Prognóstico

Aproximadamente 70% a 85% dos adultos sofrem de lombalgia em algum momento de suas vidas.[4] Aproximadamente 90% desses indivíduos apresentarão resolução dos sintomas em até 3 meses depois do início da dor, com ou sem tratamento.[4] A maioria dos pacientes com exacerbações agudas de dorsalgia discogênica melhorará em até 4 semanas.[170]

A história natural da dor lombar sugere que é razoável tratar inicialmente todos os pacientes de forma conservadora. No entanto, casos que se apresentam com uma emergência neurológica e os que têm sinais de alerta (dor noturna, perda de peso inexplicada, febre, história conhecida de neoplasia, usuário de drogas injetáveis ou exposição a tuberculose) justificam a realização urgente de exames de imagem e tratamento para a patologia subjacente específica. Uma vez que todas as medidas conservadoras tenham sido esgotadas, ou se os sintomas justificarem, a intervenção cirúrgica poderá ser necessária.

Recorrências são comuns; no entanto, a intensidade geralmente é menor. Apenas uma pequena proporção (5%) de indivíduos com episódio agudo de dor lombar desenvolverá dor lombar crônica e incapacidade relacionada.[97]

Desfechos após a cirurgia: um estudo mostrou resultados superiores para um grupo de pacientes bem informados e selecionados submetidos à fusão para dor lombar crônica intensa em comparação com pacientes que receberam tratamento não cirúrgico.[142] Vários fatores foram analisados quanto ao resultado cirúrgico após fusão. É interessante observar que o desfecho cirúrgico desfavorável foi correlacionado a pacientes que recebem indenizações do empregador, ao número de operações lombares prévias, à baixa renda, à idade avançada e a processos judiciais.[171][172] Outro estudo mostrou que tabagismo, depressão e processos judiciais são fatores preditivos de um desfecho desfavorável, apesar do sucesso da fusão.[173] Embora haja uma evolução contínua na cirurgia de coluna com o uso de nova instrumentação aperfeiçoada e medicamentos mais eficazes, uma revisão da literatura sugere que os resultados das cirurgias de fusão ainda são controversos.[142][174][175] Uma revisão sistemática que investigou a eficácia de tratamentos conservadores e cirúrgicos para hérnia de disco lombar em atletas descobriu que os percentuais de atletas que retornam a seus níveis originais de atividade são de 78.9% para tratamento conservador, 85.1% para microdiscectomia e 69.9% para discectomia percutânea.[176]

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal