Lombalgia discogênica
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
emergência neurológica (deficiência da raiz nervosa ou síndrome da cauda equina)
descompressão neural
A síndrome da cauda equina (SCE) é causada pela compressão das raízes nervosas lombossacrais da cauda equina.
A SCE é uma emergência neurocirúrgica, e atrasos no diagnóstico e no tratamento podem causar incapacidade permanente.
As características da SCE incluem: dor lombar; ciática bilateral ou unilateral; deficits neurológicos progressivos; dificuldade em iniciar ou parar de urinar ou sensação do fluxo urinário prejudicada; urgência; retenção urinária com incontinência urinária por transbordamento; perda da sensação de preenchimento retal; incontinência fecal; frouxidão do esfíncter anal; anestesia em sela ou parestesia; e disfunção sexual. Nem todos os pacientes apresentam todas as características, mas a disfunção vesical é um componente essencial da SCE.
A ressonância nuclear magnética é realizada o mais rapidamente possível nos pacientes com suspeita de SCE. Os pacientes com SCE necessitam de descompressão cirúrgica urgente do canal vertebral. ConsulteSíndrome da cauda equina (Abordagem de manejo)
Um deficit doloroso da raiz nervosa (deficit motor com dor no mesmo dermátomo) na presença de compressão discal identificável é passível de cirurgia. Ele deve ser diferenciado de um deficit motor indolor (ou seja, pé caído indolor) e de uma lesão no nervo periférico.
dorsalgia aguda: intervalo <3 meses desde a apresentação inicial ou exacerbação de dor crônica
paracetamol e/ou anti-inflamatórios não esteroidais por via oral
A maioria dos pacientes com exacerbações agudas de dorsalgia discogênica melhorará em até 4 semanas.
Paracetamol é frequentemente usado em dor leve a moderada, pois pode oferecer um perfil de segurança mais favorável que anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs).[101]Chou R, Huffman LH. Medications for acute and chronic low back pain: a review of the evidence for an American Pain Society/American College of Physicians clinical practice guideline. Ann Intern Med. 2007 Oct 2;147(7):505-14. http://www.annals.org/content/147/7/505.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17909211?tool=bestpractice.com No entanto, as diretrizes do Reino Unido não recomendam paracetamol isolado como agente de primeira linha para o controle da dorsalgia.[65]National Institute for Health and Care Excellence. Low back pain and sciatica in over 16s: assessment and management. Dec 2020 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/NG59
Os AINEs também são usados com frequência.[65]National Institute for Health and Care Excellence. Low back pain and sciatica in over 16s: assessment and management. Dec 2020 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/NG59 AINEs só devem ser usados por um tempo limitado (não mais que 3 meses). Nenhum AINE específico se mostrou mais eficaz que qualquer outro.[103]Roelofs PD, Deyo RA, Koes BW, et al. Non-steroidal anti-inflammatory drugs for low back pain. Cochrane Database Syst Rev. 2008 Jan 23;(1):CD000396. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD000396.pub3/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18253976?tool=bestpractice.com
Deve-se considerar o uso de proteção gástrica, como um inibidor da bomba de prótons nos pacientes que estiverem em terapia prolongada com AINE, principalmente se eles apresentarem um risco mais elevado de sangramento gastrointestinal.[65]National Institute for Health and Care Excellence. Low back pain and sciatica in over 16s: assessment and management. Dec 2020 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/NG59
Em caso de exacerbação aguda de uma dorsalgia crônica preexistente, o médico deve pesquisar a causa dos sintomas agudos. É obrigatório excluir outras causas de sintomas agudos, como discite. Devem ser documentadas quaisquer alterações na avaliação neurológica. A repetição de exames de imagem pode ajudar a identificar o problema. Os possíveis eventos que acarretam o aumento agudo dos sintomas devem ser observados à luz de possíveis alterações na patologia.
Opções primárias
paracetamol: 500-1000 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
--E/OU--
naproxeno: 250-500 mg por via oral duas vezes ao dia quando necessário, máximo de 1250 mg/dia
ou
ibuprofeno: 300-600 mg por via oral a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
ou
diclofenaco potássico: 50 mg por via oral (liberação imediata) duas ou três vezes ao dia quando necessário
ou
diclofenaco sódico: 100 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia quando necessário
analgesia tópica
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Sintomas agudos também podem ser tratados com analgesia tópica.[98]Jorge LL, Feres CC, Teles VE. Topical preparations for pain relief: efficacy and patient adherence. J Pain Res. 2010;4:11-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3048583 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21386951?tool=bestpractice.com
A capsaicina esgota os recursos locais da substância P, que está envolvida na mediação de estímulos nocivos.[99]Anand P, Bley K. Topical capsaicin for pain management: therapeutic potential and mechanisms of action of the new high-concentration capsaicin 8% patch. Br J Anaesth. 2011;107:490-502. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3169333 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21852280?tool=bestpractice.com
Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) são úteis na dor que pode ser mediada por causas musculares. A absorção local limitada ajuda no tratamento dos sintomas provenientes das estruturas periarticulares e a absorção sistêmica fornece o agente terapêutico para as estruturas intracapsulares.[100]Derry S, Moore RA, Gaskell H, et al. Topical NSAIDs for acute musculoskeletal pain in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2015;(6):CD007402. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD007402.pub3/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26068955?tool=bestpractice.com A concentração plasmática de AINEs após a administração tópica é tipicamente <5% daquela após a administração oral de AINEs e é, portanto, menos eficaz. No entanto, o uso de AINEs tópicos pode potencialmente limitar eventos adversos sistêmicos.[100]Derry S, Moore RA, Gaskell H, et al. Topical NSAIDs for acute musculoskeletal pain in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2015;(6):CD007402. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD007402.pub3/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26068955?tool=bestpractice.com
Agentes tópicos evitam os efeitos colaterais gástricos e interações medicamentosas adversas. Seu uso é benéfico em pacientes mais velhos e pacientes com comorbidades.
Opções primárias
capsaicina tópica: (0.025%, 0.075%) aplicar na(s) área(s) afetada(s) três a quatro vezes ao dia quando necessário
ou
diclofenaco tópico: consulte a bula do produto para obter orientações quanto à dose
analgesia por opioides
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Analgésicos opioides podem ser usados criteriosamente nos pacientes com dor aguda, intensa e incapacitante não controlada (ou que tem pouca probabilidade de ser controlada) por paracetamol e/ou anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs).[65]National Institute for Health and Care Excellence. Low back pain and sciatica in over 16s: assessment and management. Dec 2020 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/NG59 Um opioide fraco pode ser considerado (com ou sem paracetamol) para dorsalgia aguda, caso os AINEs sejam contraindicados ou não sejam tolerados.[65]National Institute for Health and Care Excellence. Low back pain and sciatica in over 16s: assessment and management. Dec 2020 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/NG59
Medicamentos opioides não devem ser usados para tratar lombalgia crônica.[104]Krebs EE, Gravely A, Nugent S, et al. Effect of opioid vs nonopioid medications on pain-related function in patients with chronic back pain or hip or knee osteoarthritis pain: the SPACE randomized clinical trial. JAMA. 2018 Mar 6;319(9):872-82. https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2673971 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29509867?tool=bestpractice.com [65]National Institute for Health and Care Excellence. Low back pain and sciatica in over 16s: assessment and management. Dec 2020 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/NG59
Opções primárias
fosfato de codeína: 15-60 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 240 mg/dia
Opções secundárias
tramadol: 50-100 mg por via oral (liberação imediata) a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 400 mg/dia
relaxante muscular
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Relaxantes musculares, como o diazepam, constituem uma opção para alívio de lombalgia aguda em curto prazo; no entanto, esses medicamentos devem ser usados com cautela devido ao risco de efeitos adversos (principalmente sedação) e dependência.[105]van Tulder MW, Touray T, Fulan AD, et al. Muscle relaxants for nonspecific low back pain. Cochrane Database Syst Rev. 2003;(2):CD004252. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD004252/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12804507?tool=bestpractice.com
Opções primárias
diazepam: 5-10 mg por via oral três vezes ao dia
terapias alternativas
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Podem ser usadas várias terapias no âmbito dos sistemas de saúde convencionais como terapias alternativas. Os clínicos devem considerar a adição de terapias não farmacológicas, como acupuntura, acupressão e ioga.[119]Chou R, Huffman LH. Nonpharmacologic therapies for acute and chronic low back pain: a review of the evidence for an American Pain Society/American College of Physicians clinical practice guideline. Ann Intern Med. 2007 Oct 2;147(7):492-504. http://www.annals.org/content/147/7/492.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17909210?tool=bestpractice.com [124]Saper RB, Lemaster C, Delitto A, et al. Yoga, physical therapy, or education for chronic low back pain: a randomized noninferiority trial. Ann Intern Med. 2017 Jul 18;167(2):85-94. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28631003?tool=bestpractice.com
fisioterapia
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Permanecer ativo é recomendado para o tratamento de lombalgia aguda, em vez de repouso no leito.[110]Hagen KB, Jamtvedt G, Hilde G, et al. The updated Cochrane review of bed rest for low back pain and sciatica. Spine (Phila Pa 1976). 2005 Mar 1;30(5):542-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15738787?tool=bestpractice.com [111]Hayden JA, van Tulder MW, Malmivaara A, et al. Exercise therapy for the treatment of non-specific low back pain. Cochrane Database Syst Rev. 2005 Jul 20;(3):CD000335. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD000335.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16034851?tool=bestpractice.com A orientação aos pacientes, como se emprega em escolas de postura, a respeito de posições de bem-estar, exercícios e técnicas corretas para levantar objetos, apresentou resultados melhores para os pacientes em curto e médio prazo.[112]Heymans MW, van Tulder MW, Esmail R, et al. Back schools for nonspecific low back pain: a systematic review within the framework of the Cochrane Collaboration Back Review Group. Spine (Phila Pa 1976). 2005 Oct 1;30(19):2153-63. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16205340?tool=bestpractice.com [113]Heymans MW, de Vet HC, Bongers PM, et al. The effectiveness of high-intensity versus low-intensity back schools in an occupational setting: a pragmatic randomized controlled trial. Spine (Phila Pa 1976). 2006 May 1;31(10):1075-82. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16648740?tool=bestpractice.com
Fisioterapia com exercícios de fortalecimento (tanto para a parede abdominal quanto para a musculatura lombar) tem demonstrado efeitos positivos em pacientes com dor axial.[114]Dickerman RD, Zigler JE. Disocgenic back pain. In: Spivak JM, Connolly PJ, eds. Orthopaedic Knowledge Update: Spine. 3rd ed. Rosemont, IL: American Academy of Orthopaedic Surgeons; 2006:319-30. No entanto, a calendarização do uso do exercício é controversa, sendo demonstrado que programas de exercício são mais eficazes em doença subaguda e crônica.
Vários regimes de exercício têm sido usados para tratamento de dor lombar. O método de McKenzie para avaliar e categorizar pacientes tem se mostrado altamente bem-sucedido.[115]Clare HA, Adams R, Maher CG. A systematic review of efficacy of McKenzie therapy for spinal pain. Aust J Physiother. 2004;50(4):209-16. https://ac.els-cdn.com/S0004951414601100/1-s2.0-S0004951414601100-main.pdf?_tid=99aa8043-54c9-4d08-853f-eb39601c6c2d&acdnat=1544532510_9ea0b54ccfd9b965f168a8a6fc2d1314 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15574109?tool=bestpractice.com O método de McKenzie produziu melhores resultados em curto prazo que diretrizes inespecíficas e obteve resultados iguais aos dos de protocolos de fortalecimento e estabilização.[116]May S, Donelson R. Evidence-informed management of chronic low back pain with the McKenzie method. Spine J. 2008 Jan-Feb;8(1):134-41. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18164461?tool=bestpractice.com
Foi mostrado que a manipulação vertebral é equivalente à fisioterapia no tratamento de dor lombar aguda.[117]Cherkin DC, Deyo RA, Battié M, et al. A comparison of physical therapy, chiropractic manipulation, and provision of an educational booklet for the treatment of patients with low back pain. N Engl J Med. 1998 Oct 8;339(15):1021-9. http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM199810083391502#t=article http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9761803?tool=bestpractice.com [118]Rubinstein SM, Terwee CB, Assendelft WJ, et al. Spinal manipulative therapy for acute low-back pain. Cochrane Database Syst Rev. 2012 Sep 12;(9):CD008880. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD008880.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22972127?tool=bestpractice.com
O uso de uma variedade de sistemas e estimuladores interferenciais pode proporcionar benefícios para sintomas agudos e crônicos; no entanto, seu uso é controverso.[119]Chou R, Huffman LH. Nonpharmacologic therapies for acute and chronic low back pain: a review of the evidence for an American Pain Society/American College of Physicians clinical practice guideline. Ann Intern Med. 2007 Oct 2;147(7):492-504. http://www.annals.org/content/147/7/492.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17909210?tool=bestpractice.com [120]Hurley DA, McDonough SM, Dempster M, et al. A randomized clinical trial of manipulative therapy and interferential therapy for acute low back pain. Spine (Phila Pa 1976). 2004 Oct 15;29(20):2207-16. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15480130?tool=bestpractice.com
bloqueios das facetas articulares
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A dor facetogênica é uma entidade clínica bem definida. Os sintomas incluem dorsalgia axial e dor na parte posterior da coxa (tipicamente na direção do joelho). A infiltração de um agente anestésico local de ação prolongada, com ou sem corticosteroides de ação local, pode proporcionar uma avaliação da origem da dor proveniente das facetas articulares.
A infiltração pode ser em torno do ramo medial onde ele passa pela face superomedial do processo transverso ou pode ser intra-articular. A primeira é uma intervenção mais precisa. As facetas articulares possuem inervação em dois níveis; portanto, o nível superior também deve receber injeção.
As injeções na coluna vertebral não são recomendadas para o controle da lombalgia no Reino Unido ou nos EUA.[65]National Institute for Health and Care Excellence. Low back pain and sciatica in over 16s: assessment and management. Dec 2020 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/NG59 [136]Chou R, Loeser JD, Owens DK, et al. Interventional therapies, surgery, and interdisciplinary rehabilitation for low back pain: an evidence-based clinical practice guideline from the American Pain Society. Spine (Phila Pa 1976). 2009 May 1;34(10):1066-77. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19363457?tool=bestpractice.com O relatório de serviços de coluna vertebral Getting it Right First Time (GIRFT) recomenda que as injeções de alívio da dor de curto prazo devem ser substituídas por programas de reabilitação física e psicológica de longo prazo para ajudar os pacientes a lidar com a dorsalgia.[137]Getting It Right First Time. Spinal surgery report may bring benefits for tens of thousands of back pain patients. Jan 2019 [internet publication]. https://www.gettingitrightfirsttime.co.uk/spinal-surgery-report
bloqueios seletivos da raiz nervosa ou injeção epidural
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A dor radicular nas pernas associada à doença degenerativa discal pode ser decorrente de compressão da raiz nervosa devido a facetas articulares hipertrofiadas, a prolapso do disco intervertebral ou à estenose foraminal decorrente de perda da altura do disco ou de instabilidade nesse segmento móvel.
Inflamação, como causa de sintomas radiculares com compressão leve ou moderada, pode ser tratada por um bloqueio seletivo da raiz nervosa.
Isso é realizado com orientação radiológica para a colocação de uma agulha na coluna, próxima à raiz nervosa. Um anestésico local de ação prolongada, com ou sem corticosteroides de ação local, é então infiltrado.
Injeções epidurais são usadas para dor radicular decorrente de patologia bilateral em múltiplos níveis.[127]Benoist M, Boulu P, Hayem G. Epidural steroid injections in the management of low-back pain with radiculopathy: an update of their efficacy and safety. Eur Spine J. 2012 Feb;21(2):204-13. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21922288?tool=bestpractice.com
Um anestésico local de ação prolongada, com ou sem corticosteroides de ação local, pode ser injetado no forame ou no canal vertebral.[128]Bicket MC, Horowitz JM, Benzon HT, et al. Epidural injections in prevention of surgery for spinal pain: systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Spine J. 2015 Feb 1;15(2):348-62. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25463400?tool=bestpractice.com [165]MacVicar J, King W, Landers MH, et al. The effectiveness of lumbar transforaminal injection of steroids: a comprehensive review with systematic analysis of the published data. Pain Med. 2013 Jan;14(1):14-28. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1526-4637.2012.01508.x/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23110347?tool=bestpractice.com A infiltração no canal vertebral pode ser feita pelas vias lombar (através dos ligamentos posteriores), transforaminal (através do espaço epidural visando uma raiz nervosa específica) ou caudal (através do hiato sacral).[64]Kreiner DS, Hwang SW, Easa JE, et al. An evidence-based clinical guideline for the diagnosis and treatment of lumbar disc herniation with radiculopathy. Spine J. 2014 Jan;14(1):180-91. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24239490?tool=bestpractice.com [125]Parr AT, Manchikanti L, Hameed H, et al. Caudal epidural injections in the management of chronic low back pain: a systematic appraisal of the literature. Pain Physician. 2012 May-Jun;15(3):E159-98. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22622911?tool=bestpractice.com [126]Benyamin RM, Manchikanti L, Parr AT, et al. The effectiveness of lumbar interlaminar epidural injections in managing chronic low back and lower extremity pain. Pain Physician. 2012 Jul-Aug;15(4):E363-404. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22828691?tool=bestpractice.com O volume necessário da substância injetada aumenta em cada uma dessas vias.
Embora injeções epidurais de esteroide possam oferecer maiores benefícios que a gabapentina para algumas medidas de desfecho, as diferenças são poucas e transitórias na maioria dos casos.[134]Cohen SP, Hanling S, Bicket MC, et al. Epidural steroid injections compared with gabapentin for lumbosacral radicular pain: multicenter randomized double blind comparative efficacy study. BMJ. 2015 Apr 16;350:h1748. http://www.bmj.com/content/350/bmj.h1748.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25883095?tool=bestpractice.com
A American Academy of Neurology avaliou o uso de injeções peridurais de corticosteroides para tratar pacientes com dor radicular lombossacral, eles sugerem que a dor pode melhorar em curto prazo (2-6 semanas após a injeção), mas não foi demonstrada impacto sobre o comprometimento médio da função, a necessidade de cirurgia, ou o alívio da dor em longo prazo além de 3 meses. O uso rotineiro não é recomendado para os pacientes com dor radicular lombossacral.[133]Armon C, Argoff CE, Samuels J, et al. Assessment: use of epidural steroid injections to treat radicular lumbosacral pain: report of the Therapeutics and Technology Assessment Subcommittee of the American Academy of Neurology. Neurology. 2007 Mar 6;68(10):723-9. https://www.doi.org/10.1212/01.wnl.0000256734.34238.e7 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17339579?tool=bestpractice.com
Em 2012, nos EUA, um surto de infecções fúngicas do sistema nervoso central foi relatado em pacientes que receberam injeções epidurais ou paraespinhais do glicocorticoide acetato de metilprednisolona sem conservantes, preparadas por uma única farmácia de manipulação.[135]Kainer MA, Reagan DR, Nguyen DB, et al; Tennessee Fungal Meningitis Investigation Team. Fungal infections associated with contaminated methylprednisolone in Tennessee. N Engl J Med. 2012 Dec 6;367(23):2194-203. http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1212972 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23131029?tool=bestpractice.com Embora tais casos sejam extremamente raros, destacam a necessidade dos padrões mais elevados na preparação e injeção de medicamentos, caso essas vias de administração sejam usadas.
descompressão neural
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A descompressão das raízes nervosas e das estruturas neurais alivia os sintomas radiculares. A remoção das facetas articulares degeneradas permite uma melhor descompressão subarticular e remove uma das potenciais fontes de dor. Pode ser obtida uma descompressão indireta por meio da colocação de enxertos intersomáticos para aumentar a altura do disco e alargar o forame.
dorsalgia crônica: intervalo ≥3 meses desde a apresentação inicial
tratamento contínuo da dor
Pacientes com lombalgia crônica devem usar paracetamol regularmente.
Se o paciente tiver encontrado algum alívio com anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) no passado, mas não estiver tomando esses medicamentos regularmente, eles podem ser adicionados; no entanto, só deverão ser usados por até 3 meses.
Opioides como codeína ou tramadol podem ser necessários para dores mais intensas, mas não devem ser usados cronicamente.
Se não houver alívio da dor, os pacientes deverão ser encaminhados a um especialista em dor para aconselhamento adicional. Pode ser prescrita buprenorfina (transdérmica) e seu uso deve ser monitorado rigorosamente pelo especialista.
Em caso de exacerbação aguda de uma dorsalgia crônica preexistente, o médico deve pesquisar a causa dos sintomas agudos. É obrigatório excluir outras causas de sintomas agudos, como discite. Devem ser documentadas quaisquer alterações na avaliação neurológica. A repetição de exames de imagem pode ajudar a identificar o problema. Os possíveis eventos que acarretam o aumento agudo dos sintomas devem ser observados à luz de possíveis alterações na patologia.
Opções primárias
paracetamol: 500-1000 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
--E/OU--
ibuprofeno: 300-600 mg por via oral a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
ou
naproxeno: 250-500 mg por via oral duas vezes ao dia quando necessário, máximo de 1250 mg/dia
ou
diclofenaco potássico: 50 mg por via oral (liberação imediata) duas ou três vezes ao dia quando necessário
ou
diclofenaco sódico: 100 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia quando necessário
Opções secundárias
paracetamol: 500-1000 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
--E--
fosfato de codeína: 15-60 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 240 mg/dia
ou
tramadol: 50-100 mg por via oral (liberação imediata) a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 400 mg/dia
Opções terciárias
paracetamol: 500-1000 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
e
buprenorfina transdérmica: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
encaminhamento para uma clínica de dor
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Uma clínica multidisciplinar incluindo um especialista em dor (usualmente, um anestesista com interesse especial no manejo da dor), com o fornecimento de opiniões adicionais de especialistas em enfermagem, fisioterapeutas, psicólogos e farmacêuticos.
A finalidade é simplificar os medicamentos, fornecer informações sobre questões ergonômicas e lidar com problemas psicológicos, se houver. Além disso, o médico especialista em dor pode realizar procedimentos, como infiltrações epidurais e na raiz nervosa e rizólise facetária.
reabilitação funcional/vocacional
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O tratamento da lombalgia muitas vezes requer uma abordagem multidisciplinar.[161]Guzmán J, Esmail R, Karjalainen K, et al. Multidisciplinary rehabilitation for chronic low back pain: systematic review. BMJ. 2001 Jun 23;322(7301):1511-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC33389/?tool=pubmed http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11420271?tool=bestpractice.com [162]Brox JL, Sorensen R, Karjalainen K, et al. Multidisciplinary rehabilitation for chronic low back pain: systematic review. BMJ. 2001;26:377-86. As disciplinas geralmente contêm um elemento físico e também uma combinação de componentes sociais, ocupacionais e psicológicos. Constatou-se que a reabilitação multidisciplinar é mais eficaz que programas de reabilitação simples.[161]Guzmán J, Esmail R, Karjalainen K, et al. Multidisciplinary rehabilitation for chronic low back pain: systematic review. BMJ. 2001 Jun 23;322(7301):1511-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC33389/?tool=pubmed http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11420271?tool=bestpractice.com
Reabilitação funcional/vocacional se define como tudo o que ajuda alguém com um problema de saúde a ficar e retornar ao trabalho e manter sua atividade. Consiste em uma abordagem, intervenção e serviço direcionados aos cuidados de saúde no trabalho e à acomodação dos locais de trabalho para adultos em idade ativa. Diversos programas de retorno ao trabalho têm sido testados, com a devida atenção a aconselhamento sobre transporte manual de cargas (TMC) e dispositivos auxiliares, embora uma revisão Cochrane tenha encontrado evidências de qualidade moderada de que essas intervenções não reduziram a dorsalgia, a incapacidade relacionada à dorsalgia ou a ausência do trabalho quando comparadas com intervenções alternativas ou nenhuma intervenção.[163]Waddell G, Burton AK, Kendall NAS. Vocational rehabilitation: what works, for whom, and when? [internet publication]. https://www.gov.uk/government/uploads/system/uploads/attachment_data/file/209474/hwwb-vocational-rehabilitation.pdf [164]Verbeek J, Martimo KP, Karppinen J, et al. Manual material handling advice and assistive devices for preventing and treating back pain in workers: a Cochrane Systematic Review. Occup Environ Med. 2012 Jan;69(1):79-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21849341?tool=bestpractice.com Também não houve evidências, de ensaios clínicos randomizados controlados, que possam dar suporte à eficácia do aconselhamento sobre a TMC ou sobre dispositivos auxiliares para TMC para o tratamento da dorsalgia.
terapias alternativas
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Podem ser usadas várias terapias no âmbito dos sistemas de saúde convencionais e como terapias alternativas. Os clínicos devem considerar a adição de terapias não farmacológicas, como acupuntura, acupressão e ioga.[119]Chou R, Huffman LH. Nonpharmacologic therapies for acute and chronic low back pain: a review of the evidence for an American Pain Society/American College of Physicians clinical practice guideline. Ann Intern Med. 2007 Oct 2;147(7):492-504. http://www.annals.org/content/147/7/492.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17909210?tool=bestpractice.com [124]Saper RB, Lemaster C, Delitto A, et al. Yoga, physical therapy, or education for chronic low back pain: a randomized noninferiority trial. Ann Intern Med. 2017 Jul 18;167(2):85-94. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28631003?tool=bestpractice.com
amitriptilina
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os antidepressivos são usados para o tratamento da lombalgia crônica. Os estudos demonstraram que antidepressivos tricíclicos (por exemplo, amitriptilina) produziram redução de sintomas, o que não ocorreu com inibidores seletivos de recaptação da serotonina.[106]Staiger TO, Gaster B, Sullivan MD, et al. Systematic review of antidepressants in the treatment of chronic low back pain. Spine (Phila Pa 1976). 2003 Nov 15;28(22):2540-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14624092?tool=bestpractice.com A amitriptilina é útil na melhora da qualidade do sono e no manejo de dor neuropática.
ISRSs, inibidores da recaptação de serotonina-noradrenalina ou antidepressivos tricíclicos não são recomendados para o controle da dorsalgia no Reino Unido.[65]National Institute for Health and Care Excellence. Low back pain and sciatica in over 16s: assessment and management. Dec 2020 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/NG59
Devido à falta de evidências, a orientação dos EUA não recomenda o uso de amitriptilina para o tratamento da hérnia de disco lombar com radiculopatia.[64]Kreiner DS, Hwang SW, Easa JE, et al. An evidence-based clinical guideline for the diagnosis and treatment of lumbar disc herniation with radiculopathy. Spine J. 2014 Jan;14(1):180-91. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24239490?tool=bestpractice.com
Opções primárias
amitriptilina: 10 mg por via oral uma vez ao dia à noite inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 50 mg/dia
fisioterapia
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Fisioterapia com exercícios de fortalecimento (tanto para a parede abdominal quanto para a musculatura lombar) tem demonstrado efeitos positivos em pacientes com dor discogênica.[114]Dickerman RD, Zigler JE. Disocgenic back pain. In: Spivak JM, Connolly PJ, eds. Orthopaedic Knowledge Update: Spine. 3rd ed. Rosemont, IL: American Academy of Orthopaedic Surgeons; 2006:319-30. No entanto, a calendarização do uso do exercício é controversa, sendo demonstrado que os programas de exercício são mais eficazes em doença subaguda e crônica.
Vários regimes de exercício têm sido usados para tratamento de lombalgia. O método de McKenzie para avaliar e categorizar os pacientes tem se mostrado altamente bem-sucedido.[116]May S, Donelson R. Evidence-informed management of chronic low back pain with the McKenzie method. Spine J. 2008 Jan-Feb;8(1):134-41. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18164461?tool=bestpractice.com
O uso de uma variedade de sistemas e estimuladores interferenciais pode proporcionar benefícios para sintomas agudos e crônicos; no entanto, seu uso é controverso.[119]Chou R, Huffman LH. Nonpharmacologic therapies for acute and chronic low back pain: a review of the evidence for an American Pain Society/American College of Physicians clinical practice guideline. Ann Intern Med. 2007 Oct 2;147(7):492-504. http://www.annals.org/content/147/7/492.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17909210?tool=bestpractice.com [120]Hurley DA, McDonough SM, Dempster M, et al. A randomized clinical trial of manipulative therapy and interferential therapy for acute low back pain. Spine (Phila Pa 1976). 2004 Oct 15;29(20):2207-16. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15480130?tool=bestpractice.com
bloqueios das facetas articulares ou rizólise facetária
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A dor facetogênica é uma entidade clínica bem definida. Os sintomas incluem dorsalgia e dor na parte posterior da coxa (tipicamente na direção do joelho).
A infiltração de um agente anestésico local de ação prolongada ± corticosteroides de ação local pode proporcionar uma avaliação da origem da dor proveniente das facetas articulares.
A infiltração pode ser em torno do ramo medial onde ele passa pela face superomedial do processo transverso ou pode ser intra-articular. A primeira é uma intervenção mais precisa. As facetas articulares possuem inervação em dois níveis; portanto, o nível superior também deve receber injeção.[166]Falco FJ, Manchikanti L, Datta S, et al. An update of the systematic assessment of the diagnostic accuracy of lumbar facet joint nerve blocks. Pain Physician. 2012 Nov-Dec;15(6):E869-907. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23159979?tool=bestpractice.com
A rizólise facetária por ablação por radiofrequência pode proporcionar um efeito em prazo mais longo sobre a dor facetogênica, principalmente com uma resposta positiva ao bloqueio da faceta, embora sua eficácia não esteja clara.[138]Leggett LE, Soril LJ, Lorenzetti DL, et al. Radiofrequency ablation for chronic low back pain: a systematic review of randomized controlled trials. Pain Res Manag. 2014 Sep-Oct;19(5):e146-53. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4197759 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25068973?tool=bestpractice.com [139]Juch JNS, Maas ET, Ostelo RWJG, et al. Effect of radiofrequency denervation on pain intensity among patients with chronic low back pain: the Mint randomized clinical trials. JAMA. 2017 Jul 4;318(1):68-81. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5541325 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28672319?tool=bestpractice.com
As injeções na coluna vertebral não são recomendadas para o controle da lombalgia no Reino Unido ou nos EUA.[65]National Institute for Health and Care Excellence. Low back pain and sciatica in over 16s: assessment and management. Dec 2020 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/NG59 [136]Chou R, Loeser JD, Owens DK, et al. Interventional therapies, surgery, and interdisciplinary rehabilitation for low back pain: an evidence-based clinical practice guideline from the American Pain Society. Spine (Phila Pa 1976). 2009 May 1;34(10):1066-77. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19363457?tool=bestpractice.com O relatório de serviços de coluna vertebral Getting it Right First Time (GIRFT) recomenda que as injeções de alívio da dor de curto prazo devem ser substituídas por programas de reabilitação física e psicológica de longo prazo para ajudar os pacientes a lidar com a dorsalgia.[137]Getting It Right First Time. Spinal surgery report may bring benefits for tens of thousands of back pain patients. Jan 2019 [internet publication]. https://www.gettingitrightfirsttime.co.uk/spinal-surgery-report
fusão espinhal
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A fusão espinhal é mais adequada para pacientes com evidências de instabilidade vertebral (trauma, tumor, infecção, deformidade e doença de disco intravertebral). Na presença de doença discal degenerativa sem instabilidade significativa, a aplicação de fusões espinhais se baseia na percepção de que evitar qualquer movimento através de um disco doloroso ou remover totalmente esse disco e executar a fusão do segmento móvel interromperá a evolução da doença e aliviará a dor.[148]Hanley EN Jr, David SM. Lumbar arthrodesis for the treatment of back pain. J Bone Joint Surg Am. 1999 May;81(5):716-30. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10360702?tool=bestpractice.com [149]Kishen TJ, Diwan AD. Fusion versus disk replacement for degenerative conditions of the lumbar and cervical spine: quid est testimonium? Orthop Clin North Am. 2010 Apr;41(2):167-81. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20399356?tool=bestpractice.com [167]Phillips FM, Slosar PJ, Youssef JA, et al. Lumbar spine fusion for chronic low back pain due to degenerative disc disease: a systematic review. Spine (Phila Pa 1976). 2013 Apr 1;38(7):E409-22. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23334400?tool=bestpractice.com
Atualmente, as indicações clínicas para a fusão espinhal incluem: falha do tratamento conservador agressivo, dor crônica prolongada, incapacidade por mais de 1 ano e degeneração discal avançada, conforme identificada à ressonância magnética limitada a 1 ou 2 níveis de disco.[140]Andersson GB, Shen FH. Operative management of the degenerative disc: posterior and posterolateral procedures. In: Herkowitz HN, Dvorak J, Bell G, et al, eds. The Lumbar Spine. 3rd ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins; 2004;317-23.[141]Sidhu KS, Herkowitz HN. Spinal instrumentation in the management of degenerative disorders of the lumbar spine. Clin Orthop Rel Res. 1997 Feb;(335):39-53. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9020205?tool=bestpractice.com Na presença de uma clara patologia com instabilidade evidente (espondilose, espondilolistese ístmica com instabilidade, artropatia facetária com espondilolistese degenerativa), a resposta à fisioterapia pode ser observada por um período de tempo mais curto (6 meses) antes de se considerar a realização de cirurgia.
Têm sido desenvolvidas e defendidas diversas técnicas para a obtenção da fusão da coluna lombar, incluindo: fusão posterolateral (com ou sem parafusos pediculares), fusão intersomática lombar posterior, fusão intersomática lombar transforaminal e fusão intersomática lombar anterior. Na maioria dos casos, mostrou-se que o uso de instrumentação aumenta as taxas de fusão, mas à custa de índices mais altos de complicações, sangramento e tempo de cirurgia.[142]Fritzell P, Hagg O, Wessberg P, et al. 2001 Volvo Award Winner in Clinical Studies: Lumbar fusion versus nonsurgical treatment for chronic low back pain: a multicenter randomized controlled trial from the Swedish Lumbar Spine Study Group. Spine (Phila Pa 1976). 2001 Dec 1;26(23):2521-32; discussion 2532-4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11725230?tool=bestpractice.com [150]Fritzell P, Hägg O, Wessberg P, et al. Chronic low back pain and fusion: a comparison of three surgical techniques: a prospective randomized study from the Swedish lumbar spine study group. Spine (Phila Pa 1976). 2002 Jun 1;27(11):1131-41. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12045508?tool=bestpractice.com Todas as técnicas de fusão reduzem a dor e a incapacidade, sem que se identifique uma desvantagem pelo uso das técnicas cirúrgicas menos complexas.[150]Fritzell P, Hägg O, Wessberg P, et al. Chronic low back pain and fusion: a comparison of three surgical techniques: a prospective randomized study from the Swedish lumbar spine study group. Spine (Phila Pa 1976). 2002 Jun 1;27(11):1131-41. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12045508?tool=bestpractice.com [151]Lee GW, Lee SM, Ahn MW, et al. Comparison of posterolateral lumbar fusion and posterior lumbar interbody fusion for patients younger than 60 years with isthmic spondylolisthesis. Spine (Phila Pa 1976). 2014 Nov 15;39(24):E1475-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25202935?tool=bestpractice.com [152]Liu XY, Qiu GX, Weng XS, et al. What is the optimum fusion technique for adult spondylolisthesis-PLIF or PLF or PLIF plus PLF? A meta-analysis from 17 comparative studies. Spine (Phila Pa 1976). 2014 Oct 15;39(22):1887-98. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25099321?tool=bestpractice.com
sistemas interferenciais, incluindo estimuladores
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O uso de uma variedade de sistemas e estimuladores interferenciais pode proporcionar benefícios para sintomas agudos e crônicos; no entanto, seu uso é controverso.[119]Chou R, Huffman LH. Nonpharmacologic therapies for acute and chronic low back pain: a review of the evidence for an American Pain Society/American College of Physicians clinical practice guideline. Ann Intern Med. 2007 Oct 2;147(7):492-504. http://www.annals.org/content/147/7/492.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17909210?tool=bestpractice.com [120]Hurley DA, McDonough SM, Dempster M, et al. A randomized clinical trial of manipulative therapy and interferential therapy for acute low back pain. Spine (Phila Pa 1976). 2004 Oct 15;29(20):2207-16. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15480130?tool=bestpractice.com
gabapentina ou pregabalina
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A gabapentina e a pregabalina podem aliviar a dor e melhorar a qualidade de vida nos pacientes com dor neuropática crônica, embora isso seja controverso e seja necessária cautela.[107]Yildirim K, Deniz O, Gureser G, et al. Gabapentin monotherapy in patients with chronic radiculopathy: the efficacy and impact on life quality. J Back Musculoskelet Rehabil. 2009;22(1):17-20. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20023359?tool=bestpractice.com [108]Gilron I. Gabapentin and pregabalin for chronic neuropathic and early postsurgical pain: current evidence and future directions. Curr Opin Anaesthesiol. 2007 Oct;20(5):456-72. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17873599?tool=bestpractice.com [109]Enke O, New HA, New CH, et al. Anticonvulsants in the treatment of low back pain and lumbar radicular pain: a systematic review and meta-analysis. CMAJ. 2018 Jul 3;190(26):E786-93. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6028270 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29970367?tool=bestpractice.com A adesão a tratamentos com pregabalina assim como a sua biodisponibilidade parece superior que no caso da gabapentina, sendo, portanto, geralmente preferida com relação a esta última.
A pregabalina parece ter melhor adesão e biodisponibilidade que a gabapentina.
Gabapentina ou anticonvulsivantes não são recomendados para o controle da dorsalgia no Reino Unido.[65]National Institute for Health and Care Excellence. Low back pain and sciatica in over 16s: assessment and management. Dec 2020 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/NG59 A orientação dos EUA não faz nenhuma recomendação a favor ou contra o uso da gabapentina para o tratamento de hérnia de disco lombar com radiculopatia devido a evidências insuficientes.[64]Kreiner DS, Hwang SW, Easa JE, et al. An evidence-based clinical guideline for the diagnosis and treatment of lumbar disc herniation with radiculopathy. Spine J. 2014 Jan;14(1):180-91. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24239490?tool=bestpractice.com
Opções primárias
pregabalina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
gabapentina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
bloqueios seletivos da raiz nervosa ou injeção epidural
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Inflamação, como causa de sintomas radiculares com compressão leve ou moderada, pode ser tratada por um bloqueio seletivo da raiz nervosa.
Isso é realizado com orientação radiológica para a colocação de uma agulha na coluna, próxima à raiz nervosa. Um anestésico local de ação prolongada, com ou sem corticosteroides de ação local, é então infiltrado.
Injeções epidurais são usadas para dor radicular decorrente de patologia bilateral em múltiplos níveis.[127]Benoist M, Boulu P, Hayem G. Epidural steroid injections in the management of low-back pain with radiculopathy: an update of their efficacy and safety. Eur Spine J. 2012 Feb;21(2):204-13. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21922288?tool=bestpractice.com
Um anestésico local de ação prolongada, com ou sem corticosteroides de ação local, pode ser injetado no forame ou no canal vertebral.[128]Bicket MC, Horowitz JM, Benzon HT, et al. Epidural injections in prevention of surgery for spinal pain: systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Spine J. 2015 Feb 1;15(2):348-62. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25463400?tool=bestpractice.com [165]MacVicar J, King W, Landers MH, et al. The effectiveness of lumbar transforaminal injection of steroids: a comprehensive review with systematic analysis of the published data. Pain Med. 2013 Jan;14(1):14-28. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1526-4637.2012.01508.x/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23110347?tool=bestpractice.com A infiltração no canal vertebral pode ser feita pelas vias lombar (através dos ligamentos posteriores), transforaminal (através do espaço epidural visando uma raiz nervosa específica) ou caudal (através do hiato sacral).[64]Kreiner DS, Hwang SW, Easa JE, et al. An evidence-based clinical guideline for the diagnosis and treatment of lumbar disc herniation with radiculopathy. Spine J. 2014 Jan;14(1):180-91. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24239490?tool=bestpractice.com [125]Parr AT, Manchikanti L, Hameed H, et al. Caudal epidural injections in the management of chronic low back pain: a systematic appraisal of the literature. Pain Physician. 2012 May-Jun;15(3):E159-98. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22622911?tool=bestpractice.com [126]Benyamin RM, Manchikanti L, Parr AT, et al. The effectiveness of lumbar interlaminar epidural injections in managing chronic low back and lower extremity pain. Pain Physician. 2012 Jul-Aug;15(4):E363-404. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22828691?tool=bestpractice.com O volume necessário da substância injetada aumenta em cada uma dessas vias.
Embora injeções epidurais de esteroide possam oferecer maiores benefícios que a gabapentina para algumas medidas de desfecho, as diferenças são poucas e transitórias na maioria dos casos.[134]Cohen SP, Hanling S, Bicket MC, et al. Epidural steroid injections compared with gabapentin for lumbosacral radicular pain: multicenter randomized double blind comparative efficacy study. BMJ. 2015 Apr 16;350:h1748. http://www.bmj.com/content/350/bmj.h1748.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25883095?tool=bestpractice.com
A American Academy of Neurology avaliou o uso de injeções peridurais de corticosteroides para tratar pacientes com dor radicular lombossacral, eles sugerem que a dor pode melhorar em curto prazo (2-6 semanas após a injeção), mas não foi demonstrada impacto sobre o comprometimento médio da função, a necessidade de cirurgia, ou o alívio da dor em longo prazo além de 3 meses. O uso rotineiro não é recomendado para os pacientes com dor radicular lombossacral.[133]Armon C, Argoff CE, Samuels J, et al. Assessment: use of epidural steroid injections to treat radicular lumbosacral pain: report of the Therapeutics and Technology Assessment Subcommittee of the American Academy of Neurology. Neurology. 2007 Mar 6;68(10):723-9. https://www.doi.org/10.1212/01.wnl.0000256734.34238.e7 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17339579?tool=bestpractice.com
Em 2012, nos EUA, um surto de infecções fúngicas do sistema nervoso central foi relatado em pacientes que receberam injeções epidurais ou paraespinhais do glicocorticoide acetato de metilprednisolona sem conservantes, preparadas por uma única farmácia de manipulação.[135]Kainer MA, Reagan DR, Nguyen DB, et al; Tennessee Fungal Meningitis Investigation Team. Fungal infections associated with contaminated methylprednisolone in Tennessee. N Engl J Med. 2012 Dec 6;367(23):2194-203. http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1212972 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23131029?tool=bestpractice.com Embora tais casos sejam extremamente raros, destacam a necessidade dos padrões mais elevados na preparação e injeção de medicamentos, caso essas vias de administração sejam usadas.
descompressão neural ou fusão espinhal
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A descompressão das raízes nervosas e das estruturas neurais alivia os sintomas radiculares. A remoção das facetas articulares degeneradas permite uma melhor descompressão subarticular e remove uma das potenciais fontes de dor. Pode ser obtida uma descompressão indireta por meio da colocação de enxertos intersomáticos para aumentar a altura do disco e alargar o forame.
A fusão espinhal é mais adequada para pacientes com evidências de instabilidade vertebral (trauma, tumor, infecção, deformidade e doença de disco intervertebral). Na presença de doença discal degenerativa sem instabilidade significativa, a aplicação de fusões espinhais se baseia na percepção de que evitar qualquer movimento através de um disco doloroso ou remover totalmente esse disco e executar a fusão do segmento móvel interromperá a evolução da doença e aliviará a dor.[148]Hanley EN Jr, David SM. Lumbar arthrodesis for the treatment of back pain. J Bone Joint Surg Am. 1999 May;81(5):716-30. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10360702?tool=bestpractice.com [149]Kishen TJ, Diwan AD. Fusion versus disk replacement for degenerative conditions of the lumbar and cervical spine: quid est testimonium? Orthop Clin North Am. 2010 Apr;41(2):167-81. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20399356?tool=bestpractice.com
Atualmente, as indicações clínicas para a fusão vertebral incluem: falha de tratamento conservador agressivo, dor crônica prolongada, incapacidade por mais de 1 ano e degeneração discal avançada, conforme identificada à ressonância magnética limitada a 1 ou 2 níveis de disco.[140]Andersson GB, Shen FH. Operative management of the degenerative disc: posterior and posterolateral procedures. In: Herkowitz HN, Dvorak J, Bell G, et al, eds. The Lumbar Spine. 3rd ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins; 2004;317-23.[141]Sidhu KS, Herkowitz HN. Spinal instrumentation in the management of degenerative disorders of the lumbar spine. Clin Orthop Rel Res. 1997 Feb;(335):39-53. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9020205?tool=bestpractice.com Na presença de uma clara patologia com instabilidade evidente (espondilose, espondilolistese ístmica com instabilidade, artropatia facetária com espondilolistese degenerativa), a resposta à fisioterapia pode ser observada por um período de tempo mais curto (6 meses) antes de se considerar a realização de cirurgia.
Em casos de radiculopatia, a presença de sintomas por mais de 6 meses tem sido associada a resultados clínicos mais desfavoráveis.[143]Rihn JA, Hilibrand AS, Radcliff K, et al. Duration of symptoms resulting from lumbar disc herniation: effect on treatment outcomes: analysis of the Spine Patient Outcomes Research Trial (SPORT). J Bone Joint Surg Am. 2011 Oct 19;93(20):1906-14. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22012528?tool=bestpractice.com Foram observados achados semelhantes em pacientes tratados para estenose da coluna vertebral, estando o tratamento no período inferior a 12 meses de duração dos sintomas correlacionado a melhores resultados clínicos.[144]Radcliff KE, Rihn J, Hilibrand A, et al. Does the duration of symptoms in patients with spinal stenosis and degenerative spondylolisthesis affect outcomes?: analysis of the Spine Outcomes Research Trial. Spine (Phila Pa 1976). 2011 Dec 1;36(25):2197-210. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21912308?tool=bestpractice.com
Têm sido desenvolvidas e defendidas diversas técnicas para a obtenção da fusão da coluna lombar, incluindo: fusão posterolateral (com ou sem parafusos pediculares), fusão intersomática lombar posterior, fusão intersomática lombar transforaminal e fusão intersomática lombar anterior. Na maioria dos casos, mostrou-se que o uso de instrumentação aumenta as taxas de fusão, mas à custa de índices mais altos de complicações, sangramento e tempo de cirurgia.[142]Fritzell P, Hagg O, Wessberg P, et al. 2001 Volvo Award Winner in Clinical Studies: Lumbar fusion versus nonsurgical treatment for chronic low back pain: a multicenter randomized controlled trial from the Swedish Lumbar Spine Study Group. Spine (Phila Pa 1976). 2001 Dec 1;26(23):2521-32; discussion 2532-4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11725230?tool=bestpractice.com [150]Fritzell P, Hägg O, Wessberg P, et al. Chronic low back pain and fusion: a comparison of three surgical techniques: a prospective randomized study from the Swedish lumbar spine study group. Spine (Phila Pa 1976). 2002 Jun 1;27(11):1131-41. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12045508?tool=bestpractice.com
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