Todos os pacientes, independente dos sintomas, devem realizar uma modificação agressiva dos fatores de risco, inclusive o manejo da pressão arterial (<130/80 mmHg), lipídios (lipoproteína de baixa densidade <2.59 mmol/L [<100 mg/dL]), diabetes (HbA1c <7.0), e abandonar o hábito de fumar.[1]Aboyans V, Ricco JB, Bartelink MEL, et al. 2017 ESC guidelines on the diagnosis and treatment of peripheral arterial diseases, in collaboration with the European Society for Vascular Surgery (ESVS): document covering atherosclerotic disease of extracranial carotid and vertebral, mesenteric, renal, upper and lower extremity arteries. Eur Heart J. 2018 Mar 1;39(9):763-816.
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[2]Gerhard-Herman MD, Gornik HL, Barrett C, et al. 2016 AHA/ACC guideline on the management of patients with lower extremity peripheral artery disease: executive summary. Circulation. 2017 Mar 21;135(12):e686-725.
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[50]Whelton PK, Carey RM, Aronow WS, et al. 2017 ACC/AHA/AAPA/ABC/ACPM/AGS/APhA/ASH/ASPC/NMA/PCNA guideline for the prevention, detection, evaluation, and management of high blood pressure in adults: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Clinical Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2018 May 15;71(19):e127-248.
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Pacientes com claudicação leve a moderada devem ser aconselhados a continuar andando, e as pessoas que estão suficientemente em forma devem ser incentivadas a matricular-se em um programa de exercício estruturado.[33]Lane R, Harwood A, Watson L, et al. Exercise for intermittent claudication. Cochrane Database Syst Rev. 2017;(12):CD000990.
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How does exercise compare with usual care for people with intermittent claudication?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.2064/fullMostre-me a resposta
A terapia antiagregante plaquetária (por exemplo, aspirina ou clopidogrel) e a terapia com estatinas são recomendadas para todos os pacientes com DAP sintomática.[2]Gerhard-Herman MD, Gornik HL, Barrett C, et al. 2016 AHA/ACC guideline on the management of patients with lower extremity peripheral artery disease: executive summary. Circulation. 2017 Mar 21;135(12):e686-725.
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Isquemia aguda de membro
A isquemia do membro aguda é uma emergência médica.[2]Gerhard-Herman MD, Gornik HL, Barrett C, et al. 2016 AHA/ACC guideline on the management of patients with lower extremity peripheral artery disease: executive summary. Circulation. 2017 Mar 21;135(12):e686-725.
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Os pacientes que apresentam redução súbita na perfusão do membro com ameaça da viabilidade tecidual necessitam de coleta da história e exame físico com urgência para determinar o início dos sintomas. Eles precisam de rápida avaliação por um cirurgião vascular, com o objetivo de restaurar o fluxo sanguíneo arterial logo que possível.[2]Gerhard-Herman MD, Gornik HL, Barrett C, et al. 2016 AHA/ACC guideline on the management of patients with lower extremity peripheral artery disease: executive summary. Circulation. 2017 Mar 21;135(12):e686-725.
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A avaliação vascular de emergência deve ser feita com o índice tornozelo-braquial (ITB) ou com ultrassonografia duplex. Uma vez estabelecido o diagnóstico, os pacientes devem ser iniciados na anticoagulação sistêmica, a menos que contra-indicado, junto com analgesia adequada.[1]Aboyans V, Ricco JB, Bartelink MEL, et al. 2017 ESC guidelines on the diagnosis and treatment of peripheral arterial diseases, in collaboration with the European Society for Vascular Surgery (ESVS): document covering atherosclerotic disease of extracranial carotid and vertebral, mesenteric, renal, upper and lower extremity arteries. Eur Heart J. 2018 Mar 1;39(9):763-816.
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[2]Gerhard-Herman MD, Gornik HL, Barrett C, et al. 2016 AHA/ACC guideline on the management of patients with lower extremity peripheral artery disease: executive summary. Circulation. 2017 Mar 21;135(12):e686-725.
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Para dor isquêmica aguda, paracetamol e um opioide (fraco ou forte) são recomendados, dependendo da intensidade da dor.[42]National Institute for Health and Care Excellence. Peripheral arterial disease: diagnosis and management. Dec 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/cg147
A etiologia da isquemia aguda de membro inclui DAP progressiva, embólica, com trombose in situ, trombose com enxerto de bypass, trauma arterial, encarceramento ou cisto poplíteo, estado hipercoagulável ou flegmasia cerulea dolens.
Membro não viável:
Membro viável:
Esses pacientes não apresentarão perda tecidual significativa, dano nervoso nem perda sensorial significativa.
Os pacientes devem ter a anatomia arterial definida e devem realizar revascularização.
As opções para revascularização são: terapia trombolítica dirigida por cateter percutâneo; extração mecânica percutânea de trombo ou trombo-aspiração (com ou sem trombólise); e trombectomia cirúrgica, bypass e/ou reparo arterial.[1]Aboyans V, Ricco JB, Bartelink MEL, et al. 2017 ESC guidelines on the diagnosis and treatment of peripheral arterial diseases, in collaboration with the European Society for Vascular Surgery (ESVS): document covering atherosclerotic disease of extracranial carotid and vertebral, mesenteric, renal, upper and lower extremity arteries. Eur Heart J. 2018 Mar 1;39(9):763-816.
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Muitas vezes a preferência é pela terapia endovascular, especialmente em pacientes com comorbidades graves.
Ensaios clínicos randomizados e controlados e séries de casos sugerem que a terapia trombolítica intra-arterial é tão eficaz quanto a cirurgia e que ela tem se tornado a modalidade preferida. Os fatores que influenciam a escolha dependem da presença de um deficit neurológico, da duração da isquemia, de sua localização, das comorbidades, do tipo de canalização (artéria ou enxerto) e dos riscos relacionados com o tratamento.[1]Aboyans V, Ricco JB, Bartelink MEL, et al. 2017 ESC guidelines on the diagnosis and treatment of peripheral arterial diseases, in collaboration with the European Society for Vascular Surgery (ESVS): document covering atherosclerotic disease of extracranial carotid and vertebral, mesenteric, renal, upper and lower extremity arteries. Eur Heart J. 2018 Mar 1;39(9):763-816.
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How does surgery compare with thrombolysis for initial management of acute lower limb ischemia?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.2401/fullMostre-me a resposta Uroquinase é o trombolítico mais estudado na isquemia aguda dos membros, mas não está mais disponível nos Estados Unidos. As alternativas incluem alteplase, reteplase e tenecteplase.[2]Gerhard-Herman MD, Gornik HL, Barrett C, et al. 2016 AHA/ACC guideline on the management of patients with lower extremity peripheral artery disease: executive summary. Circulation. 2017 Mar 21;135(12):e686-725.
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[51]Razavi MK, Lee DS, Hofmann LV. Catheter-directed thrombolytic therapy for limb ischemia: current status and controversies. J Vasc Interv Radiol. 2004 Jan;15(1 Pt 1):13-23.
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Embora existam vários estudos comparativos, nenhum agente ou esquema trombolítico único surgiu como tratamento de primeira escolha.[52]Broderick C, Patel JV. Infusion techniques for peripheral arterial thrombolysis. Cochrane Database Syst Rev. 2021 Nov 17;11:CD000985.
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[53]Robertson I, Kessel DO, Berridge DC. Fibrinolytic agents for peripheral arterial occlusion. Cochrane Database Syst Rev. 2013 Dec 19;(12):CD001099.
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A estreptoquinase não é mais usada devido à eficácia reduzida, à elevada taxa de sangramento e a problemas de antigenicidade.
Claudicação (não limitante do estilo de vida)
Os pacientes com claudicação leve a moderada devem ser aconselhados a continuar andando.[33]Lane R, Harwood A, Watson L, et al. Exercise for intermittent claudication. Cochrane Database Syst Rev. 2017;(12):CD000990.
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How does exercise compare with usual care for people with intermittent claudication?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.2064/fullMostre-me a resposta
Para pacientes com claudicação ou qualquer outro grau de DAP estabelecida, recomenda-se terapia antiplaquetária (somente aspirina ou clopidogrel) para reduzir o risco de infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e morte vascular.[2]Gerhard-Herman MD, Gornik HL, Barrett C, et al. 2016 AHA/ACC guideline on the management of patients with lower extremity peripheral artery disease: executive summary. Circulation. 2017 Mar 21;135(12):e686-725.
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Consultas de acompanhamento, pelo menos anualmente, são necessárias para monitorar o desenvolvimento da coronária, cerebrovascular, ou os sintomas de perna isquêmica.[2]Gerhard-Herman MD, Gornik HL, Barrett C, et al. 2016 AHA/ACC guideline on the management of patients with lower extremity peripheral artery disease: executive summary. Circulation. 2017 Mar 21;135(12):e686-725.
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Claudicação (limitante do estilo de vida)
Os pacientes com sintomas que limitem o estilo de vida devem se submeter a um programa de exercícios supervisionados e à terapia farmacológica para obter alívio dos sintomas.[2]Gerhard-Herman MD, Gornik HL, Barrett C, et al. 2016 AHA/ACC guideline on the management of patients with lower extremity peripheral artery disease: executive summary. Circulation. 2017 Mar 21;135(12):e686-725.
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Em diversos estudos (mas de qualidade limitada) a terapia de exercícios demonstrou melhora no tempo de caminhada e no alívio dos sintomas.[33]Lane R, Harwood A, Watson L, et al. Exercise for intermittent claudication. Cochrane Database Syst Rev. 2017;(12):CD000990.
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How does exercise compare with usual care for people with intermittent claudication?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.2064/fullMostre-me a resposta
Um programa de exercícios supervisionado consiste em um treinamento de 30 a 45 minutos por sessão, 3 vezes por semana, por 12 semanas. Se a terapia de exercício supervisionado não for viável, os programas de ambulação comunitários também têm demonstrado algum benefício.[55]Mays RJ, Hiatt WR, Casserly IP, et al. Community-based walking exercise for peripheral artery disease: an exploratory pilot study. Vasc Med. 2015 Aug;20(4):339-47.
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O alívio dos sintomas pode ser obtido com cilostazol ou naftidrofurila.[56]Mangiafico RA, Fiore CE. Current management of intermittent claudication: the role of pharmacological and nonpharmacological symptom-directed therapies. Curr Vasc Pharmacol. 2009 Jul;7(3):394-413.
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[57]National Institute for Health and Care Excellence. Cilostazol, naftidrofuryl oxalate, pentoxifylline and inositol nicotinate for the treatment of intermittent claudication in people with peripheral arterial disease. May 2011 [internet publication].
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O cilostazol pode melhorar a distância caminhada sem dor em pacientes com claudicação intermitente.[58]Pande RL, Hiatt WR, Zhang P, et al. A pooled analysis of the durability and predictors of treatment response of cilostazol in patients with intermittent claudication. Vasc Med. 2010 Jun;15(3):181-8.
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Uma metanálise demonstrou que a adição de cilostazol à terapia antiagregante plaquetária após intervenções vasculares periféricas está associada a um risco reduzido de reestenose, amputação e revascularização da lesão em alvo.[60]Warner CJ, Greaves SW, Larson RJ, et al. Cilostazol is associated with improved outcomes after peripheral endovascular interventions. J Vasc Surg. 2014 Jun;59(6):1607-14.
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O cilostazol também reduz reestenose angiográfica após angioplastia transluminal percutânea e colocação de stent para lesões angioplásticas transluminais percutâneas.[61]Iida O, Yokoi H, Soga Y, et al; STOP-IC investigators. Cilostazol reduces angiographic restenosis after endovascular therapy for femoropopliteal lesions in the Sufficient Treatment of Peripheral Intervention by Cilostazol study. Circulation. 2013 Jun 11;127(23):2307-15.
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Entretanto, o cilostazol é contra-indicado em: insuficiência cardíaca congestiva; angina instável, infarto do miocárdio recente ou intervenção coronária (dentro de 6 meses); pacientes com história de taquiarritmia grave; e pacientes que estão recebendo 2 ou mais outros anticoagulantes ou agentes antiplaquetários. De acordo com a Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency no Reino Unido, deve ser restrito ao uso de segunda linha em pacientes para os quais modificações de estilo de vida e outras intervenções adequadas não conseguiram melhorar suficientemente seus sintomas.
MHRA: cilostazol drug alert
Opens in new window Os pacientes que estão tomando cilostazol devem ser avaliados quanto aos benefícios 3 meses após o início do tratamento, e deve-se interromper o tratamento se não houver melhora clínica relevante na distância de caminhada. Os pacientes com claudicação intermitente podem melhorar a distância de caminhada por meio de terapia com a naftidrofurila.[62]De Backer T, Vander Stichele R, Lehert P, et al. Naftidrofuryl for intermittent claudication: meta-analysis based on individual patient data. BMJ. 2009 Mar 10;338:b603
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A naftidrofurila demonstrou ser mais eficaz que o cilostazol em uma revisão sistemática.[63]Stevens JW, Simpson E, Harnan S, et al. Systematic review of the efficacy of cilostazol, naftidrofuryl oxalate and pentoxifylline for the treatment of intermittent claudication. Br J Surg. 2012;99:1630-1638.
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Se houver melhora clínica com um programa de exercícios e medicamentos, são recomendadas consultas de acompanhamento. Entretanto, se não houver melhora clínica, os pacientes deverão ser encaminhados a um especialista vascular para definição e avaliação da anatomia para a revascularização. Uma revisão Cochrane constatou que a revascularização não oferece benefícios significativos, comparada com a terapia de exercícios isolada, em termos de desempenho funcional ou qualidade de vida; no entanto, a revascularização combinada com terapia conservadora de exercício supervisionado ou farmacoterapia pode resultar em mais melhoras, comparada com a terapia conservadora isolada.[64]Fakhry F, Fokkenrood HJ, Spronk S, et al. Endovascular revascularisation versus conservative management for intermittent claudication. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Mar 8;(3):CD010512.
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[65]Malgor RD, Alahdab F, Elraiyah TA, et al. A systematic review of treatment of intermittent claudication in the lower extremities. Vasc Surg. 2015 Mar Mar;61(3 Suppl):54S-73S.
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A intervenção para claudicação deve ser cuidadosamente considerada, pois há potencial de complicação em qualquer procedimento, e a história natural de claudicação não é agressiva.
Alguns pacientes optam por tomar suplementos fitoterápicos (L-arginina, propionil L-carnitina, ginkgo biloba). Entretanto, o benefício clínico desses suplementos não foi estabelecido.[2]Gerhard-Herman MD, Gornik HL, Barrett C, et al. 2016 AHA/ACC guideline on the management of patients with lower extremity peripheral artery disease: executive summary. Circulation. 2017 Mar 21;135(12):e686-725.
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What are the effects of ginkgo biloba in people with intermittent claudication?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1712/fullMostre-me a resposta
Isquemia crônica grave de membro (isquemia crítica de membro)
Esses pacientes apresentam sintomas como dor isquêmica em repouso, gangrena ou feridas/úlceras no pé e perna que não cicatrizam.[2]Gerhard-Herman MD, Gornik HL, Barrett C, et al. 2016 AHA/ACC guideline on the management of patients with lower extremity peripheral artery disease: executive summary. Circulation. 2017 Mar 21;135(12):e686-725.
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Para esses pacientes, a etiologia isquêmica deverá ser estabelecida com urgência por meio de um exame físico e de estudos vasculares. Se os pacientes apresentarem DAP documentada, eles deverão ser imediatamente encaminhados a um especialista vascular para revascularização.
A estratificação de risco pode ser considerada com base no escore Ferimento, Isquemia, e Infecção do Pé (WiFi, Wound, Ischaemia, and Foot Infection ).[47]Mills JL Sr, Conte MS, Armstrong DG, et al. The Society for Vascular Surgery Lower Extremity Threatened Limb Classification System: risk stratification based on wound, ischemia, and foot infection (WIfI). J Vasc Surg. 2014 Jan;59(1):220-34;e1-2.
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Os pacientes que eram capazes de andar antes do episódio de isquemia crítica de membro, que têm uma expectativa de vida >1 ano e que são aptos a suportar a cirurgia podem ser candidatos à revascularização.
Em pacientes com isquemia crônica crítica de membro inoperável que estão diante da possibilidade de amputação da perna, a estimulação da medula espinhal pode ser uma opção de tratamento útil além do tratamento conservador padrão. Existem evidências de que a estimulação da medula espinhal está associada a taxas mais altas de recuperação do membro e a um alívio mais proeminente da dor em comparação com o tratamento conservador padrão isolado.[67]Ubbink DT, Vermeulen H. Spinal cord stimulation for non-reconstructable chronic critical leg ischaemia. Cochrane Database Syst Rev. 2013;(2):CD004001.
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What are the benefits and harms of spinal cord stimulation in people with non-reconstructable chronic critical leg ischemia?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1709/fullMostre-me a resposta Pode haver algumas evidências de ensaios para transplante de células-tronco autólogo de medula óssea como uma opção para pacientes com isquemia crítica do membro.[68]Liu Y, Xu Y, Fang F, et al. Therapeutic efficacy of stem cell-based therapy in peripheral arterial disease: a meta-analysis. PLoS One. 2015 Apr 29;10(4):e0125032.
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No entanto, outros estudos não conseguiram demonstrar benefício.[69]Rigato M, Monami M, Fadini GP. Autologous cell therapy for peripheral arterial disease: systematic review and meta-analysis of randomized, nonrandomized, and noncontrolled studies. Circ Res. 2017 Apr 14;120(8):1326-40.
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Se o paciente não for candidato para revascularização, ele devem ser avaliado para amputação quando necessário e estar tomando a medicação adequada para redução de fator de risco.
Encaminhamento para revascularização
Os seguintes pacientes devem ser encaminhados a um especialista vascular para definição e avaliação da anatomia:
Pacientes com claudicação que limita o estilo de vida que continuam a ter os sintomas limitadores, apesar do exercício e da medicação
Pacientes com sintomas de isquemia crítica de membro (dor isquêmica em repouso, gangrena e feridas/úlceras que não cicatrizam no pé)
Pacientes com isquemia aguda de membro (súbita redução na perfusão do membro com ameaça a viabilidade tecidual).
A revascularização é recomendada para pacientes que apresentam claudicação limitante do estilo de vida e que não obtêm benefícios de medicamentos combinado a um programa de exercícios. Procedimentos endovasculares e cirúrgicos não devem ser realizados em pacientes com DAP somente para impedir a progressão para isquemia crônica dos membros.[2]Gerhard-Herman MD, Gornik HL, Barrett C, et al. 2016 AHA/ACC guideline on the management of patients with lower extremity peripheral artery disease: executive summary. Circulation. 2017 Mar 21;135(12):e686-725.
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Revascularização endovascular ou cirúrgica
As técnicas endovasculares incluem angioplastia transluminal percutânea com dilatação de balão, stents, aterectomia, laser, balões de corte e balões revestidos com medicamento.[70]Bachoo P, Thorpe PA, Maxwell H, et al. Endovascular stents for intermittent claudication. Cochrane Database Syst Rev. 2010;(1):CD003228.
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How does angioplasty compare with bare metal stenting in people with superficial femoral artery lesions?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1711/fullMostre-me a resposta
A revascularização endovascular é recomendada para doença aortoilíaca com estenose <10 cm e oclusões crônicas <5 cm.[2]Gerhard-Herman MD, Gornik HL, Barrett C, et al. 2016 AHA/ACC guideline on the management of patients with lower extremity peripheral artery disease: executive summary. Circulation. 2017 Mar 21;135(12):e686-725.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5479414
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27840332?tool=bestpractice.com
Para outras lesões com estenose > 10cm, oclusões crônicas > 5 cm, lesões muito calcificadas e lesões associadas com aneurisma da aorta, recomenda-se a cirurgia, mas as abordagens endovasculares também têm altas taxas de sucesso técnico. Endarterectomia femoral comum é frequentemente realizada para lesões da artéria femoral comum. Esta cirurgia apresenta um alto índice de patência, mas pode estar associada com complicações significativas.[72]Nguyen BN, Amdur RL, Abugideiri M, et al. Postoperative complications after common femoral endarterectomy. J Vasc Surg. 2015 Jun;61(6):1489-94.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25702917?tool=bestpractice.com
Isso pode ser combinado com outros procedimentos ou realizado como procedimento independente.
Para a estenose da artéria femoropoplítea, é recomendada a terapia endovascular se houver estenose distinta <10 cm ou estenose calcificada <5 cm.[2]Gerhard-Herman MD, Gornik HL, Barrett C, et al. 2016 AHA/ACC guideline on the management of patients with lower extremity peripheral artery disease: executive summary. Circulation. 2017 Mar 21;135(12):e686-725.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5479414
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27840332?tool=bestpractice.com
A revascularização cirúrgica é recomendada para lesões que envolvem a artéria femoral comum, lesões >10 cm, lesões altamente calcificadas >5 cm, lesões que envolvem o óstio da artéria femoral superficial e a artéria poplítea. Terapia endovascular também pode ser realizada em lesões maiores, pois as mais recentes tecnologias, tais como os balões revestidos com medicamento, começaram a sugerir uma permeabilidade similar à do bypass cirúrgico.[73]Micari A, Nerla R, Vadalà G, et al. 2-year results of paclitaxel-coated balloons for long femoropopliteal artery disease: evidence from the SFA-long study. JACC Cardiovasc Interv. 2017 Apr 10;10(7):728-34.
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1936879817302170?via%3Dihub
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28385412?tool=bestpractice.com
Para lesões da artéria infrapoplítea, o tratamento endovascular tem sido limitado somente a casos de ameaça de perda do membro. Revascularização cirúrgica para alvos tibiais tem patência primária em 1, 3 e 5 anos de 66%, 59% e 55%.[74]Reifsnyder T, Arhuidese IJ, Hicks CW, et al. Contemporary outcomes for open infrainguinal bypass in the endovascular era. Ann Vasc Surg. 2016 Jan;30:52-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26549809?tool=bestpractice.com
Independentemente do procedimento selecionado, todos os pacientes submetidos à revascularização cirúrgica ou endovascular devem receber tratamento vitalício com aspirina.[75]Bedenis R, Lethaby A, Maxwell H, et al. Antiplatelet agents for preventing thrombosis after peripheral arterial bypass surgery. Cochrane Database Syst Rev. 2015;(2):CD000535.
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD000535.pub3/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25695213?tool=bestpractice.com
[76]Alonso-Coello P, Bellmunt S, McGorrian C, et al. Antithrombotic therapy in peripheral artery disease: antithrombotic therapy and prevention of thrombosis, 9th ed: American College of Chest Physicians evidence-based clinical practice guidelines. Chest. 2012 Feb;141(2 suppl):e669S-90S.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18574279?tool=bestpractice.com
Evidências atuais ainda não estabeleceram se a cirurgia de revascularização ou intervenção endovascular é superior para tratamento inicial de isquemia crítica dos membros, embora muitos cirurgiões tenham adotado uma estratégia do tipo "primeiro endovascular".[77]Abu Dabrh AM, Steffen MW, Asi N, et al. Bypass surgery versus endovascular interventions in severe or critical limb ischemia. J Vasc Surg. 2016 Jan;63(1):244-53.
http://www.jvascsurg.org/article/S0741-5214(15)01628-6/pdf
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26372187?tool=bestpractice.com
[78]Hsu CC, Kwan GN, Singh D, et al. Angioplasty versus stenting for infrapopliteal arterial lesions in chronic limb-threatening ischaemia. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Dec 8;(12):CD009195.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6517022
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30536919?tool=bestpractice.com
O cuidado deve ser individualizado.