Discussões com os pacientes

Pacientes submetidos à ressecção intestinal em que o estoma é o desfecho pretendido ou possível devem realizar uma consulta precoce com um enfermeiro especializado em estoma para fins de adequação e educação sobre como manejar o estoma no pós-operatório. O vazamento anastomótico e as recorrências locais ou distantes podem aumentar o risco de estoma permanente em pacientes com estoma temporário.[392]​ Pacientes com idade avançada, pacientes com estádio tumoral avançado, pacientes com escore de ≥3 da American Society of Anesthesiologists e pacientes submetidos à terapia neoadjuvante apresentam risco de estoma permanente e devem ser informados sobre os riscos antes da cirurgia.[392]

As diretrizes da American Society of Clinical Oncology recomendam que os pacientes submetidos ao tratamento ativo com intenção de cura devem ser aconselhados a fazer exercícios aeróbicos e de resistência; as evidências sugerem que as intervenções de exercícios durante o tratamento ativo reduzem a fadiga, preservam a capacidade cardiorrespiratória, o funcionamento físico e a força e, em algumas populações, melhoram a sobrevida livre de doença, melhoram a qualidade de vida de reduzem a ansiedade e depressão.[393][394][395][396]

Atualmente, não há evidências suficientes para recomendar dietas específicas, perda de peso intencional ou evitar o ganho de peso durante o tratamento contra câncer para melhorar os desfechos relacionados com a qualidade de vida, toxicidade do tratamento ou controle do câncer. Dietas neutropênicas (especificamente dietas que excluem frutas e vegetais crus) não são recomendadas, pois é provável que os riscos superem os benefícios. São necessárias pesquisas adicionais para analisar o impacto da dieta e das intervenções de controle do peso em pacientes submetidos ao tratamento contra câncer.[393]

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