História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

anemia

Ocorre em 60% a 70% dos pacientes.[5][6]

A anemia (>20 g/L [>2 g/dL] abaixo do limite inferior do normal, ou <100 g/L [<10 g/dL]) é um dos critérios diagnósticos subsidiários para o MM (de acordo com o International Myeloma Working Group).[3][4] Consulte Classificação.

dor óssea

Tipicamente localizada nas costas. Ocorre em 60% a 70% dos pacientes.[5][6]

Incomuns

gamopatia monoclonal de significado indeterminado (MGUS)

O MM é precedido pela MGUS.

A MGUS é uma doença pré-maligna assintomática que geralmente é diagnosticada incidentalmente. Ela está presente em aproximadamente de 2% a 3% da população branca com 50 anos de idade ou mais.[20][37][38]

A MGUS progride para MM em uma taxa de aproximadamente 1% por ano.[20][21][22]

Consulte Gamopatia monoclonal de significado indeterminado.

Outros fatores diagnósticos

comuns

hipercalcemia

A hipercalcemia pode estar presente em até 20% dos pacientes no momento do diagnóstico de MM.[68][69]

A hipercalcemia (cálcio sérico >0.25 mmol/L [>1 mg/dL] superior ao limite superior do normal, ou >2.75 mmol/L [>11 mg/dL]) é um dos critérios diagnósticos subsidiários para o MM (de acordo com o International Myeloma Working Group).[3][4]​ Consulte Classificação.

infecções

A produção normal de imunoglobulinas é afetada, resultando em hipogamaglobulinemia relativa e predispondo os pacientes a infecções.

As taxas de infecção variam com o status do tratamento. Foi relatada infecção grave em até 23% dos pacientes que receberam medicamentos imunomoduladores (por exemplo, talidomida ou lenalidomida).[70][71]

fadiga

Decorrente da anemia ou hipercalcemia.

comprometimento renal

Ocorre em até 50% dos pacientes e está associada a um mau prognóstico.[5][65]

A insuficiência renal (clearance da creatinina <40 mL por minuto ou creatinina sérica >177 micromoles/L [>2 mg/dL]) é um dos critérios diagnósticos subsidiários para MM (de acordo com o International Myeloma Working Group).[3][4] Consulte Classificação.

Fatores de risco

Fortes

gamopatia monoclonal de significado indeterminado (MGUS)

O MM é precedido pela MGUS.

A MGUS é um distúrbio assintomático que geralmente é diagnosticado incidentalmente quando uma proteína monoclonal é detectada no soro ou na urina. Ela está presente em aproximadamente de 2% a 3% da população branca com 50 anos de idade ou mais.[20][37][38]

O risco de progressão da MGUS para MM ou doenças relacionadas é de aproximadamente 1% por ano. A concentração inicial de proteína monoclonal sérica é um importante preditor da progressão a 20 anos.[20][21][22][23]

Os outros fatores prognósticos independentes que influenciam a progressão da MGUS para MM incluem: imunoglobulina A (IgA); plasmocitose da medula óssea >5%; proteinúria de Bence Jones; diminuição de imunoglobulinas policlonais séricas; velocidade de hemossedimentação elevada.[39][40][41]

Consulte Gamopatia monoclonal de significado indeterminado.

relação anormal entre cadeias leves livres

Uma relação anormal entre cadeias leves livres (razão kappa/lambda <0.26 ou >1.65) é um indicador prognóstico significativo para progressão da MGUS para o MM.[42]

Fracos

sexo masculino

A incidência de MM nos EUA é maior entre homens do que entre mulheres (8.7 vs. 5.9 por 100,000 pessoas [dados de 2017-2021]).[9]

etnia negra

A incidência de MM nos EUA é maior entre os indivíduos negros não hispânicos e menor entre asiáticos e habitantes das ilhas do Pacífico não hispânicos.[9]

história familiar de MM

Existem relatos de famílias com dois ou mais indivíduos afetados.[12]

Um estudo realizado pelo International Multiple Myeloma Consortium mostrou um aumento do risco de MM naqueles com um parente de primeiro grau com qualquer tipo de câncer linfo-hematopoiético, especialmente o MM.[11] O risco de MM em pessoas com um parente de primeiro grau com MM foi mais evidente entre homens e afro-americanos.

exposição à radiação

Um grande estudo epidemiológico entre trabalhadores da indústria nuclear relatou uma associação significativa limítrofe entre MM e exposição prolongada a doses baixas de radiação ionizante.[14]

Um estudo epidemiológico subsequente (22,373 trabalhadores de áreas de radiação com acompanhamento de 536,126 pessoas-ano) não encontrou indicação de relação da exposição a radiação (após inalação) gama externa ou radiação de plutônio interna (alfa) e a incidência de MM.[43]

exposição a derivados de petróleo

Vários relatos sugerem uma associação entre MM e exposição a benzeno. Entretanto, não existe evidência científica de uma relação causal entre o risco de desenvolvimento de MM e exposição a derivados de petróleo.[15][16][17][18]

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