Epidemiologia

O câncer colorretal é o terceiro câncer mais comum no mundo desenvolvido.​ O risco de desenvolver câncer colorretal ao longo da vida é de 4% em homens e mulheres (dados de 2018-2021; 2020 excluído devido à pandemia de COVID-19).[4] Com base em dados de 2017-2021, a incidência de câncer colorretal é de 36.5 em 100,000 para homens e mulheres nos EUA.[4] Em 2025, estima-se que 107,320 casos de câncer de cólon e 46,950 casos de câncer retal sejam diagnosticados nos EUA, e que, no total, 52,900 pessoas morrerão em decorrência desses cânceres.​​[5]​​​ Nos EUA, a taxa de mortalidade por câncer colorretal caiu 56%, de 29.2 por 100,000 indivíduos em 1970 para 12.8 por 100,000 indivíduos em 2021, em grande parte devido à detecção precoce por meio do rastreamento e melhoras no tratamento; de 2012 a 2019, a taxa de mortalidade caiu cerca de 1.8% ao ano, de forma constante. No entanto, de maneira similar à incidência, esse progresso contrasta com a crescente mortalidade entre adultos com menos de 55 anos de idade, desde meados dos anos 2000.[6] Globalmente, a taxa de incidência padronizada por idade é de 26.7 por 100,000 indivíduos, e a taxa de mortalidade padronizada por idade é de 13.7 por 100,000 indivíduos.[7]

A idade é um importante fator de risco para câncer colorretal esporádico. Entre 2017 e 2021 nos EUA, a idade mediana na ocasião do diagnóstico de câncer de cólon e do reto foi de 66 anos.[4] Entre 1990 e 2019, houve um aumento significativo na incidência de câncer colorretal entre adultos <50 anos, especialmente nos países desenvolvidos.​[3][7]​​​​ Nos EUA, em comparação com a incidência de doença avançada em 2010, fi observado um aumento anual de 3% em indivíduos <50 anos de idade, e um aumento anual de 0.5% a 2% em indivíduos com 50-64 anos de idade.[8]​ A razão para esse aumento da doença de início precoce é desconhecida, mas pode estar relacionada com alterações na dieta e seus efeitos no microbioma intestinal e inflamações e com alterações ambientais, como o uso de microplásticos.[9][10]

As taxas de incidência e mortalidade parecem ser mais baixas em hispânicos e asiáticos/habitantes das ilhas do Pacífico que em brancos e negros.[4] Algumas dessas disparidades podem ser decorrentes de diferenças na suscetibilidade genética, além de fatores socioeconômicos e ambientais.

Em todo o mundo, as taxas mais altas de incidência de câncer colorretal são observadas na Europa Ocidental e Central, em regiões de alta renda da América do Norte e na Australásia. As taxas de incidência são mais baixas na África, nas regiões central e sul da Ásia e na região central da América Latina.[7]

No Reino Unido e País de Gales, cerca de 35,779 pacientes foram diagnosticados com câncer colorretal entre abril de 2021 e março de 2022.[11]​ De acordo com a pesquisa de câncer no Reino Unido, devido ao aumento da população idosa, o número de pessoas diagnosticadas com câncer colorretal aumentará cerca de um décimo até 2040, levando a um aumento médio de aproximadamente 2500 mortes ao ano.[12]

Nos EUa, a incidência de câncer colorretal é maior entre nativos do Alasca (88.5 por 100,000), índios norte-americanos (46.0 por 100,000) e negros (41.7 por 100,000) do que entre brancos (35.7 por 100,000).[8]

Um estudo de coorte de base populacional, incluindo mais de 60,000 adultos com idades entre 66-75 anos submetidos à colonoscopia, relatou que a probabilidade de câncer colorretal com intervalo (definido como diagnóstico 6-59 meses após a colonoscopia) era de 7.1% em indivíduos negros, em comparação com 5.8% em indivíduos brancos.[13] O ajuste para taxa de detecção de pólipo do médico (um indicador da qualidade da colonoscopia), idade, sexo e região geográfica não eliminou essa diferença significativa.

A distribuição anatômica do câncer colorretal varia conforme a idade e entre os sexos. Mulheres e pacientes idosos (≥60 anos) têm maior probabilidade de apresentarem tumores no cólon proximal (ceco, cólon ascendente e transverso), em comparação com homens.[14][15]

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