História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Os principais fatores de risco incluem história familiar e sexo feminino.[2][24][25]​​ O tabagismo é um fator de risco importante para orbitopatia.[29][30][35]

intolerância ao calor

Diz respeito ao aumento do metabolismo que, por conseguinte, aumenta a temperatura do corpo.

sudorese

Não deve ser confundida com os "fogachos" relacionados à deficiência de estrogênio.

perda de peso

É causada pela aceleração do metabolismo e pelo aumento da taxa de metabolismo basal.

palpitações

Incluindo fibrilação atrial ou outras taquicardias supraventriculares, especialmente em idosos.

tremor

Geralmente fino.​[2]

bócio difuso

Principais fatores de diagnóstico, especialmente em áreas não endêmicas. O bócio, combinado a outros sintomas e sinais, é um forte indicador de diagnóstico. O bócio pode ser difícil de identificar nos idosos, especialmente quando há cifose.

orbitopatia

Clinicamente presente em cerca de 25% dos pacientes, e é geralmente leve.[1] Retração da pálpebra superior presente em mais de 90% dos casos. A presença de retração da pálpebra superior com disfunção tireoidiana, exoftalmia/neuropatia óptica e/ou comprometimento do músculo extraocular é diagnóstica de orbitopatia de Graves.[34] Anormalidades subclínicas podem ser demonstradas por tomografia computadorizada (TC) ou ressonância nuclear magnética (RNM) da órbita, ou por medida da pressão intraocular com o paciente olhando para cima.[63][Figure caption and citation for the preceding image starts]: Retração da pálpebra, proptose leve e quemose leveCedida pelo Dr. Vahab Fatourechi [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@79fd29b7

Outros fatores diagnósticos

comuns

irritabilidade

Inespecífico.

sopro cardíaco

É causado pelo aumento do fluxo de sangue nas válvulas do coração.

pele úmida e aveludada

Sugestiva, mas não diagnostica a doença de Graves.[64]

queda de cabelos

Inespecífico.[64]

Incomuns

fraqueza muscular

Pode ser generalizada ou proximal.

sopro tireoidiano

Menos comum que o bócio na doença de Graves, mas com valor diagnóstico.​[2]

onicólise

O descolamento da unha do leito ungueal, quando presente, é um bom achado físico diagnóstico.​[2]

vitiligo

Processo autoimune associado, que não está diretamente relacionado à doença de Graves, mas sugere uma diátese autoimune.[64]

mixedema pré-tibial

Pode se apresentar como edema não depressível, placa, nódulo(s) ou elefantíase.[19] Quase sempre associada à orbitopatia. A combinação de orbitopatia e dermopatia de Graves é altamente diagnóstica.[18][19][Figure caption and citation for the preceding image starts]: Mixedema pré-tibial (edema não depressível)Cedida pelo Dr. Vahab Fatourechi [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@55122b7d[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Orbitopatia e elefantíaseCedida pelo Dr. Vahab Fatourechi [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@50a828c5

acropaquia

Decorrente da nova formação óssea subperióstea. Manifestada como baqueteamento digital de mãos e pés com inchaço dos tecidos moles.[60] Quase sempre associada à orbitopatia.

irregularidade menstrual

Distúrbios menstruais são comuns na disfunção tireoidiana. A oligomenorreia pode estar presente no hipertireoidismo grave.[46]

disfunção sexual

Foi relatado que o hipertireoidismo compromete a libido em homens e mulheres e causa disfunção erétil e ejaculatória em homens.[47]

Fatores de risco

Fortes

história familiar de doença tireoidiana autoimune

A taxa de concordância da doença para gêmeos monozigóticos é maior do que a relatada para gêmeos dizigóticos.[24][25]

História de doença tireoidiana autoimune em um parente de primeiro grau aumenta o risco de desenvolvimento da doença de Graves.[2]

sexo feminino

A doença de Graves é 6 vezes mais comum nas mulheres que nos homens.[2]

tabagismo

O uso do tabaco aumenta o risco de hipertireoidismo de Graves e de oftalmopatia mais grave.[29][30]

O tabagismo aumenta a adipogênese dos fibroblastos orbitais.[35]

Fracos

ingestão elevada de iodo

Estudos epidemiológicos indicam uma prevalência elevada de doença tireoidiana autoimune, incluindo doença de Graves, em áreas com alta suplementação de iodo, presumivelmente pela estimulação do processo autoimune.[2][13]

terapia com lítio

O uso de lítio uso em longo prazo tem sido associado a um possível aumento do risco de hipertireoidismo decorrente de tireoidite indolor ou doença de Graves. O lítio aumenta a autoimunidade tireoidiana se ela já estiver presente antes do tratamento.[36]

agente biológico e terapias com citocina

Terapia com agente biológico (por exemplo, alentuzumabe, ipilimumabe, nivolumabe, pembrolizumabe) e terapia com citocina (por exemplo, interferona) estão associadas a doenças tireoidianas autoimunes, incluindo a tireoidite indolor e o hipertireoidismo de Graves.[37][38]

radiação

Houve casos de doença de Graves após radiação no pescoço para tratamento de linfoma.[39]​ Contudo, o hipotireoidismo é o desfecho comum.[40][41]

radioterapia com iodo para bócio nodular benigno

Há relatos de pacientes com bócio multinodular benigno terem desenvolvido hipertireoidismo de Graves após radioterapia com iodo, presumivelmente em decorrência da liberação de antígenos tireoidianos.[42]

estresse

Vários especialistas em tireoide observaram uma associação entre trauma psicológico grave e desenvolvimento da doença de Graves. Estudos do tipo caso-controle dão suporte à opinião de que o estresse influencia o surgimento e a progressão da doença.[43][44] Entretanto, não há uma evidência que comprove uma relação causal.

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