Tuberculose pulmonar
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
infecção latente por TB: não gestante
tratamento para infecção latente por TB
Os indivíduos que tiveram uma exposição significativa a um caso de TB infecciosa ativa nos últimos 1 a 2 anos devem ser avaliados para tuberculose ativa e infecção tuberculosa latente (ITBL). Recomenda-se a repetição do exame para ITBL (prova tuberculínica ou testes de liberação de gamainterferona) 8 a 10 semanas depois da exposição mais recente, se a avaliação inicial tiver sido realizada antes da exposição mais recente e se o teste inicial tiver sido negativo.
O tratamento para infecção latente pode ser considerado antes disso e em pessoas com teste tuberculínico positivo (geralmente considerado induração ≥5 mm nesse grupo de pacientes), mas sem sinal clínico ou bacteriológico de infecção ativa.
A decisão de realizar o tratamento depende da duração, da proximidade e do ambiente de exposição, além da condição de imunidade dos contatos expostos.[9]Nahid P, Dorman SE, Alipanah N, et al. Official American Thoracic Society/Centers for Disease Control and Prevention/Infectious Diseases Society of America clinical practice guidelines: treatment of drug-susceptible tuberculosis. Clin Infect Dis. 2016 Oct 1;63(7):e147-95. https://academic.oup.com/cid/article/63/7/e147/2196792 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27516382?tool=bestpractice.com
Para pacientes com ITBL presumidamente suscetíveis à isoniazida ou rifampicina, as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendam os seguintes esquemas, independentemente da sorologia para HIV: 6 ou 9 meses de isoniazida diária (todas as idades), 3 meses de rifapentina semanal associada a isoniazida (idade de 2 anos e acima) ou 3 meses de isoniazida diária associada a rifampicina (todas as idades).[66]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 1: prevention: tuberculosis preventive treatment. Feb 2020 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240001503 Um mês de rifapentina diária associada a isoniazida (idade de 13 anos e acima) ou 4 meses de rifampicina diária (todas as idades) são esquemas alternativos.[66]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 1: prevention: tuberculosis preventive treatment. Feb 2020 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240001503 As rifamicinas só devem ser usadas se não houver interações significativas com outros medicamentos (por exemplo, terapia antirretroviral).
A neuropatia periférica é um efeito adverso comum da isoniazida devido ao antagonismo da piridoxina. A suplementação de piridoxina deve, portanto, ser considerada para prevenção de neuropatia periférica em pacientes com infecção latente tomando isoniazida, particularmente naqueles nos quais a neuropatia é comum (por exemplo, diabetes, uremia, alcoolismo, desnutrição, infecção por HIV), gestantes ou pacientes com transtorno convulsivo.[21]American Thoracic Society. Targeted tuberculin testing and treatment of latent tuberculosis infection. Am J Respir Crit Care Med. 2000 Apr;161(4 Pt 2):S221-47. https://www.atsjournals.org/doi/full/10.1164/ajrccm.161.supplement_3.ats600#.UoSlinC9lBE http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10764341?tool=bestpractice.com [66]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 1: prevention: tuberculosis preventive treatment. Feb 2020 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240001503 [67]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. Guidelines for the prevention and treatment of opportunistic infections in adults and adolescents with HIV: mycobacterium tuberculosis infection and disease. 2024 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/mycobacterium
O ideal é que todos os medicamentos dentro de determinado esquema sejam administrados na mesma hora do dia, se possível. Se o paciente não puder tolerar a quantidade de comprimidos, medicamentos diferentes poderão ser administrados separadamente, mas a dose de cada medicamento não deve ser dividida. Consulte as diretrizes para informações sobre dosagem.[9]Nahid P, Dorman SE, Alipanah N, et al. Official American Thoracic Society/Centers for Disease Control and Prevention/Infectious Diseases Society of America clinical practice guidelines: treatment of drug-susceptible tuberculosis. Clin Infect Dis. 2016 Oct 1;63(7):e147-95. https://academic.oup.com/cid/article/63/7/e147/2196792 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27516382?tool=bestpractice.com
A rifapentina pode não estar disponível em alguns países.
Pacientes com comorbidade complexa, ou para os quais o tratamento é contraindicado, devem ser tratados após consulta com um especialista.
Para os pacientes com ITBL presumivelmente decorrente de contato com um paciente infeccioso com TB resistente a medicamentos, deve-se procurar consulta especializada.[66]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 1: prevention: tuberculosis preventive treatment. Feb 2020 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240001503 [67]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. Guidelines for the prevention and treatment of opportunistic infections in adults and adolescents with HIV: mycobacterium tuberculosis infection and disease. 2024 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/mycobacterium [68]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Children with and Exposed to HIV. Guidelines for the prevention and treatment of opportunistic infections in children with and exposed to HIV: mycobacterium tuberculosis. 2023 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-pediatric-opportunistic-infections/mycobacterium-tuberculosis [69]Nahid P, Mase SR, Migliori GB, et al. Treatment of drug-resistant tuberculosis. An official ATS/CDC/ERS/IDSA clinical practice guideline. Am J Respir Crit Care Med. 2019 Nov 15;200(10):e93-142. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/pmid/31729908 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31729908?tool=bestpractice.com Para os pacientes expostos a TB resistente à isoniazida, 4 meses de rifampicina diária podem ser uma opção.[66]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 1: prevention: tuberculosis preventive treatment. Feb 2020 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240001503 [68]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Children with and Exposed to HIV. Guidelines for the prevention and treatment of opportunistic infections in children with and exposed to HIV: mycobacterium tuberculosis. 2023 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-pediatric-opportunistic-infections/mycobacterium-tuberculosis As diretrizes dos EUA recomendam que os pacientes com TB resistente a múltiplos medicamentos sejam tratados com 6 a 12 meses de uma fluoroquinolona (ou seja, levofloxacino ou moxifloxacino) isolada ou em combinação com um segundo agente com base nos testes de suscetibilidade do isolado de origem.[69]Nahid P, Mase SR, Migliori GB, et al. Treatment of drug-resistant tuberculosis. An official ATS/CDC/ERS/IDSA clinical practice guideline. Am J Respir Crit Care Med. 2019 Nov 15;200(10):e93-142. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/pmid/31729908 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31729908?tool=bestpractice.com Os esquemas específicos não estão detalhados aqui. As diretrizes da OMS recomendam que em contactantes domiciliares de alto risco selecionados de pacientes com TB resistente a múltiplos medicamentos, o tratamento preventivo pode ser considerado com base em uma avaliação de risco individualizada e em uma justificativa clínica sólida.[66]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 1: prevention: tuberculosis preventive treatment. Feb 2020 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240001503
Opções primárias
isoniazida: crianças <10 anos de idade: 7-15 mg/kg por via oral uma vez ao dia por 6 ou 9 meses, máximo de 300 mg/dose; crianças ≥10 anos de idade e adultos: 5 mg/kg por via oral uma vez ao dia por 6 ou 9 meses, máximo de 300 mg/dose
Mais isoniazidaA piridoxina (vitamina B6) é administrada com isoniazida a todas as pessoas com risco de neuropatia.
ou
isoniazida: crianças de 2-14 anos de idade e peso corporal de 10-15 kg: 300 mg por via oral uma vez por semana durante 3 meses; crianças de 2-14 anos de idade e peso corporal de 16-23 kg: 500 mg por via oral uma vez por semana durante 3 meses; crianças de 2-14 anos de idade e peso corporal de 24-30 kg: 600 mg por via oral uma vez por semana durante 3 meses; crianças de 2-14 anos de idade e peso corporal >30 kg: 700 mg por via oral uma vez por semana durante 3 meses; crianças >14 anos de idade e adultos: 900 mg por via oral uma vez por semana durante 3 meses
Mais isoniazidaA piridoxina (vitamina B6) é administrada com isoniazida a todas as pessoas com risco de neuropatia.
e
rifapentina: crianças de 2-14 anos de idade e peso corporal de 10-15 kg: 300 mg por via oral uma vez por semana durante 3 meses; crianças de 2-14 anos de idade e peso corporal de 16-23 kg: 450 mg por via oral uma vez por semana durante 3 meses; crianças de 2-14 anos de idade e peso corporal de 24-30 kg: 600 mg por via oral uma vez por semana durante 3 meses; crianças de 2-14 anos de idade e peso corporal >30 kg: 750 mg por via oral uma vez por semana durante 3 meses; crianças >14 anos de idade e adultos: 900 mg por via oral uma vez por semana durante 3 meses
ou
isoniazida: crianças <10 anos de idade: 7-15 mg/kg por via oral uma vez ao dia por 3 meses, máximo de 300 mg/dose; crianças ≥10 anos de idade e adultos: 5 mg/kg por via oral uma vez ao dia por 3 meses, máximo de 300 mg/dose
Mais isoniazidaA piridoxina (vitamina B6) é administrada com isoniazida a todas as pessoas com risco de neuropatia.
e
rifampicina: crianças <10 anos de idade: 10-20 mg/kg por via oral uma vez ao dia por 3 meses, máximo de 600 mg/dose; crianças ≥10 anos de idade e adultos: 10 mg/kg por via oral uma vez ao dia durante 3 meses, máximo de 600 mg/dose
Opções secundárias
isoniazida: crianças ≥13 anos de idade e adultos: 300 mg por via oral uma vez ao dia durante 1 mês
Mais isoniazidaA piridoxina (vitamina B6) é administrada com isoniazida a todas as pessoas com risco de neuropatia.
e
rifapentina: crianças ≥13 anos de idade e adultos: 600 mg por via oral uma vez ao dia durante 1 mês
ou
rifampicina: crianças <10 anos de idade: 10-20 mg/kg por via oral uma vez ao dia por 4 meses, máximo de 600 mg/dose; crianças ≥10 anos de idade e adultos: 10 mg/kg por via oral uma vez ao dia durante 4 meses, máximo de 600 mg/dose
infecção latente por TB: gestante
apoio de especialista
A gravidez tem influência mínima na progressão da infecção tuberculosa latente para a doença ativa, e as gestantes devem ser examinadas com base na presença dos fatores de risco. Se houver alto risco de evolução para TB (por exemplo, infecção por TB recente, infecção por HIV), indica-se tratamento imediato. Caso contrário, o tratamento poderá ser protelado até pelo menos 3 meses após o parto, em decorrência da incidência elevada de hepatite grave induzida por medicamentos durante o período perinatal.
Na gestação, recomenda-se consulta a um especialista.
não gestante HIV-negativa com tuberculose ativa: sem disfunção hepática
terapia de fase intensiva
As diretrizes da OMS para o tratamento da TB pulmonar ativa susceptível a medicamentos incluem os esquemas administrados por um período total de 4 ou 6 meses.[70]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-susceptible tuberculosis treatment. May 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240048126
O esquema padrão de 6 meses é recomendado pela OMS para novos pacientes com TB pulmonar. O tratamento de fase intensiva inicial para o esquema de 6 meses inclui os medicamentos preferenciais de isoniazida, rifampicina, pirazinamida e etambutol, e dura 2 meses.[70]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-susceptible tuberculosis treatment. May 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240048126 Pacientes com idade entre 3 meses e 16 anos com TB não grave (definida como derrame pleural por TB não complicada ou doença paucibacilar, não cavitária, confinada a um lobo dos pulmões e sem padrão miliar) podem receber uma versão de 4 meses deste esquema. A fase intensiva desse esquema inclui a administração diária de isoniazida, rifampicina e pirazinamida, com ou sem etambutol, por 2 meses.[30]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 5: management of tuberculosis in children and adolescents. Mar 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240046764 [70]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-susceptible tuberculosis treatment. May 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240048126 O etambutol deve ser incluído em áreas de alta prevalência de HIV ou resistência à isoniazida.[30]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 5: management of tuberculosis in children and adolescents. Mar 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240046764 [70]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-susceptible tuberculosis treatment. May 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240048126 Crianças e adolescentes que não atendem aos critérios para TB não grave devem receber o esquema de tratamento padrão de 6 meses (incluindo etambutol).[30]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 5: management of tuberculosis in children and adolescents. Mar 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240046764 [70]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-susceptible tuberculosis treatment. May 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240048126
Pacientes com 12 anos ou mais podem receber um esquema de 4 meses de isoniazida, rifapentina, moxifloxacino e pirazinamida. A fase intensiva desse esquema inclui a administração diária de isoniazida, rifapentina, moxifloxacino e pirazinamida e também dura 2 meses.[70]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-susceptible tuberculosis treatment. May 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240048126 [71]Dorman SE, Nahid P, Kurbatova EV, et al. Four-month rifapentine regimens with or without moxifloxacin for tuberculosis. N Engl J Med. 2021 May 6;384(18):1705-18. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2033400?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33951360?tool=bestpractice.com Este esquema não é atualmente recomendado para crianças pequenas, gestantes e pacientes com infecção por HIV e contagem de CD4 <100 células/microlitro.[70]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-susceptible tuberculosis treatment. May 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240048126
A piridoxina deve ser administrada com isoniazida para ajudar a prevenir a neuropatia associada à isoniazida e é recomendada em todos os casos de TB ativa.
A pirazinamida é utilizada apenas na fase inicial. Ela não é recomendada para pacientes com artrite gotosa aguda (mas pode ser usada em pacientes com história pregressa de gota), pois não existem muitas informações sobre os dados de segurança.
Os antibióticos fluoroquinolonas sistêmicos podem causar eventos adversos graves, incapacitantes e potencialmente duradouros ou irreversíveis. Isso inclui, mas não está limitado a: tendinopatia/ruptura de tendão; neuropatia periférica; artropatia/artralgia; aneurisma e dissecção da aorta; regurgitação da valva cardíaca; disglicemia; e efeitos sobre o sistema nervoso central, incluindo convulsões, depressão, psicose e pensamentos e comportamento suicidas.[85]Rusu A, Munteanu AC, Arbănași EM, et al. Overview of side-effects of antibacterial fluoroquinolones: new drugs versus old drugs, a step forward in the safety profile? Pharmaceutics. 2023 Mar 1;15(3):804. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10056716 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36986665?tool=bestpractice.com Restrições de prescrição aplicam-se ao uso das fluoroquinolonas, e essas restrições podem variar entre os países. Em geral, o uso das fluoroquinolonas deve ser restrito apenas nas infecções bacterianas graves e com risco à vida. Algumas agências regulatórias também podem recomendar que eles sejam usados apenas em situações em que outros antibióticos comumente recomendados para a infecção sejam inadequados (por exemplo, resistência, contraindicações, falha do tratamento, indisponibilidade). Consulte as diretrizes locais e o formulário de medicamentos para obter mais informações sobre adequação, contraindicações e precauções.
Deve-se obter aconselhamento de um especialista para pacientes com clearance da creatinina <30 mL/minuto.
Opções primárias
Esquema de 4 ou 6 meses
isoniazida: 7-15 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 300 mg/dose; adultos: 5 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 300 mg/dose
Mais isoniazidaA piridoxina (vitamina B6) é administrada com isoniazida a todas as pessoas com risco de neuropatia.
e
rifampicina: crianças: 10-20 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 600 mg/dose; adultos: 10 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 600 mg/dose
e
pirazinamida: crianças: 30-40 mg/kg por via oral uma vez ao dia; adultos: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose (a dose é baseada na massa corporal magra e na formulação em comprimidos disponível)
e
etambutol: crianças: 15-25 mg/kg por via oral uma vez ao dia; adultos: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose (a dose é baseada na massa corporal magra e na formulação em comprimidos disponível)
Mais etambutolO esquema de 4 meses pode ser administrado com ou sem etambutol.
ou
esquema de 4 meses
isoniazida: crianças ≥12 anos de idade e ≥40 kg de peso corporal e adultos: 300 mg por via oral uma vez ao dia
Mais isoniazidaA piridoxina (vitamina B6) é administrada com isoniazida a todas as pessoas com risco de neuropatia.
e
rifapentina: crianças ≥12 anos de idade e ≥40 kg de peso corporal e adultos: 1200 mg por via oral uma vez ao dia
e
moxifloxacino: crianças ≥12 anos de idade e ≥40 kg de peso corporal e adultos: 400 mg por via oral uma vez ao dia
e
pirazinamida: crianças ≥12 anos de idade e ≥40 kg de peso corporal e adultos: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose (a dose é baseada na massa corporal magra e na formulação em comprimidos disponível)
terapia na fase de manutenção
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
As diretrizes da OMS recomendam que os pacientes que completam o esquema padrão intensivo inicial de isoniazida, rifampicina, pirazinamida e etambutol continuem a receber isoniazida e rifampicina na fase de continuação por 4 meses (um total de 6 meses de tratamento). Crianças de 3 meses a 16 anos com TB pulmonar não grave devem receber 2 meses de terapia de fase de continuação (4 meses no total). Aqueles com TB grave e também crianças com menos de 3 meses devem receber o esquema de tratamento padrão de 6 meses.[30]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 5: management of tuberculosis in children and adolescents. Mar 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240046764 [70]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-susceptible tuberculosis treatment. May 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240048126
Na fase de continuação do esquema de 4 meses com isoniazida, rifapentina, moxifloxacino e pirazinamida, isoniazida, rifapentina e moxifloxacino são administrados por mais 2 meses (total de 4 meses).[70]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-susceptible tuberculosis treatment. May 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240048126 [71]Dorman SE, Nahid P, Kurbatova EV, et al. Four-month rifapentine regimens with or without moxifloxacin for tuberculosis. N Engl J Med. 2021 May 6;384(18):1705-18. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2033400?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33951360?tool=bestpractice.com
O ideal é que todos os medicamentos dentro de determinado esquema sejam administrados na mesma hora do dia, se possível. Se o paciente não puder tolerar a quantidade de comprimidos, medicamentos diferentes poderão ser administrados separadamente, mas a dose de cada medicamento não deve ser dividida. A terapia diária é preferível durante a fase de manutenção.
Os antibióticos fluoroquinolonas sistêmicos podem causar eventos adversos graves, incapacitantes e potencialmente duradouros ou irreversíveis. Isso inclui, mas não está limitado a: tendinopatia/ruptura de tendão; neuropatia periférica; artropatia/artralgia; aneurisma e dissecção da aorta; regurgitação da valva cardíaca; disglicemia; e efeitos sobre o sistema nervoso central, incluindo convulsões, depressão, psicose e pensamentos e comportamento suicidas.[85]Rusu A, Munteanu AC, Arbănași EM, et al. Overview of side-effects of antibacterial fluoroquinolones: new drugs versus old drugs, a step forward in the safety profile? Pharmaceutics. 2023 Mar 1;15(3):804. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10056716 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36986665?tool=bestpractice.com Restrições de prescrição aplicam-se ao uso das fluoroquinolonas, e essas restrições podem variar entre os países. Em geral, o uso das fluoroquinolonas deve ser restrito apenas nas infecções bacterianas graves e com risco à vida. Algumas agências regulatórias também podem recomendar que eles sejam usados apenas em situações em que outros antibióticos comumente recomendados para a infecção sejam inadequados (por exemplo, resistência, contraindicações, falha do tratamento, indisponibilidade). Consulte as diretrizes locais e o formulário de medicamentos para obter mais informações sobre adequação, contraindicações e precauções.
A piridoxina deve ser administrada com isoniazida para ajudar a prevenir a neuropatia associada à isoniazida e é recomendada em todos os casos de TB ativa.
Opções primárias
Esquema de 4 ou 6 meses
isoniazida: crianças: 7-15 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 300 mg/dose; adultos: 5 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 300 mg/dose
Mais isoniazidaA piridoxina (vitamina B6) é administrada com isoniazida a todas as pessoas com risco de neuropatia.
e
rifampicina: crianças: 10-20 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 600 mg/dose; adultos: 10 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 600 mg/dose
ou
esquema de 4 meses
isoniazida: crianças ≥12 anos de idade e ≥40 kg de peso corporal e adultos: 300 mg por via oral uma vez ao dia
Mais isoniazidaA piridoxina (vitamina B6) é administrada com isoniazida a todas as pessoas com risco de neuropatia.
e
rifapentina: crianças ≥12 anos de idade e ≥40 kg de peso corporal e adultos: 1200 mg por via oral uma vez ao dia
e
moxifloxacino: crianças ≥12 anos de idade e ≥40 kg de peso corporal e adultos: 400 mg por via oral uma vez ao dia
tratamento antituberculose
A TB resistente à isoniazida é definida como resistência à isoniazida e suscetibilidade à rifampicina que foi confirmada in vitro.
Em pacientes com tuberculose sensível à rifampicina e resistente à isoniazida confirmada, a OMS recomenda o tratamento com rifampicina, etambutol, pirazinamida e levofloxacino por um período de 6 meses.[81]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-resistant tuberculosis treatment, 2022 update. Dec 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240063129 Se a levofloxacino não puder ser usado (devido à toxicidade ou resistência), a OMS recomenda que o paciente seja tratado com rifampicina, etambutol e pirazinamida por 6 meses.[81]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-resistant tuberculosis treatment, 2022 update. Dec 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240063129
Os antibióticos fluoroquinolonas sistêmicos podem causar eventos adversos graves, incapacitantes e potencialmente duradouros ou irreversíveis. Isso inclui, mas não está limitado a: tendinopatia/ruptura de tendão; neuropatia periférica; artropatia/artralgia; aneurisma e dissecção da aorta; regurgitação da valva cardíaca; disglicemia; e efeitos sobre o sistema nervoso central, incluindo convulsões, depressão, psicose e pensamentos e comportamento suicidas.[85]Rusu A, Munteanu AC, Arbănași EM, et al. Overview of side-effects of antibacterial fluoroquinolones: new drugs versus old drugs, a step forward in the safety profile? Pharmaceutics. 2023 Mar 1;15(3):804. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10056716 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36986665?tool=bestpractice.com Restrições de prescrição aplicam-se ao uso das fluoroquinolonas, e essas restrições podem variar entre os países. Em geral, o uso das fluoroquinolonas deve ser restrito apenas nas infecções bacterianas graves e com risco à vida. Algumas agências regulatórias também podem recomendar que eles sejam usados apenas em situações em que outros antibióticos comumente recomendados para a infecção sejam inadequados (por exemplo, resistência, contraindicações, falha do tratamento, indisponibilidade). Consulte as diretrizes locais e o formulário de medicamentos para obter mais informações sobre adequação, contraindicações e precauções.
A resistência à rifampicina deve ser descartada antes do início do esquema e, preferencialmente, a resistência às fluoroquinolonas e à pirazinamida também seria descartada. Se a resistência à isoniazida for identificada após um paciente ter iniciado um esquema para TB suscetível a medicamentos, o teste molecular rápido para resistência à rifampicina deve ser realizado e, se a resistência à rifampicina for descartada, o paciente deve iniciar um ciclo completo de 6 meses com rifampicina, etambutol, pirazinamida e levofloxacino. Se for detectada resistência à rifampicina, o paciente deve iniciar um esquema de tratamento apropriado para TB resistente a múltiplos medicamentos.[81]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-resistant tuberculosis treatment, 2022 update. Dec 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240063129
Ao contrário dos esquemas para TB suscetível a medicamentos e resistente a múltiplos medicamentos, o esquema de tratamento recomendado pela OMS para a TB resistente à isoniazida não apresenta fases iniciais e de continuação intensivas.
Opções primárias
rifampicina
e
etambutol
e
pirazinamida
e
levofloxacino
Opções secundárias
rifampicina
e
etambutol
e
pirazinamida
esquema padronizado de 6 meses
O esquema totalmente oral de 6 meses recomendado pela OMS é composto de bedaquilina, pretomanida, linezolida e moxifloxacino (BPaLM).[81]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-resistant tuberculosis treatment, 2022 update. Dec 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240063129 [83]Conradie F, Diacon AH, Ngubane N, et al. Treatment of highly drug-resistant pulmonary tuberculosis. N Engl J Med. 2020 Mar 5;382(10):893-902. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1901814?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32130813?tool=bestpractice.com [84]Nyang'wa BT, Berry C, Kazounis E, et al. A 24-week, all-oral regimen for rifampin-resistant tuberculosis. N Engl J Med. 2022 Dec 22;387(25):2331-43. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2117166?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36546625?tool=bestpractice.com A OMS recomenda que, se o paciente tiver resistência documentada às fluoroquinolonas, o esquema deve continuar sem moxifloxacino (BPaL); embora o início do BPaLM não deva ser adiado enquanto se aguardam os resultados dos testes de sensibilidade aos medicamentos.
A OMS recomenda o uso deste esquema de 6 meses em vez dos esquemas de 9 meses ou mais para a TB resistente à rifampicina/resistente a múltiplos medicamentos para adultos e adolescentes com 14 anos ou mais, independentemente da sorologia para HIV, que tiverem tido menos de 1 mês de exposição à bedaquilina, linezolida, pretomanida ou delamanida.[81]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-resistant tuberculosis treatment, 2022 update. Dec 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240063129
Os antibióticos fluoroquinolonas sistêmicos podem causar eventos adversos graves, incapacitantes e potencialmente duradouros ou irreversíveis. Isso inclui, mas não está limitado a: tendinopatia/ruptura de tendão; neuropatia periférica; artropatia/artralgia; aneurisma e dissecção da aorta; regurgitação da valva cardíaca; disglicemia; e efeitos sobre o sistema nervoso central, incluindo convulsões, depressão, psicose e pensamentos e comportamento suicidas.[85]Rusu A, Munteanu AC, Arbănași EM, et al. Overview of side-effects of antibacterial fluoroquinolones: new drugs versus old drugs, a step forward in the safety profile? Pharmaceutics. 2023 Mar 1;15(3):804. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10056716 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36986665?tool=bestpractice.com Restrições de prescrição aplicam-se ao uso das fluoroquinolonas, e essas restrições podem variar entre os países. Em geral, o uso das fluoroquinolonas deve ser restrito apenas nas infecções bacterianas graves e com risco à vida. Algumas agências regulatórias também podem recomendar que eles sejam usados apenas em situações em que outros antibióticos comumente recomendados para a infecção sejam inadequados (por exemplo, resistência, contraindicações, falha do tratamento, indisponibilidade). Consulte as diretrizes locais e o formulário de medicamentos para obter mais informações sobre adequação, contraindicações e precauções.
Esquemas específicos devem ser selecionados por um especialista no tratamento da TB resistente a múltiplos medicamentos. Consulte um especialista para obter orientação quanto às doses.
Opções primárias
bedaquilina
e
pretomanida
e
linezolida
e
moxifloxacino
cirurgia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Nos pacientes com TB resistente à rifampicina ou TB resistente a múltiplos medicamentos, a ressecção pulmonar parcial eletiva (ou seja, lobectomia ou ressecção em cunha) pode ser usada juntamente com um esquema recomendado para TB resistente a múltiplos medicamentos.[81]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-resistant tuberculosis treatment, 2022 update. Dec 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240063129
esquema padronizado de 9 meses (fase intensiva)
O esquema totalmente oral de 9 meses é recomendado pela OMS em detrimento dos esquemas mais longos (18 meses ou mais) para a TB resistente a múltiplos medicamentos/resistente à rifampicina quando a resistência às fluoroquinolonas tiver sido descartada, e pode ser usado quando os pacientes não forem elegíveis para o esquemas de 6 meses.
Na fase intensiva do esquema de 9 meses, a bedaquilina é usada por 6 meses com levofloxacino/moxifloxacino, etionamida, etambutol, isoniazida (alta dose), pirazinamida e clofazimina por 4 meses (com a possibilidade de extensão até 6 meses se o paciente permanecer com a baciloscopia do escarro positiva ao final de 4 meses). Dois meses de linezolida podem ser usados no lugar dos 4 meses de etionamida.[81]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-resistant tuberculosis treatment, 2022 update. Dec 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240063129
A OMS recomenda o uso deste esquema de 9 meses para adultos e crianças sem TB extensiva , independentemente do status de HIV, que tenham menos de 1 mês de exposição a bedaquilina, fluoroquinolonas, etionamida, linezolida e clofazimina.[81]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-resistant tuberculosis treatment, 2022 update. Dec 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240063129
Os antibióticos fluoroquinolonas sistêmicos podem causar eventos adversos graves, incapacitantes e potencialmente duradouros ou irreversíveis. Isso inclui, mas não está limitado a: tendinopatia/ruptura de tendão; neuropatia periférica; artropatia/artralgia; aneurisma e dissecção da aorta; regurgitação da valva cardíaca; disglicemia; e efeitos sobre o sistema nervoso central, incluindo convulsões, depressão, psicose e pensamentos e comportamento suicidas.[85]Rusu A, Munteanu AC, Arbănași EM, et al. Overview of side-effects of antibacterial fluoroquinolones: new drugs versus old drugs, a step forward in the safety profile? Pharmaceutics. 2023 Mar 1;15(3):804. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10056716 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36986665?tool=bestpractice.com Restrições de prescrição aplicam-se ao uso das fluoroquinolonas, e essas restrições podem variar entre os países. Em geral, o uso das fluoroquinolonas deve ser restrito apenas nas infecções bacterianas graves e com risco à vida. Algumas agências regulatórias também podem recomendar que eles sejam usados apenas em situações em que outros antibióticos comumente recomendados para a infecção sejam inadequados (por exemplo, resistência, contraindicações, falha do tratamento, indisponibilidade). Consulte as diretrizes locais e o formulário de medicamentos para obter mais informações sobre adequação, contraindicações e precauções.
Esquemas específicos devem ser selecionados por um especialista no tratamento da TB resistente a múltiplos medicamentos. Consulte um especialista para obter orientação quanto às doses.
Opções primárias
bedaquilina
--E--
levofloxacino
ou
moxifloxacino
--E--
etionamida
ou
linezolida
--E--
clofazimina
--E--
isoniazida
--E--
pirazinamida
--E--
etambutol
esquema padronizado de 9 meses (fase de continuação)
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A fase de continuação do esquema de 9 meses consiste em 5 meses de tratamento com levofloxacino/moxifloxacino, clofazimina, etambutol e pirazinamida.[81]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-resistant tuberculosis treatment, 2022 update. Dec 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240063129
Os antibióticos fluoroquinolonas sistêmicos podem causar eventos adversos graves, incapacitantes e potencialmente duradouros ou irreversíveis. Isso inclui, mas não está limitado a: tendinopatia/ruptura de tendão; neuropatia periférica; artropatia/artralgia; aneurisma e dissecção da aorta; regurgitação da valva cardíaca; disglicemia; e efeitos sobre o sistema nervoso central, incluindo convulsões, depressão, psicose e pensamentos e comportamento suicidas.[85]Rusu A, Munteanu AC, Arbănași EM, et al. Overview of side-effects of antibacterial fluoroquinolones: new drugs versus old drugs, a step forward in the safety profile? Pharmaceutics. 2023 Mar 1;15(3):804. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10056716 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36986665?tool=bestpractice.com Restrições de prescrição aplicam-se ao uso das fluoroquinolonas, e essas restrições podem variar entre os países. Em geral, o uso das fluoroquinolonas deve ser restrito apenas nas infecções bacterianas graves e com risco à vida. Algumas agências regulatórias também podem recomendar que eles sejam usados apenas em situações em que outros antibióticos comumente recomendados para a infecção sejam inadequados (por exemplo, resistência, contraindicações, falha do tratamento, indisponibilidade). Consulte as diretrizes locais e o formulário de medicamentos para obter mais informações sobre adequação, contraindicações e precauções.
O tratamento de pacientes com comorbidades adicionais é complexo e exigirá o aconselhamento de um especialista.
Esquemas específicos devem ser selecionados por um especialista no tratamento da TB resistente a múltiplos medicamentos. Consulte um especialista para obter orientação quanto às doses.
Opções primárias
levofloxacino
ou
moxifloxacino
--E--
clofazimina
--E--
pirazinamida
--E--
etambutol
cirurgia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Nos pacientes com TB resistente à rifampicina ou TB resistente a múltiplos medicamentos, a ressecção pulmonar parcial eletiva (ou seja, lobectomia ou ressecção em cunha) pode ser usada juntamente com um esquema recomendado para TB resistente a múltiplos medicamentos.[81]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-resistant tuberculosis treatment, 2022 update. Dec 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240063129
esquema padronizado ou individualizado de duração mais longa
O esquema de duração mais longa é recomendado para todos os pacientes que não atenderem aos critérios para esquemas de duração mais curta.[81]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-resistant tuberculosis treatment, 2022 update. Dec 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240063129
O esquema de duração mais longa, previamente chamado de tratamento convencional, refere-se aos esquemas para TB resistente à rifampicina ou TB resistente a múltiplos medicamentos que duram 18 meses ou mais e que podem ser padronizados ou individualizados. As diretrizes da OMS recomendam que os pacientes com TB resistente à rifampicina ou TB resistente a múltiplos medicamentos em esquemas mais longos recebam tratamento com pelo menos quatro agentes para TB provavelmente efetivos, incluindo todos os três agentes do grupo A e pelo menos um agente do grupo B, e que pelo menos três agentes sejam incluídos para o restante do tratamento se a bedaquilina for interrompida. Se apenas um ou dois agentes do Grupo A forem usados, ambos os agentes do Grupo B devem ser incluídos. Se o esquema não puder ser composto apenas por agentes dos Grupos A e B, são adicionados agentes do Grupo C para completá-lo.[81]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-resistant tuberculosis treatment, 2022 update. Dec 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240063129
Para a maioria dos pacientes, recomenda-se tratamento com duração de 15-17 meses após a conversão da cultura; no entanto, a duração pode ser modificada de acordo com a resposta do paciente à terapia. Nos esquemas mais longos que incluam amicacina ou estreptomicina, recomenda-se uma fase intensiva de 6-7 meses para a maioria dos pacientes, mas, novamente, a duração pode ser modificada de acordo com a resposta do paciente à terapia.
Os antibióticos fluoroquinolonas sistêmicos podem causar eventos adversos graves, incapacitantes e potencialmente duradouros ou irreversíveis. Isso inclui, mas não está limitado a: tendinopatia/ruptura de tendão; neuropatia periférica; artropatia/artralgia; aneurisma e dissecção da aorta; regurgitação da valva cardíaca; disglicemia; e efeitos sobre o sistema nervoso central, incluindo convulsões, depressão, psicose e pensamentos e comportamento suicidas.[85]Rusu A, Munteanu AC, Arbănași EM, et al. Overview of side-effects of antibacterial fluoroquinolones: new drugs versus old drugs, a step forward in the safety profile? Pharmaceutics. 2023 Mar 1;15(3):804. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10056716 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36986665?tool=bestpractice.com Restrições de prescrição aplicam-se ao uso das fluoroquinolonas, e essas restrições podem variar entre os países. Em geral, o uso das fluoroquinolonas deve ser restrito apenas nas infecções bacterianas graves e com risco à vida. Algumas agências regulatórias também podem recomendar que eles sejam usados apenas em situações em que outros antibióticos comumente recomendados para a infecção sejam inadequados (por exemplo, resistência, contraindicações, falha do tratamento, indisponibilidade). Consulte as diretrizes locais e o formulário de medicamentos para obter mais informações sobre adequação, contraindicações e precauções.
O tratamento da TB resistente a medicamentos exige consulta a um especialista.
Opções primárias
Grupo A (inclui todos os 3 medicamentos)
levofloxacino
ou
moxifloxacino
--E--
bedaquilina
--E--
linezolida
ou
Grupo B (adicionar 1 ou ambos os medicamentos)
clofazimina
--E/OU--
cicloserina
ou
terizidona
ou
Grupo C (adicionar para completar o esquema e quando os medicamentos dos grupos A e B não puderem ser utilizados)
etambutol
ou
delamanida
ou
pirazinamida
ou
imipeném/cilastatina
ou
meropeném
ou
amicacina
ou
estreptomicina
ou
etionamida
ou
protionamida
ou
ácido aminossalicílico
cirurgia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Nos pacientes com TB resistente à rifampicina ou TB resistente a múltiplos medicamentos, a ressecção pulmonar parcial eletiva (ou seja, lobectomia ou ressecção em cunha) pode ser usada juntamente com um esquema recomendado para TB resistente a múltiplos medicamentos.[81]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-resistant tuberculosis treatment, 2022 update. Dec 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240063129
não gestante HIV-positiva com tuberculose (TB) ativa: sem disfunção hepática
terapia de fase intensiva
O tratamento para pacientes HIV-positivos é similar ao de pacientes HIV-negativos.[70]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-susceptible tuberculosis treatment. May 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240048126
As diretrizes da OMS para o tratamento da TB pulmonar ativa susceptível a medicamentos incluem os esquemas administrados por um período total de 4 ou 6 meses.[70]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-susceptible tuberculosis treatment. May 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240048126
O esquema padrão de 6 meses é recomendado pela OMS para novos pacientes com TB pulmonar. O tratamento de fase intensiva inicial para o esquema de 6 meses inclui os medicamentos preferenciais de isoniazida, rifampicina, pirazinamida e etambutol, e dura 2 meses.[70]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-susceptible tuberculosis treatment. May 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240048126 Pacientes com idade entre 3 meses e 16 anos com TB não grave (definida como derrame pleural por TB não complicada ou doença paucibacilar, não cavitária, confinada a um lobo dos pulmões e sem padrão miliar) podem receber uma versão de 4 meses deste esquema. A fase intensiva desse esquema inclui a administração diária de isoniazida, rifampicina e pirazinamida, com ou sem etambutol, por 2 meses.[30]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 5: management of tuberculosis in children and adolescents. Mar 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240046764 [70]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-susceptible tuberculosis treatment. May 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240048126 O etambutol deve ser incluído em áreas de alta prevalência de HIV ou resistência à isoniazida.[30]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 5: management of tuberculosis in children and adolescents. Mar 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240046764 [70]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-susceptible tuberculosis treatment. May 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240048126 Crianças e adolescentes que não atendem aos critérios para TB não grave devem receber o esquema de tratamento padrão de 6 meses (incluindo etambutol).[30]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 5: management of tuberculosis in children and adolescents. Mar 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240046764 [70]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-susceptible tuberculosis treatment. May 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240048126
Pacientes com 12 anos ou mais podem receber um esquema de 4 meses de isoniazida, rifapentina, moxifloxacino e pirazinamida. A fase intensiva desse esquema inclui a administração diária de isoniazida, rifapentina, moxifloxacino e pirazinamida e também dura 2 meses.[70]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-susceptible tuberculosis treatment. May 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240048126 [71]Dorman SE, Nahid P, Kurbatova EV, et al. Four-month rifapentine regimens with or without moxifloxacin for tuberculosis. N Engl J Med. 2021 May 6;384(18):1705-18. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2033400?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33951360?tool=bestpractice.com Este esquema não é atualmente recomendado para crianças pequenas, gestantes e pacientes com infecção por HIV e contagem de CD4 <100 células/microlitro.[70]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-susceptible tuberculosis treatment. May 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240048126
A piridoxina deve ser administrada com isoniazida para ajudar a prevenir a neuropatia associada à isoniazida e é recomendada em todos os casos de TB ativa.
A pirazinamida é utilizada apenas na fase inicial. Ela não é recomendada para pacientes com artrite gotosa aguda (mas pode ser usada em pacientes com história pregressa de gota), pois não existem muitas informações sobre os dados de segurança.
Os antibióticos fluoroquinolonas sistêmicos podem causar eventos adversos graves, incapacitantes e potencialmente duradouros ou irreversíveis. Isso inclui, mas não está limitado a: tendinopatia/ruptura de tendão; neuropatia periférica; artropatia/artralgia; aneurisma e dissecção da aorta; regurgitação da valva cardíaca; disglicemia; e efeitos sobre o sistema nervoso central, incluindo convulsões, depressão, psicose e pensamentos e comportamento suicidas.[85]Rusu A, Munteanu AC, Arbănași EM, et al. Overview of side-effects of antibacterial fluoroquinolones: new drugs versus old drugs, a step forward in the safety profile? Pharmaceutics. 2023 Mar 1;15(3):804. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10056716 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36986665?tool=bestpractice.com Restrições de prescrição aplicam-se ao uso das fluoroquinolonas, e essas restrições podem variar entre os países. Em geral, o uso das fluoroquinolonas deve ser restrito apenas nas infecções bacterianas graves e com risco à vida. Algumas agências regulatórias também podem recomendar que eles sejam usados apenas em situações em que outros antibióticos comumente recomendados para a infecção sejam inadequados (por exemplo, resistência, contraindicações, falha do tratamento, indisponibilidade). Consulte as diretrizes locais e o formulário de medicamentos para obter mais informações sobre adequação, contraindicações e precauções.
Deve-se obter aconselhamento de um especialista para pacientes com clearance da creatinina <30 mL/minuto.
Se o paciente estiver em terapia antirretroviral (TAR), existem algumas considerações adicionais, incluindo o potencial de interações medicamentosas, especialmente entre rifampicina e inibidores da transcriptase reversa não análogos de nucleosídeos ou inibidores da protease. Por esse motivo, pode-se considerar a rifabutina uma alternativa à rifampicina. A orientação de um especialista é recomendada ao se considerar o uso de rifabutina.
Opções primárias
Esquema de 4 ou 6 meses
isoniazida: crianças: 7-15 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 300 mg/dose; adultos: 5 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 300 mg/dose
Mais isoniazidaA piridoxina (vitamina B6) é administrada com isoniazida a todas as pessoas com risco de neuropatia.
e
rifampicina: crianças: 10-20 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 600 mg/dose; adultos: 10 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 600 mg/dose
e
pirazinamida: crianças: 30-40 mg/kg por via oral uma vez ao dia; adultos: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose (a dose é baseada na massa corporal magra e na formulação em comprimidos disponível)
e
etambutol: crianças: 15-25 mg/kg por via oral uma vez ao dia; adultos: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose (a dose é baseada na massa corporal magra e na formulação em comprimidos disponível)
Mais etambutolO esquema de 4 meses pode ser administrado com ou sem etambutol.
ou
esquema de 4 meses
isoniazida: crianças ≥12 anos de idade e ≥40 kg de peso corporal e adultos: 300 mg por via oral uma vez ao dia
Mais isoniazidaA piridoxina (vitamina B6) é administrada com isoniazida a todas as pessoas com risco de neuropatia.
e
rifapentina: crianças ≥12 anos de idade e ≥40 kg de peso corporal e adultos: 1200 mg por via oral uma vez ao dia
e
moxifloxacino: crianças ≥12 anos de idade e ≥40 kg de peso corporal e adultos: 400 mg por via oral uma vez ao dia
e
pirazinamida: crianças ≥12 anos de idade e ≥40 kg de peso corporal e adultos: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose (a dose é baseada na massa corporal magra e na formulação em comprimidos disponível)
Opções secundárias
Esquema de 4 ou 6 meses
isoniazida: crianças: 7-15 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 300 mg/dose; adultos: 5 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 300 mg/dose
Mais isoniazidaA piridoxina (vitamina B6) é administrada com isoniazida a todas as pessoas com risco de neuropatia.
e
rifabutina: crianças e adultos: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
Mais rifabutinaUm ajuste de dose pode ser necessário em pacientes recebendo concomitantemente inibidores da protease ou inibidores da transcriptase reversa não análogos de nucleosídeo.
e
pirazinamida: crianças: 30-40 mg/kg por via oral uma vez ao dia; adultos: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose (a dose é baseada na massa corporal magra e na formulação em comprimidos disponível)
e
etambutol: crianças: 15-25 mg/kg por via oral uma vez ao dia; adultos: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose (a dose é baseada na massa corporal magra e na formulação em comprimidos disponível)
Mais etambutolO esquema de 4 meses pode ser administrado com ou sem etambutol.
terapia na fase de manutenção
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
O tratamento para pacientes HIV-positivos é similar ao de pacientes HIV-negativos.[70]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-susceptible tuberculosis treatment. May 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240048126
As diretrizes da OMS recomendam que os pacientes que completam o esquema intensivo inicial padrão de isoniazida, rifampicina, pirazinamida e etambutol continuem a receber isoniazida e rifampicina na fase de continuação por 4 meses (um total de 6 meses de tratamento). As crianças de 3 meses a 16 anos com TB pulmonar não grave devem receber 2 meses de terapia da fase de continuação (4 meses no total). Aquelas com TB grave e também as crianças com menos de 3 meses devem receber o esquema de tratamento padrão de 6 meses.[30]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 5: management of tuberculosis in children and adolescents. Mar 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240046764 [70]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-susceptible tuberculosis treatment. May 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240048126
Na fase de continuação do esquema de 4 meses com isoniazida, rifapentina, moxifloxacino e pirazinamida, isoniazida, rifapentina e moxifloxacino são administrados por mais 2 meses (total de 4 meses).[70]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-susceptible tuberculosis treatment. May 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240048126 [71]Dorman SE, Nahid P, Kurbatova EV, et al. Four-month rifapentine regimens with or without moxifloxacin for tuberculosis. N Engl J Med. 2021 May 6;384(18):1705-18. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2033400?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33951360?tool=bestpractice.com Este esquema não é atualmente recomendado para crianças pequenas, gestantes e pacientes com infecção por HIV e contagem de CD4 <100 células/microlitro.[70]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-susceptible tuberculosis treatment. May 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240048126
O ideal é que todos os medicamentos dentro de determinado esquema sejam administrados na mesma hora do dia, se possível. Se o paciente não puder tolerar a quantidade de comprimidos, medicamentos diferentes poderão ser administrados separadamente, mas a dose de cada medicamento não deve ser dividida. A terapia diária é preferível durante a fase de manutenção.
Os antibióticos fluoroquinolonas sistêmicos podem causar eventos adversos graves, incapacitantes e potencialmente duradouros ou irreversíveis. Isso inclui, mas não está limitado a: tendinopatia/ruptura de tendão; neuropatia periférica; artropatia/artralgia; aneurisma e dissecção da aorta; regurgitação da valva cardíaca; disglicemia; e efeitos sobre o sistema nervoso central, incluindo convulsões, depressão, psicose e pensamentos e comportamento suicidas.[85]Rusu A, Munteanu AC, Arbănași EM, et al. Overview of side-effects of antibacterial fluoroquinolones: new drugs versus old drugs, a step forward in the safety profile? Pharmaceutics. 2023 Mar 1;15(3):804. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10056716 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36986665?tool=bestpractice.com Restrições de prescrição aplicam-se ao uso das fluoroquinolonas, e essas restrições podem variar entre os países. Em geral, o uso das fluoroquinolonas deve ser restrito apenas nas infecções bacterianas graves e com risco à vida. Algumas agências regulatórias também podem recomendar que eles sejam usados apenas em situações em que outros antibióticos comumente recomendados para a infecção sejam inadequados (por exemplo, resistência, contraindicações, falha do tratamento, indisponibilidade). Consulte as diretrizes locais e o formulário de medicamentos para obter mais informações sobre adequação, contraindicações e precauções.
A piridoxina deve ser administrada com isoniazida para ajudar a prevenir a neuropatia associada à isoniazida e é recomendada em todos os casos de TB ativa.
Se o paciente estiver em terapia antirretroviral (TAR), existem algumas considerações adicionais, incluindo o potencial de interações medicamentosas, especialmente entre rifampicina e inibidores da transcriptase reversa não análogos de nucleosídeos ou inibidores da protease. Por esse motivo, pode-se considerar a rifabutina uma alternativa à rifampicina. A orientação de um especialista é recomendada ao se considerar o uso de rifabutina.
Opções primárias
Esquema de 4 ou 6 meses
isoniazida: crianças: 7-15 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 300 mg/dose; adultos: 5 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 300 mg/dose
Mais isoniazidaA piridoxina (vitamina B6) é administrada com isoniazida a todas as pessoas com risco de neuropatia.
e
rifampicina: crianças: 10-20 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 600 mg/dose; adultos: 10 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 600 mg/dose
ou
esquema de 4 meses
isoniazida: crianças ≥12 anos de idade e ≥40 kg de peso corporal e adultos: 300 mg por via oral uma vez ao dia
Mais isoniazidaA piridoxina (vitamina B6) é administrada com isoniazida a todas as pessoas com risco de neuropatia.
e
rifapentina: crianças ≥12 anos de idade e ≥40 kg de peso corporal e adultos: 1200 mg por via oral uma vez ao dia
e
moxifloxacino: crianças ≥12 anos de idade e ≥40 kg de peso corporal e adultos: 400 mg por via oral uma vez ao dia
Opções secundárias
Esquema de 4 ou 6 meses
isoniazida: crianças: 7-15 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 300 mg/dose; adultos: 5 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 300 mg/dose
Mais isoniazidaA piridoxina (vitamina B6) é administrada com isoniazida a todas as pessoas com risco de neuropatia.
e
rifabutina: crianças e adultos: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
Mais rifabutinaUm ajuste de dose pode ser necessário em pacientes recebendo concomitantemente inibidores da protease ou inibidores da transcriptase reversa não análogos de nucleosídeo.
tratamento antituberculose
A TB resistente à isoniazida é definida como resistência à isoniazida e suscetibilidade à rifampicina que foi confirmada in vitro.
Nos pacientes com tuberculose sensível à rifampicina e resistente à isoniazida confirmada, a OMS recomenda o tratamento com rifampicina, etambutol, pirazinamida e levofloxacino por um período de 6 meses.[81]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-resistant tuberculosis treatment, 2022 update. Dec 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240063129 Se a levofloxacino não puder ser usado (devido à toxicidade ou resistência), a OMS recomenda que o paciente seja tratado com rifampicina, etambutol e pirazinamida por 6 meses.[81]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-resistant tuberculosis treatment, 2022 update. Dec 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240063129
Os antibióticos fluoroquinolonas sistêmicos podem causar eventos adversos graves, incapacitantes e potencialmente duradouros ou irreversíveis. Isso inclui, mas não está limitado a: tendinopatia/ruptura de tendão; neuropatia periférica; artropatia/artralgia; aneurisma e dissecção da aorta; regurgitação da valva cardíaca; disglicemia; e efeitos sobre o sistema nervoso central, incluindo convulsões, depressão, psicose e pensamentos e comportamento suicidas.[85]Rusu A, Munteanu AC, Arbănași EM, et al. Overview of side-effects of antibacterial fluoroquinolones: new drugs versus old drugs, a step forward in the safety profile? Pharmaceutics. 2023 Mar 1;15(3):804. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10056716 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36986665?tool=bestpractice.com Restrições de prescrição aplicam-se ao uso das fluoroquinolonas, e essas restrições podem variar entre os países. Em geral, o uso das fluoroquinolonas deve ser restrito apenas nas infecções bacterianas graves e com risco à vida. Algumas agências regulatórias também podem recomendar que eles sejam usados apenas em situações em que outros antibióticos comumente recomendados para a infecção sejam inadequados (por exemplo, resistência, contraindicações, falha do tratamento, indisponibilidade). Consulte as diretrizes locais e o formulário de medicamentos para obter mais informações sobre adequação, contraindicações e precauções.
A resistência à rifampicina deve ser descartada antes do início do esquema e, preferencialmente, a resistência às fluoroquinolonas e à pirazinamida também deve ser descartada. Se a resistência à isoniazida for identificada após um paciente ter iniciado um esquema para TB suscetível, o teste molecular rápido para resistência à rifampicina deve ser realizado e, se a resistência à rifampicina for descartada, o paciente deve iniciar um ciclo completo de 6 meses com rifampicina, etambutol, pirazinamida e levofloxacino. Se for detectada resistência à rifampicina, o paciente deve iniciar um esquema de tratamento apropriado para TB resistente a múltiplos medicamentos.[81]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-resistant tuberculosis treatment, 2022 update. Dec 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240063129
Ao contrário dos esquemas para TB suscetível a medicamentos e resistente a múltiplos medicamentos, os esquemas de tratamento recomendado pela OMS para a TB resistente à isoniazida não apresenta fases iniciais intensivas e de continuação.
Opções primárias
rifampicina
e
etambutol
e
pirazinamida
e
levofloxacino
Opções secundárias
rifampicina
e
etambutol
e
pirazinamida
esquema padronizado de 6 meses
O esquema totalmente oral de 6 meses recomendado pela OMS é composto de bedaquilina, pretomanida, linezolida e moxifloxacino (BPaLM).[81]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-resistant tuberculosis treatment, 2022 update. Dec 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240063129 [83]Conradie F, Diacon AH, Ngubane N, et al. Treatment of highly drug-resistant pulmonary tuberculosis. N Engl J Med. 2020 Mar 5;382(10):893-902. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1901814?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32130813?tool=bestpractice.com [84]Nyang'wa BT, Berry C, Kazounis E, et al. A 24-week, all-oral regimen for rifampin-resistant tuberculosis. N Engl J Med. 2022 Dec 22;387(25):2331-43. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2117166?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36546625?tool=bestpractice.com A OMS recomenda que, se o paciente tiver resistência a fluoroquinolonas documentada, o esquema deve continuar sem moxifloxacino (BPaL); embora o início do BPaLM não deva ser adiado enquanto se aguardam os resultados dos testes de sensibilidade aos medicamentos.
A OMS recomenda o uso deste esquema de 6 meses em vez dos esquemas de 9 meses ou mais para a TB resistente à rifampicina/resistente a múltiplos medicamentos para adultos e adolescentes com 14 anos ou mais, independentemente da sorologia para HIV, que tiverem tido menos de 1 mês de exposição à bedaquilina, linezolida, pretomanida ou delamanida.[81]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-resistant tuberculosis treatment, 2022 update. Dec 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240063129
Os antibióticos fluoroquinolonas sistêmicos podem causar eventos adversos graves, incapacitantes e potencialmente duradouros ou irreversíveis. Isso inclui, mas não está limitado a: tendinopatia/ruptura de tendão; neuropatia periférica; artropatia/artralgia; aneurisma e dissecção da aorta; regurgitação da valva cardíaca; disglicemia; e efeitos sobre o sistema nervoso central, incluindo convulsões, depressão, psicose e pensamentos e comportamento suicidas.[85]Rusu A, Munteanu AC, Arbănași EM, et al. Overview of side-effects of antibacterial fluoroquinolones: new drugs versus old drugs, a step forward in the safety profile? Pharmaceutics. 2023 Mar 1;15(3):804. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10056716 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36986665?tool=bestpractice.com Restrições de prescrição aplicam-se ao uso das fluoroquinolonas, e essas restrições podem variar entre os países. Em geral, o uso das fluoroquinolonas deve ser restrito apenas nas infecções bacterianas graves e com risco à vida. Algumas agências regulatórias também podem recomendar que eles sejam usados apenas em situações em que outros antibióticos comumente recomendados para a infecção sejam inadequados (por exemplo, resistência, contraindicações, falha do tratamento, indisponibilidade). Consulte as diretrizes locais e o formulário de medicamentos para obter mais informações sobre adequação, contraindicações e precauções.
Esquemas específicos devem ser selecionados por um especialista no tratamento da TB resistente a múltiplos medicamentos. Consulte um especialista para obter orientação quanto às doses.
Opções primárias
bedaquilina
e
pretomanida
e
linezolida
e
moxifloxacino
cirurgia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Nos pacientes com TB resistente à rifampicina ou TB resistente a múltiplos medicamentos, a ressecção pulmonar parcial eletiva (ou seja, lobectomia ou ressecção em cunha) pode ser usada juntamente com um esquema recomendado para TB resistente a múltiplos medicamentos.[81]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-resistant tuberculosis treatment, 2022 update. Dec 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240063129
esquema padronizado de 9 meses (fase intensiva)
O esquema totalmente oral de 9 meses é recomendado pela OMS em detrimento dos esquemas mais longos (18 meses ou mais) para a TB resistente a múltiplos medicamentos/resistente à rifampicina quando a resistência às fluoroquinolonas tiver sido descartada, e pode ser usado quando os pacientes não forem elegíveis para o esquemas de 6 meses.
Na fase intensiva do esquema de 9 meses, a bedaquilina é usada por 6 meses com levofloxacino/moxifloxacino, etionamida, etambutol, isoniazida (alta dose), pirazinamida e clofazimina por 4 meses (com a possibilidade de extensão até 6 meses se o paciente permanecer com a baciloscopia do escarro positiva ao final de 4 meses). Dois meses de linezolida podem ser usados no lugar dos 4 meses de etionamida.[81]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-resistant tuberculosis treatment, 2022 update. Dec 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240063129
A OMS recomenda o uso deste esquema de 9 meses para adultos e crianças sem TB extensiva , independentemente do status de HIV, que tenham menos de 1 mês de exposição a bedaquilina, fluoroquinolonas, etionamida, linezolida e clofazimina.[81]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-resistant tuberculosis treatment, 2022 update. Dec 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240063129
Os antibióticos fluoroquinolonas sistêmicos podem causar eventos adversos graves, incapacitantes e potencialmente duradouros ou irreversíveis. Isso inclui, mas não está limitado a: tendinopatia/ruptura de tendão; neuropatia periférica; artropatia/artralgia; aneurisma e dissecção da aorta; regurgitação da valva cardíaca; disglicemia; e efeitos sobre o sistema nervoso central, incluindo convulsões, depressão, psicose e pensamentos e comportamento suicidas.[85]Rusu A, Munteanu AC, Arbănași EM, et al. Overview of side-effects of antibacterial fluoroquinolones: new drugs versus old drugs, a step forward in the safety profile? Pharmaceutics. 2023 Mar 1;15(3):804. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10056716 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36986665?tool=bestpractice.com Restrições de prescrição aplicam-se ao uso das fluoroquinolonas, e essas restrições podem variar entre os países. Em geral, o uso das fluoroquinolonas deve ser restrito apenas nas infecções bacterianas graves e com risco à vida. Algumas agências regulatórias também podem recomendar que eles sejam usados apenas em situações em que outros antibióticos comumente recomendados para a infecção sejam inadequados (por exemplo, resistência, contraindicações, falha do tratamento, indisponibilidade). Consulte as diretrizes locais e o formulário de medicamentos para obter mais informações sobre adequação, contraindicações e precauções.
Esquemas específicos devem ser selecionados por um especialista no tratamento da TB resistente a múltiplos medicamentos. Consulte um especialista para obter orientação quanto às doses.
Opções primárias
bedaquilina
--E--
levofloxacino
ou
moxifloxacino
--E--
etionamida
ou
linezolida
--E--
clofazimina
--E--
isoniazida
--E--
pirazinamida
--E--
etambutol
esquema padronizado de 9 meses (fase de continuação)
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A fase de continuação do esquema de 9 meses consiste em 5 meses de tratamento com levofloxacino/moxifloxacino, clofazimina, etambutol e pirazinamida.[81]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-resistant tuberculosis treatment, 2022 update. Dec 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240063129
Os antibióticos fluoroquinolonas sistêmicos podem causar eventos adversos graves, incapacitantes e potencialmente duradouros ou irreversíveis. Isso inclui, mas não está limitado a: tendinopatia/ruptura de tendão; neuropatia periférica; artropatia/artralgia; aneurisma e dissecção da aorta; regurgitação da valva cardíaca; disglicemia; e efeitos sobre o sistema nervoso central, incluindo convulsões, depressão, psicose e pensamentos e comportamento suicidas.[85]Rusu A, Munteanu AC, Arbănași EM, et al. Overview of side-effects of antibacterial fluoroquinolones: new drugs versus old drugs, a step forward in the safety profile? Pharmaceutics. 2023 Mar 1;15(3):804. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10056716 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36986665?tool=bestpractice.com Restrições de prescrição aplicam-se ao uso das fluoroquinolonas, e essas restrições podem variar entre os países. Em geral, o uso das fluoroquinolonas deve ser restrito apenas nas infecções bacterianas graves e com risco à vida. Algumas agências regulatórias também podem recomendar que eles sejam usados apenas em situações em que outros antibióticos comumente recomendados para a infecção sejam inadequados (por exemplo, resistência, contraindicações, falha do tratamento, indisponibilidade). Consulte as diretrizes locais e o formulário de medicamentos para obter mais informações sobre adequação, contraindicações e precauções.
O tratamento de pacientes com comorbidades adicionais é complexo e exigirá o aconselhamento de um especialista.
Esquemas específicos devem ser selecionados por um especialista no tratamento da TB resistente a múltiplos medicamentos. Consulte um especialista para obter orientação quanto às doses.
Opções primárias
levofloxacino
ou
moxifloxacino
--E--
clofazimina
--E--
pirazinamida
--E--
etambutol
cirurgia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Nos pacientes com TB resistente à rifampicina ou TB resistente a múltiplos medicamentos, a ressecção pulmonar parcial eletiva (ou seja, lobectomia ou ressecção em cunha) pode ser usada juntamente com um esquema recomendado para TB resistente a múltiplos medicamentos.[81]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-resistant tuberculosis treatment, 2022 update. Dec 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240063129
esquema padronizado ou individualizado de duração mais longa
O esquema de duração mais longa é recomendado para todos os pacientes que não atenderem aos critérios para esquemas de duração mais curta.[81]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-resistant tuberculosis treatment, 2022 update. Dec 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240063129
O esquema de duração mais longa, previamente chamado de tratamento convencional, refere-se aos esquemas para TB resistente à rifampicina ou TB resistente a múltiplos medicamentos que duram 18 meses ou mais e que podem ser padronizados ou individualizados. As diretrizes da Organização Mundial da Saúde de 2020 recomendam que os pacientes com TB resistente à rifampicina ou TB resistente a múltiplos medicamentos em esquemas mais longos recebam tratamento com pelo menos quatro agentes para TB provavelmente efetivos, incluindo todos os três agentes do grupo A e pelo menos um agente do grupo B, e que pelo menos três agentes sejam incluídos para o resto do tratamento se a bedaquilina for interrompida. Se apenas um ou dois agentes do Grupo A forem usados, ambos os agentes do Grupo B devem ser incluídos. Se o esquema não puder ser composto apenas por agentes dos Grupos A e B, são adicionados agentes do Grupo C para completá-lo.[81]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-resistant tuberculosis treatment, 2022 update. Dec 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240063129
Para a maioria dos pacientes, recomenda-se tratamento com duração de 15-17 meses após a conversão da cultura; no entanto, a duração pode ser modificada de acordo com a resposta do paciente à terapia. Nos esquemas mais longos que incluam amicacina ou estreptomicina, recomenda-se uma fase intensiva de 6-7 meses para a maioria dos pacientes, mas, novamente, a duração pode ser modificada de acordo com a resposta do paciente à terapia.
Os antibióticos fluoroquinolonas sistêmicos podem causar eventos adversos graves, incapacitantes e potencialmente duradouros ou irreversíveis. Isso inclui, mas não está limitado a: tendinopatia/ruptura de tendão; neuropatia periférica; artropatia/artralgia; aneurisma e dissecção da aorta; regurgitação da valva cardíaca; disglicemia; e efeitos sobre o sistema nervoso central, incluindo convulsões, depressão, psicose e pensamentos e comportamento suicidas.[85]Rusu A, Munteanu AC, Arbănași EM, et al. Overview of side-effects of antibacterial fluoroquinolones: new drugs versus old drugs, a step forward in the safety profile? Pharmaceutics. 2023 Mar 1;15(3):804. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10056716 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36986665?tool=bestpractice.com Restrições de prescrição aplicam-se ao uso das fluoroquinolonas, e essas restrições podem variar entre os países. Em geral, o uso das fluoroquinolonas deve ser restrito apenas nas infecções bacterianas graves e com risco à vida. Algumas agências regulatórias também podem recomendar que eles sejam usados apenas em situações em que outros antibióticos comumente recomendados para a infecção sejam inadequados (por exemplo, resistência, contraindicações, falha do tratamento, indisponibilidade). Consulte as diretrizes locais e o formulário de medicamentos para obter mais informações sobre adequação, contraindicações e precauções.
O tratamento da TB resistente a medicamentos exige consulta a um especialista.
Opções primárias
Grupo A (inclui todos os 3 medicamentos)
levofloxacino
ou
moxifloxacino
--E--
bedaquilina
--E--
linezolida
ou
Grupo B (adicionar 1 ou ambos os medicamentos)
clofazimina
--E/OU--
cicloserina
ou
terizidona
ou
Grupo C (adicionar para completar o esquema e quando os medicamentos dos grupos A e B não puderem ser utilizados)
etambutol
ou
delamanida
ou
pirazinamida
ou
imipeném/cilastatina
ou
meropeném
ou
amicacina
ou
estreptomicina
ou
etionamida
ou
protionamida
ou
ácido aminossalicílico
cirurgia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Nos pacientes com TB resistente à rifampicina ou TB resistente a múltiplos medicamentos, a ressecção pulmonar parcial eletiva (lobectomia ou ressecção em cunha) pode ser usada juntamente com um esquema recomendado para TB resistente a múltiplos medicamentos.[81]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-resistant tuberculosis treatment, 2022 update. Dec 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240063129
gestante com tuberculose (TB) ativa
consulta a um especialista
Uma consulta a um especialista é recomendada no tratamento de TB na gestação.
não gestante com tuberculose (TB) ativa: disfunção hepática preexistente ou induzida por medicamentos
consulta a um especialista
A consulta a um especialista é recomendada no contexto de disfunção hepática induzida por medicamentos para opções de tratamento menos hepatotóxicas.
tuberculose (TB) recorrente
consulta a um especialista
Falha do tratamento é definida como cultura ou baciloscopia do escarro positiva em 5 meses ou mais durante o tratamento.[60]World Health Organization. Definitions and reporting framework for tuberculosis - 2013 revision (updated December 2014 and January 2020). Jan 2020 [internet publication]. https://apps.who.int/iris/handle/10665/79199 Quando a cultura ou a baciloscopia do escarro permanecerem positivas por mais de 2-3 meses de tratamento, deverá ser verificada a adesão aos medicamentos; também deverão ser avaliadas cepas emergentes de TB resistentes a medicamentos e má absorção gastrointestinal dos medicamentos para TB.
A recorrência ocorre em um caso previamente considerado tratado com sucesso. Casos recorrentes incluem recidivas decorrentes da mesma cepa de Mycobacterium tuberculosis responsável pelo episódio anterior, além de novos episódios de TB decorrentes de reexposição, acarretando reinfecção. Em países não endêmicos, a recorrência geralmente resulta da recidiva do organismo original, enquanto nos países endêmicos de TB, ela pode ocorrer por reinfecção exógena. A recidiva geralmente ocorre nos primeiros 6-12 meses após a conclusão do tratamento, e ocorre em 2% a 5% dos pacientes adequadamente tratados.[86]Tuberculosis Trials Consortium. Rifapentine and isoniazid once a week versus rifampicin and isoniazid twice a week for treatment of drug-susceptible pulmonary tuberculosis in HIV-negative patients: a randomised clinical trial. Lancet. 2002 Aug 17;360(9332):528-34. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12241657?tool=bestpractice.com
Se os pacientes inicialmente tiverem tido isolados sensíveis aos medicamentos e o tratamento tiver sido diretamente observado, a recorrência provavelmente será resultante dos mesmos organismos sensíveis e a terapia prévia poderá ser usada. Se o paciente tiver recebido inicialmente uma terapia autoadministrada, há uma possibilidade maior de desenvolvimento de organismo resistente. Nessa situação ou, se a sensibilidade não tiver sido previamente testada, deverá ser considerado um esquema de tratamento resistente a múltiplos medicamentos expandido com a adição de, pelo menos, dois medicamentos não usados anteriormente.[9]Nahid P, Dorman SE, Alipanah N, et al. Official American Thoracic Society/Centers for Disease Control and Prevention/Infectious Diseases Society of America clinical practice guidelines: treatment of drug-susceptible tuberculosis. Clin Infect Dis. 2016 Oct 1;63(7):e147-95. https://academic.oup.com/cid/article/63/7/e147/2196792 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27516382?tool=bestpractice.com
Se houver suspeita de reinfecção exógena, o tratamento deverá se basear no perfil de sensibilidade ao medicamente do caso índice, caso ele seja conhecido.
Consulte um especialista para obter orientações adequadas quanto às combinações de agentes e doses.
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