Caso clínico

Caso clínico

Uma estudante de 24 anos de idade é trazida ao pronto-socorro por sua colega, preocupada com a possibilidade de que ela tenha ingerido uma quantidade excessiva de "comprimidos para dormir". Ela está desesperada devido a um relacionamento e admitiu ter tomado uma quantidade desconhecida de comprimidos uma hora antes. Antes da ingestão, ela bebeu aproximadamente 2 a 3 taças de vinho. Ao ser examinada, a paciente apresentava fala indistinta e ataxia, mas estava orientada, com pontuação de 12 na Escala de Coma de Glasgow. Seu exame físico estava normal, sem sinais neurológicos focais. Os registros clínicos mostram que a paciente teve prescrição de alprazolam para ataques de pânico. Além do consumo de bebidas alcoólicas, ela nega a ingestão concomitante de outras substâncias e nega outras morbidades.

Outras apresentações

Pacientes com superdosagem de benzodiazepínicos (BZDs) podem chegar ao pronto-socorro em um estado obnubilado. Havendo pouca ou nenhuma história, caso contrário, o paciente pode ser conhecido como uma pessoa saudável. Se o paciente for trazido por um amigo ou parente, poderão ser colhidas informações vagas a respeito de seu estado emocional ou da descoberta de frascos de soníferos vazios. Medicamentos cujos nomes têm som parecido a benzodiazepínicos - por exemplo, clozapina (um antipsicótico atípico) e clonazepam - podem ser confundidos, e pode ocorrer uma superdosagem grave devido às diferenças significativas na dose diária entre os dois medicamentos.

Outra apresentação pode ser causada pela administração de flunitrazepam, um BZD potente que, muitas vezes, é dado às escondidas às vítimas, com intuito de assalto ou estupro. É o favorito dos criminosos não apenas por ser um sedativo de rápida ação e poderoso, que pode ser facilmente disfarçado em uma bebida, mas também por ser um amnéstico poderoso, dificultando assim acusações e instauração de processo. O flunitrazepam está proibido nos EUA como substância controlada da tabela I, mas é amplamente comercializado em alguns países pela Roche, sob o nome comercial de Rohypnol. É também uma droga recreativa popular, com nomes de rua como Roofies, Roach e Mexican Valium.[2]​ O paciente pode comparecer ao pronto-socorro indicando que foi drogado e que esteve sozinho em um bar na noite anterior. O paciente também pode relatar que não se lembra de nada da noite anterior e notou que seu dinheiro foi roubado, ou sinais de ataque físico ou sexual.

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal