Epidemiologia

A amiloidose é rara. A amiloidose de cadeias leves de imunoglobulina (AL) é o tipo mais comum.[4]

No mundo todo, a incidência bruta anual de amiloidose do tipo AL é estimada em 10.44 casos por milhão da população (pmp), variando de 6.72 pmp no Brasil a 14.3 pmp no Japão.[5]

Um estudo realizado nos EUA relatou aumento na prevalência da amiloidose do tipo AL de 15.5 casos por milhão, em 2007, para 40.5 casos por milhão em 2015.[6] A prevalência e a incidência da amiloidose do tipo AL são maiores em homens do que em mulheres.[6] A idade mediana quando do diagnóstico é de aproximadamente 63 e 65 anos, mas os pacientes podem apresentar manifestações em qualquer idade.[6][7]

Estudos que avaliam as disparidades étnicas na amiloidose do tipo AL são esparsos. A possível subdetecção de amiloidose cardíaca entre afro-americanos foi relatada em um estudo de coorte.[8] Em outra coorte de pacientes dos EUA com amiloidose do tipo AL, minorias étnicas autoidentificadas (incluindo negros não hispânicos e hispânicos) representaram 334 (14%) de 2416 pacientes de um único centro de referência. Essa porcentagem é menor do que a representação relatada de >36% de minorias raciais/étnicas na população geral dos EUA, sugerindo subdetecção de amiloidose do tipo AL entre minorias étnicas.[9] Vale ressaltar que a incidência de mieloma múltiplo e gamopatia monoclonal de significado indeterminado (MGUS), ambos intimamente relacionados à amiloidose, é aproximadamente duas a três vezes maior em pessoas negras do que em pessoas brancas.[10][11][12]​ A incidência de distúrbios de gamopatia monoclonal é menor em asiáticos em comparação com pessoas brancas.[12]

A amiloidose de transtirretina (TTR) tem sido historicamente considerada uma doença rara. Não estão disponíveis estimativas precisas da incidência e da prevalência, mas evidências crescentes sugerem que ela é mais comum do que se supunha anteriormente e muitas vezes não é diagnosticada nos pacientes com cardiomiopatias.​[13][14]​​​

A incidência de amiloidose secundária (AA) no mundo ocidental vem caindo, possivelmente por causa dos avanços no tratamento de doenças inflamatórias crônicas.[15][16][17]​ Dados de estudos epidemiológicos indicam que, em 2008, a amiloidose AA representou aproximadamente 18% das amiloidoses sistêmicas incidentes na Inglaterra.[18]

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