Obesidade em adultos
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- Teoria
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- Tratamento
- ACOMPANHAMENTO
- Recursos
Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
índice de massa corporal (IMC) ≥30 kg/m²; ou então um IMC ≥27 kg/m² com uma comorbidade relacionada à obesidade
mudanças alimentares
Um consumo de 1000-1200 kcal/dia para as mulheres e 1200-1500 kcal/dia para os homens deve produzir um deficit calórico de 500-1000 kcal/dia.[1]Jensen MD, Ryan DH, Apovian CM, et al; American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines; Obesity Society. 2013 AHA/ACC/TOS guideline for the management of overweight and obesity in adults: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines and The Obesity Society. Circulation. 2014 Jun 24;129(25 suppl 2):S102-38. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/01.cir.0000437739.71477.ee http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24222017?tool=bestpractice.com
Embora alguns ensaios clínicos tenham encontrado pequenas diferenças favorecendo dietas com baixo teor de carboidratos e de baixo índice glicêmico, nenhuma dieta emergiu como superior às outras em longo prazo (ou seja, >1 ano).[107]Samaha FF, Iqbal N, Seshadri P, et al. A low-carbohydrate as compared with a low-fat diet in severe obesity. N Engl J Med. 2003 May 22;348(21):2074-81. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa022637 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12761364?tool=bestpractice.com [108]Foster GD, Wyatt HR, Hill JO, et al. A randomized trial of a low-carbohydrate diet for obesity. N Engl J Med. 2003 May 22;348(21):2082-90. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa022207 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12761365?tool=bestpractice.com [109]Gudzune KA, Doshi RS, Mehta AK, et al. Efficacy of commercial weight-loss programs: an updated systematic review. Ann Intern Med. 2015 Apr 7;162(7):501-12. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4446719 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25844997?tool=bestpractice.com [110]Johnston BC, Kanters S, Bandayrel K, et al. Comparison of weight loss among named diet programs in overweight and obese adults: a meta-analysis. JAMA. 2014 Sep 3;312(9):923-33. https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/1900510 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25182101?tool=bestpractice.com
A adesão à dieta (ou seja, a observância) e a confiabilidade do paciente em relatar a ingestão de calorias têm sido um problema nos estudos de intervenção alimentar.
aumento da atividade física
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Metanálises indicaram que a perda de peso é maior nos regimes de dieta associada a exercícios que nos regimes de dieta isoladamente; no entanto, regimes de exercícios isolados, sem dietas de redução calórica, não são efetivos para a perda de peso.[102]Franz MJ, VanWormer JJ, Crain AL, et al. Weight-loss outcomes: a systematic review and meta-analysis of weight-loss clinical trials with a minimum 1-year follow-up. J Am Diet Assoc. 2007 Oct;107(10):1755-67. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17904936?tool=bestpractice.com [112]Wu T, Gao X, Chen M, et al. Long-term effectiveness of diet-plus-exercise interventions vs. diet-only interventions for weight loss: a meta-analysis. Obes Rev. 2009 May;10(3):313-23. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/j.1467-789X.2008.00547.x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19175510?tool=bestpractice.com Em geral, até mesmo a atividade física leve é benéfica, em comparação com a ausência de atividade. Os adultos devem tentar reduzir as tarefas sedentárias o máximo possível e aumentar gradativamente o nível de atividade para alcançar as metas semanais de exercícios recomendadas.[92]Bull FC, Al-Ansari SS, Biddle S, et al. World Health Organization 2020 guidelines on physical activity and sedentary behaviour. Br J Sports Med. 2020 Dec;54(24):1451-62. https://bjsm.bmj.com/content/54/24/1451 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33239350?tool=bestpractice.com
Exemplos de atividades físicas e suas respectivas taxas de gasto calórico para um paciente de 100 kg são: caminhar a 3 milhas por hora (350 kcal/hora); andar de bicicleta em uma superfície plana a 10-12 milhas por hora (600 kcal/hora); fazer cooper a 5 milhas por hora (800 kcal/hora); fazer 1 série padrão de nado crawl (1000 kcal/hora); correr a 7.5 milhas por hora (1200 kcal/hora).
terapia psicológica
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Recomendada a todos os pacientes receptivos como um adjuvante efetivo à dieta e aos exercícios.[1]Jensen MD, Ryan DH, Apovian CM, et al; American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines; Obesity Society. 2013 AHA/ACC/TOS guideline for the management of overweight and obesity in adults: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines and The Obesity Society. Circulation. 2014 Jun 24;129(25 suppl 2):S102-38. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/01.cir.0000437739.71477.ee http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24222017?tool=bestpractice.com A intervenção psicológica parece ser mais efetiva quando em forma de terapia cognitivo-comportamental ou comportamental.[117]Curry SJ, Krist AH, Owens DK, et al; US Preventive Services Task Force. Behavioral weight loss interventions to prevent obesity-related morbidity and mortality in adults: US Preventive Services Task Force recommendation statement. JAMA. 2018 Sep 18;320(11):1163-71. https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2702878 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30326502?tool=bestpractice.com [118]Castelnuovo G, Pietrabissa G, Manzoni GM, et al. Cognitive behavioral therapy to aid weight loss in obese patients: current perspectives. Psychol Res Behav Manag. 2017;10:165-73. https://www.dovepress.com/cognitive-behavioral-therapy-to-aid-weight-loss-in-obese-patients-curr-peer-reviewed-fulltext-article-PRBM http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28652832?tool=bestpractice.com
Intervenções comportamentais baseadas na internet, especialmente por meio de plataformas interativas de mídia social, podem fornecer suporte adjuvante útil e ferramentas educacionais para o alcance e a manutenção da perda de peso e a prevenção do ganho de peso excessivo.[121]Manzoni GM, Pagnini F, Corti S, et al. Internet-based behavioral interventions for obesity: an updated systematic review. Clin Pract Epidemiol Ment Health. 2011 Mar 4;7:19-28. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3087973 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21552423?tool=bestpractice.com [122]Maon S, Edirippulige S, Ware R, et al. The use of web-based interventions to prevent excessive weight gain. J Telemed Telecare. 2012 Jan;18(1):37-41. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22101608?tool=bestpractice.com [127]Baer HJ, Rozenblum R, De La Cruz BA, et al. Effect of an online weight management program integrated with population health management on weight change: a randomized clinical trial. JAMA. 2020 Nov 3;324(17):1737-46. https://www.doi.org/10.1001/jama.2020.18977 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33141209?tool=bestpractice.com O acesso às mídias sociais levou à adoção desses aplicativos baseados na web para exercícios e treinamento alimentar para perda e controle do peso; no entanto, nem todos os aplicativos são criados iguais e, em geral, faltam evidências de sua eficácia para a perda de peso individual sustentada.[124]Chen J, Cade JE, Allman-Farinelli M. The most popular smartphone apps for weight loss: a quality assessment. JMIR Mhealth Uhealth. 2015 Dec 16;3(4):e104. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4704947 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26678569?tool=bestpractice.com Em uma revisão de 28 aplicativos para perda de peso com a melhor classificação, o Noom recebeu a pontuação total mais alta com base em cinco categorias de classificação independentes.[124]Chen J, Cade JE, Allman-Farinelli M. The most popular smartphone apps for weight loss: a quality assessment. JMIR Mhealth Uhealth. 2015 Dec 16;3(4):e104. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4704947 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26678569?tool=bestpractice.com No entanto, mesmo com o Noom, a eficácia geral da perda de peso total e sustentada foi mais correlacionada com o envolvimento frequente e sustentado de cada usuário individual.[125]Carey A, Yang Q, DeLuca L, et al. The relationship between weight loss outcomes and engagement in a mobile behavioral change intervention: retrospective analysis. JMIR Mhealth Uhealth. 2021 Nov 8;9(11):e30622. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8663454 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34747706?tool=bestpractice.com Apesar de sua promessa inicial, ainda são necessárias pesquisas adicionais para determinar sua efetividade em longo prazo.
A terapia também parece ser melhor quando realizada pessoalmente por um terapeuta, em comparação com a terapia autodirecionada.[119]Svetkey LP, Stevens VJ, Brantley PJ, et al; Weight Loss Maintenance Collaborative Research Group. Comparison of strategies for sustaining weight loss: the weight loss maintenance randomized controlled trial. JAMA. 2008 Mar 12;299(10):1139-48. https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/181605 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18334689?tool=bestpractice.com
A prática da autopesagem frequente parece ter um efeito benéfico na perda de peso.[120]Vanwormer JJ, French SA, Pereira MA, et al. The impact of regular self-weighing on weight management: a systematic literature review. Int J Behav Nutr Phys Act. 2008 Nov 4;5:54. https://ijbnpa.biomedcentral.com/articles/10.1186/1479-5868-5-54 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18983667?tool=bestpractice.com
farmacoterapia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Nos EUA, a adição de medicamentos é recomendada como adjuvante à dieta e aos exercícios nas pessoas cujo IMC é ≥30 kg/m² ou >27 kg/m² se associado a comorbidade relacionada à obesidade.[1]Jensen MD, Ryan DH, Apovian CM, et al; American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines; Obesity Society. 2013 AHA/ACC/TOS guideline for the management of overweight and obesity in adults: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines and The Obesity Society. Circulation. 2014 Jun 24;129(25 suppl 2):S102-38. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/01.cir.0000437739.71477.ee http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24222017?tool=bestpractice.com [98]Garvey WT, Mechanick JI, Brett EM, et al. American Association of Clinical Endocrinologists and American College of Endocrinology comprehensive clinical practice guidelines for medical care of patients with obesity. Endocr Pract. 2016 Jul;22 Suppl 3:1-203. https://www.endocrinepractice.org/article/S1530-891X(20)44630-0/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27219496?tool=bestpractice.com [128]Grunvald E, Shah R, Hernaez R, et al. AGA clinical practice guideline on pharmacological interventions for adults with obesity. Gastroenterology. 2022 Nov;163(5):1198-1225. https://www.gastrojournal.org/article/S0016-5085(22)01026-5/fulltext?referrer=https%3A%2F%2Fpubmed.ncbi.nlm.nih.gov%2F http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36273831?tool=bestpractice.com
A semaglutida é um agonista do receptor de peptídeo semelhante ao glucagon 1 (GLP-1) que tem como alvo as áreas do cérebro que regulam o apetite e a ingestão de alimentos.[129]Bergmann NC, Davies MJ, Lingvay I, et al. Semaglutide for the treatment of overweight and obesity: a review. Diabetes Obes Metab. 2023 Jan;25(1):18-35. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10092086 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36254579?tool=bestpractice.com Ela é indicada como adjuvante de uma dieta hipocalórica e do aumento da atividade física para controle do peso crônico em adultos com um IMC inicial ≥30 kg/m², ou ≥27 kg/m² na presença de pelo menos uma comorbidade relacionada ao peso.[130]Yanovski SZ, Yanovski JA. Progress in pharmacotherapy for obesity. JAMA. 2021 Jul 13;326(2):129-30. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34160571?tool=bestpractice.com No Reino Unido, o National Institute for Health and Care Excellence (NICE) recomenda o uso de semaglutida em adultos como adjuvante das modificações do estilo de vida somente quando usado por, no máximo, 2 anos, dentro de um serviço especializado em controle do peso e em pacientes que têm pelo menos 1 comorbidade relacionada ao peso e IMC ≥35 kg/m² (ou um IMC entre 30 kg/m² a <35 kg/m² que atendam aos critérios de encaminhamento para serviços especializados em controle do peso).[131]National Institute for Health and Care Excellence. Semaglutide for managing overweight and obesity [TA875]. March 2023 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/ta875 O NICE recomenda o uso de limiares de IMC mais baixos (geralmente reduzidos em 2.5 kg/m²) para pessoas com origens familiares do sul da Ásia, chineses, outros asiáticos, do Oriente Médio, negros africanos ou afro-caribenhos. Dados de um ensaio clínico randomizado e controlado (ECRC) mostraram que os pacientes que receberam semaglutida perderam, em média, 6% a 16% do seu peso corporal total, em comparação com o grupo de controle, quando combinada com outras alterações comportamentais.[132]Rubino D, Abrahamsson N, Davies M, et al. Effect of continued weekly subcutaneous semaglutide vs placebo on weight loss maintenance in adults with overweight or obesity: the STEP 4 randomized clinical trial. JAMA. 2021 Apr 13;325(14):1414-25. https://www.doi.org/10.1001/jama.2021.3224 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33755728?tool=bestpractice.com [133]Wadden TA, Bailey TS, Billings LK, et al. Effect of subcutaneous semaglutide vs placebo as an adjunct to intensive behavioral therapy on body weight in adults with overweight or obesity: the STEP 3 randomized clinical trial. JAMA. 2021 Apr 13;325(14):1403-13. https://www.doi.org/10.1001/jama.2021.1831 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33625476?tool=bestpractice.com A semaglutida também demonstrou benefícios cardiovasculares; dados de um ECRC mostraram que em adultos com 45 anos ou mais com sobrepeso ou obesidade e que apresentam doença cardiovascular concomitante (mas sem história de diabetes), a semaglutida reduz o risco geral de eventos cardíacos importantes (ataque cardíaco, AVC ou morte cardiovascular) em 20% em um acompanhamento médio de 40 meses.[134]Lincoff AM, Brown-Frandsen K, Colhoun HM, et al. Semaglutide and cardiovascular outcomes in obesity without diabetes. N Engl J Med. 2023 Dec 14;389(24):2221-32. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37952131?tool=bestpractice.com Com base nesses resultados, a Food and Drug Administration (FDA) ampliou sua indicação, concedendo aprovação para o uso da semaglutida para reduzir o risco de eventos cardíacos importantes em adultos com doenças cardiovasculares e obesidade ou sobrepeso. Os efeitos adversos comuns incluem distúrbios gastrointestinais, cefaleia, fadiga e hipoglicemia nos pacientes diabéticos. Algumas evidências sugerem que a perda de peso geral com a semaglutida pode incluir tanto uma redução na adiposidade quanto uma redução na massa livre de gordura (um marcador substituto para a massa muscular); no entanto, as implicações em longo prazo disso não estão claras.[135]Ida S, Kaneko R, Imataka K, et al. Effects of antidiabetic drugs on muscle mass in type 2 diabetes mellitus. Curr Diabetes Rev. 2021;17(3):293-303. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32628589?tool=bestpractice.com A semaglutida é contraindicada em pacientes com história pessoal ou familiar de carcinoma medular de tireoide e pacientes com síndrome da neoplasia endócrina múltipla do tipo 2 devido ao risco aumentado de câncer medular de tireoide.
A liraglutida é outro agonista do receptor GLP-1. No Reino Unido, o NICE recomenda a liraglutida como uma opção apenas para adultos com um IMC ≥35 kg/m² (ou ≥32.5 kg/m² para membros de grupos étnicos conhecidos como de maior risco), hiperglicemia não diabética, alta risco de doença cardiovascular e se prescrito por um serviço especializado em controle do peso.[136]National Institute for Health and Care Excellence. Liraglutide for managing overweight and obesity [TA664]. December 2020 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/ta664 ECRCs da liraglutida estão sendo conduzidos como parte do programa Satiety and Clinical Adiposity-Liraglutide Evidence in Nondiabetic and Diabetic Individuals (SCALE).[141]Wadden TA, Hollander P, Klein S, et al. Weight maintenance and additional weight loss with liraglutide after low-calorie-diet-induced weight loss: the SCALE maintenance randomized study. Int J Obes (Lond). 2013 Nov;37(11):1443-51. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23812094?tool=bestpractice.com As contraindicações, alertas e o perfil de segurança da liraglutida são similares aos da semaglutida.[130]Yanovski SZ, Yanovski JA. Progress in pharmacotherapy for obesity. JAMA. 2021 Jul 13;326(2):129-30. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34160571?tool=bestpractice.com Em um ensaio clínico que comparou o uso de semaglutida ou liraglutida em associação com alterações comportamentais, os pacientes que receberam semaglutida apresentaram perda de peso consideravelmente maior.[142]Rubino DM, Greenway FL, Khalid U, et al. Effect of weekly subcutaneous semaglutide vs daily liraglutide on body weight in adults with overweight or obesity without diabetes: the STEP 8 randomized clinical trial. JAMA. 2022 Jan 11;327(2):138-50. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35015037?tool=bestpractice.com
A tirzepatida é um polipeptídeo duplo insulinotrópico dependente de glicose (GIP) e agonista do receptor de GLP-1 que também é administrado como uma injeção subcutânea semanal. Ela está aprovada para as mesmas indicações da semaglutida. Evidências de ECRCs sugerem que, quando combinada com modificações intensivas no estilo de vida, os pacientes que recebem uma dose semanal de tirzepatida alcançaram uma perda de peso de cerca de 18% do seu peso corporal total.[143]Wadden TA, Chao AM, Machineni S, et al. Tirzepatide after intensive lifestyle intervention in adults with overweight or obesity: the SURMOUNT-3 phase 3 trial. Nat Med. 2023 Nov;29(11):2909-18. https://www.nature.com/articles/s41591-023-02597-w http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37840095?tool=bestpractice.com [144]Abbasi J. FDA Green-Lights Tirzepatide, Marketed as Zepbound, for chronic weight management. JAMA. 2023 Dec 12;330(22):2143-4. https://jamanetwork.com/journals/jama/article-abstract/2812190 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37966831?tool=bestpractice.com Em outro ECRC, os pacientes que receberam tirzepatida apresentaram uma redução média no peso de 20.9%.[145]Jastreboff AM, Aronne LJ, Ahmad NN, et al. Tirzepatide once weekly for the treatment of obesity. N Engl J Med. 2022 Jul 21;387(3):205-16. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2206038?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35658024?tool=bestpractice.com Uma redução de peso dose-dependente foi demonstrada em ambos os estudos.[143]Wadden TA, Chao AM, Machineni S, et al. Tirzepatide after intensive lifestyle intervention in adults with overweight or obesity: the SURMOUNT-3 phase 3 trial. Nat Med. 2023 Nov;29(11):2909-18. https://www.nature.com/articles/s41591-023-02597-w http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37840095?tool=bestpractice.com [145]Jastreboff AM, Aronne LJ, Ahmad NN, et al. Tirzepatide once weekly for the treatment of obesity. N Engl J Med. 2022 Jul 21;387(3):205-16. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2206038?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35658024?tool=bestpractice.com A tirzepatida tem as mesmas contraindicações e alertas, e um perfil similar de efeitos adversos em relação aos outros agonistas do receptor de GLP-1.[146]Rosenstock J, Wysham C, Frías JP, et al. Efficacy and safety of a novel dual GIP and GLP-1 receptor agonist tirzepatide in patients with type 2 diabetes (SURPASS-1): a double-blind, randomised, phase 3 trial. Lancet. 2021 Jul 10;398(10295):143-55. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34186022?tool=bestpractice.com Observe que a tirzepatida não deve ser usada ao mesmo tempo em que um agonista do receptor de GLP-1.
O orlistate é um inibidor oral da absorção de gordura (inibidor das lipases gástrica e pancreática). Demonstrou-se que ele apresenta efetividade modesta (cerca de 5% de perda de peso corporal) quando combinado somente com dieta e exercícios, mas efeitos colaterais gastrointestinais leves (incluindo diarreia) são comuns.[147]Khera R, Murad MH, Chandar AK, et al. Association of pharmacological treatments for obesity with weight loss and adverse events: a systematic review and meta-analysis. JAMA. 2016 Jun 14;315(22):2424-34. https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2528211 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27299618?tool=bestpractice.com As diretrizes da American Gastroenterological Association (AGA) não recomendam o uso do orlistate, mas observe que ele pode ser razoável se o paciente valorizar mais uma perda de peso modesta que os possíveis eventos adversos gastrointestinais.[128]Grunvald E, Shah R, Hernaez R, et al. AGA clinical practice guideline on pharmacological interventions for adults with obesity. Gastroenterology. 2022 Nov;163(5):1198-1225. https://www.gastrojournal.org/article/S0016-5085(22)01026-5/fulltext?referrer=https%3A%2F%2Fpubmed.ncbi.nlm.nih.gov%2F http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36273831?tool=bestpractice.com A combinação do orlistate com a L-carnitina pode oferecer resultados melhores que o orlistate como monoterapia.[148]Derosa G, Maffioli P, Ferrari I, et al. Orlistat and L-carnitine compared to orlistat alone on insulin resistance in obese diabetic patients. Endocr J. 2010;57(9):777-86. https://www.jstage.jst.go.jp/article/endocrj/57/9/57_K10E-049/_pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20683173?tool=bestpractice.com Os pacientes que usam orlistate devem tomar um polivitamínico contendo vitaminas lipossolúveis pelo menos 2 horas antes ou depois do orlistate.[128]Grunvald E, Shah R, Hernaez R, et al. AGA clinical practice guideline on pharmacological interventions for adults with obesity. Gastroenterology. 2022 Nov;163(5):1198-1225. https://www.gastrojournal.org/article/S0016-5085(22)01026-5/fulltext?referrer=https%3A%2F%2Fpubmed.ncbi.nlm.nih.gov%2F http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36273831?tool=bestpractice.com
Duas terapias combinadas orais, naltrexona/bupropiona e fentermina/topiramato, estão disponíveis. A naltrexona/bupropiona deve ser evitada nos pacientes com transtornos convulsivos ou problemas de uso indevido de substâncias. A naltrexona/bupropiona e a fentermina/topiramato devem ser usadas com cautela e em dosagem mais baixa nos pacientes com comprometimento renal ou hepático. A fentermina/topiramato pode não ser adequada para os pacientes com hipertensão ou arritmia devido aos efeitos adrenérgicos da fentermina. O topiramato está associado a malformações congênitas; as mulheres com potencial para engravidar devem ser aconselhadas sobre métodos contraceptivos efetivos.[128]Grunvald E, Shah R, Hernaez R, et al. AGA clinical practice guideline on pharmacological interventions for adults with obesity. Gastroenterology. 2022 Nov;163(5):1198-1225. https://www.gastrojournal.org/article/S0016-5085(22)01026-5/fulltext?referrer=https%3A%2F%2Fpubmed.ncbi.nlm.nih.gov%2F http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36273831?tool=bestpractice.com A fentermina é uma substância controlada devido ao seu potencial para abuso, e não deve ser prescrita para pacientes com história de transtornos relacionados a uso indevido de substâncias.
A setmelanotida é um agonista do receptor de melanocortina 4 (MC4) aprovado para determinadas condições genéticas raras que podem causar obesidade em idade precoce.[158]Markham A. Setmelanotide: first approval. Drugs. 2021 Feb;81(3):397-403. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33638809?tool=bestpractice.com [159]National Institute for Health and Care Excellence. Setmelanotide for treating obesity caused by LEPR or POMC deficiency [HST21]. July 2022 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/hst21 Os pacientes com teste genético confirmado para deficiência de pró-opiomelanocortina (POMC), pró-proteína subtilisina/kexin tipo 1 (PCSK1) ou receptor de leptina (LEPR) são candidatos a receberem setmelanotida.[158]Markham A. Setmelanotide: first approval. Drugs. 2021 Feb;81(3):397-403. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33638809?tool=bestpractice.com Os efeitos colaterais comuns incluem distúrbios gastrointestinais, cefaleia, reações no local da injeção e hiperpigmentação da pele.[158]Markham A. Setmelanotide: first approval. Drugs. 2021 Feb;81(3):397-403. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33638809?tool=bestpractice.com
A escolha da farmacoterapia depende de múltiplas variáveis, incluindo presença de comorbidades, condições genéticas e via de administração.
A semaglutida e a liraglutida (ambas subcutâneas) são opções farmacológicas de primeira linha com perda de peso e efeitos cardiometabólicos clinicamente comprovados, desde que não haja contraindicações. Ambas estão aprovadas para uso em longo prazo. A setmelanotida é uma opção de primeira linha para os pacientes com deficiência de POMC, PCSK1 ou LEPR. A setmelanotida também é aprovada para o tratamento da obesidade e controle da fome em pacientes com síndrome de Bardet-Biedl confirmada.[161]Haqq AM, Chung WK, Dollfus H, et al. Efficacy and safety of setmelanotide, a melanocortin-4 receptor agonist, in patients with Bardet-Biedl syndrome and Alström syndrome: a multicentre, randomised, double-blind, placebo-controlled, phase 3 trial with an open-label period. Lancet Diabetes Endocrinol. 2022 Dec;10(12):859-68. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36356613?tool=bestpractice.com
Se a semaglutida ou a liraglutida forem contraindicadas ou não toleradas, as opções de segunda linha incluem a naltrexona/bupropiona e a fentermina/topiramato. Essas opções também podem ser benéficas em pacientes com certas comorbidades. Por exemplo, em pacientes com obesidade que também sofrem de cefaleia enxaquecosa, a fentermina/topiramato pode ser considerada uma vez que o topiramato também trata enxaquecas. A combinação de naltrexona/bupropiona pode ser considerada em pacientes com obesidade que também desejam auxílio farmacológico para abandono do hábito de fumar, ou em pacientes com depressão.[128]Grunvald E, Shah R, Hernaez R, et al. AGA clinical practice guideline on pharmacological interventions for adults with obesity. Gastroenterology. 2022 Nov;163(5):1198-1225. https://www.gastrojournal.org/article/S0016-5085(22)01026-5/fulltext?referrer=https%3A%2F%2Fpubmed.ncbi.nlm.nih.gov%2F http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36273831?tool=bestpractice.com Se as opções de primeira ou segunda linha não forem toleradas, uma opção de terceira linha é o orlistate se o paciente valorizar uma perda de peso modesta em detrimento dos possíveis efeitos colaterais gastrointestinais desse medicamento.[128]Grunvald E, Shah R, Hernaez R, et al. AGA clinical practice guideline on pharmacological interventions for adults with obesity. Gastroenterology. 2022 Nov;163(5):1198-1225. https://www.gastrojournal.org/article/S0016-5085(22)01026-5/fulltext?referrer=https%3A%2F%2Fpubmed.ncbi.nlm.nih.gov%2F http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36273831?tool=bestpractice.com Todos estão aprovados para uso em longo prazo.
A monoterapia com fentermina está aprovada apenas para uso em curto prazo e, portanto, é uma opção de tratamento de terceira linha.
Opções primárias
semaglutida: 0.25 mg por via subcutânea uma vez por semana por 4 semanas inicialmente, aumentar a dose gradualmente de acordo com a resposta e a tolerância a cada 4 semanas, máximo de 2.4 mg uma vez por semana.
Mais semaglutidaÉ importante observar que a marca de semaglutida aprovada para controle de peso (Wegovy®) é diferente das marcas de semaglutida aprovadas para diabetes do tipo 2, e as doses de cada produto são diferentes.
ou
liraglutida: 0.6 mg por via subcutânea uma vez ao dia inicialmente, aumentar a dose gradualmente de acordo com a resposta e a tolerância em intervalos semanais, máximo de 3 mg/dia
Mais liraglutidaÉ importante observar que a marca de liraglutida aprovada para controle do peso (Saxenda®) é diferente da marca de liraglutida aprovada para diabetes do tipo 2, e as doses de cada produto são diferentes.
ou
tirzepatida: 2.5 mg por via subcutânea uma vez por semana por 4 semanas inicialmente, aumentar a dose gradualmente de acordo com a resposta e a tolerância a cada 4 semanas, máximo de 15 mg uma vez por semana.
Mais tirzepatidaÉ importante observar que a marca da tirzepatida aprovada para controle do peso (Zepbound®) é diferente da marca da tirzepatida aprovada para o diabetes do tipo 2.
ou
setmelanotida: 2 mg por via subcutânea uma vez ao dia por 2 semanas inicialmente, ajustar a dose gradualmente de acordo com a resposta e a tolerância, máximo de 3 mg/dia
Mais setmelanotidaIndicada apenas para pacientes com deficiência de POMC, PCSK1 e LEPR ou síndrome de Bardet-Biedl. Pode-se reduzir a dose para 1 mg/dia caso a dose inicial não seja tolerada.
Opções secundárias
cloridrato de naltrexona/bupropiona: 8 mg (naltrexona)/90 mg (bupropiona) por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia pela manhã por 1 semana, seguidos por 8/90 mg duas vezes ao dia por 1 semana, seguidos por 16/180 mg pela manhã e 8/90 mg no fim do dia por 1 semana, chegando à dose final de 16/180 mg duas vezes ao dia daí em diante
ou
cloridrato de fentermina/topiramato: 3.75 mg (fentermina)/23 mg (topiramato) por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia pela manhã inicialmente por 14 dias, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 15 mg (fentermina)/92 mg (topiramato) por dia
Mais cloridrato de fentermina/topiramatoDescontinuar se uma redução de 3% do peso corporal inicial não for alcançada em 12 semanas.
Opções terciárias
orlistate: 120 mg por via oral três vezes ao dia com as refeições que contenham gordura
ou
fentermina: 15 a 37.5 mg por via oral uma vez ao dia por até 4 semanas
terapia cirúrgica
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A American Society for Metabolic and Bariatric Surgery e a International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Disorders recomendam a cirurgia bariátrica para os pacientes com um IMC de 30-34.9 kg/m² (obesidade classe I) que não obtêm perda de peso substancial durável ou melhora de comorbidades com tratamento não cirúrgico e pacientes com IMC ≥30 kg/m² e diabetes mellitus do tipo 2.[173]Eisenberg D, Shikora SA, Aarts E, et al. 2022 American Society of Metabolic and Bariatric Surgery (ASMBS) and International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Disorders (IFSO) indications for metabolic and bariatric surgery. Obes Surg. 2023 Jan;33(1):3-14. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9834364 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36336720?tool=bestpractice.com Os limiares de IMC não se aplicam igualmente a todas as populações, portanto, a cirurgia bariátrica também pode ser considerada para alguns indivíduos com IMC mais baixo (por exemplo, em populações asiáticas, a obesidade clínica é definida como IMC >25 kg/m²).[173]Eisenberg D, Shikora SA, Aarts E, et al. 2022 American Society of Metabolic and Bariatric Surgery (ASMBS) and International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Disorders (IFSO) indications for metabolic and bariatric surgery. Obes Surg. 2023 Jan;33(1):3-14. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9834364 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36336720?tool=bestpractice.com Não há limite máximo de idade para as cirurgias bariátricas, mas os pacientes devem ser cuidadosamente avaliados quanto a comorbidades e à fragilidade.[173]Eisenberg D, Shikora SA, Aarts E, et al. 2022 American Society of Metabolic and Bariatric Surgery (ASMBS) and International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Disorders (IFSO) indications for metabolic and bariatric surgery. Obes Surg. 2023 Jan;33(1):3-14. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9834364 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36336720?tool=bestpractice.com
Os procedimentos gástricos tentam limitar o tamanho do reservatório gástrico, enquanto os procedimentos no intestino delgado desviam de ampla extensão do intestino. A cirurgia funciona diminuindo a fome e aumentando a saciedade.
As contraindicações em todos os procedimentos cirúrgicos disponíveis incluem doença arterial coronariana instável, doença hepática avançada com hipertensão portal, comprometimento cognitivo impedindo consentimento livre e informado, doença inflamatória intestinal, aderências intra-abdominais extensas e câncer.
O bypass gástrico em Y de Roux pode ser mais eficaz que a banda gástrica, mas esta pode ter menos morbidade.[177]Tice JA, Karliner L, Walsh J, et al. Gastric banding or bypass? A systematic review comparing the two most popular bariatric procedures. Am J Med. 2008 Oct;121(10):885-93. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18823860?tool=bestpractice.com [178]Garb J, Welch G, Zagarins S, et al. Bariatric surgery for the treatment of morbid obesity: a meta-analysis of weight loss outcomes for laparoscopic adjustable gastric banding and laparoscopic gastric bypass. Obes Surg. 2009 Oct;19(10):1447-55. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19655209?tool=bestpractice.com [179]Nguyen NT, Slone JA, Nguyen XM, et al. A prospective randomized trial of laparoscopic gastric bypass versus laparoscopic adjustable gastric banding for the treatment of morbid obesity: outcomes, quality of life, and costs. Ann Surg. 2009 Oct;250(4):631-41. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19730234?tool=bestpractice.com
A gastrectomia vertical laparoscópica tornou-se o tratamento cirúrgico mais comumente realizado para obesidade, principalmente devido aos bons resultados em curto prazo. A gastrectomia vertical produz mais perda de peso do que a banda gástrica ajustável, mas menos do que o bypass gástrico.[181]ASMBS Clinical Issues Committee. Updated position statement on sleeve gastrectomy as a bariatric procedure. Surg Obes Relat Dis. 2012 May-Jun;8(3):e21-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22417852?tool=bestpractice.com
Dados preliminares limitados sugeriram que o balão intragástrico, em conjunto com dieta, pode ter eficácia de curto prazo na perda de peso.[186]Fernandes M, Atallah AN, Soares BG, et al. Intragastric balloon for obesity. Cochrane Database Syst Rev. 2007 Jan 24;(1):CD004931. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD004931.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17253531?tool=bestpractice.com [187]Imaz I, Martínez-Cervell C, García-Alvarez EE, et al. Safety and effectiveness of the intragastric balloon for obesity: a meta-analysis. Obes Surg. 2008 Jul;18(7):841-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18459025?tool=bestpractice.com [188]Muniraj T, Day LW, Teigen LM, et al. AGA clinical practice guidelines on intragastric balloons in the management of obesity. Gastroenterology. 2021 Apr;160(5):1799-808. https://www.doi.org/10.1053/j.gastro.2021.03.003 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33832655?tool=bestpractice.com Inicialmente, o balão intragástrico foi associado a vários eventos adversos devastadores, causando sua remoção do mercado dos EUA.[189]Gleysteen JJ. A history of intragastric balloons. Surg Obes Relat Dis. 2016 Feb;12(2):430-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26775045?tool=bestpractice.com No entanto, modelos mais novos com meios de enchimento que incluem água e ar foram aprovados pela Food and Drug Administration e estão sendo estudados.[188]Muniraj T, Day LW, Teigen LM, et al. AGA clinical practice guidelines on intragastric balloons in the management of obesity. Gastroenterology. 2021 Apr;160(5):1799-808. https://www.doi.org/10.1053/j.gastro.2021.03.003 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33832655?tool=bestpractice.com
IMC ≥35 kg/m² com ou sem comorbidades
terapia cirúrgica
De acordo com a declaração do consenso de 1991 do National Institutes of Health, os pacientes com um IMC ≥40 kg/m² (ou seja, obesidade classe III) ou ≥35 kg/m² com comorbidade relacionada à obesidade (por exemplo, hipertensão, diabetes, apneia do sono, DRGE) podem ser candidatos à maioria dos procedimentos bariátricos.[1]Jensen MD, Ryan DH, Apovian CM, et al; American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines; Obesity Society. 2013 AHA/ACC/TOS guideline for the management of overweight and obesity in adults: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines and The Obesity Society. Circulation. 2014 Jun 24;129(25 suppl 2):S102-38. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/01.cir.0000437739.71477.ee http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24222017?tool=bestpractice.com [167]Colquitt JL, Pickett K, Loveman E, et al. Surgery for weight loss in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2014 Aug 8;(8):CD003641. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD003641.pub4/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25105982?tool=bestpractice.com [171]Buchwald H. Consensus conference statement bariatric surgery for morbid obesity: health implications for patients, health professionals, and third-party payers. Surg Obes Relat Dis. 2005 May-Jun;1(3):371-81. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16925250?tool=bestpractice.com [172]Maggard MA, Shugarman LR, Suttorp M, et al. Meta-analysis: surgical treatment of obesity. Ann Intern Med. 2005 Apr 5;142(7):547-59. https://annals.org/aim/fullarticle/718311/meta-analysis-surgical-treatment-obesity http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15809466?tool=bestpractice.com No entanto, essas diretrizes já têm mais de 30 anos. O maior uso de abordagens minimamente invasivas (ou seja, laparoscópicas) para procedimentos bariátricos reduziu significativamente a morbidade e a mortalidade associadas a essas operações. Isso contribuiu para uma ampliação geral das indicações bariátricas. Até 2022, a American Society for Metabolic and Bariatric Surgery e a International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Disorders recomendam a cirurgia bariátrica para os pacientes com IMC ≥35 kg/m² com ou sem comorbidades.[173]Eisenberg D, Shikora SA, Aarts E, et al. 2022 American Society of Metabolic and Bariatric Surgery (ASMBS) and International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Disorders (IFSO) indications for metabolic and bariatric surgery. Obes Surg. 2023 Jan;33(1):3-14. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9834364 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36336720?tool=bestpractice.com
Não há limite máximo de idade para a cirurgia bariátrica, mas os pacientes devem ser cuidadosamente avaliados quanto a comorbidades e à fragilidade.[173]Eisenberg D, Shikora SA, Aarts E, et al. 2022 American Society of Metabolic and Bariatric Surgery (ASMBS) and International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Disorders (IFSO) indications for metabolic and bariatric surgery. Obes Surg. 2023 Jan;33(1):3-14. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9834364 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36336720?tool=bestpractice.com
Os procedimentos gástricos tentam limitar o tamanho do reservatório gástrico, enquanto os procedimentos no intestino delgado desviam de ampla extensão do intestino. A cirurgia funciona diminuindo a fome e aumentando a saciedade.
As contraindicações em todos os procedimentos cirúrgicos disponíveis incluem doença arterial coronariana instável, doença hepática avançada com hipertensão portal, comprometimento cognitivo impedindo consentimento livre e informado, doença inflamatória intestinal, aderências intra-abdominais extensas e câncer.
O bypass gástrico em Y de Roux pode ser mais eficaz que a banda gástrica, mas esta pode ter menos morbidade.[177]Tice JA, Karliner L, Walsh J, et al. Gastric banding or bypass? A systematic review comparing the two most popular bariatric procedures. Am J Med. 2008 Oct;121(10):885-93. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18823860?tool=bestpractice.com [178]Garb J, Welch G, Zagarins S, et al. Bariatric surgery for the treatment of morbid obesity: a meta-analysis of weight loss outcomes for laparoscopic adjustable gastric banding and laparoscopic gastric bypass. Obes Surg. 2009 Oct;19(10):1447-55. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19655209?tool=bestpractice.com [179]Nguyen NT, Slone JA, Nguyen XM, et al. A prospective randomized trial of laparoscopic gastric bypass versus laparoscopic adjustable gastric banding for the treatment of morbid obesity: outcomes, quality of life, and costs. Ann Surg. 2009 Oct;250(4):631-41. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19730234?tool=bestpractice.com
A gastrectomia vertical laparoscópica tornou-se o tratamento cirúrgico mais comumente realizado para obesidade, principalmente devido aos bons resultados em curto prazo. A gastrectomia vertical produz mais perda de peso do que a banda gástrica ajustável, mas menos do que o bypass gástrico.[181]ASMBS Clinical Issues Committee. Updated position statement on sleeve gastrectomy as a bariatric procedure. Surg Obes Relat Dis. 2012 May-Jun;8(3):e21-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22417852?tool=bestpractice.com
Dados preliminares limitados sugeriram que o balão intragástrico, em conjunto com dieta, pode ter eficácia de curto prazo na perda de peso.[186]Fernandes M, Atallah AN, Soares BG, et al. Intragastric balloon for obesity. Cochrane Database Syst Rev. 2007 Jan 24;(1):CD004931. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD004931.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17253531?tool=bestpractice.com [187]Imaz I, Martínez-Cervell C, García-Alvarez EE, et al. Safety and effectiveness of the intragastric balloon for obesity: a meta-analysis. Obes Surg. 2008 Jul;18(7):841-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18459025?tool=bestpractice.com [188]Muniraj T, Day LW, Teigen LM, et al. AGA clinical practice guidelines on intragastric balloons in the management of obesity. Gastroenterology. 2021 Apr;160(5):1799-808. https://www.doi.org/10.1053/j.gastro.2021.03.003 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33832655?tool=bestpractice.com Inicialmente, o balão intragástrico foi associado a vários eventos adversos devastadores, causando sua remoção do mercado nos EUA.[189]Gleysteen JJ. A history of intragastric balloons. Surg Obes Relat Dis. 2016 Feb;12(2):430-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26775045?tool=bestpractice.com No entanto, modelos mais novos com meios de enchimento que incluem água e ar foram aprovados pela FDA e estão sendo estudados.[188]Muniraj T, Day LW, Teigen LM, et al. AGA clinical practice guidelines on intragastric balloons in the management of obesity. Gastroenterology. 2021 Apr;160(5):1799-808. https://www.doi.org/10.1053/j.gastro.2021.03.003 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33832655?tool=bestpractice.com
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