Complicações
Em parte como um resultado de comer muito ou muito rápido. O edema tecidual também contribui para as complicações em curto prazo.
As instruções alimentares pós-cirurgia bariátrica são importantes para evitar comer em excesso. Os pacientes podem ser tranquilizados uma vez que outras causas de náusea e vômitos forem excluídas.[256]
A atalectasia e a subsequente pneumonia são as complicações pulmonares mais comuns. Por causa da dor incisional, os pacientes tendem a respirar de forma escassa e superficial. Com o uso dos analgésicos adequados, a deambulação precoce, o uso de inspirômetro de incentivo e exercícios de respirar fundo/tossir, a frequência da atalectasia pode diminuir.[257]
Devido a erros técnicos cirúrgicos. Manejo não operatório se o paciente estiver clinicamente estável e não estiver ocorrendo sangramento. Tratamento cirúrgico se o manejo conservador não tiver sucesso.
Devido a contaminação intestinal (especialmente comum no bypass gástrico) ou a ruptura na técnica estéril cirúrgica. A celulite da ferida operatória pode ser tratada com antibióticos; drenagem purulenta das feridas requer reabertura. Se estiver associada a corpo estranho (colocação de banda gástrica), a remoção da banda poderá ser necessária.
Pode ocorrer com frequência se o nervo vago for dividido durante um bypass gástrico. Os pacientes que têm síndrome de dumping devem evitar a ingestão de açúcares concentrados.[261]
Causado por isquemia tecidual ou erro técnico. O diagnóstico precoce e a intervenção cirúrgica são a chave da limitação da morbidade associada a essa complicação.
Mais comumente decorrente da embolia pulmonar ou vazamento intestinal no período pós-operatório.
A obesidade abdominal ou central e a doença arterial coronariana (DAC) estão associadas, e muitos pesquisadores acreditam que a obesidade abdominal é um fator de risco independente para a DAC.[227][228][229][230] O índice de massa corporal (IMC) em si pode não ser um fator de risco independente para a DAC.[231][232]
A obesidade está associada à afecção da doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA).
A DHGNA tem um amplo espectro de manifestações, desde o simples fígado gorduroso até a esteatose hepática com inflamação, fibrose avançada e doença hepática em estágio terminal.[243]
A obesidade central é um dos fatores de risco da síndrome metabólica (definida como a combinação de obesidade central/aumento da circunferência da cintura, hipertensão, dislipidemia e hiperglicemia de jejum).
A obesidade e o câncer têm uma associação bem-documentada. A obesidade é um reconhecido fator de risco para certos tipos de câncer, incluindo os de mama (pós-menopausa), endométrio, cólon, rim, fígado e esôfago.[244][245] A cirurgia bariátrica está associada a uma redução significativa do risco de câncer relacionado à obesidade e da mortalidade relacionada a câncer.[246]
Irritação nas dobras da pele. As áreas afetadas são geralmente avermelhadas e maceradas.
O tratamento consiste na boa higiene combinada com emolientes leves. Os corticosteroides tópicos podem ser usados conforme a necessidade. Pomadas antimicrobianas podem ser usadas para as infecções bacterianas ou fúngicas sobrepostas.[253]
Mais provável em procedimentos de má absorção; a suplementação com vitaminas gerenciada pelo médico deve incluir suplementos de vitaminas A, D, E e K lipossolúveis.
É necessário monitoramento durante o período pós-operatório até a estabilização.
Os efeitos da cirurgia bariátrica na absorção de medicamentos parecem ser específicos por medicamento. Descobriu-se que os medicamentos com maior potencial de má absorção foram aqueles intrinsecamente mal-absorvidos, altamente lipofílicos e/ou que passam por recirculação êntero-hepática. Pode ser necessário um ajuste na dose individual e um monitoramento terapêutico.[254]
A obesidade está relacionada com certas complicações da gestação, como diabetes gestacional, pré-eclâmpsia e hipertensão induzida pela gestação. As mulheres que sofreram uma cirurgia bariátrica podem ter menos riscos dessas complicações. Não há evidências de que a cirurgia bariátrica esteja associada ao aumento das taxas de parto por cesariana ou a complicações no parto. A fertilidade também pode aumentar após a cirurgia bariátrica.[255]
Devido a incisões feitas no músculo e na fáscia da parede abdominal anterior. A incidência é menor com a cirurgia laparoscópica. As hérnias incisionais devem ser corrigidas assim que forem diagnosticadas, devido ao risco de encarceramento e estrangulamento do conteúdo intestinal.
Devido a defeito mesentérico associado ao procedimento de bypass gástrico. O reparo operatório é necessário assim que diagnosticado em razão do risco de isquemia intestinal e necrose.
Devido à técnica de dissecação perigástrica usada precocemente na experiência de colocação da banda gástrica. A taxa de deslizamento é muito menor quando a técnica de pars flaccida é utilizada. Quando diagnosticado, é necessária uma revisão cirúrgica.[220]
Em curto prazo, essa complicação é resultado de lesão intestinal durante a colocação da banda gástrica. Em longo prazo, é possivelmente devido à natureza inerente de um corpo estranho. É necessária intervenção cirúrgica imediata após o diagnóstico.
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