Abordagem
Uma anamnese detalhada e um exame clínico abrangente são fundamentais para um diagnóstico clínico que, em seguida, é confirmado por radiografias.
História
História de trauma está quase sempre presente. Uma queda sobre a mão espalmada é, com frequência, a causa e pode acontecer com um simples escorregão ou tropeço. Esse mecanismo é mais comum em faixas etárias avançadas.[14] Nesses pacientes, a possibilidade de osteoporose como um fator predisponente para fraturas deve ser considerada. Nos pacientes mais jovens, há frequentemente uma história de queda sobre a mão espalmada durante atividade esportiva ou história de trauma veicular.[11][14]
Frequentemente, os detalhes sobre a causa ou o mecanismo exato podem ser limitados.
Exame físico
Fraturas sem desvio
As fraturas sem desvio geralmente apresentam-se com inchaço localizado, mas sem deformidade. Sensibilidade sobre o rádio distal é a característica marcante.
Fraturas com deslocamento
Fraturas com deslocamento costumam apresentar a deformidade clássica em "dorso de garfo" com angulação dorsal no local da fratura (resultando em deslocamento dorsal da queda sobre a mão pronada). O punho fica sensível à palpação e a amplitude de movimentos é limitada pela dor.
O carpo, especialmente o escafoide, deve ser palpado com cuidado na região da tabaqueira anatômica distal ao rádio distal. Sensibilidade nessa área é sugestiva de fratura do escafoide, seja uma lesão isolada ou associada com fraturas concomitantes do rádio distal.[2]
Fraturas expostas
As fraturas do rádio distal podem, às vezes, estar associadas a feridas abertas. Independentemente da idade, uma ferida aberta geralmente sugere uma lesão de alta energia.[6] Nessas fraturas, os pacientes podem apresentar dormência nos três dedos ligados ao rádio, o que sugere compressão aguda do nervo mediano (síndrome do túnel do carpo).[6] Dormência nos dois dedos do lado ulnar, sugerindo compressão do nervo ulnar, é menos comum. Os sinais de lesão vascular incluem falta de pulso palpável, sangramento contínuo e hematoma em expansão.[28] Os principais achados clínicos de síndrome compartimental são dor desproporcional à lesão associada e dor ao movimento passivo dos músculos dos compartimentos envolvidos.[29] Normalmente, os pulsos estão presentes na síndrome compartimental. Geralmente, a ausência de pulso se deve à hipotensão sistêmica, à oclusão arterial ou à lesão vascular.[29] Consulte Síndrome compartimental dos membros.
Exames por imagem
radiografia
Uma avaliação radiográfica inicial é necessária para se ter um diagnóstico conclusivo de fratura do rádio distal.[30]
Geralmente, são feitas radiografias em incidência posteroanterior, lateral e carpal.[30] As fraturas podem ser fissuras mínimas, fraturas extra-articulares ou fraturas intra-articulares. A radiografia também pode indicar o grau de osteopenia e dar alguma informação sobre o grau de comprometimento articular ou cominuição.
Embora incomuns, lesões combinadas do rádio distal e do escafoide são observadas. As fraturas do escafoide podem passar despercebidas e as radiografias precisam ser cuidadosamente examinadas em busca dessas fraturas.[2] Nos pacientes que apresentam dor ou sensibilidade na tabaqueira anatômica, o diagnóstico clínico de fratura do escafoide deve ser considerado.
Nas fraturas do rádio distal, as características radiográficas que sugerem a necessidade de tratamento cirúrgico incluem:[13][31][32][33][34]
Perda inicial de comprimento do rádio maior que 15 mm
Angulação volar do ápice >20º
Encurtamento do rádio após redução >3 mm
Inclinação dorsal >10º
Desnível intra-articular >2 mm.
Tomografia computadorizada (TC)
Em pacientes em que a fixação cirúrgica é considerada, uma TC do rádio distal é útil para a análise da geometria da fratura extra e intra-articular e para o planejamento pré-operatório.[30] Uma TC também pode evidenciar quaisquer fraturas ocultas ao redor do carpo.
Ressonância nuclear magnética (RNM)
Uma ressonância nuclear magnética (RNM; sem contraste) pode ser realizada se houver suspeita de fratura oculta do escafoide. Ela também pode ser utilizada para identificar lesões ligamentares associadas.[35][36]
Densidade mineral óssea (DMO) / absorciometria por dupla emissão de raios X (DEXA)
A avaliação da densidade mineral óssea deverá ser realizada como parte do acompanhamento de todos os pacientes com mais de 50 anos.[16]
A DEXA é considerada o padrão para medição de densidade óssea. A Organização Mundial da Saúde considera valores de medidas de densidade mineral óssea (DMO) como diagnósticas para a osteoporose.[37][Figure caption and citation for the preceding image starts]: Fratura extra-articular do tipo A do rádio distal: vista lateralDo acervo do Dr. Chaitanya S. Mudgal [Citation ends].[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Fratura intra-articular do tipo B (simples) do rádio distal: vista lateralDo acervo do Dr. Chaitanya S. Mudgal [Citation ends].
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Fratura intra-articular do tipo C (complexa) do rádio distal: vista lateralDo acervo do Dr. Chaitanya S. Mudgal [Citation ends].
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: As tomografias computadorizadas (TCs) do punho fornecem detalhes excelentes para avaliação da geometria da fratura, do comprometimento articular e do grau de cominuiçãoDo acervo do Dr. Chaitanya S. Mudgal [Citation ends].
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