286
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23480608?tool=bestpractice.com