Critérios

Organização Mundial da Saúde (OMS): definição de caso (2009)[2]

A definição de caso da dengue de 1997 (abaixo) é limitada em termos de complexidade e aplicabilidade. Isso levou a uma nova classificação da OMS na qual a gravidade da dengue é dividida em dengue sem sinais de alerta, dengue com sinais de alerta e dengue grave. Embora a OMS ainda dê suporte a ambas as definições de caso, há maior inclinação para a definição de caso de 2009 em virtude da sua facilidade de uso. Um estudo revelou que a classificação revisada tem um potencial maior em facilitar o tratamento e vigilância de casos de dengue e que ela foi mais sensível que a definição de caso de 1997 quanto ao reconhecimento precoce da doença.[3] Uma metanálise constatou que a sensibilidade foi alta (93%) para as definições de 1997 e 2009; no entanto, a especificidade foi baixa (29% para a definição de 1997 e 31% para a definição de 2009).[95]

Dengue sem sinais de alerta:

  • Febre e duas das seguintes condições:

    • Náuseas/vômitos

    • Erupção cutânea

    • Dores

    • Leucopenia

    • Prova do laço positiva.

Dengue com sinais de alerta:

  • Dengue (como definida acima) com qualquer um dos seguintes sintomas:

    • Dor ou sensibilidade abdominal

    • Vômito persistente

    • Acúmulo de fluido clínico (por exemplo, ascite, derrame pleural)

    • Sangramento das mucosas

    • Letargia/inquietação

    • Aumento do fígado >2 cm

    • Laboratório: aumento do hematócrito concomitante com rápida diminuição na contagem plaquetária.

  • Os sinais de alerta requerem observação rigorosa e intervenção médica.

Dengue grave:

  • Dengue com ao menos uma das seguintes condições:

    • Extravasamento plasmático grave causando choque (síndrome do choque da dengue) ou acúmulo de fluido com dificuldade respiratória

    • Sangramento grave (conforme avaliado por um médico)

    • Comprometimento grave de órgãos (ou seja, aspartato transaminase [AST] ou alanina aminotransferase [ALT] 1000 ou superior, diminuição da consciência, insuficiência de órgãos).

Organização Mundial da Saúde: definição de caso (1997)[2]

A classificação tradicional é dividida em dengue, dengue hemorrágica e síndrome do choque da dengue.

Dengue:

  • Definida pela presença de febre e duas ou mais das seguintes condições (mas não preenchendo a definição de caso da dengue hemorrágica):

    • Dor retro-orbital ou ocular

    • Cefaleia

    • Erupção cutânea

    • Mialgia

    • Artralgia

    • Leucopenia

    • Manifestações hemorrágicas (por exemplo, prova do laço positiva, petéquias, púrpura/equimoses, epistaxe, sangramento gengival, sangue no vômito/urina/fezes, sangramento vaginal).

Dengue hemorrágica (DH):

  • Febre durando de 2 a 7 dias

  • Evidência de manifestações hemorrágicas ou prova do laço positiva

  • Trombocitopenia

  • Evidência de extravasamento plasmático demonstrado por hemoconcentração, derrame pleural ou ascite.

Síndrome do choque da dengue (SCD):

  • Apresenta todos os critérios de DH associados a insuficiência circulatória, conforme evidenciado por:

    • Pulso rápido e fraco e pressão de pulso baixa, ou

    • Hipotensão específica da idade, pele sudorética e fria e inquietação.

Organização Mundial da Saúde: critérios laboratoriais para diagnóstico de SCD/dengue hemorrágica

Os critérios laboratoriais para o diagnóstico de SCD/DH incluem:[1][2]

  • Trombocitopenia grave, de rápido desenvolvimento (ou seja, <100,000 células/mm³ [<100 x 10⁹/L])

  • Diminuição na contagem total de leucócitos e neutrófilos e alteração na razão neutrófilo/linfócito

  • Hematócrito elevado (isto é, aumento de 20% desde a linha basal é uma evidência objetiva de extravasamento plasmático)

  • Hipoalbuminemia (isto é, albumina sérica <35 g/L [3.5 g/dL] sugere extravasamento plasmático)

  • Testes da função hepática (ou seja, AST:ALT >2).

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