Etiologia
Quedas sobre a mão espalmada são as causas mais frequentes da fratura de punho.[16] Nos pacientes mais velhos, frequentemente esse é o mecanismo causador e geralmente decorre de queda da posição ortostática. Nos pacientes mais jovens, as quedas geralmente decorrem de atividades esportivas ou as fraturas podem ser consequência de acidentes com veículos automotores em alta velocidade.[1][11][12][13][14]
Um mecanismo semelhante de lesão também é responsável pelas fraturas do escafoide. Contudo, é o grau do desvio radial ou ulnar do punho no momento do impacto em associação com o grau de extensão do punho e com o peso do paciente que determinam, em última análise, o padrão da fratura, seja ela do rádio ou do escafoide.
Fisiopatologia
O tipo de fratura e o grau de cominuição são resultado de diversos fatores ou variáveis:
A natureza da queda
A qualidade do osso
A idade e o peso do paciente
A energia envolvida
A posição da mão e do punho no momento do impacto.
Diversas combinações dessas variáveis ocasionam uma diversidade de padrões de fraturas.
Uma queda sobre a mão espalmada causa extensão do punho. O córtex volar do rádio distal, portanto, falha na tensão e, dessa forma, exibe uma linha de fratura simples. À medida que o punho continua a se deformar, o córtex dorsal falha na compressão, causando a cominuição do córtex dorsal, uma característica observada com muita frequência na maioria das fraturas do rádio distal e, ainda mais, nas fraturas associadas à osteopenia/osteoporose.
À medida que a deformação do punho prossegue, o estiloide da ulna também pode sofrer fratura devido à ligação do complexo da fibrocartilagem triangular ao estiloide ulnar. Na maioria dos casos, a inserção foveal continuará intacta e, consequentemente, nem todas as fraturas do estiloide ulnar levarão a uma articulação radioulnar distal instável. Portanto, a maioria das fraturas do estiloide ulnar pode ficar sem tratamento. Em mulheres idosas com osteoporose, a ulna distal pode fraturar através da metáfise. Em tal situação, o padrão de fratura é o de uma fratura distal do antebraço. Consulte Fratura de osso longo.
Embora seja fácil para o paciente pensar que o rádio distal faz parte do punho e focar na recuperação do movimento isolado do punho, na realidade é a alteração da rotação do antebraço e dor no lado ulnar do punho após uma fratura do rádio distal que pode ser a maior fonte de sintomas : limitações de função, insatisfação do paciente ou ambos.
Classificação
Classificação da Association for the Study of Internal Fixation (AO/ASIF)[3]
A: Fraturas extra-articulares nas quais a linha de fratura não se estende para a articulação radiocárpica ou radioulnar distal (RUD).[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Fratura extra-articular do tipo A do rádio distal: vista lateralDo acervo do Dr. Chaitanya S. Mudgal [Citation ends].
B: Fratura intra-articular parcial na qual a linha de fratura se estende para a articulação radiocárpica. O mais comum é que apenas uma parte da superfície articular esteja envolvida e a parte restante ainda esteja presa à haste.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Fratura intra-articular do tipo B (simples) do rádio distal: vista lateralDo acervo do Dr. Chaitanya S. Mudgal [Citation ends].
C: Fratura intra-articular na qual a linha de fratura se estende para a articulação radiocárpica ou radioulnar distal (RUD).[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Fratura intra-articular do tipo C (complexa) do rádio distal: vista lateralDo acervo do Dr. Chaitanya S. Mudgal [Citation ends].
Cada tipo é subclassificado nos subgrupos 1, 2 e 3, dependendo da gravidade da cominuição ou do local da fratura.
No entanto, só o tipo de fratura (A, B ou C) fornece confiabilidade intraobservador substancial. A inclusão de subgrupos na classificação reduziu a confiabilidade interobservador e intraobservador a um nível não confiável o suficiente para usar na prática clínica.[4][5]
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