História e exame físico
Principais fatores diagnósticos
comuns
presença de fatores de risco
Os principais fatores de risco incluem a exposição à infecção, imunossupressão, silicose, malignidade, nascimento em país endêmico e vírus da imunodeficiência humana (HIV) em áreas adequadas.
tosse
Duração de 2 a 3 semanas; inicialmente seca e, mais tarde, produtiva. Estudos ambulatoriais revelaram que apenas 50% dos pacientes apresentaram tosse durante 2 semanas.[50]
febre
A febre geralmente é baixa. Até 20% dos pacientes podem não apresentar febre. A febre é menos comum em idosos.
anorexia
Pode ser observada em pacientes com outros sintomas sugestivos.
perda de peso
Pode ser observada em pacientes com outros sintomas sugestivos.
mal-estar
Pode ser notado apenas tardiamente, após o tratamento.
Outros fatores diagnósticos
comuns
sudorese noturna
Caso presente; geralmente em grande volume.
Incomuns
dor torácica pleurítica
Pode sugerir envolvimento pleurítico.
hemoptise
Presente em <10% dos pacientes (tipicamente com a doença avançada). Pode ser resultante de sequelas (por exemplo, bronquiectasia) e não representar doença ativa.
sintomas psicológicos
Podem incluir depressão ou hipomania.
ausculta torácica anormal
O exame do tórax pode ser normal na doença leve/moderada. Achados possíveis incluem estertores, murmúrios brônquicos ou sopros anfóricos (murmúrios vesiculares ocos distantes ouvidos através das cavidades).
assintomático
O paciente pode ser assintomático e o diagnóstico, realizado por achados coincidentes ou rastreamento.
dispneia
Achado tardio no contexto de destruição pulmonar extensa ou derrame.
baqueteamento digital
Apenas na doença de longa duração.
eritema nodoso e eritema induratum
Nódulos eritematosos elevados e doloridos na região pré-tibial ou nas panturrilhas.
Fatores de risco
Fortes
exposição à infecção
Isso é necessário, mas não suficiente para o desenvolvimento de TB. Entre os contactantes domiciliares, cerca de um terço vai adquirir a infecção latente por TB e 1 a 2% será diagnosticado com a doença ativa. Os indivíduos com infecção adquirida recentemente (por exemplo, conversão de teste tuberculínico nos últimos 2 anos) apresentam um grande aumento do risco de evoluir para TB ativa.[11][12]
nascimento em um país endêmico
As regiões de alto risco incluem Ásia, América Latina e África.[13]
Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV)
Aumenta o risco de evolução para doença primária e reativação da doença latente. O risco de reativação em um paciente HIV-positivo com infecção latente é de até 10% ao ano, em oposição ao risco de 10% ao longo da vida em pacientes HIV-negativos. Além disso, demonstrou-se que a TB ativa aumenta as cargas virais do HIV.[14][15][16][17]
medicamentos imunossupressores
Principalmente corticosteroides sistêmicos e antagonistas do fator de necrose tumoral alfa. O risco com corticosteroides aumenta com doses crescentes (razão de chances 7.7 para >15 mg/dia de prednisona) e varia com doença subjacente. O risco com infliximabe é maior que com etanercepte. O risco relativo após transplante de órgão é 20 a 74 vezes maior.[18][19]
silicose
Risco 30 vezes maior em comparação com os controles.[21]
fibrose apical
Os pacientes cujas radiografias torácicas mostrem opacidades fibróticas no lobo superior condizentes com TB pulmonar não tratada previamente apresentam maior risco de desenvolver doença ativa (risco estimado ≥0.3% por ano, dependendo do tamanho das anormalidades radiográficas).[22]
Fracos
neoplasias malignas
O risco é elevado em pacientes com neoplasia hematológica e com neoplasias de cabeça e pescoço. No entanto, pacientes nascidos nos EUA e diagnosticados com outros tumores sólidos não parecem apresentar um risco mais elevado de progressão para tuberculose ativa.[20]
doença renal em estágio terminal
Pacientes em hemodiálise apresentam aumento do risco.
uso de substâncias por via intravenosa
Aumenta o risco, mesmo na ausência de infecção por HIV.[12]
desnutrição
Inclui pessoas com baixo peso corporal (<90% do peso corporal ideal), doença celíaca e história de gastrectomia. O risco também é maior em pacientes com bypass jejunoileal.
alcoolismo
Difícil separar de outros fatores de risco.
diabetes
A prevalência global estimada de diabetes entre pacientes com TB pulmonar em uma metanálise foi de 13.73%.[23]
aspectos combinados de alto risco
Residentes ou funcionários de instituições correcionais, abrigos para desabrigados ou instituições asilares apresentam maior risco.
baixa condição socioeconômica ou ancestralidade negra/hispânica/índios norte-americanos
Modelos multivariados sugerem que, pelo menos, metade do risco atribuído à etnia (negros, hispânicos e índios norte-americanos) pode ser resultante de baixa condição socioeconômica.[24]
idade
Tanto os indivíduos muito jovens (<5 anos) quanto os idosos apresentam aumento do risco de progressão para a doença.
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal