Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

AGUDA

agudamente doente

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1ª linha – 

antibióticos intravenosos + tratamento clínico intensivo

Antibióticos intravenosos de amplo espectro são administrados até que o resultado das culturas sanguíneas e biliares seja obtido. O ciclo de tratamento geralmente é de 4-7 dias.[31]

As bactérias geralmente são gram-negativas, mas bactérias gram-positivas e anaeróbias também estão implicadas na colangite.

Assim que a drenagem biliar for atingida e o paciente apresentar melhora clínica, deve-se considerar alternar para antibióticos orais pelo restante do ciclo de antibióticos.

As fluoroquinolonas foram associadas a efeitos adversos graves, incapacitantes e potencialmente irreversíveis, incluindo tendinite, ruptura de tendão, artralgia, neuropatias e outros efeitos sobre os sistemas musculoesquelético ou nervoso.[40] A Food and Drug Administration dos EUA emitiu avisos sobre o aumento do risco de dissecção da aorta, hipoglicemia significativa e efeitos adversos para a saúde mental nos pacientes que tomam fluoroquinolonas.[41][42]

Inicie o tratamento imediatamente se um clínico sênior fizer um diagnóstico de suspeita de sepse.​​[27]​ Siga os protocolos locais para a investigação e o tratamento de todos os pacientes com suspeita ou risco de sepse, no prazo de 1 hora.[27][28][29]

Para obter mais detalhes sobre quando suspeitar de sepse no tratamento, consulte Sepse em adultos.

Pode haver a necessidade de potássio e/ou magnésio intravenoso conforme indicado pelos resultados dos testes laboratoriais.

Pode haver necessidade de reposição dos fatores da coagulação com plasma fresco congelado e plaquetas em pessoas com parâmetros da coagulação anormais.

Opções primárias

piperacilina/tazobactam: 3.375 g por via intravenosa a cada 6 horas

Mais

ou

imipeném/cilastatina: 500 mg por via intravenosa a cada 6 horas

Mais

ou

cefepima: 1-2 g por via intravenosa a cada 12 horas

e

metronidazol: 500 mg por via intravenosa a cada 8 horas

Opções secundárias

metronidazol: 500 mg por via intravenosa a cada 8 horas

--E--

ciprofloxacino: 400 mg por via intravenosa a cada 12 horas

ou

levofloxacino: 500-750 mg por via intravenosa a cada 24 horas

ou

gentamicina: 3-5 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 8 horas

e

metronidazol: 500 mg por via intravenosa a cada 8 horas

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associado a – 

descompressão biliar: não cirúrgica

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os pacientes com agravamento do estado clínico apesar de tratamento com antibióticos e tratamento clínico intensivo, precisam que as intervenções de descompressão sejam realizadas de forma emergencial, nas primeiras 12 horas após a admissão.[30][33]​​​​​ Os sinais de piora do estado clínico incluem: dor abdominal persistente, hipotensão apesar da administração de fluidoterapia intravenosa, febre >39 °C (102 °F) ou agravamento do estado confusional. Para os pacientes que respondem ao tratamento inicial (ou seja, sem evidências dos sinais de agravamento mencionados acima), essas intervenções podem ser realizadas em um período de tempo menos urgente, em até 24 a 72 horas após a internação, diminuindo os riscos de consequências adversas associadas ao procedimento.[30][33]​​​​​ A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) realizada até 48 horas após a internação está associada a uma menor mortalidade em 30 dias e um menor tempo de internação hospitalar do que a CPRE realizada após 48 horas.[35]

A descompressão e a drenagem biliar são necessárias para permitir a administração de antibióticos.

Os procedimentos não cirúrgicos substituíram amplamente a cirurgia de emergência para realização de descompressão biliar, em virtude de sua razão de risco-benefício superior.[43]

A CPRE com ou sem esfincterotomia e colocação de stent de drenagem permite a descompressão da árvore biliar e a extração de cálculos, sendo a terapia de primeira linha para a colangite aguda.​​[33][35][43]

Estudos observacionais e metanálises subsequentes demonstraram que pacientes com colangite que receberam CPRE precoce apresentaram menor risco de mortalidade hospitalar, menos readmissões hospitalares e menor tempo de internação hospitalar quando comparados com pacientes que receberam CPRE tardia, reconhecendo que alguns pacientes necessitam de estabilização antes da CPRE e que isso também leva tempo.[45][46]​​[47][48]​​

Historicamente, todos os pacientes com colangite foram hospitalizados após a CPRE. No entanto, um número considerável de pacientes pode ser tratado como pacientes ambulatoriais após a CPRE, após fazer a drenagem e iniciar os antibióticos.[49]

A colangiografia trans-hepática percutânea (CTP) é realizada inicialmente em pacientes que não sejam bons candidatos a CPRE (por exemplo, estado pós-bypass gástrico em Y de Roux, presença de estenose esofágica) ou naqueles que não obtêm alívio da obstrução do ducto biliar com CPRE.[35][43]

A colocação de endoprótese endoscópica por CPRE com descompressão por aspiração é uma opção para pacientes que estejam se sentindo muito mal para serem submetidos a CPRE com esfincterotomia ou CTP, ou para aqueles que não obtêm drenagem adequada após a realização de um desses procedimentos.

Drenagens nasobiliares também podem ser usadas nesse ambiente, porém são difíceis de posicionar e geralmente se deslocam espontaneamente.[43] Embora eficaz, a colocação de drenagens nasobiliares raramente é realizada na prática (já que esses pacientes geralmente podem se submeter a implante de endoprótese).

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Considerar – 

litotripsia

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Para pedras no ducto biliar que são grandes ou de difícil remoção, pode-se realizar uma litotripsia endoscópica para fragmentação do cálculo durante a endoscopia a fim de facilitar a remoção endoscópica.[33][44]

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Considerar – 

analgesia

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Opioides são usados para controle da dor.

Opções primárias

sulfato de morfina: 2.5 a 10 mg por via intravenosa a cada 2-6 horas quando necessário

ou

petidina: 25-50 mg por via intravenosa a cada 4 horas quando necessário

ou

fentanila: 50-100 microgramas por via intravenosa a cada 1-2 horas quando necessário

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2ª linha – 

descompressão biliar: cirúrgica

Os procedimentos não cirúrgicos substituíram amplamente a cirurgia de emergência para realização de descompressão biliar, em virtude de sua razão de risco-benefício superior.

Caso não seja realizada uma descompressão/drenagem biliar adequada por meios não cirúrgicos, o paciente pode precisar ser submetido a uma coledocotomia com colocação de tubo-T ou colecistectomia com exploração do ducto colédoco.[43]

Pacientes com colangite aguda com agravamento clínico têm risco significativo de morbidade cirúrgica (sangramento, infecção dos tecidos, formação aguda de abscesso; formação de adesão e obstrução do intestino delgado mais remotamente) e mortalidade.

A cirurgia eletiva em pacientes estabilizados traz um risco muito menor de morbidade e mortalidade em comparação com a cirurgia de emergência.

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associado a – 

antibióticos intravenosos + tratamento clínico intensivo

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Antibióticos intravenosos de amplo espectro são administrados até que o resultado das culturas sanguíneas e biliares seja obtido. O ciclo de tratamento geralmente é de 4-7 dias.[31]

As bactérias geralmente são gram-negativas, mas bactérias gram-positivas e anaeróbias também estão implicadas na colangite.

Assim que o paciente apresentar melhora clínica, deve-se considerar alternar para antibióticos orais pelo restante do ciclo de antibióticos.

As fluoroquinolonas foram associadas a efeitos adversos graves, incapacitantes e potencialmente irreversíveis, incluindo tendinite, ruptura de tendão, artralgia, neuropatias e outros efeitos sobre os sistemas musculoesquelético ou nervoso.[40] A Food and Drug Administration dos EUA emitiu avisos sobre o aumento do risco de dissecção da aorta, hipoglicemia significativa e efeitos adversos para a saúde mental nos pacientes que tomam fluoroquinolonas.[41][42]

Inicie o tratamento imediatamente se um clínico sênior fizer um diagnóstico de suspeita de sepse.​[27]​​​ Siga os protocolos locais para a investigação e o tratamento de todos os pacientes com suspeita ou risco de sepse, dentro de 1 hora.​[27][28][29]​ Para obter mais detalhes sobre quando suspeitar de sepse no tratamento, consulte Sepse em adultos.

Pode haver a necessidade de potássio e/ou magnésio intravenoso conforme indicado pelos resultados dos testes laboratoriais.

Pode haver necessidade de reposição dos fatores da coagulação com plasma fresco congelado e plaquetas em pessoas com parâmetros da coagulação anormais.

Opções primárias

piperacilina/tazobactam: 3.375 g por via intravenosa a cada 6 horas

Mais

ou

imipeném/cilastatina: 500 mg por via intravenosa a cada 6 horas

Mais

ou

cefepima: 1-2 g por via intravenosa a cada 12 horas

e

metronidazol: 500 mg por via intravenosa a cada 8 horas

Opções secundárias

metronidazol: 500 mg por via intravenosa a cada 8 horas

--E--

ciprofloxacino: 400 mg por via intravenosa a cada 12 horas

ou

levofloxacino: 500-750 mg por via intravenosa a cada 24 horas

ou

gentamicina: 3-5 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 8 horas

e

metronidazol: 500 mg por via intravenosa a cada 8 horas

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Considerar – 

analgesia

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Opioides são usados para controle da dor.

Opções primárias

sulfato de morfina: 2.5 a 10 mg por via intravenosa a cada 2-6 horas quando necessário

ou

petidina: 25-50 mg por via intravenosa a cada 4 horas quando necessário

ou

fentanila: 50-100 microgramas por via intravenosa a cada 1-2 horas quando necessário

CONTÍNUA

com coledocolitíase, colangite esclerosante primária ou colangiopatia por vírus da imunodeficiência humana (HIV)

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1ª linha – 

encaminhamento para acompanhamento médico/cuidados cirúrgicos

Os pacientes que desenvolvem colangite devido à coledocolitíase e são submetidos à remoção de um cálculo da árvore biliar posteriormente devem ser submetidos a uma colecistectomia caso haja colelitíase presente.[33]​ Pacientes com colelitíase ou com colecistectomia anterior que agora apresentam menor risco de colangite recorrente podem ser acompanhados de forma expectante. Os pacientes que parecem bem (isto é, sem sinais sistêmicos de sepse) podem ser tratados como pacientes ambulatoriais após a descompressão ductal via colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE).

Se houver presença de colangite esclerosante primária, ela quase sempre será identificada no colangiograma (obtido através de CPRE ou colangiografia trans-hepática percutânea). Pacientes com colangite esclerosante primária devem ser encaminhados a um hepatologista para avaliação formal e possível consideração para transplante de fígado, dependendo da gravidade da doença e escore do modelo para doença hepática terminal (Model for end-stage liver disease). O manejo endoscópico em longo prazo da colangite esclerosante primária é complexo e individualizado, mas muitas vezes inclui CPREs frequentes com amostragem tecidual para descartar colangiocarcinoma e o uso de dilatações por balão e stent para manejo de estenoses do ducto biliar obstrutoras e sintomáticas.

Pacientes com colangiopatia associada ao vírus da imunodeficiência humana (HIV) submetidos a esfincterotomia devem ser acompanhados quanto à melhora da bioquímica do fígado e dos sintomas, e devem ser encaminhados a um especialista em HIV para cuidados em longo prazo.

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