Rastreamento
As diretrizes de rastreamento para o transtorno de pânico variam de acordo com o país. A Preventive Services Task Force (USPSTF) dos EUA recomenda o rastreamento dos transtornos de ansiedade em crianças e adolescentes de 8 a 18 anos e em adultos entre 19 e 64 anos, inclusive gestantes e mulheres em período pós-parto. A USPSTF concluiu que as evidências atuais são insuficientes para avaliar o equilíbrio entre benefícios e malefícios do rastreamento para transtornos de ansiedade em crianças com 7 anos ou menos e em idosos acima de 65 anos.[69][70] A Women’s Preventive Services Initiative (WPSI) dos EUA recomenda o rastreamento na atenção primária para ansiedade em mulheres e meninas adolescentes com ≥13 anos, inclusive gestantes e mulheres em período pós-parto. A WPSI declara que os intervalos ideais de rastreamento são desconhecidos, e o julgamento clínico deve ser usado para determinar a frequência.[71]
Por outro lado, o National Institute for Health and Care Excellence (NICE) do Reino Unido não oferece orientações específicas sobre o rastreamento da ansiedade. O NICE declara que não há evidências suficientes para recomendar um instrumento de rastreamento bem validado de autorrelato para o transtorno de pânico, e recomenda que se confie nas habilidades de anamnese para se obterem todas as informações necessárias.[62]
O rastreamento do pânico da Avaliação de Transtornos Mentais na Atenção Primária (PRIME-MD) contém 4 questões com respostas "sim ou não" para avaliar a presença de ataques de pânico nas 4 últimas semanas. É provável a presença de transtorno de pânico, se as respostas a todas as 4 perguntas forem positivas. O rastreamento do pânico também inclui 11 sintomas somáticos e cognitivos; a confirmação de, pelo menos, 4 deles indica provavelmente transtorno de pânico.[66]
A escala de gravidade do transtorno de pânico (EGTP) é uma medida de 7 itens que avalia a frequência, evitação, grau de sofrimento e comprometimento funcional dos ataques de pânico. Os itens são classificados em uma escala de 0 a 4, sendo os escores mais altos indicativos de maior gravidade de pânico. Naqueles pacientes com transtornos de pânico sem agorafobia, os escores de 0 a 1 são considerados normais; os de 2 a 5, limítrofes para doença; de 6 a 9, doença leve; de 10 a 13, doença moderada; de 14 a 16, doença acentuada; de 17 ou superior, doença grave.[67]
O GAD-7 é uma medida breve de autorrelato que avalia a gravidade da ansiedade na atenção primária. Um total de 7 itens é pontuado numa escala de 0 a 3, com uma pontuação de corte de ≥10 para indicar um provável transtorno de ansiedade.[10][68] Embora criado para medir a ansiedade generalizada, o GAD-7 é sensível para detecção de sintomas relacionados ao pânico.
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