História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

altura

Para a determinação manual do índice de massa corporal (IMC), a altura deve estar em metros. Existem várias calculadoras de IMC online. [ Índice de Massa Corporal (índice de Quetelet) Opens in new window ]

peso

Para determinação do IMC, o peso deve estar em kg. Existem várias calculadoras de IMC online. [ Índice de Massa Corporal (índice de Quetelet) Opens in new window ]

Outros fatores diagnósticos

comuns

circunferência da cintura

Medida logo acima da crista ilíaca em uma inspiração mínima normal.[1]

A circunferência da cintura pode ser um indicador mais sensível de resistência insulínica que o IMC. Diferentes cortes são utilizados de acordo com a ascendência.[94]

comorbidades clínicas

Com frequência, a obesidade está associada com comorbidades clínicas, como diabetes do tipo 2, doença cardiovascular, hipertensão, hiperlipidemia, DRGE, hérnia hiatal, asma, apneia obstrutiva do sono, AVC, gota, pseudotumor cerebral, artrite, esteatose hepática não alcoólica, câncer, incontinência urinária, doença calculosa da vesícula biliar e depressão.

Fatores de risco

Fortes

hipotireoidismo

A obesidade secundária é incomum, mas o hipotireoidismo pode estar associado ao ganho anormal de peso.[45]

hipercortisolismo

A obesidade secundária é incomum, mas o hipercortisolismo pode estar associado ao excesso de peso.[45]

corticoterapia

O ganho de peso está associado ao uso de corticosteroide em longo prazo.

Fracos

idade ≥40 anos

A prevalência da obesidade não é a mesma entre as faixas etárias; parece haver um pico de prevalência na quinta década, seguido de uma estabilização na sexta à oitava década, com subsequente afunilamento na prevalência após a oitava década.[33][53][54]

peri e pós-menopausa

O ganho de peso e a redistribuição abdominal da gordura após a menopausa foram bem-descritos, mas não são universais, e existe uma relação complexa com os fatores ambientais.[55][56]​ A terapia de reposição hormonal (TRH) não está associada a ganho de peso adicional.[56] Na verdade, a TRH pode impedir o ganho de peso e a redistribuição da gordura abdominal, mas pode ter efeitos adversos sobre outros desfechos.[57]

gestação anterior

Pode haver uma pequena associação com a obesidade e a paridade.[58][59] Essa associação é confundida por fatores culturais, ambientais e socioeconômicos contribuintes.

estado civil

Alguns pesquisadores observaram que a prevalência da obesidade é mais elevada em pessoas casadas que em solteiras.[33][60][61] Mesmo havendo diversas teorias para explicar isso, a associação não é bem-compreendida.

privação de sono

A privação de sono, seja ela involuntária ou induzida (por exemplo, turno de trabalho), foi associada ao ganho de peso e à obesidade.[62][63][64]

tabagismo

A obesidade e o tabagismo são comumente observados em associação, mas não está claro se o tabagismo pode ser um fator de risco para a obesidade.[33][65] Alguns estudos sugerem que o abandono do hábito de fumar também pode ser um fator de risco para o ganho de peso.[66]

nível educacional

Em vários estudos epidemiológicos, observou-se que a prevalência da obesidade era maior em grupos com menos educação formal.[33][54][67]

nutrição deficiente no útero

Estudos epidemiológicos em longo prazo observaram uma correlação entre a nutrição deficiente da mãe durante a gestação (manifestada sobretudo pelo baixo peso ao nascer) e a obesidade na idade adulta.[3][42][43]

situação socioeconômica

Na maioria dos grandes estudos epidemiológicos nos EUA e na Europa, a prevalência da obesidade é maior em grupos com baixo nível socioeconômico.[33][40][68]

estilo de vida sedentário

Como a relação entre a obesidade e um estilo de vida sedentário permanece fraca, o sedentarismo é caracterizado como um fator de baixo risco para a obesidade.[24][25][69]

assistir televisão ou jogar videogames

Assistir televisão e jogar videogames em excesso geralmente são vistos como características de um estilo de vida sedentário e, portanto, não é surpresa que as pessoas (principalmente as crianças) que assistem televisão ou jogam videogames em excesso (geralmente mais de 2-3 horas ao dia) tenham maior incidência de obesidade que as pessoas mais ativas.[24][63][70]

dieta rica em açúcar, colesterol, gordura e fast food

A composição da dieta, ou a escolha dos tipos de comida dos quais nos alimentamos, foi apontada como um fator de risco para a obesidade.[71][72][73] Nem todas as pessoas cujas dietas são dominadas por essas escolhas se tornam obesas; a contribuição precisa da escolha da dieta para o desenvolvimento da obesidade é de difícil quantificação.

consumo excessivo de álcool

O consumo excessivo de álcool (>2 doses de álcool por dia) foi associado à obesidade, embora tenha sido descrito que o consumo moderado de álcool (ou seja, 1-2 doses de álcool por dia) tem um modesto efeito protetor contra a obesidade.[74][75][76]

transtorno da compulsão alimentar periódica

Um comportamento obesogênico vagamente associado à obesidade.[77][78]

síndrome do comer noturno

Um comportamento obesogênico vagamente associado à obesidade.[79][80]

deficiência de leptina

Uma causa rara de obesidade hereditária.[18][19][20]

terapia com antidepressivos

Alguns relatos correlacionam o ganho de peso ao uso de antidepressivos.[81]

terapia com antipsicóticos

A obesidade está associada a alguns medicamentos antipsicóticos.[30][81][82]

terapia com betabloqueadores

Foram descritas algumas correlações entre o uso dos betabloqueadores e o ganho de peso.[83]

terapia auxiliar contra o câncer de mama

Os efeitos adversos das terapias adjuvantes contra o câncer de mama podem incluir ganho de peso.[84]

diagnóstico psiquiátrico

Mesmo podendo haver uma associação entre a obesidade e o diagnóstico psiquiátrico, a importância desse último fator de risco não é clara, pois vários, senão a maioria, dos pacientes com um diagnóstico como esquizofrenia ou depressão estão sob medicação, o que está associado à obesidade.[30][85][86]

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